domingo, setembro 30, 2012

Oração: remédio eficaz

        Doenças psicológicas podem ser instaladas em nós através de disposições erradas sobre a vida, que mantemos durante anos, meio que inconscientemente, e que um dia se realizam como enfermidade. Certamente, quando ela afeta de forma objetiva a normalidade da vida, a doença tem que ser tratada com medicação. Contudo, a maneira de fazer com que a doença não volte mais, é mudar as tais disposições, bem, isso não é fácil pra ninguém.
Tenho experimentado na oração, uma forma eficaz para mudar as disposições erradas de minha alma, precisei de remédios para tratar certas doenças, mas hoje me sinto melhor do que estava antes da enfermidade, o mal foi trazido pra fora e está sendo curado, com auxílio médico profissional, sim, mas embaixo de oração.
Quer um conselho, caso você ou algum conhecido tenha esse tipo de problema? Procure profissionais sérios da área, mas fale com Deus a respeito, orar é um remédio eficaz, não somente para nos consolar das consequências da doença, mas para resolver a causa real dela.
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sábado, setembro 29, 2012

"Levanta-te e vai em paz"

        "Busquei o Senhor com todo o meu coração, com todo o meu pensamento, com todo o meu sentimento, com todas as minhas forças, entreguei a Ele todas as minhas ansiedades, todos os meus temores, pedi dEle um milagre, uma intervenção poderosa em todas as áreas da minha vida, uma mudança em minha disposição depressiva, em minha tendência pessimista, em meu gosto equivocado pelas coias ruins, clamei para que eu não achasse mais solução na ira, na pressa, nas palavras violentas, então Deus me respondeu: “levanta-te, vai em paz, eu ouvi a sua oração e farei o melhor em sua vida”".

sexta-feira, setembro 28, 2012

O indivíduo, mais que a multidão

        “Olhando para eles ao redor, indignado e muito triste por causa da dureza do coração deles, disse ao homem: Estende a tua mão. Ele a estendeu, e ela lhe foi restaurada.” Marcos 3.5

Preocupados que estamos, muitas vezes, com grandes milagres, grandes realizações, que possam exibir nossa espiritualidade para os homens, nos esquecemos do sofrimento pessoal. Queremos a salvação de milhões, oramos por isso, mas não nos damos ao trabalho de dar atenção a uma pessoa em especial. Não paramos para conversar com alguém, que muitas vezes, se senta todos os cultos ao nosso lado, alguém que pode estar precisando e muito de uma atenção.
Pois quero misericórdia e não sacrifícios” (Oseias 6.6a), Jesus vivia esse princípio. Ele se deu pela humanidade toda, mas se entristecia com um coração endurecido, com um aleijado estigmatizado. Jesus olhava para os olhos de uma pessoa, mesmo perdida em meio à multidão, ele a identificava, sentia seu sofrimento, respondia ao questionamento mais profundo e sincero de seu coração, ele percebeu a mulher que sofria com hemorragia e que o tocou em meio à turba (Mateus 8.44).
Isso importava mais que deixar sem argumentos os fariseus, que se fazer conhecido pelos importantes, que obter poder social e político, e em prol de um indivíduo ele podia ignorar todo um circo armado por seus inimigos, foi o que ele fez com a mulher pega em adultério (João 8.1-11).
Quando entenderemos isso? Quando deixaremos de nos apegar a vaidades, mesmo as disfarçadas de espiritualidade, de prioridades ministeriais? Isso para amarmos o próximo, que como o próprio Evangelho chama, está bem próximo, precisando do nosso amor.
Não se pode viver o cristianismo com um coração frio, que não chora com os que choram e nem se alegra com os que alegres estão. Mas para ter essa empatia, é necessário se desfazer não só das vaidades, mas da inveja, do ciúme e de todo o tipo de egoísmo que nos impede de se preocupar mais com os outros do que com a gente.
O Espírito Santo tem me levado a refletir bastante, nos últimos dias (e quem acompanha esse blog pode perceber isso), sobre falsa espiritualidade e a importância de se viver um cristianismo que alcança o indivíduo, e não a massa. A massa esconde, minimiza, rouba a identidade, é tudo o que o verdadeiro Evangelho não faz. Ele revela, dá relevância, e respeita a identidade de cada um.
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quinta-feira, setembro 27, 2012

Quando a bênção de Deus ocorre naturalmente

        A intervenção de Deus é sempre bem-vinda, como resposta a muita oração, seja para nos livrar de um pequeno inconveniente ou executando um milagre sem precedências que muda o rumo de nossas vidas. Contudo, deliciosa é aquela bênção que ocorre naturalmente, como se nós não precisássemos fazer nenhum esforço. Nesses últimos dias, provei por três vezes de bênçãos assim, que me pareceram tão naturais, tão leves, isso em sua manifestação, mas que teve como consequência atuações magníficas de Deus.
A primeira foi a bênção de poder evangelizar alguém, isso não aconteceu estando eu procurando conscientemente fazer isso, mas aconteceu porque estava no lugar certo, fazendo a coisa certa. Bem, nessa situação Deus me deu o tempo e a oportunidade para falar de Deus a uma pessoa, que me pareceu totalmente preparada para aquele momento. Sim, o Evangelho deve ser pregado a tempo e fora de tempo, mas como é prazeroso encontrar uma pessoa preparada, num lugar propício e com o tempo a nosso favor para podermos compartilhar com ela algo do coração de Deus.
A segunda foi a bênção da presença de Deus em um culto, mas veja, num culto que cheguei cansado, num momento que preferia mesmo ficar em casa descansando. Mas a presença de Deus foi tão forte que me inundou, veio de fora pra dentro, tocou meus sentimentos de uma maneira única, tirou de mim um louvor especial, me fez desejar ser mais santo. Nessa experiência a unção de Deus foi tão forte que transbordou, abençoou as outras pessoas, e ministrando que estava num instrumento musical, fez a presença sobrenatural do Espírito Santo alcançar a todos no templo.
A terceira foi a bênção de rever uma pessoa especial em minha vida, meu primeiro pastor, que me batizou em 1976, na Primeira Igreja de Santo André, São Paulo. Encontrei-o em São Paulo, capital, durante a celebração de 50 anos da “Edições Vida Nova”. Nessa ocasião, minha alegria já era grande, por estar naquele evento, fazendo o que mais gosto que é tocar meu instrumento, na companhia de minha filha de um pastor amigo, que me convidou para a noite. Mas o encontro com aquele pastor, foi um algo mais, desses que Deus nos dá por amor, amor de pai que quer presentear seu filho. Pensei muito nesse encontro, durante mais de trinta anos de minha vida, mas ele ocorreu naturalmente, num bom momento, e foi pura alegria, coisa de Deus mesmo.
Acredito que uma manifestação poderosa de Deus é desencadeada com os seguintes fatos: primeiro, uma vida em oração, que pede pela vontade de Deus e se prepara para ela. Segundo pela disponibilização, pelo trabalho, pela ação, que se coloca no lugar certo, fazendo a coisa certa. Para alguém que vive de acordo com esses dois princípios, não resta outra coisa a Deus senão abençoar, não só com o necessário, mas com mais que isso, Ele transborda para que a bênção não só abençoe a vida que orou e fez, mas os outros ao seu redor.
Essa experiência reflete a vida de Jesus. Cristo orava e muito, se preparava, se santificava, e se disponibilizava para executar a vontade de seu Pai. Com isso, as coisas aconteciam naturalmente, os encontros, tanto com indivíduos, como com a mulher pega em adultério, tanto com multidões, como na multiplicação de pães e peixes. Jesus não corria atrás da vontade de Deus, não diante dos homens, isso ele fazia em segredo, em oração. Mas em seu andar as coisas aconteciam naturalmente, e com muito poder, isso fazia com que a vida nunca o pegasse de surpresa, despreparado.
Ore, busque, santifique-se, leia a Bíblia, nivele sua fé, seja perdoado e perdoe, depois, descanse, a bênção de Deus é algo naturalmente simples. Nela o sobrenatural nunca o pegará de surpresa, os confrontos da vida não serão armadilhas pra você, e você nunca precisará dar qualquer “ajuda” para que a vontade de Deus aconteça. Repetindo a frase que ouvi do pastor e mestre Russell Shedd no culto de celebração que fui: “Não encontro paz em outro lugar que não seja na vontade de Deus”. Maravilhoso é quando podemos provar a vontade de Deus de maneira natural, chegarmos a um ponto onde Deus pode agir em nossas vidas sem maiores dificuldades, quando não somos nós que corremos atrás da bênção, mas é a bênção que corre atrás de nós, quando a bênção não é resultado de um esforço dolorido, mas de um descansar no melhor de Deus para nossas vidas.

