sexta-feira, novembro 30, 2012

O jovem rico dentro de cada um de nós

    "E um homem importante perguntou-lhe: Bom Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna? Jesus lhe respondeu: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus.
Sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não darás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe. O homem disse: Tenho obedecido a todas essas coisas desde a minha juventude.
Quando ouviu isso, Jesus lhe disse: Ainda te falta uma coisa. Vende tudo quanto tens, reparte com os pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. Mas, ouvindo isso, ele ficou muito triste, porque era muito rico.”
Lucas 18.18-23

Recentemente meu pastor deu uma palavra sobre essa passagem, passagem tão conhecida, de interpretação e aplicação, a princípio, tão óbvias, mas será que são óbvias mesmo?
Vamos refletir um pouco mais sobre o jovem, ele não era uma pessoa distante de Deus, ao contrário, era diligente em sua religiosidade, obediente aos mandamentos, e mais que isso, tinha discernimento sobre quem era Jesus, visto que o chamou de bom mestre. Jesus percebeu que havia algo de errado com o moço desde o início, não aceitou o elogio, pois não sentiu nele sinceridade.
Vou me dar ao direito de imaginar algumas coisas sobre o jovem: Jesus orientou-o a vender tudo o que ele tinha e repartir com os pobres. Será que no dia a dia do rico rapaz, ele era uma pessoa gananciosa, preso ao dinheiro, mesquinho? Eu acredito que não, ele devia inclusive ajudar os menos favorecidos com suas posses. Mas talvez ele fizesse isso, e repetindo, eu estou imaginando, com o que lhe sobrava.
Todavia, mesmo que ele ajudasse os outros com tudo o que possuía, como acontece com aquilo que é feito pela carne e não movido pelo Espírito de Deus, sua vida piedosa era para agradar a ele, mesmo que tivesse atitudes aparentes de uma pessoa espiritual, em seu coração ele devia se envaidecer com o estilo de vida que tinha. Não, isso não é só imaginação, não, já que é só a presença muito forte de Deus, num coração realmente humilde, que pode fazer o ego humano perder a evidência, permitindo que Deus receba a glória. Pela reação que ele teve quando Jesus pediu para que ele abrisse mão de riqueza, essa tinha pra ele um valor grande demais.
Quando Jesus orientou-o a vender tudo, tudo mesmo, ele sentiu que perderia aquilo que ele usava para “barganhar” sua falsa espiritualidade, sua religiosidade, que lhe dava um status no meio social em que vivia. É isso o que um coração com o ego entronizado quer, receber glórias de seus semelhantes. O que nos dá essa necessidade equivocada? Baixa autoestima, carência de elogios, complexo de inferioridade? Chame a psicologia do nome que for, essa é a maior vaidade humana, mais que querer ser mais rico ou mais bonito, mas querer ser mais espiritual. Sim, querer ser visto como alguém espiritual também pode ser vaidade e pecado, talvez o maior deles, foi essa vaidade que Lúcifer teve, foi essa a glória que ele quis receber, a glória de Deus.
Não, nós não precisamos ser milionários para cair nesse erro, querer mostrar para os outros que somos mais espirituais, o que podemos usar para barganhar espiritualidade pode ser menos que uma grande fortuna assim como pode ser coisas diferentes de poder material. Nossos talentos podem ser usados para estabelecer uma superioridade diante das pessoas. Pergunte a um músico se ele estaria disposto a deixar tudo por Deus, até seu talento. Muitos argumentariam que o talento que eles possuem é para servir a Deus, Deus não o tiraria isso deles, mas somente depois do talento ser entregue nas mãos de Deus, como um “isaque”, é que a vaidade é deixada em segundo plano para que somente o Senhor seja glorificado através desse talento.
Essa vaidade, porém, sempre gera incoerência. Enquanto um lado nosso quer mostrar espiritualidade, o outro poderá ser escravo de coisas materiais, de vezes pequenas e fúteis. Como saber se temos essa incoerência em nosso coração? Faça uma autocrítica, responda a si mesmo: o que você não abriria mão? E eu não estou me referindo a coisas grandes não, mas a pequenas. Existem coisas que ninguém sabe, mas que nós dificilmente viveríamos sem, dificilmente encararíamos as outras pessoas sem essas coisas. São muletas das quais ficamos dependentes. Muitas vezes disfarçamos essas coisas dando a elas outros nomes: “ah, esse é meu jeito de ser”, “é só uma pequena vaidade, não faz mal a ninguém”, “não vou enfrentar o público sem isso”, “não, isso é o que tenho de melhor, de mais importante, não posso viver sem”, etc...
Vou confessar uma fraqueza minha: cultura. Não me importo se minha roupa ou mesmo meu carro, sejam mais baratos ou mais feios do que os dos outros, mas não gosto de me sentir burro. Tenho a tendência de sempre me nivelar, e isso é uma muleta, sentindo dentro de mim, em segredo, sem que ninguém saiba, que eu sou mais culto, mais inteligente, mais “sacado”. Sim, confesso, esse é meu pecado, minha vaidade, e já precisei ser humilhado várias vezes para abrir mão disso.
(A psicologia diz que não existe complexo de superioridade, ninguém se acha melhor que ninguém, é por nos acharmos piores que reforçamos certos atributos e posses para nos colocarmos acima do outros. Tudo na verdade é complexo de inferioridade, o que muda é a forma como reagimos. Uns se encolhem de vez, inferiorizando-se, se sentido a pior das criaturas, outros se elevam, bancando uma posição arrogante, achando-se superiores.)
Mas voltando a mim, para mostrar essa superioridade sempre quis que os outros me vissem de posse de bons livros, com conhecimento de filosofia, de ciência, e mesmo de teologia. Tenho várias Bíblias, sim, elas me são úteis para fazer meus estudos e reflexões, Deus me abençoa e tem me usado nisso. Contudo, até que ponto isso é vaidade e não necessidade? É vaidade quando eu gosto de expor em público uma Bíblia diferente, melhor, mais nova, vaidade disfarçada de espiritualidade.
A prova disso é que numa ocasião eu comprei uma Bíblia muito especial, com a versão que eu queria, e no formato, tamanho e capa que eu desejava. Então, na mesma tarde, Deus me mandou dar a tal Bíblia a um amigo. Se Deus tivesse me mandado dar a ele um cheque de mil reais eu não me sentiria tão mal, mas era uma Bíblia, um livro, do jeito que eu queria, algo que faz com que eu me sinta especial. Sim, eu dei a Bíblia, foi bênção na vida de meu amigo, mas a doação foi algo extremamente doloroso que me revelou algo muito importante sobre mim.
Bem, no meu caso, aquela Bíblia foi a riqueza do jovem rico, percebi como eu estava amarrado a coisas materiais, a coisas que me davam um falso status, a coisas que poderiam me fazer sentir superior as outras pessoas. Desculpe-me por contar essa minha privacidade, mas não achei um jeito melhor de compartilhar essa reflexão com você.
E você, do que é que você não abre mão, o que é que te faz sentir-se melhor, mais forte, mesmo superior, e que você não consegue viver sem, diante dos outros? Para as mulheres pode ser um penteado de cabelo, uma roupa, um calçado, uma joia, não, não estou dizendo que não temos o direito de estarmos bonitos e bem arrumados, mas precisamos saber até que ponto esses valores externos são mais importantes que os internos, os realmente espirituais. Até que ponto o cabelo desarrumado nos envergonha mais que um pecado não confessado?
Feliz é o homem que descobre que seu maior bem é Jesus, é a presença de Deus em seu coração, é a opinião de Deus sobre a sua vida, e que o resto, sejam coisas visíveis ou virtudes subjetivas, não podem dar a ele paz, não podem fazer dele alguém melhor. Na verdade somos alguém melhor quando somos templo do Espírito Santo, quando levamos em nós o doce cheiro do Evangelho, quando nosso coração é um trono limpo e bem conservado para que Deus se assente e reine. Quando é assim, não precisamos ter nada, nenhum bem, nenhum reconhecimento humano, apenas a confiança de que Deus mora em nós e é glorificado através de nossas vidas.

