sexta-feira, fevereiro 28, 2014

Perseverança

          "Naquele dia Moisés jurou, dizendo: Certamente a terra em que o teu pé pisou te será herança para ti e para teus filhos para sempre, porque perseveraste em seguir o Senhor, meu Deus." Josué 14.9

Carnaval, tô fora!


quinta-feira, fevereiro 27, 2014

A obra é de Deus, o Espírito é de Deus, a glória é de Deus

Portanto, não os temais; porque não há nada encoberto que não venha a ser revelado, nem escondido que não venha a ser conhecido. O que vos digo às escuras, dizei-o às claras; e o que vos é sussurrado ao ouvido, proclamai-o dos telhados. E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; pelo contrário, temei aquele que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo. Não se vendem dois passarinhos por uma pequena moeda? Mas nenhum deles cairá no chão se não for da vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais; valeis mais do que muitos passarinhos.” (Mateus 10.26-31).

Essa palavra é para os levitas, para aqueles que têm ministério e liderança na igreja, mas que em alguma instância são todos os cristãos. Esses precisam saber que a obra em que trabalham é de Deus, não é deles, eles são meros mordomos, que cuidam por um tempo de algo que não lhes pertence. Sendo assim, Deus, mais do que ninguém, zela pela obra, preocupa-se com ela, sabe o que é melhor para ela, tem o tempo certo para cumprir todas as coisas para ela.
Nesse objetivo Deus levanta quem ele quer, como ele quer e quando ele quer, para abençoar a obra. Sim, a obra de Deus é feita com ordem, respeitando-se hierarquias, mas aquele que tem chamado precisa ficar tranquilo, se é Deus quem o está levantando, na hora certa e do jeito mais correto, ele será usado.
Aquilo que está esquentando o coração do chamado, se estiver queimando pelo Espírito de Deus esse mesmo Espírito saberá o tempo e a maneira de agir, de falar, e quando isso acontecer haverá alegria nos corações dos homens, se fará justiça da parte de Deus, e tudo acontecerá de uma maneira maravilhosamente natural, ou sobrenaturalmente simples.
Chamado, não tema os falsos profetas, os acomodados e os que dão ouvidos ao diabo, descansa e segue em frente, Deus te usará na hora certa.

quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Nas palavras e no silêncio

Quem despreza o seu próximo não tem bom senso, mas o homem de entendimento se cala. Quem fala demais revela segredos, mas o fiel de espírito guarda segredo. Quando não há uma direção sábia, o povo cai, mas na multidão de conselheiros há segurança.” (Provérbios 11.12-14).

No silêncio pode haver desprezo, mas também pode haver sabedoria, nas palavras pode haver infantilidade, mas também pode haver conselhos, o texto acima mostra ambos os lados dos dois, do falar e do se calar, a Bíblia é sempre perfeita e não agrada a homem algum, nem ao covarde que se cala, nem ao infantil que se apressa em falar.
Que virtude tem aquele que foge da vida, das responsabilidades, de assumir posições, que vantagem tem esse em não entrar em confrontos? Só erra que faz, quem nada faz não erra, mas também não acerta. O mudo não pode se gabar de estar em silêncio quando é afrontado. No desprezo educado, na distância elegante, não se pode gabar de se estar em paz, não existe inteligência no silêncio covarde. O que se expõe, o que participa, o que conhece e quer fazer diferença, que tem condição de se expressar e que até já fez isso, mas que preferiu num momento se calar, nesse sim há bom senso.  
Não, não existe necessariamente sabedoria em guardar as palavras, assim como não age obrigatoriamente com impulsividade aquele que se expressa com ênfase em verbalizar o que se sente. Portanto, seja sábio, mas não seja covarde, guarde seu coração, mas conquiste seus direitos, fale o necessário, mas fale, e quando não houver jeito mesmo, então se cale e espere em silêncio. 

