Quando os discípulos viram isso, ficaram indignados e disseram:
Para que esse desperdício? Pois esse bálsamo poderia ser vendido por muito
dinheiro, que seria dado aos pobres.
Percebendo isso, Jesus lhes disse: Por que incomodais esta mulher?
Ela praticou uma boa ação para comigo. Pois sempre tendes os pobres convosco;
mas, a mim, nem sempre me tendes.
Ao derramar bálsamo sobre o meu corpo, ela o fez como preparação
para o meu sepultamento. Em verdade vos digo: Em todo o mundo, onde quer que
seja pregado este evangelho, também o que ela fez será contado em sua memória.”
Mateus 26.6-13
A palavra dos discípulos
não parecia sábia, econômica, sensata? Pois não era, estava de alguma forma
contaminada pelo ensino dos fariseus e dos escribas.
O muito
conhecimento da palavra, conhecimento intelectual, sem discernimento e experiência
espiritual, pode levar ao engano. Os fariseus eram liderança religiosa dos
judeus, os escribas, responsáveis pela cópia das escrituras sagradas, ninguém,
mais do que eles, conhecia a vontade de Deus registrada em textos. Mas eles não
conheciam a Jesus, não em verdade, não como experiência.
A palavra dos discípulos
de Jesus mostra a contaminação desse engano, que os levou a demonstrar uma
falsa espiritualidade. A falsa espiritualidade quer ser “mais real que o rei”,
quer ir além daquilo que Deus deseja para os homens, a falsa espiritualidade
demonstra uma arrogância demoníaca. Ela só faz sofrer, escravizar o homem à
culpa e a insatisfação, cobrando dele mais que o necessário.
A maior
representante do cristianismo no planeta, e muitos dos outros representantes menores, escravizaram e ainda escravizam o homem
com essa ideia. Cobram do homem mais que o necessário, já que distantes do Espírito
Santo de Deus criam suas referências de santidade e de espiritualidade. Pra
esses, com certeza, a atitude da mulher seria um exagero, um desperdício, um “pecado”.
Contudo, a
principal intenção de Deus, salvando o homem e trazendo-o de volta para a
comunhão consigo, colocando-o no centro de sua vontade que é amar ao seu Senhor
e ao seu semelhante, é fazer com que o ser humano seja feliz. A felicidade é
algo simples, não é necessário mais sacrifício do que o de crer em Jesus, mesmo
porque qualquer sacrifício não seria suficiente para comprar a bênção de poder
viver em comunhão com Deus.
Derrame aos pés de Jesus
o seu melhor, não guarde para o mundo não, não espere uma ocasião em que os
homens estejam vendo, para receber deles alguma honra. Deixe aos pés de Jesus o
seu bocado de bálsamo raro, sabe o que é mais raro e precioso aos olhos de
Deus? A sua alma, a sua identidade, ela é única, ela é querida pelo Senhor, sua
entrega incondicional de seu coração é perfume para Deus, agradável, mais do
que qualquer outra coisa desse universo.
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