Quem mais eu tenho no céu, senão a ti? E na terra não desejo outra coisa além de ti.” (Salmos 73.25).
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quinta-feira, novembro 29, 2012

Os fins não justificam os meios

        "Os fins justificam os meios", é uma frase que representa o maquiavelismo e quer significar que os governantes e outros poderes devem estar acima da ética e moral dominante para alcançar seus objetivos ou realizar seus planos.
Essa frase de Nicolau Maquiavel (Florença, 3 de maio de 1469 — Florença, 21 de junho de 1527, historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento), também representa o princípio básico das religiões de maneira geral, mas é o contrário do que prega o genuíno cristianismo. Não, não espero que você concorde com isso, já que isso toca no cerne da maioria das crenças, justifica o pensamento da fé na fé, que diz que se sincera, não importa a onde esteja e de que modo seja executa. É por isso que o verdadeiro cristão tem tantos inimigos, ele não pensa assim e tem coragem de dizê-lo.
O cristianismo diz que Jesus é a verdade e somente a fé nele é que poderá salvar o homem, sinceridade somente, não salva ninguém. Bem, muitos nem acham que precisam ser salvos de alguma coisa, isso também é com a consciência de cada um, mas como eu disse, não espero que você concorde com isso...
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quarta-feira, novembro 28, 2012

Cheios do Espírito!

    "Quando vos levarem às sinagogas, aos magistrados e às autoridades, não vos preocupeis com o que haveis de responder, nem com o que haveis de dizer. Porque o Espírito Santo vos ensinará na mesma hora o que deveis dizer." (Lucas 12.11-12).

Deus não precisa necessariamente de bons oradores, mas Deus usa tanto bons quanto os não tão competentes oradores, desde que estejam cheios de seu Espírito Santo. Claro que é muito prazeroso ouvir um orador competente e cheio do Espírito falando, mas testemunhar e adorar é direito e dever de todo filho de Deus, diferente de chamada específica para pastorear e ministrar o louvor. Contudo, quem deve nos motivar sempre é Deus, mais nada!!
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terça-feira, novembro 27, 2012

Tem certeza?

    Agradecer a Deus por tudo, reconhecê-lo no caminho e nas pessoas, não é necessariamente ter uma vida de comunhão verdadeira com Deus. Os homens de maneira geral, por religiosidade ou por algum tipo de misticismo, também o fazem. Você tem certeza que sua vida está no centro da vontade de Deus? Tem certeza que está agradando a Deus com sua devoção? Tem certeza que está pronto para enfrentar a eternidade? Por nos amar, o Espírito Santo está sempre nos exortando sobre a seriedade das escolhas que fazemos nessa existência.
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O mais perdoado é o mais grato

    “Certa vez, um dos fariseus convidou Jesus para comer com ele; Jesus, então, entrando na casa do fariseu, sentou-se à mesa.
E havia uma mulher pecadora na cidade. Quando soube que Jesus estava à mesa na casa do fariseu, ela trouxe um vaso de alabastro com perfume;
e pondo-se atrás dele e chorando aos seus pés, começou a molhar-lhe os pés com as lágrimas e a enxugá-los com os cabelos;* e beijava-lhe os pés e derramava o perfume sobre eles.
Mas, ao ver isso, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este homem fosse profeta, saberia quem o está tocando e que espécie de mulher ela é, pois é uma pecadora.”
Lucas 7.36-39 (leia até o verso 50 para um entendimento melhor)

O fariseu olhou a mulher, trouxe à tona o pecado dela, é assim o arrogante, olha pra baixo, vê o homem, procura o pior no homem. É assim aquele que não assume seus erros, ou que nem os cometeu, não por temer a Deus, mas pelas próprias forças, e obra assim sempre glorifica o homem, não a Deus. Mas o fariseu, em sua arrogância, não conhecia o principal, a Jesus, duvidou dele quando disse que Ele não era profeta, não sabia quem era a mulher.
A mulher, chamada de pecadora porque devia ter uma reputação ruim, provavelmente uma prostituta, ela sim, sabia quem era Jesus. O texto diz que ela chorava enquanto lavava os pés de Cristo com suas lágrimas e derramava sobre eles o perfume do vaso de alabastro. Infelizmente, a maior sensibilidade, a ótica correta da referência do certo, do santo, do divino, muitas vezes só é aprendida depois de muito se pecar, depois de muito se sujar, depois de ser muito humilhado.
Não despreze o pecador arrependido, aquele que errou, que foi marginalizado por isso, envergonhado, assim como entenda que muitas vezes o maior temor e sabedoria não estão naquele que aparentemente nunca cometeu grandes deslizes. Quantas vezes usamos de preconceito com pessoas que chegam machucadas e estigmatizadas na igreja, ex-viciados, divorciados, gente que já teve uma vida promíscua e mundana. Esses, depois de lavados e sarados, podem ser os vasos mais usados por Deus dentro de sua casa.
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segunda-feira, novembro 26, 2012

As flores estão na terra

     "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã trará suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu problema." (Mateus 6.34)

Preocupa-me quem não espera em Deus um futuro melhor, a resposta para algo impossível, mas me preocupa também quem não vive o presente de maneira satisfeita, agradeça a Deus por esse momento, pelo que você tem agora, e faça isso todos os dias. Você pode até descobrir que o que mais pede já te foi dado, está bem pertinho de você e você não viu. As estrelas estão no céu, mas as flores estão ao redor de você, na terra em que você pisa.
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Voltar atrás, às vezes, a única saída

    Uma vez um pastor me disse: "Deus conta com nossos erros", por mais ante-teológica que pareça a frase, isso é às vezes a única maneira que Deus tem para trabalhar em nosso homem interior. Alguns de nós nos protegemos de tal forma, nos mantemos corretos de um jeito, e isso na força humana, que Deus simplesmente não pode manifestar seu poder em nossas vidas. Infelizmente, para nós, é preciso uma queda, para valorizarmos o braço forte do Senhor nos levantando. Eu nem estou me referindo a pecado explícito, esse erro Deus não quer contar mesmo. Refiro-me a acidentes de percurso, decisões que tomamos na vida em uma direção, quando melhor seria tomássemos em outra.
Por que Deus não nos avisou antes de errarmos? É claro que Deus avisou, mas nós estávamos cegados por uma intenção às vezes correta, nesse caso me parece que Ele nem insiste muito. Isso porque é somente vivenciando esse erro, sentindo-o todas as suas consequências, no fundo de nossas almas, é que aprenderemos determinada lição. Mas não se preocupe, quando entender isso, volte atrás, sem medo, refaça o caminho, às vezes só ganhamos quando perdemos. Nada é tão grande que Deus não possa recuperar, dinheiro, bens, relacionamentos? Deus faz milagres, restaura e em dobro, como aconteceu com Jó, aliás, o maior exemplo de alguém que parecia estar fazendo tudo certo e tudo acabou desandando.
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domingo, novembro 25, 2012

Aos casados: namore

        Aos casados: o tempo e a vida podem priorizar a esposa, a mãe, a companheira de luta em comum pelo lar e pelos filhos, mas não deixe que se perca a namorada em sua amada. A paixão é o que dispara uma relação, é a base dela, não pode nunca ser relegada. Arrume um tempo, pare tudo, e namore, um amor verdadeiro nunca esquece como é namorar, nunca deixa perder-se a juventude que há no coração de todos nós, juventude que é mantida pelo amor. Um casamento completo e satisfeito, em todos os sentidos, é fonte de santificação, protege-nos das armadilhas do Diabo, das fraquezas da carne, permite que subam com liberdade nossas orações ao Pai.

Aos músicos da igreja: notoriedade, é necessária?