quarta-feira, setembro 26, 2012

Perdão dos pecados: nosso maior bem

        “Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.” Marcos 2.5

Nós somente alcançamos a verdadeira espiritualidade, nossa vida espiritual muda de verdade, ou em outras palavras, “a ficha finalmente cai”, quando entendemos que o maior milagre que Deus pode executar em nossas vidas, não são curas físicas, bênçãos materiais como emprego e aquisição de bens, ou mesmo um noivado e um casamento. O perdão de nossos pecados é o maior bem que podemos receber de Deus.
Isso, e somente isso muda a nossa vida, a ótica que temos de Deus, de nós mesmos e das outras pessoas. Entender que o perdão dos nossos pecados é o maior bem que podemos possuir, faz-nos olhar as pessoas de maneira diferente, com verdadeira humildade. Perdoados sabemos e queremos perdoar, humilhados que fomos pelos próprios erros, não queremos humilhar os outros. Bem, mas como que nos dando um mimo, depois de nos perdoar, Jesus nos dá também todas as outras coisas, glórias a Ele por isso!

terça-feira, setembro 25, 2012

Mais sobre falsa espiritualidade

Se a espiritualidade não tiver como objetivo final e eficiente o amor a Deus e o amor ao próximo, sendo esse último manifesto através de amizade genuína, interesse pessoal e comunhão de fato e inteira, não apenas na igreja ou durante eventos, compromissos e cultos da igreja, desculpe-me, mas eu não acredito que essa espiritualidade seja verdadeira. É apenas religiosidade, mesmo que expressada com toda a ênfase "pentecostal" (ou não..).
Pare com os "efeitos" e converse com seu irmão, fale e ouça, de verdade, esse é o Evangelho que Jesus pregou, senão continue se enganando, saiba, contudo, que não adianta pedir unção e santidade se isso for usado para viver um suposto "cristianismo", cheio de egocentrismo e de aparências. O Evangelho é viver para Deus, mas de forma que isso tenha como consequência viver para o outro, e não para si mesmo.
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segunda-feira, setembro 24, 2012

4 lições em Marcos 1

        “E esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Estava com as feras, e os anjos o serviam.” (verso 13). No deserto, tentando pelo inimigo, em meio às feras, os anjos te servem.

E ele curou muitos doentes acometidos de diversas enfermidades e expulsou muitos demônios; mas não permitia que os demônios falassem, porque eles sabiam quem ele era.” (verso 34). O sábio é discreto, não cai na armadilha da vaidade de ser reconhecido como tal nem mesmo por seus maiores inimigos.

dizendo-lhe: Olha, não digas nada a ninguém. Mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para que lhes sirva de testemunho.” (verso 44). Seja justo em tudo, mesmo em coisas aparentemente desnecessárias, todos têm direito a sua honra.

Ele, porém, saindo dali, começou a tornar público o que havia ocorrido e a divulgá-lo por toda parte. Desse modo, Jesus já não podia entrar abertamente numa cidade, mas ficava fora, em lugares desertos. Mesmo assim, as pessoas iam até ele, vindas de todos os lugares.” (verso 45). A publicidade positiva sem sabedoria faz mais mal do que bem, nem toda bênção deve ser compartilhada, algumas são melhores que fiquem em segredo.
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domingo, setembro 23, 2012

O plano de Deus para a sua vida

        “André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João falar e seguiram Jesus. O primeiro que ele encontrou foi Simão, seu irmão; e disse-lhe: Achamos o Messias (que significa Cristo). E o levou a Jesus. Este fixou nele o olhar e disse: Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que significa Pedro).” João 1.40-42

André é pouco citado na Bíblia, na verdade na maior parte das vezes na lista dos discípulos mais próximos de Jesus. Dá-nos a impressão de que ele pouco fez, pelo menos pouco para ser citado. Contudo ele fez, com certeza, uma coisa, levou Simão Pedro, seu irmão, até Jesus. Seu irmão por sua vez se tornaria um dos apóstolos mais usados e mais conhecidos da Bíblia. André nada fez? Fez o que precisava ser feito, e isso bastou.
Muitos cristãos passam a vida querendo agradar a Deus, buscando entender qual o plano de Deus para suas existências, se esforçando para serem espirituais e constantes na obra de Deus. Mesmo assim eles nunca têm paz em seus corações, sentem-se cobrados para fazerem mais do que fazem e se acham sempre fazendo menos do que precisavam fazer.
Nessa empreitada equivocada, exercem cargos dentro na igreja, fazem caridade de tudo quanto é jeito, passam a maior parte do tempo possível com o povo de Deus, fazendo coisas pra Deus. Não, tudo isso tem que ser feito sim, mas não como um peso, uma obrigação, mas por amor e em paz. Contudo, pode ser que o real plano de Deus para a vida do cristão, aquilo que o cristão vai fazer de mais importante, sua razão de viver, seja bem menos do que aquilo que ele faz e que gostaria de fazer.
Qual é o plano de Deus para minha vida? Aquilo que somente eu posso fazer, aquilo que se eu não fizer, ninguém mais poderá fazer. Essa função tem a minha cara, cabe perfeitamente em mim, com todas as virtudes e todos os defeitos que eu possuo, mais ainda, até meus limites contribuirão para que o real plano de Deus para minha vida seja cumprido. Contudo, esse plano nem sempre é notório, é conhecido pelas pessoas, muitas vezes é executado em silêncio, em segredo, portanto para cumpri-lo é preciso se despir de vaidades.
Liberte-se das cobranças que são feitas por suas carências, por seus complexos, que o “superego”, usando um termo da psicanálise freudiana, exige de você, Deus não é seu pais terrestre, muito menos um “superego”, Deus te ama, te fez e quer te fazer feliz enquanto você faz o seu melhor fazendo os outros felizes também.
Alguém pode estar precisando conhecer a Jesus, alguém pode estar precisando urgentemente que alguém lhe fale de Cristo, e para esse alguém ninguém mais, além de você, pode levar o Evangelho. Você é a única pessoa que tem acesso a ele, de alguma maneira. Ou pela posição social e profissional que ele tem, pelo temperamento e personalidade que possui, pela cultura e pelo dinheiro que o cercam, ou simplesmente pela oportunidade de tempo e de lugar. Ninguém mais, a não ser você, pode falar e testemunhar de Deus para essa pessoa. Se essa pessoa for salva, toda a sua vida valerá a pena, porque uma vida vale muito pra Deus. Parece um exagero? Mas não é, quem disse que essa pessoa depois de convertida, não se tornará um grande pregador, que trará centenas de pessoas para o caminho de Jesus? Assim aconteceu com André.
Novamente eu preciso dizer o que já disse em outras reflexões: você não tem que ser espiritual para que os outros vejam, não precisa fazer e acontecer para suprir alguma necessidade afetiva sua, você precisa somente obedecer a Deus e ter toda a certeza do mundo que isso basta para que você seja feliz e cumpra o plano que o Senhor tem para sua vida.
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sábado, setembro 22, 2012

