sábado, outubro 27, 2012

De verdade, somos íntimos de Deus?

E ele dizia isso abertamente. Mas Pedro, chamando-o em particular, começou a repreendê-lo.Marcos 8.32

          (Leia todo o texto de Marcos 8.27-33 para conhecer a passagem por inteira).

Antes de ir ao ponto dessa reflexão, vou fazer algumas considerações. Em primeiro lugar percebe-se que as pessoas acreditavam em reencarnação, já que muitas diziam que Jesus era um profeta antigo, já falecido. O Diabo sempre inventa um jeito de diminuir a missão real de Jesus, o ungido de Deus, mesmo que seja dando a Cristo uma posição de suposta honra. Metade da verdade é uma mentira inteira, Jesus é o único mediador entre Deus e os homens, Ele não foi mais um sábio, mais um profeta, mais um “espírito iluminado”, mais um fundador de religião. Mesmo os discípulos achavam que estavam entendendo a missão de Jesus, mas não estavam, não ainda.
Contudo, o que mais me chamou a atenção no texto, foi o fato de Pedro ter chamado Jesus em particular para repreendê-lo. Uma inocente arrogância, por trás de um coração ainda endurecido, quem era ele para repreender Jesus? O que o fazia pensar que tinha um cuidado pela obra de Deus, maior que o próprio Deus? Pedro se achava íntimo de Jesus, mas não era, não ainda. A dor imposta por uma atitude covarde, que ele tomou quando negou Jesus por três vezes, teria que rasgar o coração de Pedro para que ele finalmente entendesse as coisas.
E quanto a nós, será que somos realmente íntimos de Deus, que conseguimos entender como as coisas espirituais funcionam? Como Deus trabalha na existência humana? De verdade? Às vezes somos convertidos velhos, temos cargos e ministérios na igreja, mas mesmo assim somos crianças espirituais, não conseguimos entender, de verdade, o modo como Deus trabalha na vida das pessoas. Vemos apenas a superfície, sem profundidade, a casca, continuamos tomando “leite espiritual” e ainda não estamos preparados para alimento mais sólido.
Crescimento se obtém com sensibilidade, com lucidez, para ver os frutos que estamos dando. Precisamos olhar ao nosso redor, primeiro para os mais próximos, os parentes, e depois para os amigos, colegas e irmãos da igreja, e então fazermos uma autocrítica sincera. Precisamos averiguar até que ponto estamos fazendo diferença, até que ponto estamos dando um testemunho, não somente do Evangelho inicial, mas de ensinamentos mais profundos de Jesus, que conduzam as pessoas realmente para uma libertação, para uma vida de intimidade com Deus.
Intimidade gera intimidade, quem tem, ensina-a, exercemos isso fazendo discípulos, essa é a maior prova que somos realmente íntimos de Jesus. Só adultos podem fazer crianças, só maduros criam filhos, só crentes íntimos de Deus podem executar um discipulado que conduz as pessoas para a intimidade do Senhor, reflita sobre isso.
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