        Nessa minha caminhada com Jesus, no meio de sua Igreja, já vi muita gente de talento musical, bons cantores, excelentes instrumentistas, diga-se de passagem, que não ficavam devendo nada para músicos seculares. Essa honra é nossa, dos evangélicos, como é de conhecimento geral, nos Estados Unidos da América, é tradição artistas tops terem sido criados no ceio da igreja evangélica, no meio gospel.
Já vi também muito líder querendo ministério musical reconhecido, vender CDs, emplacar hits nas igrejas e rádios, encher estádios com shows mirabolantes. Então eu torno a questionar: é assim que a coisa funciona no meio do povo de Deus? Bastar ter talento musical e querer notoriedade para que o ministério aconteça?
Talvez a pergunta certa seja até que ponto tal notoriedade serve a Deus? Não, por favor, não entendam errado, Deus chama, sim, pessoas especiais para ministérios especiais, Deus prepara pessoas, com talento, unção e carisma, para estar debaixo de holofotes e levar o Evangelho às multidões. Temos visto isso, graças a Deus, no Brasil, ministérios de música de excelente qualidade artística e aprovados com uma unção diferenciada do Senhor. Esses ministérios têm sido divisores de água no trabalho da igreja evangélica em nosso país. Mas eu torno a perguntar, precisa ser notório para ser útil nas mãos de Deus?
Claro que não, e notoriedade não é pra qualquer um. Já disse isso outras vezes, mas não concordo com aquele ditado que fala que “Deus não chama os preparados, mas prepara os chamados”, em minha opinião Deus prepara os preparados para obras específicas. Quem é preparado? Todos, de alguma forma e para um determinado fim. Portanto precisamos ter discernimento para entender o que Deus quer de nossas vidas, mesmo sabendo do potencial que temos.
O problema é que às vezes pensamos assim: “tenho talento, tenho convicção de minha chamada, então Deus tem grandes coisas pra mim”. Já tive a oportunidade de compartilhar na postagem Síndrome de super-herói minha opinião sobre sair da igreja local em carreira solo, ter um ministério independente de uma igreja local, sem estar sob a liderança direta de um pastor específico. Como disse nesse texto, respeito essa postura e acredito que ela possa vir de Deus, contudo penso que ela é exceção, não regra. As pessoas devem orar bastante quando sentem que esse deve ser o caminho para seus ministérios. Em minha experiência, na maioria das vezes, nós músicos, e eu sei disso porque sou músico, queremos é uma plateia maior, queremos mais aplausos, queremos quantidade, e não realmente obedecer a voz do Espírito, reinterando, essa é minha opinião e minha vivência.
Nessa atitude, que pode ser impulsiva, por faltar paciência para esperar em Deus que Ele nos use dentro e através da igreja local, nos colocamos numa liberdade perigosa que pode nos levar ao esfriamento e mesmo ao desvio. Não basta querer e poder tecnicamente para fazer, Deus tem que querer e só Deus pode fazer de um ministério musical uma bênção para as nações. Estendo essa minha opinião aos pregadores, que também podem ter essa tendência de carreira solo. Na verdade o que eu acredito é que a ligação com uma igreja local, que estar debaixo da autoridade de um pastor, conviver com uma comunidade, com sua hierarquia, com os departamentos, no dia a dia, é indispensável para que recebamos o tratamento do Senhor em nossas vidas, tratamento esse que tem como objetivo moldar nosso homem interior. O personagem de artista pode ficar mais evidente que o servo de Deus, esse último não é personagem, não é uma capa, mas a realidade do coração que obedece verdadeiramente a Deus em humildade e em simplicidade.
Lembro-me de Johann Sebastian Bach (Eisenach, 31 de março de 1685 — Leipzig, 28 de julho de 1750), músico alemão. "Sua habilidade ao órgão e ao cravo foi amplamente reconhecida enquanto viveu e se tornou legendária, sendo considerado o maior virtuose de sua geração e um especialista na construção de órgãos. Também tinha grandes qualidades como maestro, cantor, professor e violinista, mas como compositor seu mérito só recebeu aprovação limitada e nunca foi exatamente popular, ainda que vários críticos que o conheceram o louvassem como grande. A maior parte de sua música caiu no esquecimento após sua morte, mas sua recuperação iniciou no século XIX e desde então seu prestígio não cessou de crescer." (fonte: wikipédia).
Bach trabalhou em várias cidades e desempenhar diversas funções como instrumentista, cantor, compositor, professor e música e construtor de órgãos, mas praticamente, na maior parte do tempo, Bach foi músico local alemão (cantor chefe e organista) de igreja luterana, não um artista pop reconhecido em toda a Europa como outros (Handel e Mozart, por exemplo). Hoje ele é considerado "um dos mais prolíficos compositores do ocidente. O número exato de suas obras é desconhecido, mas o catálogo BWV assinala mais de mil composições, entre elas inúmeras peças com vários movimentos e para extenso conjunto de executantes. A vastidão de sua Obra fica ainda mais óbvia quando se sabe que possivelmente metade dela se perdeu ao longo do tempo." "Na apreciação contemporânea Bach é tido como o maior nome da música barroca, e muitos o veem como o maior compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a consumação de seu gênero." (fonte: wikipédia).
Não, fama e reconhecimento da maioria nada significam, principalmente para um servo de Deus que só quer adorar ao seu Senhor através de sua musicalidade, isso basta, só isso.
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sábado, novembro 24, 2012

A vida não é só festa

        "E também como aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e construíam. Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, do céu choveu fogo e enxofre, destruindo a todos." (Lucas 17.28-29).

Temos direito à alegria, mas temo por aqueles cuja alegria está somente em comer, beber e festejar.
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Pare e obedeça!

    Então nós dizemos: "estou fazendo tudo certo, estou me esforçando, estou trabalhando, mas a bênção não vem, parece que nunca me sinto satisfeito, qual é o problema?". Deus é educado, se alguém fala, Ele se cala, se alguém faz, Ele espera. Pare de fazer a coisa errada, mesmo que ela aos seus olhos pareça a certa. Deus não faz porque nós nos esforçamos, mas porque nós o obedecemos. Pare de cavar em poços secos, não adianta insistir e ir mais para o fundo, pare e ouça a voz de Deus. Ela te orientará a cavar o poço certo, sim, você terá que fazer a sua parte, mas ela não lhe será pesada, e as águas vivas logo aparecerão, alimentando seu corpo, sua alma e seu espírito.
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sexta-feira, novembro 23, 2012

Um caniço agitado pelo vento

       "E, quando os mensageiros de João se retiraram, Jesus começou a dizer às multidões a respeito de João: Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Pois eu vos digo que, entre os nascidos de mulher, não há outro maior que João" Lucas 7.24,28a

Um caniço agitado pelo vento, somos nós, quando Deus nos usa, mais do que isso? Um pedaço de bambu vazio, cujo som que produz nada mais é que o movimento do vento por seu interior? Esvaziados de tudo, podemos fazer algo de útil a não ser deixar que o Espírito Santo passe por nós e crie uma bela melodia?
Mesmo assim tem muita flauta querendo soprar a si mesma...

Religião, para que religião?