Aparências enganam

        Estereótipos, as pessoas acreditam na espiritualidade estereotipada, isso não é de hoje, a centenas de anos é assim, tem que "parecer" espiritual, mas as aparências enganam.
O espiritual, rezam essas regras hipócritas, tem que falar pouco, suportar tudo com um sorriso na cara, parecer antiquado e sem vaidades, usar jargões e clichês que são tradição dos grupos religiosos, não que isso tudo também não possa ser características de quem é espiritual. Na verdade para muitos ser espirituais é ser litúrgico, não só na cerimônia religiosa, mas na vida, fazer as mesmas coisas sempre.
Contudo, a maior mentira que acreditam esses que pregam estereótipos, é que o cristão não pode errar, se errar cai em descrédito, eles precisam ser perfeitos o tempo todo. Nega-se aí o conceito fundamental do cristianismo que é o perdão.
Jesus chocou o povo da época em que viveu como homem por vários motivos: falava o que ninguém sabia ou esperava, ficava quieto quando todos exigiam dele algum tipo de explicação, andava com gente errada, desprezava os que se achavam os mais certos, ia pouco a cerimônias e locais exclusivos para cultos religiosos, visitava as pessoas em suas casas, nos lugares públicos, se misturava com elas, sem vaidade, sem obedecer a um padrão de espiritualidade. E ele era espiritual, e muito, o Evangelho pelo qual viveu, morreu e ressuscitou, ensinava que o que vale pra Deus é o coração, os valores e atitudes que ninguém vê, mas que estão no interior do homem e influenciam toda a existência humana. Jesus desobedeceu todos os estereótipos de seu tempo.
Não pareça espiritual, seja espiritual, quem quer parecer o faz para homens, seja para Deus, pague o preço disso, já que a sinceridade e a verdade geram inimigos, gente no meio da igreja que se incomoda com atitudes que para eles, hipócritas e mal resolvidos que são, parecem incoerentes.
Para ver espiritualidade em alguém tem que enxergar Jesus na frente dessa pessoa, julgar alguém por um erro é injusto, quem sabe se o que cometeu tal erro já não se arrependeu e está perdoado por Deus? Mas para o falso espiritual, o espiritual não pode errar. Esses vivem uma vida de angústia já que a carga que jogam sobre os ombros dos outros em primeiro lugar jogam sobre eles mesmos. Quem não erra é Deus, e “deuses” não precisam de Deus, tem que ser homem, humano, para se provar a presença de Deus e ser realmente espiritual.

(Já refleti sobre este tema antes, se puder leia no link: Cuidado com a falsa espiritualidade ).
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sexta-feira, setembro 21, 2012

Não somos todos iguais

     Quem não participa, construindo, não tem o direito de criticar para destruir, se não quer se envolver, então fique quieto. Eu posso criticar a igreja evangélica porque estou dentro dela, fazendo o que posso para que ela seja melhor e não, necessariamente, concordando com tudo o que acontece dentro dela. 

    Agora para quem está fora: a tal bancada evangélica do senado não representa a maioria dos evangélicos brasileiros, a IURD (Igreja Universal) não é referência para igreja evangélica, e as igrejas evangélicas, diferente do que acontece com uma grande igreja cristã com sede no Vaticano (e nisso eu não estou fazendo qualquer espécie de crítica a essa igreja), não são todas iguais, se vestem do mesmo jeito, etc, portanto não use qualquer dos itens citados como desculpa para, generalizando, criticar todo o povo evangélico brasileiro, existe muita igreja evangélica idônea assim como muito evangélico lúcido e contextualizado. 

     Leia também Quem somos?   

Deus existe!

       Deus existe! Os ateus, os materialistas, os falsos cristãos, não acreditam nisso, não em um Deus pessoal. Esses até levantam a ideia de que uma influência energética positiva possa ser responsável por colocar ordem no universo, desde o “big bang” até hoje. Mas um Deus pessoal, que conversa com o homem, que se comove com suas mazelas, que intercede e age quando o homem pede, esse Deus não existe.
Mas como posso negar a existência de um Deus que dia a dia, e isso por anos em minha vida, tem se mostrado real? Quantas e quantas orações fiz, orações muitas vezes tiradas de um coração angustiado, apertado, incrédulo, quantos clamores levantei e Deus ouviu? E isso feito muitas vezes na solidão de um quarto, de uma sala, em absoluto silêncio.
Não, não houve um clarão, um anjo não desceu do céu e me apareceu, e pude contemplá-lo com meus olhos físicos, não aconteceu nenhum efeito cinematográfico “spielberguiano”. Quando abri os olhos, ou nem fechei, já que costumo orar de olhos bem abertos na maioria das vezes, me vi só, somente meu coração falava e falava. Mas quanta certeza tive de que Deus me ouvia, e ouviu, além do teto da casa.
Depois da oração testemunhei as coisas acontecerem, um relacionamento se refazer, um emprego acontecer, uma dor se substituída por uma paz infinita, um perdão limpar minha alma de uma maneira que me fez sentir uma criança novamente, e não um velho cansado. Sim, Deus existe, eu provo de sua existência a cada momento.
Contudo, é preciso que seja dito, provo dessa bênção me colocando em meu lugar, de ser humano, limitado e errado. Não me apresento como sabendo tudo, querendo dar conselhos a Deus, querendo mudar coisas que não podem ser mudadas. Não que não creia em milagres, mas isso é executado com lucidez, com temor a Deus, com inteligência.
Todavia, o mais importante que se deve fazer para se provar a Deus, é andar um passo de cada vez, com simplicidade, não se ocupar com coisas grandiosas demais, coisas que na realidade pouca diferença farão no dia a dia de nossa existência.
Acorde, ponha-se de joelhos e peça por aquele período, um sol entre duas luas. Peça pelas viagens que terá que fazer, de carro, de ônibus, nas ruas. Peça pelo seu trabalho, pelos colegas, pelo seu chefe. Peça por uma tarefa que terá que fazer naquele dia. Peça pela esposa, pelos filhos, quando esses estão fora do alcance de seus olhos, mas dentro da visão de Deus. Peça pelo seu levantar e pelo seu deitar, pela sua partida e pela sua volta. No final do dia, agradeça a Deus pelas suas muitas providências.
Faça, com humildade, acompanhando esses pedidos com trabalho e disposição, e verá os milagres, grandes e pequenos que Deus faz, pois Deus, Deus existe meu amigo!
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quinta-feira, setembro 20, 2012

Poda: tempo de descanso necessário

A alma humana precisa de tempo, aquele tempo quando se tem certeza que a semente foi plantada, mas que não se pode ver ainda a árvore crescida. Nesse tempo a terra parece vazia, contudo em seu interior uma vida cresce, cria raízes, e no tempo certo aparecerá. Um pedacinho se colocará para fora, a primeira folha, pequenina e verde, brotará.
Não se engane quem pensa que mesmo depois da árvore estar crescida, alta, com muitos galhos e folhas, e com flores e frutos dando no tempo certo, que não se viverá novamente um tempo de princípio, onde toda a beleza da árvore será retirada. Às vezes é difícil de entender esse tempo, ao invés de o aproveitarmos para descanso ficamos inúteis, ansiosos e duvidando de Deus. São necessárias podas temporárias para que os galhos antigos sejam retirados, e a árvore, então, possa dar novos frutos.
A lição disso tudo? Respeite seu tempo de poda, não fique exigindo frutos de árvore cansada, espere, novos galhos nascerão, flores lindas surgirão e frutos crescerão e poderão ser colhidos. Não, você não precisa estar envolvido em projetos mirabolantes o tempo todo, se dê ao direito de alguma reclusão, de estar só, em companhia somente dos mais próximos. Também não se compare com os outros, eles podem simplesmente estar numa fase diferente, deixe-os, não queira fazer as coisas somente para mostrar aos homens que você é espiritual.
Deus conhece seus limites e os respeita, Ele quer você inteiro, nãos aos pedaços, exausto, se for preciso pare e descanse, respeite o tempo da poda de Deus e fique em paz.

