“E ele dizia isso abertamente. Mas Pedro, chamando-o em
particular, começou a repreendê-lo.” Marcos 8.32
(Leia todo o texto de Marcos 8.27-33 para conhecer a passagem por inteira).
(Leia todo o texto de Marcos 8.27-33 para conhecer a passagem por inteira).
Antes de ir ao ponto dessa reflexão, vou fazer algumas
considerações. Em primeiro lugar percebe-se que as pessoas acreditavam em
reencarnação, já que muitas diziam que Jesus era um profeta antigo, já
falecido. O Diabo sempre inventa um jeito de diminuir a missão real de Jesus, o
ungido de Deus, mesmo que seja dando a Cristo uma posição de suposta honra.
Metade da verdade é uma mentira inteira, Jesus é o único mediador entre Deus e
os homens, Ele não foi mais um sábio, mais um profeta, mais um “espírito
iluminado”, mais um fundador de religião. Mesmo os discípulos achavam que
estavam entendendo a missão de Jesus, mas não estavam, não ainda.
Contudo, o que mais me chamou a atenção no texto, foi o fato de
Pedro ter chamado Jesus em particular para repreendê-lo. Uma inocente
arrogância, por trás de um coração ainda endurecido, quem era ele para
repreender Jesus? O que o fazia pensar que tinha um cuidado pela obra de Deus,
maior que o próprio Deus? Pedro se achava íntimo de Jesus, mas não era, não
ainda. A dor imposta por uma atitude covarde, que ele tomou quando negou Jesus
por três vezes, teria que rasgar o coração de Pedro para que ele finalmente
entendesse as coisas.
E quanto a nós, será que somos realmente íntimos de Deus, que
conseguimos entender como as coisas espirituais funcionam? Como Deus trabalha
na existência humana? De verdade? Às vezes somos convertidos velhos, temos
cargos e ministérios na igreja, mas mesmo assim somos crianças espirituais, não
conseguimos entender, de verdade, o modo como Deus trabalha na vida das
pessoas. Vemos apenas a superfície, sem profundidade, a casca, continuamos
tomando “leite espiritual” e ainda não estamos preparados para alimento mais sólido.
Crescimento se obtém com sensibilidade, com lucidez, para ver os
frutos que estamos dando. Precisamos olhar ao nosso redor, primeiro para os
mais próximos, os parentes, e depois para os amigos, colegas e irmãos da igreja,
e então fazermos uma autocrítica sincera. Precisamos averiguar até que ponto
estamos fazendo diferença, até que ponto estamos dando um testemunho, não
somente do Evangelho inicial, mas de ensinamentos mais profundos de Jesus, que
conduzam as pessoas realmente para uma libertação, para uma vida de intimidade
com Deus.
Intimidade gera intimidade, quem tem, ensina-a, exercemos isso fazendo
discípulos, essa é a maior prova que somos realmente íntimos de Jesus. Só adultos podem fazer crianças, só maduros criam filhos, só
crentes íntimos de Deus podem executar um discipulado que conduz as pessoas
para a intimidade do Senhor, reflita sobre isso.
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