    Alguns a usam para fugir da culpa, participam das cerimônias e rituais com a severidade de quem toma um remédio amargo, que não se sabe bem pra que serve, mas se é remédio é pra ser tomado. Outros se apaixonam pela teoria das religiões, já que buscam respostas intelectuais, se encantam com as ideias, mas mantêm-se longe da prática. Poucos se envolvem com a prática, e desses muitos se decepcionam com a realidade dos praticantes.
Mas com tudo isso, ninguém que buscou uma experiência real com Deus, não apenas esporádica, quase que por sorte, mas experiência alcançada com meticuloso cuidado, e nem vou usar a palavra fé, já que ela é álibi para se acreditar em qualquer coisa, todo mundo que buscou uma experiência assim encontrou um Deus pessoal e que age de forma positiva na vida das pessoas.
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quinta-feira, novembro 22, 2012

Músico, sê fiel no pouco

         “E ele lhes disse: Acompanhai-me a um lugar deserto e descansai um pouco. Porque os que iam e vinham eram muitos, e eles não tinham tempo nem para comer. Assim, eles se retiraram de barco para um lugar afastado e deserto. Todavia, muitos os viram partir e os reconheceram; e, vindo de todas as cidades, correram a pé para lá e chegaram antes deles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão dela, pois eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.” Marcos 6.31-34

Tantas vezes Jesus quis se retirar, ter uma privacidade só ou somente com os apóstolos, mas a multidão o seguia e Ele, mesmo cansado, por compaixão, ensinava as pessoas e até as alimentava fisicamente.
Então eu penso no ministério musical, quantas vezes por ser um culto com menos pessoas, e não menor por causa disso, mas por ser um evento menos frequentado na igreja, os músicos deixam de participar. O que se passa na cabeça deles? Só Deus sabe, mas sei que na minha já passou o pensamento equivocado de que eu não preciso ficar desgastando minha atuação com trabalhos pouco evidentes.
Será que Jesus agiu assim? Quando precisava compartilhar coisas importantes com os apóstolos, e esses tinham prioridade já que seriam eles que compartilhariam o Evangelho com o mundo depois que a obra redentora fosse feita, será que Jesus se sentia constrangido em ter que dar atenção à multidão?
Como ter um ministério verdadeiro sem que haja humildade? É preciso servir ao indivíduo, antes do coletivo, é precisa morrer para que Cristo viva, é preciso desaparecer, não no meio da multidão, mas entre um grupo pequeno de pessoas, para que a obra de Deus seja feita sem vaidade. Para isso não se negue a servir numa pequena congregação, só ou com companheiros de ministério, às vezes, com menos experiência musical. Celebridade, fama, dinheiro? Essas necessidades não existem no coração de um servo, elas podem até ser consequências, mas não motivações. 
Músico, sirva a Deus servindo as pessoas, sem se importar com o número delas, com a relevância do culto, já que todos os cultos são importantes pra Deus assim como todas as pessoas podem ser abençoadas, sejam no número que forem, através do seu cantar e do seu tanger de harpa.

Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; quem é injusto no pouco, também é injusto no muito.” Lucas 16.10
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quarta-feira, novembro 21, 2012

Não é fácil pra ninguém, mas Jesus dá a paz

         Vejo gente dizendo que seu problema não pode ser resolvido, muitos, para conviverem com algo de solução complicada, mudam os valores, reinterpretam as coisas, acomodam-se à justificativa equivocada de que afinal de contas não é um problema que eles têm, apenas uma característica que pode ser administrada.
Mas será que é fácil para um viciado em drogas, em cocaína, em crack, deixar o vício? E para uma prostituta, é fácil esquecer todo um passado de vida promíscua, sentir-se limpa mesmo depois de tudo o que se fez? E para um assassino então, mesmo perdoado por Deus, ele terá que conviver com as consequências de seus atos enquanto viver nesse mundo. Nem para um fumante, é fácil deixar a nicotina, para um depressivo, os remédios e os impulsos suicidas...
Bem, não é fácil pra ninguém, e muitos, mesmo depois de perdoados e libertos, terão ainda uma vida de lutas, de resignações, de "nãos" à carne. Não, viver nesse mundo é bem difícil, portanto não se refugie no engano de que seu problema é o maior de todos, que você tem motivos pra ser o que é, que é uma vítima de tudo. Vou dizer agora aquilo que você já ouviu: se entregue pra Jesus, confie nele, muitas coisas não tem solução, mas consolo e paz isso existe para os que descansam em Deus, pode ter certeza.
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terça-feira, novembro 20, 2012

Não fique fora de uma igreja!

          Deus não usa porque é perfeito, mas porque Ele quer usar, e porque, muitas vezes, não tem outra opção. Quem conhece um pouco de história sabe da inquisição, da contra-reforma, e de todo o mal que esses acontecimentos da Igreja Católica fizeram aos homens, aos cristãos, à liberdade. Quem lê jornal e vê televisão também sabe de homens que se dizem pastores evangélicos e que agem como lobos, priorizando dinheiro e poder desse mundo.

Mas assim como não podemos desprezar 1.200 anos em que a Igreja Romana era a representante oficial do cristianismo na terra, também não podemos menosprezar tudo o que o protestantismo das igrejas evangélicas fez nesses 400 anos ensinando que o cristianismo genuíno é aquele pregado por Jesus e pelos apóstolos, onde não há necessidade de acréscimos de doutrinas, seja por decretos ou tradições, ou de outros mediadores, além de Cristo.

Seja como for, a Bíblia diz que o Evangelho será pregado a toda a criatura, e só então começará o "fim", portando ninguém poderá usar a desculpa de que ninguém lhe falou de Jesus. Não fique fora de uma igreja cristã verdadeira, um soldado solitário nada pode, você tem centenas de pessoas que pensam como você e que podem ajudá-lo em uma causa que não é dos homens, mas de Deus.
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segunda-feira, novembro 19, 2012

Síndrome de super-herói

        Respeito a chamada individual de cada um, temo, porém, ministérios tipo "paladino solitário", que se manifestam de duas maneiras: primeiramente trabalhando ministerialmente paralelo à igreja, sem que esse caminho ministerial esteja dentro de uma igreja, sujeito a um pastor. Isso pode levar a pessoa a uma "independência" perigosa, além de desconsiderar um sistema, que é a igreja local, pronto para receber, curar e alimentar os frutos de qualquer ministério.

A outra maneira é ter um ministério ligado à igreja, contudo numa disposição de "estou fazendo pra Deus e não preciso dar satisfação a ninguém". Ambos os jeitos prejudicam o único objetivo de qualquer ministério: o indivíduo. Suas necessidades não são levadas em conta, mas somente a vaidade de quem quer trabalhar, sim, mas sem estar sujeito à autoridade.

Bem, como eu disse no início, respeito a chamada de cada um, contudo essa é minha opinião, em minha área, a música, vejo a necessidade que temos de pessoas talentosas e chamadas, que por um motivo ou por outro seguem em "carreira solo" colocando-se distantes da visão da igreja local, debilitando-a, para essas só o tempo ensinará que esse não é o melhor caminho.

Se você tem um ministério independente da igreja, não me leve a mal, mas considere os prós e contras de sua visão, e acima de tudo avalie-se pelos frutos, que não são aplausos, mas vidas salvas, tenho certeza de que se Deus está a sua frente você está seguro do que está fazendo.
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domingo, novembro 18, 2012

Santidade: ferramenta limpa para uso de Jesus

      Santidade não é lugar pra se chegar, não pode ser um objetivo em si mesmo, solitário, aparentemente espiritual, mas que honra o que a tem, assim como acontece em muitas religiões, principalmente orientais. No verdadeiro cristianismo, santidade é condição que se experimenta à medida que se caminha com Jesus e que se faz a vontade dele. Santidade nos prepara para trabalhar para Deus, para servi-lo melhor, é disposição da ferramenta para que funcione com eficácia. O que adianta um martelo novo e limpo, com o cabo de madeira envernizada e com a ponta de metal brilhando, mas guardado em uma gaveta, trancafiado, sem uso? Com o tempo ele envelhecerá, poderá enferrujar-se, sozinho e inútil. É Jesus quem dá sentido a tudo, dele, nele e para ele.