(Já falei sobre esse assunto numa outra reflexão, se puder leia (no link): Tempo da poda ).
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quarta-feira, setembro 19, 2012

Enfrente a vida com integridade

        “A integridade e a retidão me protejam, pois espero em ti.” Salmos 25.21

O que é integridade? Ser inteiro, ser o mesmo, sem rachaduras, sem divisões, em todas as situações, com todo o tipo de pessoa, em todos os lugares, seja com amigos ou com quem se coloca como inimigo, seja de manhã ou à tarde, seja no domingo ou na segunda-feira, seja na igreja ou no trabalho, seja íntegro, seja imparcial, não se venda ou mude debaixo de qualquer perigo ou tentação, e seja tudo isso em paz com Deus.
Assim, enfrente a vida, não tenha medo de qualquer circunstância ou de qualquer homem, siga de cabeça reta, nem abaixada e nem altiva, siga humilde, mas lúcido, convicto, mas não arrogante, com Deus à frente, atrás, dos lados, em cima e em baixo, totalmente coberto pelas asas do altíssimo. Siga perdoado, com a consciência limpa, com o coração leve, simples e sábio, sem malícia, porém consciente das astúcias do Diabo e do engano dos homens.
Enfrente a vida com integridade!

terça-feira, setembro 18, 2012

Sinta na carne o sofrimento de Jesus

     “deram-lhe vinho misturado com fel para beber; mas ele, provando-o, não quis beber.” Mateus 27.34

        A dor que Jesus sentia naquele momento, em sua carne e em sua alma, era tremenda, muito grande. Vinho com fel era um entorpecente da época que servia como anestésico, mesmo sofrendo uma agonia terrível, Jesus não aceitou essa mistura. (Fracos que somos, qualquer dor nos impede de orar, de ir ao culto, de tratar as pessoas com cordialidade, é álibi para nos fazermos de vítimas.)
Já li o capítulo 27 do Evangelho de Mateus tantas vezes em minha vida, contudo, nesta manhã, quando o li, senti uma tristeza muito grande. Parece que o sofrimento, testemunhado nesse capítulo sobre Jesus, eu senti na minha pele. Que tolo que sou, como se eu estivesse preparado, sobre qualquer aspecto, para tal sofrimento. Por outro lado, o sofrimento que Jesus passou não foi por ele, por mim, que covarde que sou, provocando o sofrimento de um inocente em meu lugar.
Mas, pela graça de Deus, essa experiência de Cristo não é pra me deixar com remorso, nem descontente, mas para que eu entenda, mesmo que somente uma parte, o tamanho do amor que o Senhor tem por mim. Mas creio que importa, sentirmos pelo menos alguma tristeza, quando lemos tudo o que Jesus sofreu por nós, se é que existe em nós alguma sensibilidade humana assim como algum entendimento espiritual.
A coisa mais importante do universo foi conquistada com muita dor, que coisa é essa? A minha vida, e de uma forma ou de outra, nada de bom vem a nossa existência sem dor, sem que nossa natureza carnal e rebelde seja subjugada pelo Espírito Santo de Deus, esteja preparado para isso.

Foi por mim tal sofrimento

Então os soldados do governador levaram Jesus ao pretório, 
e reuniram em torno dele todo o destacamento.
E, despindo-o, vestiram-lhe um manto vermelho muito brilhante, 
e fizeram uma coroa de espinhos e a puseram na sua cabeça, 
e na mão direita, um bordão, 
e ajoelhando-se diante dele, zombavam: Viva o rei dos judeus! 
E, cuspindo nele, tiraram-lhe o bordão e com este batiam na cabeça dele. 
Depois de zombar dele, despiram-lhe o manto, 
puseram-lhe suas roupas e o levaram para ser crucificado. 

Mateus 27.27-31
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segunda-feira, setembro 17, 2012

O choro mais amargo de todos

        “Pedro estava sentado do lado de fora, no pátio; uma criada aproximou-se dele e disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu. Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que estás falando.
E dirigindo-se ele para a entrada, outra criada o viu e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o nazareno. E, jurando, ele negou outra vez: Não conheço esse homem.
Pouco depois, os que estavam ali aproximaram-se e disseram a Pedro: Certamente, tu também és um deles, pois o teu falar te denuncia. Então ele começou a proferir maldições e a jurar: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou.
E Pedro lembrou-se do que Jesus dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. Então, saindo dali, chorou amargamente”.
Mateus 26.69-75

Não, não é na solidão sem Deus, em meio à sujeira do mundo, sem qualquer preocupação com os valores espirituais que se chora o choro mais amargo de todos. Também não é na heresia, totalmente envolvido com religiões e crenças que pretendem matar o cristianismo, no ateísmo, na bruxaria, no satanismo, não é nesse lugar que o choro é o mais amargo de todos.
O choro com toda a amargura possível à alma humana prova aquele que andou com Jesus, que sentiu a paz do perdão de Deus, que se alegrou com irmãos diante do altar do Senhor, mas que negando tudo isso nega a Deus, ao caminho que andou, a si mesmo e a tudo o que acreditou e almejou um dia, de melhor em sua vida, esse deseja a morte e ela não vem.
Que angústia devia estar presa no coração de Pedro, deixando-o totalmente desconfortável com a vida, para ele que a traição que estava cometendo já havia até sido revelada. E ele até que tentou, foi atrás de Jesus, testemunhou seu julgamento, ele que estava marcado pelo Evangelho de um jeito que até seu falar o denunciava, mas não conseguiu vencer a si mesmo.
Pedro não se esforçou o suficiente para superar seu medo, sua incredulidade, sua ignorância com relação aos propósitos de Deus. Pedro conhecia realmente a Jesus? Não, ainda precisava aprender uma lição, a mais amarga das lições, o negar daquilo que era a coisa mais importante de sua vida.
Essa negação o colocou no lugar certo, enfim, de uma forma dolorosa a vida de Pedro foi ajustada. Foi somente depois dessa dor descomunal que ele se tornaria o homem pelo qual as portas do céu seriam abertas, o homem que faria a primeira pregação do Evangelho, pregação que inauguraria o reino de Deus.
A dor, a dor insuportável, a humilhação pública, infelizmente na maioria das vezes é a única coisa que nos coloca no lugar certo para que possamos então cumprir a vontade de Deus em toda a sua plenitude.
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domingo, setembro 16, 2012

Judas Iscariotes

Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, dirigiu-se aos principais sacerdotes e disse: O que me dareis se eu o entregar a vós? E pesaram-lhe trinta moedas de prata. A partir de então, ele procurava uma oportunidade para entregá-lo.
Enquanto ele ainda falava, Judas, um dos Doze, chegou acompanhado de uma grande multidão com espadas e pedaços de pau, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos líderes religiosos.
Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisso, eles se aproximaram, agarraram Jesus e o prenderam.
Jesus disse à multidão naquela hora: Saístes com espadas e pedaços de pau para me prender, como se eu fosse um bandido? Todos os dias eu estava sentado no templo, ensinando, e não me prendestes.”
Mateus 26.14-16,47,50 e 55

