domingo, outubro 21, 2012

Sobre palavra profética

      “Assim, temos ainda mais firme a palavra profética. E fazeis bem em estar atentos a ela, como a uma candeia que ilumina um lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vosso coração. Saibam antes de tudo que nenhuma profecia das Escrituras é de interpretação particular. Pois a profecia nunca foi produzida por vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, conduzidos pelo Espírito Santo.II Pedro 1.19-2

        (Leia todo o capítulo para entender todo o contexto do assunto.)

Já vi gente, sem nenhum temor a Deus, zombando dos termos usados nas palavras proféticas ditas pelo Espírito Santo, tanto nas profecias do antigo testamento como nos tempos atuais. É certo que a ministração profética do antigo testamento podia ser um pouco distinta da ministração verificada no livro de Atos e nas cartas. No antigo testamento, em sua maioria, eram profecias relativas a uma nação, Israel, com o cumprimento, muitas delas, em anos ou em centenas de anos. Esse tipo de ministração profética ficou estereotipada e muitos a entendem como o único tipo de profecia.
No tempo do antigo testamento o Espírito Santo não ficava permanente na vida das pessoas, ele visitava os tementes a Deus, fazia sua manifestação, depois os deixava. Davi, excepcionalmente, foi um homem que teve uma presença mais frequente de Deus em sua vida. Nos Salmos existem palavras proféticas semelhantes às palavras ministradas pelo Espírito Santo depois da obra de Jesus no calvário, palavras de consolo. O próprio Espírito Santo é chamado, no Evangelho, de consolador, nos tempos atuais as profecias que recebemos são mais pessoais e cumpridas em curto prazo.
Sem fazer qualquer espécie de legalização, ou tentativa de engessar a atuação do Espírito Santo, já que em Apocalipse a palavra profética dada no tempo do novo testamento é semelhante às palavras dos profetas do antigo testamento, existe em todas essas manifestações uma linguagem comum na maneira como fala o Espírito Santo.
“Assim diz o Senhor” e outras promessas como “farei novas coisas em sua vida”, “eis que a nova casa será maior que a antiga”, “vai na tua força pois eu estou contigo”, a maioria, palavras de motivação dadas a reis e profetas quando em batalha contra exércitos inimigos, são mistérios de Deus (mesmo esse termo também é bastante usado no meio pentecostal).
Obviamente toda palavra profética pode e deve ser julgada, baseando-se na palavra de Deus escrita na Bíblia, na sabedoria que o próprio Espírito Santo dá principalmente através das vidas dos líderes, mas acima de tudo através do temor a Deus, que todos devem ter. Mas não podemos negar que Deus usa, sim, com frequência termos e frases, que são citados originalmente na Bíblia, para falar com seu povo.
Muitos da linha do “gospel-pop-intelectual-contemporâneo” (essa denominação é minha), que estando desviados não admitem, tentam tornar ultrapassada, vulgar, fora de moda e mesmo ilegítima, a atuação do Espírito Santo. Essa, porém, é a maneira como Deus trabalha, é uma maneira antiga, e é antiga porque funciona (e sempre funcionará). Quem está realmente ligado em Deus, que tem intimidade com o Senhor, quem vive no falar em línguas estranhas uma realidade diária do andar com Deus, vê novidade e eficácia na maneira como Deus fala as coisas.

(É preciso discernimento, mas devemos tomar cuidado para não pecarmos contra o Espírito Santo, tomando como do inimigo uma palavra que é de Deus, leia a respeito na reflexão “Espírito de confusão: identifique-o e expulse-o”).
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