Pedis e não recebeis, porque pedis de modo errado, só para gastardes em vossos prazeres.” (Tiago 4.3), sim, mesmo santidade pode ser desejo de coração vaidoso, que quer essa virtude para impor-se de alguma maneira.
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sábado, novembro 17, 2012

Um jumentinho amarrado, que ninguém montou

   “Quando se aproximavam de Jerusalém, Betfagé e Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois de seus discípulos e disse-lhes: Ide ao povoado que está adiante de vós, e logo que ali entrardes encontrareis um jumentinho amarrado, em que ninguém ainda montou. Soltai-o e trazei-o. E se alguém vos perguntar: Por que fazeis isso? Respondei: O Senhor precisa dele, e logo o mandará de volta para cá.
Eles foram e acharam o jumentinho amarrado a um portão, do lado de fora na rua, e o desamarraram. E alguns dos que ali estavam lhes perguntaram: Que fazeis, soltando o jumentinho? Eles responderam como Jesus lhes havia mandado; e deixaram que o levassem.
Então levaram o jumentinho a Jesus, lançaram sobre ele seus mantos, e Jesus o montou.
Muitos também estenderam seus mantos pelo caminho, e outros, ramos que haviam cortado nos campos. E tanto os que iam à frente dele como os que o seguiam, exclamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana nas alturas!
Jesus entrou em Jerusalém e foi ao templo. Tendo observado tudo em redor, como já era tarde, foi para Betânia com os Doze.” 
Marcos 11.1-11


Você está buscando uma bênção? Saiba que Deus a tem pra você, mas não é qualquer bênção, metade da solução, uma parte da cura, ele a tem inteira, na melhor forma, no tempo perfeito.
Jesus procurou manter-se incógnito, o quanto isso era possível, durante quase toda a sua trajetória pela terra. Orientava os curados a não fazer propaganda da bênção. Procurava manter-se distante das multidões, como já disse, naquilo que era possível.
Contudo, o momento do texto acima era crucial, ele estava entrando em Jerusalém, lá o centro da obra que ele realizou ocorreria. Dessa vez ele deixou-se ser conhecido, mesmo que as pessoas não entendessem sua missão. Elas ainda o viam como o libertador físico, político e militar, à semelhança do rei Davi, que estava vindo para livrar os judeus da opressão romana.
Para esse momento ele precisava de um meio de transporte, e é aí que nossa reflexão chega ao ponto, o meio de transporte que ele escolheu simbolizava toda a obra redentora que ele fez: uma cria de jumento, que ainda não tinha sido montada.
Qual o trabalho que os discípulos tiveram para achar o jumento? Praticamente nenhum, eles tiveram apenas que obedecer a Jesus, o jumento estava amarrado, esperando para ser levado, e aos que questionaram por que eles o estavam levando, bastou responder: o Senhor, ou o mestre, precisa dele. Simples assim e o jumento foi levado.
Era um jumento, não um cavalo, não um animal atrelado a uma carruagem, um simples jumento, isso mostra a humildade de Jesus. Contudo, não deveria ser qualquer jumento, era pra ser um jumento novo, que ninguém ainda havia montado. Isso mostra santidade, limpeza, purificação, uma montaria “virgem”, e acima de tudo a realeza de Jesus, era costume que para uso real ou sagrado o animal fosse assim. Humildade e santidade, essas são as características principais que esse rei tem, não a pompa de um imperador, nem com os armamentos de um legionário, mas com a simplicidade de alguém que é escolhido por Deus.
É essa a bênção que Jesus tem pra você: um jumentinho amarrado, que ninguém ainda montou. Significa que o que o Senhor tem pra você é só pra você, exclusivo, especial, a bênção não será roubada de ninguém, não será tirada à força, você não precisará usar de qualquer tipo de violência para se apossar dela. Mas ela estará lá, amarrada, pronta pra você, isso quando você chegar à Jerusalém, quando chegar ao lugar e no tempo certo. Até então, ande com humildade, seja discreto, espere em silêncio.
Mesmo depois que você estiver de posse da bênção também deverá caminhar em humildade e em santidade, sem esnobar-se por ter tido sua oração respondida. Contudo, sua felicidade será completa, mesmo que os outros não a entendam, e as pessoas não entendem mesmo a bênção de Deus, você terá a certeza de que está no lugar certo, do jeito certo, pleno da posse da bênção de Deus.
A bênção de Deus é isso, um jumentinho que ninguém nunca montou, pode parecer pequena e humilde, mas é aquilo que Deus tem pra você, é separada, é limpa, exclusivamente sua e tenha certeza, será o suficiente.
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sexta-feira, novembro 16, 2012

Quem segue a Jesus tem um testemunho real

    Quero enfatizar isso, já que é um engano que eu cometo. Às vezes frequentando uma igreja, gente como eu, que presunçosamente acha que já viu de tudo nessa vida, que já sabe tudo, julga as pessoas. Pensamos: "pessoas limitadas, sem programa, estão aqui por mera religiosidade". Mas nesse último culto que participei, novamente Deus revelou a alma de um de seus pequeninos, mais uma vez vi que dentro de um coração, às vezes discreto e simples, existe um tesouro de Deus guardado. Não duvidemos, existe muita gente com experiências reais com Jesus, que foram difíceis de serem vividas, mas que depois trouxeram alegria e vitória. Existe muita gente provando a realidade que é a presença de Deus. E quanto a nós, temos experimentado isso? De verdade? Ou seguimos distantes, enxergando Jesus, mas de longe, desconfiados, amargos...
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Sobre quem estão os holofotes?

      “É necessário que ele cresça e eu diminua.” João 3.30

Até que ponto nossa visão de trabalho, de ministério, para Deus, é realmente aprovada por Deus? Até que ponto o fazemos por obediência e não por vaidade? Até que ponto estamos quebrantados de forma que Deus realmente esteja sendo glorificado e compartilhado através de nossos ministérios? Em especial, faço essa exortação aos músicos, instrumentistas e cantores, da igreja. Até que ponto você está fazendo o que Deus quer e não o que você quer? Sabe como você pode saber isso? Através dos frutos, seu ministério realmente tem dado frutos, e frutos que permanecem? Também aos músicos, frutos não são aplausos...
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quinta-feira, novembro 15, 2012

"Deus meu, por que me desamparaste?"

    “E à hora nona, Jesus exclamou em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactani?, que traduzido é: Deus meu! Deus meu! Por que me desamparaste?” (Marcos 15.34).

Não, Jesus não reclamou, não aliou a Deus qualquer injustiça, naquele momento Ele apenas constatou o fato, que fato? Que Deus o tinha desamparado, isso era errado? Não, aquela foi a maneira que havia para Deus salvar todos os homens, desamparar seu filho. Jesus sabia muito bem disso, conhecia sua missão desde o princípio, muitos que ele abençoou, Ele sabia que no final o trairiam, o desamparariam. Quantos de nós podemos suportar isso, passar pela provação, pelo abandono temporário de Deus, crentes de que Deus está fazendo o melhor, de que Ele tem um propósito com esse desamparo. Nenhum de nós, todavia, poderia passar por um desamparo do tamanho que Jesus passou, com tanta dor física, tanta humilhação psicológica, suportando tanta blasfêmia, tanto insulto. Mas Jesus passou isso por todos nós.
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quarta-feira, novembro 14, 2012

No centro da vontade de Deus

  “Jesus lhe respondeu: Se alguém me amar, obedecerá à minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos nele morada.” João 14.23

Coloque-se no centro do plano de Deus para sua vida e você verá suas orações respondidas, suas necessidades, todas, supridas, sua felicidade completada, o impossível feito. Qual é a vontade de Deus para todos nós senão que caminhemos com Ele, adoremos seu nome e compartilhemos com os perdidos a sua salvação? Disponha-se, sirva a Deus e Ele porá seus pés numa rocha.
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terça-feira, novembro 13, 2012

O cego de Jericó: 4 momentos de um milagre

   “E foram para Jericó. Quando ele, seus discípulos e uma grande multidão saíam de Jericó, junto do caminho estava sentado um mendigo cego chamado Bartimeu, filho de Timeu. Quando ouviu que era Jesus Nazareno, ele começou a gritar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Muitos o repreendiam para que se calasse, mas ele gritava ainda mais: Filho de Davi, tem compaixão de mim!
Jesus parou e disse: Chamai-o. Chamaram o cego, dizendo-lhe: Coragem! Levanta-te, ele está te chamando! Lançando de si a sua capa, levantou-se de um salto e dirigiu-se a Jesus.
E Jesus lhe perguntou: Que queres que te faça? O cego respondeu: Mestre, que eu volte a ver.
Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. Imediatamente ele recuperou a visão e foi seguindo Jesus pelo caminho.
Marcos 10.46-52

1º Sinta sua dor, não a esconda, ciente dela, não tema a multidão, sua repreensão, não se intimide, grite, grite alto para Deus: é momento de sentir, você tem esse direito.