O homem mau sabe que está errado, por isso procura fazer o mal escondido, para não haver testemunhas. Foi por isso que foi necessário que Judas Iscariotes fosse comprado para dizer aos sacerdotes em qual momento eles poderiam prender Jesus. Judas, que andava com Cristo, sabia o momento certo em que Jesus estaria sozinho, apenas em companhia de seus discípulos mais próximos.
O homem mau anda sempre acompanhado de outros homens maus e de todo o sortilégio de armas, materiais e psicológicas, já que ele é um covarde que precisa se esconder no meio da multidão, assim como precisa se unir a outros para ter forças suficientes para destruir o homem bom, isso porque o mau, culpado como se sente, sempre se sentirá enfraquecido, enfraquecido pelo mal.
O homem bom sempre acredita num milagre, na redenção, no perdão, Jesus chamou Judas de amigo, não por qualquer tipo de falsidade, mas porque acreditava que mesmo naquele momento derradeiro Judas ainda poderia mudar de atitude. Jesus também não se esqueceu, de tantos momentos passados, quando Judas se comportava como seu amigo. O homem bom tem um coração bom e sempre espera o melhor.
O homem mau é incoerente, machuca quem o ama, trai quem o defende, despreza quem se preocupa com ele. O homem bom é bom até o fim, até o último momento, pois sabe que seu destino está nas mãos de Deus. Jesus foi bom, misericordioso, paciente e fiel ao plano que seu Pai tinha para ele, até o final.
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sábado, setembro 15, 2012

"Irmãos sim, amigos não"?

      Sou de um tempo em que os jovens acreditavam que podiam mudar o mundo. Passei minha adolescência e começo da juventude nos anos 1970. Além de todo o ambiente mundial estar num clima de revolução cultural, moral, social, o Brasil passava por uma ditadura militar que cerceava a liberdade política e artística. Os jovens sentiam isso na pele, e queriam mudança. Nesse ambiente, eu me converti ao Evangelho, em setembro de 1976. Naquela época ser crente não era nenhum pouco “fashion”, ao contrário, as pessoas tinham, muito mais que nessa 2ª década do século XXI, uma aversão ao povo evangélico, aos seus costumes, as suas igrejas. Não existia ídolos de música gospel para se assistir em shows, nem ouvir em rádios, a música era antiquada e restrita.
Mas eu, quando me converti não queria somente uma igreja alegre, emocionalmente exaltada com uma música diferente. Não buscava na igreja uma fuga do mundo, não queria conviver com a incoerência, que muitos jovens chamados de cristãos hoje possuem, sem sentir nenhuma culpa por isso. O que eu vivia no culto de domingo à noite, queria viver também na segunda-feira de manhã, na escola, no meio do mundo.
É claro que muita água passou por debaixo da ponte nesses 36 anos de convertido que tenho. Fantasias caíram por terra, hipocrisias foram desmascaradas, feridas profundas foram tratadas, doenças espirituais e afetivas foram curadas. Não, não troco o que sou hoje pelo que fui, mesmo com a dor nas costas, o cansaço fácil, os cabelos brancos e a barriga que aparecem naturalmente com mais de meio século de vida.
Contudo, uma carência, e eu admito que é carência, ainda tenho, busco amigos no meio da igreja, amizades realmente sinceras e completas que acredito que devem brotar com muito mais facilidade num ambiente onde as pessoas recebem e entregam perdão. Me entristeço, todavia, ao constatar que muitos cristãos atuais querem ser seus irmãos, e o são porque precisam ser, por isso te cumprimentam com “a paz do Senhor” e seguem mais outras tantas tradições que eles acreditam ser obrigações de quem vive numa igreja. Querem ser irmãos, mas não querem ser amigos.
Sinto que existem muitas cerimônias e festas e pouca comunhão, parece que aquilo que os evangélicos mais criticam na maior igreja cristã do planeta, eles também estão fazendo. Mesmo em igrejas pentecostais, onde os dons são aceitos, onde o recebimento deles é pregado como privilégio do convertido, não existe uma prática simples e plena desses dons. Não, não estou fazendo uma crítica irresponsável, que a faz quem joga pedras de longe, sem querer contribuir para a mudança, sem fazer parte do objeto criticado.
Sinceramente? Se for para ter irmãos em Cristo que não querem ser amigos, então deixo para me relacionar com eles na eternidade, lá terei todo o tempo do universo para ser amigo de irmão, lá todos nós estaremos transformados, e sem os defeitos, as defesas, os complexos e as carências, a relação será fácil. Mas enquanto nesse mundo, quero e preciso de amigos verdadeiros, e esses não precisam ser, necessariamente, irmãos.
Isso não é uma teoria, já que Deus tem me dado amigos reais e fieis, tanto entre irmãos como entre pessoas que não têm uma ligação oficial com a dita igreja evangélica. Dizer que esses últimos são ou não convertidos não me compete, é Deus quem sabe, mas assumi-los como amigos, é um direito meu, graças a Deus.
Lembro, que nesses tempos, quando as igrejas evangélicas se proliferam exageradamente, com muita quantidade, mas pouca qualidade, nos desligamos de uma comunidade às vezes sem fazer nenhuma amizade. Se cruzamos com alguém, de uma igreja que já fizemos parte, na rua, corremos o risco de nos portarmos com esse alguém como completos estranhos. Alguma coisa está errada nisso, alguma coisa está errada com os cristãos, alguma coisa está errada comigo.
Jesus pregou um Evangelho de amizades, de relações humanas, pouco ele entrou nas sinagogas, as igrejas de sua época, mas ele visitava constantemente os amigos, fazia amigos constantemente, numa atitude de cumplicidade, não com o pecado, mas com o pecador. Acredito que as igrejas organizadas que surgiram a partir do século I, foram necessárias, visto que o homem precisa de alguma organização formal, de regras, para viver junto. Mas esses grupos de irmãos, que se reúnem debaixo de uma edificação maior, que professam uma visão da doutrina cristã semelhante, nunca foram e nunca serão a Igreja, o corpo de Cristo, os filhos de Deus, os verdadeiros amigos de Jesus.
Cuidado, se você tem tempo para fazer tantas coisas na igreja, a instituição, mas se não tem tempo para viver com a Igreja, as pessoas. “Irmãos sim, amigos não”? Vamos mudar isso, é preciso, o homem está cansado de cerimonialismos, tradições nunca alimentaram a alma humana, o que nos salvou não foi um ritual. Cristo, por sua vez, não se ofereceu por irmãos, já que antes de sermos salvos nós não éramos filhos de seu Pai, o que nos salvou foi o sacrifício de um amigo, um amigo que se deu por seus amigos. (Por que o cafezinho na imagem? Pra mim, tomar um café com um amigo, é um dos melhores prazeres dessa vida).

sexta-feira, setembro 14, 2012

Seu coração: um bálsamo raro

        “Estando Jesus em Betânia, na casa de Simão, o leproso, aproximou-se dele uma mulher trazendo um vaso de alabastro cheio de um bálsamo muito caro. E ela o derramou sobre a cabeça de Jesus, enquanto ele estava sentado à mesa.
Quando os discípulos viram isso, ficaram indignados e disseram: Para que esse desperdício? Pois esse bálsamo poderia ser vendido por muito dinheiro, que seria dado aos pobres.
Percebendo isso, Jesus lhes disse: Por que incomodais esta mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo. Pois sempre tendes os pobres convosco; mas, a mim, nem sempre me tendes.
Ao derramar bálsamo sobre o meu corpo, ela o fez como preparação para o meu sepultamento. Em verdade vos digo: Em todo o mundo, onde quer que seja pregado este evangelho, também o que ela fez será contado em sua memória.”
Mateus 26.6-13

