“O Senhor lhe disse: "Saia e fique no
monte, na presença do Senhor, pois o Senhor vai passar". Então veio um
vento fortíssimo que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do Senhor,
mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto, mas o
Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto houve um fogo, mas o Senhor
não estava nele. E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave.”, I Reis 19:11-12.
A voz do Senhor, que
voz suave, como contrasta com a violência da voz do homem, da minha voz.
Acalme-se minha
alma, que todos os sentimentos se nivelem, como as ondas se rebaixam em uma
tarde tranquila sobre o mar.
Que todos os meus
temores se dissipem, como uma nuvem pequena, em um horizonte tão maior, tão
azul.
Calem-se as minhas
vozes, todas elas, internas e externas, incrédulas, ingratas, loucas, fique o
silêncio do espírito, aquela parte minha que é imortal.
Quero me sentar, num
banco, na cama, no quintal de minha casa, enfim, quero o colo do silêncio e da
solidão, hoje eu quero solidão, para que? Para ouvir a voz do meu Senhor.
Ela não precisa
discursar, complicar-se, repetir-se, ele é única, direta, simples, mas profunda.
Só a voz de meu
Deus me dá paz, ah, que paz, só a voz de meu Deus me faz feliz, mesmo sem
respostas para as dores mais eminentes e presentes de minha existência.
A voz do Senhor não
precisa explicar nada, nada, basta apenas que ela me diga, “aquieta-se, descansa
e creia”.
Quando a voz do
Senhor fala eu consigo obedecer, mas eu preciso deixa-la falar, e ela só fala
num coração quieto.
Eu amo a voz do
Senhor, nunca desamparou-me, nunca me deixou, nunca.