2º Desprenda-se do orgulho, abaixe as armas, solte-se de tudo que possa prendê-lo e siga em direção a Deus: é momento de se humilhar, você tem esse dever visto que precisa de Jesus.

3º Seja objetivo, seja racional, diga qual é o seu problema, o principal, em alto e bom som: é momento de pensar e de falar, não se disperse, encare seu problema de frente.

4º Tenha fé, a palavra de Jesus pra você é que você está curado, abençoado, liberto: é momento de crer, descanse na certeza de que Jesus tem poder e graça para te abençoar, seja qual for seu problema.
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segunda-feira, novembro 12, 2012

Saiba mais sobre sua religião

   Muitos dos enganos, da perda de tempo, das decepções, e dos consequentes rancores e revoltas que advém disso tudo, que experimentam as pessoas em relação à religião, e principalmente em relação ao cristianismo, poderiam ser evitados com simples aquisição de informação, informação, até que seja possível e os historiadores sabem que isso não é algo fácil, verdadeira.
Estude um pouco de história para saber mais sobre a prática e intenções de sua religião, confronte opiniões, seja um pouco científico. Sim, fé não precisa de provas, e todos devem ser respeitados naquilo que creem e sentem, mas sejamos lúcidos, não é porque cremos com sinceridade que é digno. Muitos de nós nos ofendemos, quando nosso objeto de fé é criticado, mas será que isso nos incomoda justamente porque sabemos que no fundo temos dúvidas sobre o que cremos?
Se você sabe fatos incontestáveis sobre sua religião, fatos que a denigrem, procure melhor, nessa terra as coisas serão sempre imperfeitas, mas não use isso como desculpa para conviver com metade da verdade, nem faça isso porque é tradição de seus pais, porque sempre foi assim. Tenha coragem de fazer as suas opções, sirva a Deus no melhor que for possível, principalmente no meio cristão, onde, atualmente, existem tantas vertentes, tantas expressões, tantas igrejas dentro da Igreja espiritual que é o corpo de Cristo.
Pensemos nisso, mas pensemos mesmo, filósofos e céticos têm ganhado credibilidade porque às vezes conhecem mais da nossa religião do que nós mesmos.
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domingo, novembro 11, 2012

Apaixonado por Deus

Mantemos-nos apaixonados enquanto mantém-se o mistério sobre o objeto da paixão, esse mistério consiste em nos deixar sempre com um gosto de "quero mais". É algo que ainda não sabemos, que não conhecemos direito, e que nos prende e nos desafia a conhecer. O mistério nos deixa desconfortável, já que não temos controle sobre aquilo que não sabemos, é por isso que o afeto errado, proibido, negado, nos atrai tanto.
O que é mais profundo, desconhecido, multiforme que Deus? Mais que um amante que às vezes se transforma num amigo, perdendo o mistério, mais que um amigo, que às vezes se transforma num amor, pelo mistério que contém.
As pessoas não entendem a convicção que muitos cristãos têm sobre a vida, sobre a morte, sobre o perdão, sobre Deus, sobre Jesus e sobre o Espírito Santo, porque elas, se têm, têm uma experiência apenas intelectual com o cristianismo, mesmo muitas que são sinceramente religiosas e dogmáticas. Nessa experiência, que é superficial apesar de tudo, cabe o cristianismo, mas também cabem outras religiões, filosofias e crendices.
Contudo, quando se tem uma experiência pessoal, com um Deus que é uma pessoa, uma experiência não apenas no intelecto, mas no coração, e acima de tudo, no espírito, entende-se realmente qual é a vontade de Deus para a vida dos homens, encontra-se a verdade, aquela que os filósofos têm tanto medo de dizer que existe ou que pode ser possuída.
Essa experiência, todavia, é acima de tudo uma experiência de paixão, apaixonados temos todas as certezas e muita felicidade, seria impossível não ter toda a convicção do mundo estando nesse estado, apaixonado por Deus, você não concorda? Como você se sente então quando está apaixonado por alguém? Mas experimentar a Deus excede a paixão que podemos sentir por qualquer coisa ou pessoa.

Assim como a corça anseia pelas águas correntes, também minha alma anseia por ti, ó Deus! Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo, quando irei e verei a face de Deus?” (Salmos 42.1-2), leia todo o Salmo 42 e sinta a paixão de uma alma por Deus.
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sábado, novembro 10, 2012

Sigo com a alma leve

      Como me sinto bem em ver que com o tempo Deus tem curado meu coração, que já foi tão rancoroso, já guardou tanta mágoa, hoje, executar perdão me é mais fácil, quem ganha com isso sou eu, caminho com a alma mais leve e libero os outros de qualquer mal que tenham cometido contra mim, isso não é qualquer tipo de vitimização, creiam meus amigos, é apenas uma feliz constatação, obrigado meu Deus!
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Tempo de ser santo

        Graças a Deus, à medida que o tempo passa, a ilusão dos prazeres da carne e da alma humana, perde a força, mas é chama que nunca será extinguida totalmente. Contudo, à medida que caminhamos com Jesus, o tempo que nos resta para pensar e agir na carne e na alma, diminui, não paramos de pecar porque queremos, mas porque temos coisas mais importantes a fazer no Espírito, queremos adorar e servir a Deus. Não podemos acabar com o pecado, mas podemos acabar com o tempo disponível para pecar.
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sexta-feira, novembro 09, 2012

Portas abertas

  ”E aquele que der até mesmo um copo de água fresca a um destes pequeninos, porque é meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá a sua recompensa.” (Mateus 10.42).

A igreja precisa ser uma casa de portas abertas sempre, para receber homens, mulheres, jovens e crianças, precisa estar pronta, com um sorriso amigável, com um cumprimento fácil, com uma atitude acessível, para acolher todos os que procuram a presença de Deus.
Para isso faz-se necessária uma disposição de vigilância, de sobriedade, de sensibilidade espiritual, de forma a abraçar, a trazer para perto, e jamais distanciar ou menosprezar.
A igreja não é um clube fechado e os que a frequentam há mais tempo de maneira alguma têm mais privilégios, se deve mais respeito, que aquele que acabou de sentar-se numa cadeira para assistir pela primeira vez um culto.
Se você não procede assim, tente fazer isso no próximo culto que você participar, saia de sua cadeira, de sua zona de conforto, de sua timidez espiritual, e cumprimente um visitante ou alguém que está frequentando a igreja há pouco tempo, converse com ele, preocupe-se com ele, ame-o.
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quinta-feira, novembro 08, 2012

Palavra dura para tempos de homens duros de coração

      "Em casa, os discípulos perguntaram a Jesus de novo sobre isso. E ele lhes respondeu: Aquele que se divorcia de sua mulher e casa com outra comete adultério contra ela. E se ela se divorciar do marido e casar com outro, comete adultério." (Marcos 19.10-12), palavra dura, que está na Bíblia e que tem que ser dita.

O tempo urge

    ‎"O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com plenitude." (João 10.10).