A palavra dos discípulos não parecia sábia, econômica, sensata? Pois não era, estava de alguma forma contaminada pelo ensino dos fariseus e dos escribas.
O muito conhecimento da palavra, conhecimento intelectual, sem discernimento e experiência espiritual, pode levar ao engano. Os fariseus eram liderança religiosa dos judeus, os escribas, responsáveis pela cópia das escrituras sagradas, ninguém, mais do que eles, conhecia a vontade de Deus registrada em textos. Mas eles não conheciam a Jesus, não em verdade, não como experiência.
A palavra dos discípulos de Jesus mostra a contaminação desse engano, que os levou a demonstrar uma falsa espiritualidade. A falsa espiritualidade quer ser “mais real que o rei”, quer ir além daquilo que Deus deseja para os homens, a falsa espiritualidade demonstra uma arrogância demoníaca. Ela só faz sofrer, escravizar o homem à culpa e a insatisfação, cobrando dele mais que o necessário.
A maior representante do cristianismo no planeta, e muitos dos outros representantes menores, escravizaram e ainda escravizam o homem com essa ideia. Cobram do homem mais que o necessário, já que distantes do Espírito Santo de Deus criam suas referências de santidade e de espiritualidade. Pra esses, com certeza, a atitude da mulher seria um exagero, um desperdício, um “pecado”.
Contudo, a principal intenção de Deus, salvando o homem e trazendo-o de volta para a comunhão consigo, colocando-o no centro de sua vontade que é amar ao seu Senhor e ao seu semelhante, é fazer com que o ser humano seja feliz. A felicidade é algo simples, não é necessário mais sacrifício do que o de crer em Jesus, mesmo porque qualquer sacrifício não seria suficiente para comprar a bênção de poder viver em comunhão com Deus.
Derrame aos pés de Jesus o seu melhor, não guarde para o mundo não, não espere uma ocasião em que os homens estejam vendo, para receber deles alguma honra. Deixe aos pés de Jesus o seu bocado de bálsamo raro, sabe o que é mais raro e precioso aos olhos de Deus? A sua alma, a sua identidade, ela é única, ela é querida pelo Senhor, sua entrega incondicional de seu coração é perfume para Deus, agradável, mais do que qualquer outra coisa desse universo.
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quinta-feira, setembro 13, 2012

Quem é o louco?

        “Quando não há uma direção sábia, o povo cai, mas na multidão de conselheiros há segurança.”, Provérbios 11.14.

Referências, todos precisamos de referências, sem elas estamos sozinhos e só, podemos perder a noção de realidade. O louco é aquele que por algum motivo se distanciou das pessoas, isolou-se da realidade, usa somente a si mesmo como referência. Não, o insano não é necessariamente alguém que foi diagnosticado por um especialista como doente.
Muitos loucos caminham em nosso meio, trabalham, possuem família, têm cargos na igreja. Mas esses são pessoas sozinhas, não aceitam conselhos, não ouvem ninguém, se bastam. Sem referências confundem a noção daquilo que são, daquilo que Deus é, daquilo que Deus fala, daquilo que Deus quer. Os loucos não possuem equilíbrio, ou se acham os donos da verdade ou se consideram as maiores vítimas do mundo.
Existem loucuras que necessitam de tratamento médico, de medicação, de terapia, contudo outros tipos podem ser tratados através de uma mudança de atitude da própria pessoa. Isso, se a loucura for detectada a tempo, pois qualquer tipo de alienação pode ficar crônica, caso não haja consciência de sua existência a tempo.
O que distancia os loucos da cura, aqueles que poderiam ser curados por uma atitude, é o orgulho, a dureza de coração, a falta de humildade para aceitar seus limites, os limites das pessoas e a vontade de Deus. Para que a loucura seja evitada, aquela que pode ser curada através de uma atitude, são necessárias referências.
As melhores referências, depois do próprio Deus e de sua palavra, são os conselhos de pessoas realmente sábias e que nos amam. Esses falarão a verdade com cuidado, poderão ajudar-nos a ver as coisas como elas realmente são. O orgulhoso, contudo, quando procura, procura profetas que falam somente aquilo que ele quer ouvir, deseja palavras doces aos ouvidos e que de nenhuma maneira o obrigará a deixar seus caminhos. Amigo dos falsos, ele se fará inimigos dos verdadeiros.
Muitos que se dizem amigos são falsos profetas, que ou por não quererem ficar em situação social desconfortável, ou por não amarem tanto assim a pessoa, não fornecem uma referência, não dizem a verdade. Os arrogantes são assim enganados, primeiramente por seus próprios corações que longe da verdade também procuram se aliar a pessoas que também estão longe da verdade.
É prudente que procuremos amizades e alianças com gente verdadeira, com gente que nos ama. Nossos pais são, via de regra, sempre pessoas que nos amam, que nos dirão a verdade com carinho, que por desejarem o nosso bem, nos darão conselhos prudentes.
É importante que ouçamos aquela verdade que dói pois é essa a única que pode nos curar, é essa que estabelece referências de certo e errado. Alcançamos conselheiros sábios, estando em comunhão com pessoas que nos amam de verdade, mas também estando em comunhão com um pastor e uma igreja séria, que prega a verdade, esses terão, mais que discernimento emocional, sabedoria espiritual.
Contudo, nosso principal conselheiro é Deus, sabemos que estamos dando ouvidos a ele quando vemos que sua palavra, toda ela ensinada em todo o escopo bíblico, está sendo abraçada pelo nosso coração, não estamos dando ouvidos somente a cortes convenientes, mas a todos os ensinamentos.
Não fique só, não fuja de igrejas verdadeiras, não pare de ler a Bíblia, não negue os ensinamentos de seus pais e de amigos verdadeiros, não busque falsos profetas, não seja um louco, mas ouça a mansa voz de Deus, com essas referências você terá sempre um coração, uma mente e um espírito sadios.

Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos tolos sofrerá aflição.”, Provérbios 13.20.
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quarta-feira, setembro 12, 2012

Só agradeça

        Sim, seus pedidos Deus tem interesse em ouvir e em responder, mas pare, por um momento e agradeça. Não, não precisa agradecer por coisas que você considera grandiosas não, por coisas que você acha que são as mais importantes. Deixe de lado a sofisticação da vida moderna, das necessidades que esse mundo contemporâneo lança em nossas vidas, fazendo-nos pensar que estamos sempre precisando de algo.
Agradeça pela saúde, agradeça pela sua esposa, pelo seu esposo, agradeça pelos seus amigos, agradeça por seus pais, sogros, irmãos, cunhados, sobrinhos, cite o nomes deles todos, agradeça por seu emprego, por seu salário, não, não reclame de nada disso, do “jeitão” de algum parente ou do valor de sua remuneração, esqueça-se do cheque especial, do cartão de crédito, daquela pequena enfermidade que te acompanha, mas dê um grande e especial louvor a Deus por sua vida no dia a dia, pelo alimento, pelo pão com café, pelas refeições, pela casa e pela cama que tem, também pelo seu pastor, pelos irmãos da igreja, por aquilo que de tão trivial e repetitivo que é, você até se esqueceu que é dádiva de Deus, agradeça, com sua inteligência, por tudo, agradeça, agradeça e agradeça ao seu Senhor pela vida que te foi dada.
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terça-feira, setembro 11, 2012