terça-feira, fevereiro 25, 2014

Cura completa

Então adoecemos e muitas vezes depois de buscar ajuda em médicos e medicamentos, só encontramos a cura num milagre de Deus, um milagre real, obtido com muita oração, quebrantamento, encontro com Deus. Sim, nosso corpo encontra o refrigério e nosso espírito cresce com a experiência, contudo somente a experiência da alma, da parte intelectual e afetiva, é que nos proporcionará a maior de todas as curas: o entendimento de como não se colocar novamente numa atitude que nos deixe presas fáceis da enfermidade.
Não, isso não acontece todas às vezes, com todo mundo e nem com todas as enfermidades, mas muitas doenças se desenvolvem em nosso corpo porque nossa alma está despreparada. Portanto tente aprender com a experiência ruim, entender realmente porque você adoeceu. Se a enfermidade física for causada por tristeza acumulada (depressão), ou ansiedade descontrolada (medos), ela será apenas consequência, e não causa do mal.
A causa real é a depressão e o medo, esses sendo curados protegerão seu corpo de enfermidades, e essas são doenças psicológicas que se instalam em nossas almas e mentes, antes do nosso corpo físico sofrer com gastrite, pneumonia, desequilíbrios hormonais, e mesmo apetite que falta ou que perde o controle. Isso, porém, não é para todos, apenas para aqueles que querem adquirir maturidade, que querem realmente alcançar o caráter de Cristo.

segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Aos meus amigos não cristãos

Não vou fingir que não tenho convicções, não vou fingir que os homens são livres para sentir, pensar e fazer o que querem, quando e onde querem, não vou fingir que Deus não existe, tudo isso para parecer moderno, para ser aceito por  pessoas que amo e que pensam diferentemente, não posso fingir, não mais, sei que os dias são maus e que o tempo é curto.
Não vou fingir que o diabo não existe, que o inferno não existe, que o pecado não existe e que Jesus é só mais um caminho, não vou fingir que não preciso de salvação, que você não precisa de salvação, porque você precisa, e urgentemente.
A morte pode chegar a qualquer momento para qualquer um, sua vida é importante demais para mim, e mais do que isso, para Deus, não posso te enganar. Portanto busque a Deus agora, humildemente, abrindo mão de tua sua suposta racionalidade, busque pela fé, daquele jeito que tantos cristãos, além de mim, já falaram pra você que você precisa buscar.
Saiba, meu amigo tão querido, minha amiga especial, eu te amo e esse amor nunca foi fingido, por isso não posso te enganar, escondendo de você aquilo que realmente penso de mim, de você, da vida, de tudo.
Só Cristo salva!

domingo, fevereiro 23, 2014

Ocupe-se com Deus, quanto ao resto...

Tome a frente dos projetos de Deus, tome a iniciativa para ouvir e obedecer aquilo que Deus deseja de você, faça aliança com quem tem os mesmos objetivos, ocupar-se da obra de Deus, de estar no centro da vontade do Senhor.
Isso te colocará no exército certo, com as pessoas corretas, com o objetivo maior e pela qual realmente vale a pena lutar. Isso te protegerá do inimigo, te manterá longe dos ataques daqueles que dão ouvidos ao diabo. Isso focará tuas forças em seu melhor, porque quando Deus age é isso que aparece em nossas vidas, o nosso melhor.
O pior ficará esquecido pelo sangue de Jesus, vencido pela graça do Senhor, encoberto pela glória de Deus, porque ela será maior que você, que as pessoas, que o mundo, que o diabo. Ocupe-se com Deus e ele se preocupará com você, com todas as tuas necessidades, todos os teus sonhos.

sábado, fevereiro 22, 2014

"Paciência e consolo, dá-nos, Senhor"