É preciso que o povo de Deus acorde, pare de viver como crentes aparentes, que falam e que se vestem como crentes, mas que não o são em seus corações.
É preciso que o povo de Deus busque a Deus, participando dos cultos, e não apenas os assistindo, orando em casa, e não apenas na igreja, louvando com interação espiritual e emocional com Deus, e não apenas cantando música.
É preciso que vidas sejam salvas, curadas e alimentadas, que se dê testemunho no mundo, que os cultos sejam levados a sério, que se pare de olhar para as aparências das pessoas e seu busque a Deus com contrição e temor.
É preciso porque o tempo urge, os perdidos clamam, e muitas famílias de crentes estão se perdendo em religiosidade e mundanismo.
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quarta-feira, novembro 07, 2012

Um caminho

  Algumas pessoas passam a vida apaixonando-se por teorias, querem se casar, mas não se arriscam em um relacionamento até as últimas consequências, querem uma religião, mas só leem livros de autoajuda e tratados teológicos, filosóficos ou espiritualistas, nunca experimentam a prática das teorias. Gente assim não acha a felicidade, seja nas relações humanas ou nas religiões, seja qual for a religião, seja qual for a relação... Gente assim, não admite, mas acha que já sabe o suficiente, gente assim não se expõe a maior aventura do homem: errar e aprender com o erro. Quer achar a verdade? Escolha um caminho e vá até o fim dele, qualquer um. Se você se decepcionar, saberá que esse caminho não é o melhor, então escolha outro e faça a mesma coisa. Essa maneira, a maneira de provar pra saber, é científica, é cansativa, é demorada, mas pode levá-lo a um lugar. Contudo, muito mais feliz é o que crê sem ver, sem saber, bem, esse é o caminho do Evangelho...

E Jesus lhe disse: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.” (João 20.29)

Jesus lhe respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém chega ao Pai, a não ser por mim.” (João 14.6).
                                             
Percorrerei o caminho dos teus mandamentos, quando ampliares minha compreensão.” (Salmos 119.32).
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TEMPO = PECADO

     O tempo é uma referência que existe por causa do pecado. (Pecado é um termo meio complexo para se definir, mas entenda-se como sendo qualquer erro de percurso que o homem comete, que lhe causa culpa, seja um erro consequente de uma fraqueza da carne ou de qualquer outra opção que ele fizer, que o desvia, de alguma maneira, do ideal de vida que Deus tem pra ele. Qual o nosso ideal de vida? Jesus Cristo, esse é o ideal.)
O homem passou a envelhecer porque passou a morrer, e passou a morrer porque pecou. Consequentemente com o pecado, passou-se a sentir o tempo passar, passou-se a contá-lo. Com o tempo inventamos a comparação e a valoração das coisas, em muitos sentidos e é claro, de forma equivocada: “os mais jovens têm mais saúde, já que viveram menos”, “os mais velhos são mais sábios, porque viveram mais tempo”, “eu vivi com aquela pessoa há alguns anos, eu a conheço bem”, “acabei de conhecer tal pessoa, acho que ela sempre foi assim”. Como nos equivocamos com o tempo quando nossas emoções estão excitadas, na angústia, o tempo parece não passar, é assim na saudade, na espera. Quando estamos vivendo uma experiência prazerosa, pra nós, o tempo parece parar, mas quando olhamos o relógio, vimos que o tempo passou rapidinho. Quem já não experimentou um momento único no tempo, quando tudo parece ficar congelado, eternizar-se? Momentos assim ficam marcados em nossas memórias para sempre. Na infância o tempo parece passar lentamente, mas à medida que envelhecemos, o tempo corre.
Como não existe tempo para Deus, os conceitos que o Espírito Santo compartilha com o nosso espírito muitas vezes não são entendidos por nós. Nós, seres humanos encarnados, estamos intrinsecamente amarrados ao tempo (e ao pecado). Mas é preciso buscar em Deus um esclarecimento para que entendamos as coisas espirituais, ensinadas a nós por um criador eterno, atemporal e que é sempre o mesmo.
      A primeira coisa que muda em nós, quando entendemos isso, e a interpretação que fazemos dos textos bíblicos. É óbvio que registrada por homens, mesmo que inspirada pelo Espírito Santo, a Bíblia relata eventos históricos, ligados à moral e aos costumes de tempos diferentes, relativos aos fatos. Mas se olharmos com os olhos espirituais, veremos que isso não é relevante. Percebemos isso quando a Bíblia fala, por exemplo, do papel da mulher nas sociedades, assim como dos escravos, assuntos tão temporais. Não, os textos bíblicos não orientam qualquer tipo de revolução contra essas arbitrariedades (nem orienta que não se faça tais revoluções, a Bíblia na verdade não trata de política, de sociologia ou de qualquer outra ciência). A Bíblia ensina, porém, que em qualquer sociedade, mesmo que pareçam injustos aos nossos olhos modernos, os costumes podem ser vividos e ainda assim termos uma experiência com Deus, sermos abençoados por ele, protegidos contra qualquer espécie de injustiça. É indiferente, Deus que sempre tem um conhecimento de tudo de cima, além do presente, além do pecado, além do tempo, sempre sabe o que importa, e também o que não importa. A rebeldia, a incredulidade, o pecado, depois da queda do homem, sempre existiu, e existirá até o momento final dessa criação. O remédio para tudo isso é o nome de Jesus, o cordeiro de Deus que foi sacrificado por toda a humanidade.
Mas essa referência temporal confunde muitos fundamentos importantes para a nossa saúde espiritual, vou citar alguns exemplos. Pecado não tem tamanho e nem duração, ele pode ser perdoado de maneira que as consequências emocionais e espirituais dele sejam apagadas, não sendo mais empecilho para qualquer atitude positiva de Deus em nossas vidas. Contudo, isso não significa que não haverá consequências no mundo material, parece óbvio, um erro que diz respeito à matéria só pode mesmo causar problemas à própria matéria. Mas Deus, em sua graça, ameniza mesmo as consequências ruins de nossos erros nesse mundo material.
     Se não errar é um dever, também temos o direito às bênçãos de Deus, quando agimos de maneira correta (mesmo quando erramos, as misericórdias de Deus nos guardam até o ponto que isso não nos torna irresponsáveis). Esse direito também não é relativo à extensão do tempo que andamos corretamente. Lembremos-nos da parábola do filho pródigo, o filho que se rebelou e passou algum tempo gastando-se nas fraquezas e sujeiras da carne, mereceu tanta alegria do pai, é claro que depois dele se arrepender e voltar para a casa, quanto o filho que nunca tinha deixado o lar. Ao contrário, nesse exemplo, o tempo revelou aquilo que estava no coração do filho que aparentemente era obediente, ele era vaidoso, fez o que fez, no tempo que fez, com as intenções erradas, e teve muita inveja do irmão que voltou arrependido. É triste quando uma pessoa está cega de uma maneira, que não consegue se alegrar com a alegria de quem se arrepende e volta à casa do pai, é triste quando a inveja escraviza o coração do homem com rancor, que só faz mal a quem sente, e que acaba anulando toda uma vida de suposta fidelidade.
O tempo também pode ser usado para acorrentar o homem, encarcerando-o a uma disposição do passado, a alguém que ele foi e não é mais. Quantas vezes nós encontramos alguém, que conhecemos há muito tempo e que cometeu um erro em sua vida. Nós não queremos saber se esse alguém mudou, como está a vida dele agora, no presente, mas olhamos essa pessoa com olhos do passado. Vemos tal pessoa da maneira como ela era há tantos anos atrás, nós a condenamos a uma eterna disposição de erro (o que é mais próximo ao inferno que ser condenado por toda a vida por um erro que já reconhecemos e deixamos de cometer?). Essa pessoa pode estar mudada, ter se arrependido, pago um preço alto pelo erro que cometeu, e depois disso tudo ser, agora, outra pessoa, diferente, melhor. Mas os nossos olhos, como são olhos do passado, como são olhos injustos, como padecem da ótica espiritual, da ótica de Deus, da misericórdia, da esperança de que algo pode mudar com o tempo, e para melhor.
     Acredito que o melhor que se tem a dizer sobre o tempo, para quem se posiciona como cristão, é: não dê atenção a ele, enxergue a vida com os olhos espirituais, disponha-se em Deus, através do Espírito Santo, e esteja sempre pronto para entender e receber as coisas e as pessoas com benignidade, com misericórdia, com fé, esperando sempre o melhor, desejando a paz. Passe o sangue de Jesus no tempo e apague os erros, seus e dos outros.
As pessoas estão tão ocupadas, nos dias atuais, com estética, com beleza, do corpo, dos cabelos, com saúde, pagam altos preços nas cirurgias plásticas, nas academias e nos salões de beleza, mas mesmo assim envelhecerão e ficarão menos belas. Quer ser jovem para sempre, belo para sempre? Não deixe que o tempo passe, mas isso não pode acontecer no corpo, somente no espírito. Tenha certeza, porém, de que seu espírito for jovem, for gracioso, estiver limpo pelo sangue de Jesus, e se ele enxergar as pessoas com a mesma graça, sua alma e seu corpo receberão as bênçãos decorrentes, o tempo não parará, isso é impossível de acontecer, mas ele será mais lento, você começará a viver a eternidade aqui, nesse mundo material.