Espere orando

       Aprendemos que Deus dá três respostas à oração: sim, não e espera. Amamos o sim, lutamos um pouco para aceitar o não, contudo é o espera que mais nos faz sofrer. Isso porque em primeira instância recebemos o espera de Deus através de uma oração fervorosa e decisiva, contudo, depois, já que a resposta é espera, nós simplesmente paramos de orar.
Nunca espere em Deus sem orar, sim, nesse caso a agonia da espera pode nos consumir, mas aguarde orando, com o mesmo empenho. Além de nos consolar, enquanto esperamos, a oração, nesse caso, pode apressar a resposta de Deus.
Isso é o que o Evangelho nos ensina em Mateus 7, versículos 7 a 8, “Pedi, e vos será dado; buscai, e achareis; batei, e a porta vos será aberta. Pois todo o que pede, recebe; quem busca, acha; e ao que bate, a porta será aberta.”, portanto espere em Deus, mas continue orando.
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segunda-feira, setembro 10, 2012

Chamados para lutar em oração

        Somos envergonhados, perdemos a paz e o controle porque queremos lutar, mesmo que pela justiça, do nosso jeito, quando a única luta que Deus quer que façamos é clamarmos, na presença dele, por sua atuação.
Clame, em oração, com todas as suas forças, com todo o seu entendimento, com todo o seu sentimento, clame a Deus por uma libertação, para que uma porta se abra, para que uma pessoa seja curada e salva, essa é a chamada do cristão.
Essa missão não precisa ser conhecida por ninguém, não precisa de propaganda, porque não precisa ser aprovada e nem honrada por homem algum, é Deus quem dá essa missão e é Deus, somente ele que pode honrar aquele que a cumpre.
Não somos chamados para agradar a homens, mas somente a Deus, e se fizermos isso em segredo, em oração constante e sincera, Deus será glorificado e nos honrará por obedecermos a sua vontade.
Isso bastará para que sejamos felizes, pois foi para isso que Deus nos chamou, por que muitas vezes nos sentimos agoniados e insatisfeitos? Porque não fazemos aquilo que é a nossa missão principal, deixar que Deus seja glorificado em nossas vidas, e não nós mesmos.
A melhor maneira de deixar Deus aparecer é orando, clamando o tempo todo, pedindo por nós mesmos, pelos amigos, pelos inimigos, pelos parentes, pela igreja, pela obra de Deus no mundo, portanto não pare, ore, sempre e mais, Deus pode fazer coisas espetaculares quando um filho seu prontifica-se a orar, creia nisso.
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Não desista, segue até o fim

‎"Tu, porém, vai-te, 
até que chegue o fim, 
pois descansarás,
e receberás a tua herança 
no final dos dias." 

Daniel 12.13

domingo, setembro 09, 2012

Graças a Deus somos vitoriosos!

Onde está, ó morte, a tua vitória?
Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
O aguilhão da morte é o pecado,
e a força do pecado é a lei.
Mas graças a Deus, que nos dá a vitória
por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes,
sempre atuantes na obra do Senhor,
sabendo que nele o vosso trabalho não é inútil.

I Coríntios 15.55-58

sábado, setembro 08, 2012

A vida pode ser bem simples e a felicidade, bem fácil


"mas, se andarmos na luz, 
assim como ele está na luz, 
temos comunhão uns com os outros, 
e o sangue de Jesus, seu Filho, 
nos purifica de todo pecado

I João 1.7

sexta-feira, setembro 07, 2012

Um dia de cada vez

"Não vos inquieteis, pois, 
pelo dia de amanhã,
porque o dia de amanhã 
trará suas próprias preocupações. 
Basta a cada dia o seu problema."

Mateus 6.34



quinta-feira, setembro 06, 2012

Prossiga em amar sem exigir nada em troca

        Pode parecer difícil, aos nossos corações egoístas, pagarmos com amor a displicência, a arrogância, o ódio, mesmo que disfarçado. Mas não desista, continue amando, dando aquilo que você gostaria de receber, se é que você se ama e se respeita, como Deus te ama e te respeita.
O caminho de quem dá esperando recompensa, é cansativo, é pesado, é curto, termina na solidão e no rancor. O caminho de quem dá sem esperar nada em troca, vai se abrindo, mais e mais, encontra em seu percurso árvores frutíferas, fontes de águas doces e frescas, e muitos, muitos amigos.
O coração se expande para caber mais amor, a vida se renova para quem dá sem pensar em receber honra por isso, porque a honra vem de Deus. Essa honra ninguém rouba e dura para sempre.
Seja qual for o seu ministério na igreja ou mesmo sua profissão no mundo, seja um discipulador, não tenha medo de passar para os outros, o que você sabe, há espaço para todos e quanto mais se ensina, mais se aprende.
Interesse-se pelas pessoas, converse com elas, preocupe-se com elas, ame-as, pois todos nós fomos chamados em Cristo para sermos pastores uns dos outros, debaixo da liderança do pastor maior, Jesus.
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quarta-feira, setembro 05, 2012

Nietzsche: a trajetória de um semideus

Segue um comentário que fiz como resposta a uma postagem de um amigo com um vídeo produzido pela BBC sobre a vida do filósofo Friedrich Nietzsche (o título dessa reflexão poderia ser, pra ser mais exato, "Nietzsche: a trajetória de um semilúcifer"):

Excelente registro da trajetória de um filósofo original e com uma inteligência extraordinária (só podia ser da BBC mesmo), cuja principal contribuição para a humanidade foi sua vivência individual em busca de um "espírito livre" que acredita na morte de Deus, realmente ele é uma prova irrefutável, sua vida, seu sofrimento, sua doença não assumida (talvez cancro no cérebro de origem sifilítica), o uso de drogas, sua solidão, sua insatisfação por ter nascido e seu desejo de morrer, sua loucura escolhida, e finalmente sua morte em total debilidade, de como é viver crendo na morte de Deus.
Eu aprecio a desconstrução que ele faz, não do verdadeiro cristianismo, mas da Igreja Católica, algoz do ser humano por séculos, que impediu a esse de pensar por si mesmo. Aprecio também, como músico, a relação dele com a música (ou com Wagner...), já falada por Schopenhauer, sobre os curtos momentos de consolo que a arte e essa em especial permite ao sofrimento existencial.
Sim, Nietzsche, talvez o 1o. e mais célebre punk, é prova cabal da vida que tem direito o que escolhe a liberdade de executar sua "vontade de poder" buscando a utopia do "super-homem" sem moral. Sua "anti-religião", que não deixa de ser uma "religare", uma "religare" consigo mesmo, antecedeu a disposição do homem contemporâneo, onde a busca da liberdade deu lugar ao nada. Mas no final das contas, o que Nietzsche prova é que o tamanho da fúria que ele tinha para destruir mitos tinha a medida de sua própria dor, talvez a única coisa que ele tenha conseguido realmente destruir tenha sido a si próprio.
Uma coisa temos que admitir, ele foi coerente até as últimas consequências com o que acreditava, ou melhor com o que desacreditava.