        "Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus." Romanos 15:5-7

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

A adaptabilidade humana: bênção e maldição

O que precisa ser mudado para que o caráter de Cristo apareça em nós? Tudo, mas tudo mesmo. O homem é um ser altamente qualificado para se adaptar, isso em todas as esferas. A biologia e a antropologia vão dizer que é consequência da necessidade. Tudo o que o homem passou fez com que essa característica, a adaptabilidade, se desenvolvesse. Nós que cremos em Deus e num Deus que se revelou através da Bíblia, sabemos que o Senhor acompanhou, permitiu e abençoou essa capacidade, para que o homem sobrevivesse.
Você sabe por que Deus quer que o homem sobreviva? Alguns podem achar que é para que ele se desenvolva, como indivíduo e como civilização, para que ele domine sobre a natureza, sobre a terra, sobre o universo. Outros vão dizer que é para que ele adquira poder, independência, prosperidade, outros ainda vão dizer que é para que ele seja um ser vitorioso nos conflitos militares, sim, porque o homem vencedor nesse mundo, ainda é aquele que vence as guerras, que está melhor preparado para elas, que fabrica e usa as melhores armas.
Bem, no mundo atual os confrontos belicosos podem até serem substituídos pelos políticos, pelos financeiros, pelos comerciais, pelos culturais. Países conquistam os outros não empunhando armas, mas oferecendo melhores produtos no comércio, com preço e qualidade superiores. Outros conquistam viciando as pessoas em seus valores culturais, em sua música, em seu cinema, em sua moda. Os países anglo-saxônicos têm feito isso com produtos como os Beatles e Michael Jackson, na música, com Hollywood, no cinema, com o jeans na moda.
Mas o motivo que Deus tem para que o homem sobreviva não é esse. O motivo é que Deus quer salvá-lo. Deus faz o possível e o impossível para salvar o homem, oferece a ele todas as chances, todos os meios, em todas as situações, em todos os momentos, seja pela abastança, seja pela falta, seja na juventude, seja na velhice, seja nas religiões, seja fora delas, e isso para todos, todos os homens, pois Deus ama igualmente a todos os homens.
Todos os homens, com suas habilidades e talentos variados, em suas culturas diversas, com sonhos e anseios distintos, grandes e pequenos, pobres e ricos, cultos e simples, todos são amados ardentemente por Deus. Jesus veio por todos esses, e para Deus não existem homens melhores ou piores, mas apenas diferentes, todos especiais de alguma maneira. Bem, todos esses homens podem provar a mudança que o Senhor quer fazer em suas vidas, todos podem se parecer com Cristo.
Começamos essa linha de pensamento falando sobre a adaptabilidade do homem e como isso o levou a sobreviver nesse mundo. Essa adaptabilidade é ao mesmo tempo bênção e maldição. É maldição à medida que leva o homem a sobreviver e ter uma falsa ideia de vitória sem Deus. Mas se não fosse assim o homem teria falecido e sumido do planeta no momento que deu o primeiro passo sem a comunhão de seu criador, logo depois que pecou no Éden. Contudo, o que o homem fez foi se adaptar, ele percebeu que estava em pecado, sentiu vergonha e fez para ele roupas. Ele não caiu em pranto, entrou em depressão e se matou, como muitas vezes queremos fazer, mas ele o homem, como civilização, se adaptou para que mesmo tendo morrido espiritualmente, pudesse viver fisicamente. Para quê? Para ter uma chance de ter novamente comunhão com Deus. Ele não tinha consciência disso, mas Deus agiu com providência colocando esse instinto de preservação nele para que a raça humana não acabasse.
Mas Deus também teve que se adaptar, vamos dizer assim, o homem, aquele mecanismo sofisticado, sensível, puro, agora se transformara quase que num animal. Se antes Deus caminhava com liberdade pelo jardim do Éden e falava com Adão, agora haveria necessidade de morte para que o pecado fosse expiado e alguma interação entre Deus e o homem pudesse ser feita. Não, não seria mais aquela interação plena e direta, o homem com o pecado perdera sua maior capacidade, o discernimento espiritual.
Aquilo que deveria ser normal, fácil, comum, agora só seria conseguido por meio da fé, seria chamado de subjetivo, de metafísico, seria tido como uma qualidade especial e muitos duvidariam mesmo que poderia existir, outros chamariam de crendice, de misticismo, de mentira. Mas Deus seguiu com o homem, com um homem agora limitado. Como pai, que a Bíblia diz que Deus é, quanta tristeza ele deve ter sentido por ver algo tão precioso como aquele ser que ele colocou no jardim do Éden estar agora sujo, enganado, distante. Essa natureza decaída do homem se revelou logo no início, quando Caím matou seu irmão Abel.
Deus nunca desistiu de sua criatura, aquela criada a sua imagem e semelhança. Primeiro foram somente sacrifícios de animais, e isso deve ter existido até Moisés. Mas quando Deus fez promessas a Abraão, que só começaram a ser realizadas totalmente nos últimos dias que Israel passou no Egito, o Senhor já tinha revelado ao homem seu primeiro pacto oficial com a humanidade. Chamaria uma nação para que desse ao mundo testemunho do Deus único e verdadeiro. Bem, o pacto maior com o homem Deus já tinha prometido lá no Éden, quando disse em Gênesis 3.15 “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”. Israel foi uma maneira de Deus escolher um povo, desse uma tribo, Judá, desse uma família, a de Davi, e desse rei um descendente, Jesus. Jesus ofereceria o sacrifício único e eficaz para levar o homem novamente à comunhão com Deus.
Contudo, mesmo que espiritualmente isso seja possível, a alma e o corpo do homem já estavam adaptados, e mal adaptados. A velha natureza instalada se oporia à obra do Espírito Santo até que a transformação completa do homem pudesse ser realizada para aqueles que nasceram de novo em Cristo após o arrebatamento ou a morte física. Fizemos toda essa reflexão para chegar a seguinte conclusão: a adaptabilidade do homem a esse mundo é a principal barreira para que a alma e o corpo do homem mudem e se tornem parecidos com Jesus. É essa adaptabilidade, que leva o homem sempre a se colocar sozinho contra aquilo que lhe opõe, é essa adaptabilidade que deve ser mudada para que o caráter do homem seja semelhante com o de Jesus, adaptabilidade que cria falsas religiões, que vicia psicologicamente e fisicamente o ser humano a tantos subterfúgios. 