"E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, que enviaste.João 17.3
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terça-feira, novembro 06, 2012

Alegrai-vos com os que estão alegres

        ‎"Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram." Romanos 12.15

        Algo está muito errado com a nossa vida quando começamos a ficar "desconfortável" com a alegria do outro. Não deixemos que inveja se transforme em rancor, clamemos a Deus e peçamos em nome de Jesus que nosso coração seja liberto, chamemos o pecado pelo nome e nos livremos dele.

Ministro: não perca o foco

Caminhar com Jesus nos leva a um crescimento, esse crescimento acontece à medida que esquecemos-nos de nós, que nos colocamos em segundo plano e nos preocupamos com os outros. Atingir a maturidade é perceber que o que importa não são os ministérios da igreja, mas as pessoas, e todas elas, sem esquecermos-nos de nenhuma. O ministro maduro perde, mesmo em qualidade de seu ministério, na aparência desse, para ganhar o coração das pessoas. O ministro maduro tem paciência, espera, não porque ele precise de tempo, mas porque as pessoas precisam, as ovelhas necessitam disso. Precisam de tempo para se decidir, para crescer, pois o ministro maduro exerce antes de tudo o discipulado, para que todos cheguem aonde ele chegou e continuem crescendo.
Alguns ministros perdem o foco, e com isso até pecam, porque começar a achar que seus ministérios, que seus objetivos pessoais, importam mais que as pessoas. Começa-se a ver coletivo, e não o indivíduo, e isso só ocorre quando, mesmo que não se admita, se olha somente para si mesmo. Quando o ego é agradado, as outras pessoas perdem suas identidades, suas preferências, suas necessidades. O ideal seria que todos pensassem nos outros, dessa forma todos teriam relevância para todos e ninguém seria esquecido, desprezado, injustiçado. O chamado por Deus para desempenhar um ministério na igreja precisa ter essa ótica, se é que sua chamada realmente vem de Deus.
Aplico essa reflexão ao ministério musical, que é a minha área principal de atuação na igreja. Às vezes, sinceramente preocupado com a apresentação de uma música de qualidade, começo a exigir do grupo algo que vai agradar à minha referência de qualidade. Com isso me esqueço do indivíduo, de cada componente da banda, da orquestra ou do coro, me esqueço das pessoas, seres de carne e osso, de seus melindres. Quando perco o foco, começo a perder as pessoas, sendo assim é claro que a qualidade musical cai. Muitas vezes é necessário que a qualidade da música seja diminuída para que as pessoas sejam abraçadas, cuidadas, abençoadas.  Depois que isso acontecem, que os corações são recuperados, a música naturalmente chega à excelência, sem que se precise tanto esforço.
Ministro, não perca o foco, a prioridade é o indivíduo, aja assim e verá que naturalmente seu ministério alcançará a qualidade que seu coração tanto deseja em Deus.
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segunda-feira, novembro 05, 2012

Perdão: uma dose basta

        "Eu te peço perdão por isso", por que esse pedido é tão difícil de ser feito? Sem sinônimos, sem desculpas, sem rodeios, eu peço desculpa e pronto. Da mesma maneira a dádiva do perdão, "eu te perdoo por isso", objetivamente. Perdão é remédio que se toma em uma única dose, de uma vez, diluído em um copo de água de puro amor.

Não desista, Deus ainda pode mudar sua vida

        Colocamos-nos como vítimas quando achamos que nossa dor é maior, que somos mais injustiçados que os outros. Mas eu vejo o mundo ao meu redor e contemplo tantas dores diante de problemas difíceis de serem resolvidos.
Que dor a de um viciado em drogas e a de sua família? Mesmo um comum viciado em nicotina, vê total impossibilidade em sua libertação do vício.
Que dor a de pessoas com doenças terminais, tomando remédios fortes e caros para que sua aflição seja pelo menos um pouco diminuída?
Que dor a de quem perde um parente, num acidente ou num crime? Maior ainda a dor, quando é um ser amado jovem que se vai...
Que dor a de um pai que não pode dar o melhor a seus filhos ou a de uma mulher que não pode ser mãe?
Que dor a do solitário, que dor a do acompanhado?

Eu poderia listar muitos outros casos, mas diante da dor do mundo, por que nos colocamos no direito de achar que nossa dor é maior, ou que ela não pode ser amenizada? Que direito temos de desistir ou de achar que no nosso caso não existe solução, que temos que aceitar as coisas do jeito que são e pronto?
Toda comparação é injusta e dor não se compara, mas é preciso dizer que a luta é de todos e que tem gente no mundo com problemas sérios, problemas que atingem a vida desses e de quem convive com esses de forma bem cruel, talvez muito mais cruel do que os que atingem a sua vida, debilitando muito mais. Mas a todos está disponível um Deus poderoso, um perdão ilimitado de Jesus, um Espírito Santo que consola e fortalece sempre. A todos está disponível a esperança e um milagre.
Isso é Evangelho e ele será pregado enquanto houver vida nesse mundo, enquanto for da vontade de Deus, mas cuidado, quem sabe qual será sua última oportunidade? Portanto não desista, Deus ainda pode mudar sua vida, Ele mudou a minha e a de muitas outras pessoas.
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domingo, novembro 04, 2012

Mais que músico, adorador!

         O enchimento do Espírito Santo é uma necessidade para os cristãos, sem Deus em sua plenitude dentro do coração, não se pode caminhar com Deus. Contudo, para os músicos, que experimentam uma vida emocional em seus limites, que são capazes de expressar as impressões da vida através da arte, para esses cujas almas podem ser manipuladas por suas próprias sensibilidades, a unção do Espírito Santo é uma obrigação. Na verdade, sem ela, em toda a sua plenitude, é impossível a músicos que querem ministrar adoração para o povo de Deus, executar essa tarefa.
Sem um batismo poderoso do Espírito Santo eles poderão tocar com excelência, apresentar uma realização musical de qualidade, mesmo tocar o coração das pessoas, Deus, todavia, não pode ser ministrado somente com talento e trabalho. O óleo do Espírito Santo precisa ser derramado com abundância sobre as mãos, as bocas, as mentes, os corpos, os corações, as almas e os espíritos, de maneira que o homem, mesmo o mais competente, desapareça, e Deus tome o seu lugar.
Como sabemos que estamos cheios do Espírito Santo? Quando entendemos que adorar a Deus é melhor que tocar e cantar, eu sei, por experiência própria, que executar música, para o músico, é a maior das experiências humanas, enche o coração de um prazer indescritível. Mas a maior experiência de um ser humano convertido é sentir a poderosa presença de Deus através do Santo Espírito, quando isso acontece tudo o mais é esquecido, deseja-se somente adorar o Senhor. Essa experiência não toca somente os sentimentos, muda também o caráter do homem, faz com que ele queira ser santo, e mais do que dar um desejo, entrega ao homem forças para vencer o pecado.
Músicos, precisamos entender isso, querer isso, viver isso, sem isso só seremos músicos, e não adoradores.
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