Já foi dito que se a ótica de pensadores como Nietzsche tivesse a menor possibilidade de ser real, ainda assim seria preferível a felicidade, nesta vida e numa próxima, alcançada pela suposta "mentira" do cristianismo, do que a ruína legada pela "verdade" dos filósofos. A vida prática de Nietzsche fala por si mesma, mostra os frutos que ele colheu pela opção filosófica que fez. Com sua inteligência ele até teceu reflexões profundas e sacadas sobre a existência, mas são apenas flashes no meio de uma enorme escuridão, as pessoas por sua vez colocam num pedestal alguém que não deixou qualquer testemunho de vida decente. Quando nós, pretensos cristãos eruditos (se é que isso existe ou é preciso existir), entenderemos que por mais sábios que os sábios desse mundo pareçam, o máximo que eles conseguem fazer é mapear a extensão do vazio do coração do homem sem Deus? Sim, Nietzsche fala da morte de Deus, e ela realmente existiu dentro do coração dele, ele o matou, e pagou o preço por isso.

Se você tiver interesse pode ver o vídeo no link abaixo:
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terça-feira, setembro 04, 2012

Lute por amor e humildade

     Não aceite sua dificuldade de amar, não aceite sua estupidez diante do mais fraco ou sua autocomiseração diante do mais forte.
Não aceite o levantar de palavras em sua mente lançadas pelo inimigo, contra seu irmão, acusando-o, odiando-o.
Não aceite a religiosidade de ser fiel a compromissos da igreja, de se sacrificar por atividades, mas ter o coração frio, passivo, longe.
Não aceite ter o mínimo, o suficiente para sobreviver, busque o batismo no Espírito Santo em todos os cultos, em todos os momentos.
Não aceite seu agir impensado, sua iniciativa bruta, sua ação arrogante e sua reação insensata.
Lute contra si mesmo em Deus, contra sua natureza, ela precisa ser mudada, levada cativa pelo Espírito Santo, não, isso não vai vir facilmente, é preciso luta constante, dia a dia.
Lute para ser simples e amoroso, para ser leve e sereno, para ser alguém que as pessoas possam imitar, alguém que dê um testemunho real de cristão.
“Lute meu coração, por humildade e por amor, diante de Deus, sempre, esse é um trabalho que não terá descanso, essa luta é uma parte que te compete”. 

 (Eu me coloquei de joelhos e pedi um milagre a Deus, clamei por uma transformação em meu homem interior, pedi um coração humilde e amoroso, Deus me respondeu que isso não aconteceria assim, "num passe de mágica", entendi que essa disposição é algo que eu devo buscar o tempo todo, é trabalho meu, minha luta, se eu assim proceder, se eu desejar isso, Deus me ajudará).

segunda-feira, setembro 03, 2012

Engano das palavras bonitas

Então os fariseus retiraram-se e decidiram entre si sobre como o apanhariam em alguma palavra.
E enviaram-lhe seus discípulos, juntamente com os herodianos, para dizer: Mestre, sabemos que és verdadeiro, ensinas o caminho de Deus segundo a verdade e não deixas que ninguém te influencie, pois não consideras a aparência dos homens.
Dize-nos, pois: O que te parece? É correto pagar tributo a César, ou não?
Percebendo a maldade deles, Jesus respondeu: Hipócritas, por que me colocais à prova?
Mostrai-me a moeda do tributo. E trouxeram-lhe um denário.
Ele lhes perguntou: De quem são esta imagem e inscrição?
Eles responderam: De César. Então lhes disse: Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
Ao ouvirem isso, ficaram admirados; e, deixando-o, retiraram-se.”
Mateus 22.15-22

Postei todo o texto para melhor entendimento, mas esta reflexão é somente sobre a 2ª parte do versículo 16, que está em negrito. Belas palavras estão nessa frase, quanta lucidez saiu justamente da boca dos fariseus, os principais inimigos de Jesus, aqueles cegos que menos entenderam a verdadeira missão de Cristo.
Isso me faz pensar nas palavras de sabedoria de muitas pessoas, palavras postadas nas redes sociais, como o Facebook. Muitas dessas palavras falam até do Evangelho, de Deus, de Jesus, nos parecem profundas, mas será que vêm de corações que realmente conhecem a Deus?
Os fariseus não conheciam, então a lição é uma: cuidado, cuidado com livros que parecem falar de Deus, com frases que parecem conter sabedoria, podem ser armadilhas para esconder a verdadeira intenção de quem as profere, e conduzir, também ao engano, quem as lê e as divulga.
O texto que segue ao acima, Mateus 22.23-33, também mostra os fariseus continuando no intento de pegar Jesus em alguma incoerência. O texto fala sobre divórcio, mas Jesus, dessa vez, nem se deu ao trabalho de falar “tecnicamente” sobre o assunto. Ele ensinou algo superior, algo espiritual, além do que os fariseus estavam entendendo. Chama-me a atenção o versículo 29, que também responde à questão do pagamento dos impostos: “Jesus, porém, lhes respondeu: Este é o vosso erro: não conheceis as Escrituras nem o poder de Deus”.
Ah os falsos sábios, eles não sabem o que falam, sua sabedoria é engano, não são coerentes com eles mesmos e muito menos conhecem o poder Deus. Novamente lembro, cuidado com as palavras bonitas desse mundo, com o falso evangelho pregado por falsos profetas, nem tudo que reluz é ouro, como diz o velho ditado.
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domingo, setembro 02, 2012

Mais sobre perdão

Negamos que alguém tenha nos ofendido, assim não admitimos a nossa fraqueza de sentir a dor pela ofensa, nem a necessidade de conceder perdão, que nos colocaria, ao nosso ver, em posição de inferioridade. Mas perdão é a única maneira de dar às pessoas outra chance de caminhar com a gente, se não o executarmos acabamos sozinhos.
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sábado, setembro 01, 2012

A vaidade de querer ser espiritual

Até que ponto nós estamos querendo ser espirituais, mostrar que somos bons, controlados, amorosos, santos, para sermos vistos pelos homens, para sermos honrados por eles, por pura vaidade? Sim, querer ser espiritual pode sê-lo por vaidade, parece estranho, contudo pode acontecer. Quando é assim nos cobramos até mais do que Deus nos cobra, estamos sempre insatisfeitos, não conseguimos nos perdoar, sentimos-nos imperfeitos, isso não é algo bom não, mas uma obsessão, que escraviza e nos deixa ainda mais distantes da verdadeira espiritualidade.
Para sermos libertos dessa disposição, que vem de uma educação moralista e legalista, e de uma índole complexada e vaidosa, é necessária a humildade de se admitir humano, demasiado humano, como diria o filósofo. Não somos pequenos deuses, não, mesmo que filhos de Deus, quem busca esse tipo de status, aparentemente espiritual, o que deseja no fundo é ser adorado, como se fosse um deus, isso para compensar um complexo muito forte de inferioridade.
Admitirmos-nos humanos e acima de tudo nos preocuparmos com o que Deus pensa de nós, nos vermos limpos e justificados mediante o perdão de Deus, mesmo que as pessoas pensem o oposto, sentirmos-nos valorizados por causa do valor que Deus nos dá, e finalmente termos a consciência de que não precisamos agradar a todos, sermos honrados por todos, se Jesus tinha inimigos, quanto mais nós, isso não é necessariamente falta de espiritualidade. Quando queremos ser espirituais por nós mesmos, nós queremos nos construir baseados numa referência humana de perfeição, mas a referência de Deus é Jesus.
O que é ser espiritual? Não é se sentir bom, mas ter a consciência, cada dia mais, que se é imperfeito, contudo caminhar com essa consciência em paz, na tranquilidade de quem sabe que são esses fracos que Deus sustenta, é por eles que Deus luta, é por eles que Jesus morreu e ressuscitou. Somos fortes quando temos consciência de nossa fraqueza, que só é vencida pela fortaleza de Deus. Se é Deus quem nos fortalece, quem nos sustenta, é Ele quem deve receber todo o louvor, logo não precisamos nos preocupar com que os outros pensam, não precisamos receber dos outros qualquer tipo de reconhecimento.
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