quinta-feira, fevereiro 20, 2014

Devoção diária

          "Portanto, irmãos, tendo coragem para entrar no lugar santíssimo por meio do sangue de Jesus, pelo novo e vivo acesso que ele nos abriu através do véu, isto é, do seu corpo. Tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos com coração sincero, com a plena certeza da fé, com o coração purificado da má consciência e tendo o corpo lavado com água limpa. Sem vacilar, mantenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, pois quem fez a promessa é fiel. Pensemos em como nos estimular uns aos outros ao amor e às boas obras, não abandonemos a prática de nos reunir, como é costume de alguns, mas, pelo contrário, animemo-nos uns aos outros, quanto mais vedes que o Dia se aproxima." Hebreus 10.19-25

quarta-feira, fevereiro 19, 2014

Sobre jejum

Na plenitude do Espírito Santo, Jesus voltou do Jordão; e foi levado pelo Espírito para o deserto, tendo sido tentado pelo Diabo durante quarenta dias. Sem ter comido nada nesses dias, teve fome ao fim deles.”
Lucas 4.1-2

Acredito que a maioria de nós já achou necessidade dessa prática quando passou por uma situação difícil, algo que parecia que todas as tentativas de solução já haviam sido tentadas, mas não tinham surtido efeito. Bem, Jesus disse que algumas castas de demônios só sairiam dos homens com muita oração e jejum.

E alguém dentre a multidão lhe respondeu: Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo. Onde quer que o apanhe, provoca-lhe convulsões, de modo que ele espuma pela boca, range os dentes e começa a se enrijecer. Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não conseguiram. E Jesus lhes respondeu: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportá-los? Tragam-me o menino. Então eles o trouxeram. Ao ver Jesus, o espírito imediatamente provocou-lhe uma convulsão, e o endemoninhado, caindo ao chão, rolava, espumando pela boca.
Vendo que a multidão, correndo, aglomerava-se, Jesus repreendeu o espírito impuro, dizendo: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele e nunca mais entres nele. Então o espírito saiu, gritando e agitando-o muito. O menino ficou como se estivesse morto, de modo que muitos diziam: Ele morreu. Mas Jesus, tomando-o pela mão, levantou-o, e ele ficou em pé. Quando entrou em casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular: Por que não conseguimos expulsá-lo? Ele lhes respondeu: Essa espécie não sai a não ser pela oração e jejum.
Marcos 9.17-20, 25-29

É incrível como só o fato do demônio ter visto Jesus já fez com que ele convulsionasse o menino, enquanto que os discípulos tentaram com toda a sorte de palavras e atitudes e não conseguiram expulsar o mal.
Contudo, um erro que muitos cometem é achar que consagração, através de oração e jejum, pode de alguma maneira conquistar créditos com Deus e que é só através desses créditos que adquirimos pontos para ter privilégios espirituais. A primeira coisa que precisamos saber é que com Deus não se faz barganhas, trocas ou negócio. Só temos alguma coisa através do nome de Jesus, só a intermediação de Cristo é que nos dá acesso a Deus e a toda e qualquer espécie de bênção real. Então para que serve o jejum?
Jejum não muda o coração de quem dá, mas transforma o coração de quem pede, não é Deus que precisa ser convencido, mas nós, os homens, para que quando a bênção for alcançada a glória seja apenas do Senhor. Não era o demônio que não queria sair do menino, não era ele que não queria sair com a palavra dos discípulos, mas eram os discípulos que não estavam totalmente convencidos daquilo que diziam acreditar. Muita oração e jejum é o que poderia convencê-los, mudar seus corações, deixar-lhes realmente mais próximos de Deus para que pudessem receber a manifestação do Senhor.
Sim, jejum é necessário, contudo o verdadeiro jejum é movido pelo Espírito Santo, para glorificar a Deus, não é iniciativa humana. Jesus foi movido ao deserto pelo Espírito Santo que o inclinou a fazer um jejum de quarenta dias porque sabia que ele passaria por uma prova muito grande, ser tentado diretamente por Lúcifer. Não, não foi vitória sobre o confronto de algum demônio menor, mesmo de uma legião, mas a do próprio Satanás.
Contudo, é preciso entender que nos dias atuais, jejum pode ir muito além de simples privação de alimento e água, isso para uma geração que acha moda controlar o que come para ter um corpo de acordo com as regras estúpidas de estética exterior do mundo moderno. Para essa gente jejum não representa necessariamente aproximação de Deus ou acesso espiritual, de alguma forma, lembro também que religiões orientais, esotéricas e espíritas também utilizam a prática do jejum, não para se aproximar do Deus único, mas de seus egos e de entidades espirituais do mal (anjos caídos).
O verdadeiro jejum deve ser uma consagração, uma entrega, daquilo que é mais precioso para nós, para alguns pode até ser comida e água, mas talvez a essência do jejum seja controlar a ansiedade, que é a que leva ao consumo exagerado de comida e bebida, o que nos deixa mais presos à matéria, e longe do Deus espiritual. Deixar de ingerir cafeína pode ser um jejum, para mim, que amo um cafezinho, é. Deixar de ver televisão, ou mesmo de usar a internet e o celular, pode ser um jejum para muitos outros. Calar-se, aquietar-se, manter-se introspectivos e em estado de meditação, também pode ser, ausentar-se um pouco do convívio social e concentrar-se em Deus. De maneira geral o jejum deve conduzir-nos a uma intimidade com Deus, a uma sensibilidade maior para ouvir, entender a vontade do Senhor. O verdadeiro jejum muda nossas vidas para sempre, na verdade, se ele for genuíno, teremos vontade e forças para permanecer nele por mais tempo. O jejum real transforma nossa maneira de ver e viver, nos liberta e nos dá um crescimento único, talvez aquele que buscamos por anos.
Nesse espírito, o jejum genuíno exige de nós privacidade, segredo, já que intimidade é algo que não dividimos com qualquer um. O verdadeiro jejum constrange-nos a um momento reservado, entre nós e nosso Senhor, se isso não acontecer, se houver necessidade de alguma maneira de exposição vaidosa do momento, então não é jejum. O jejum não engrandece o que faz o sacrifício, na verdade jejum de verdade não constitui sacrifício, o jejum verdadeiro permite que Deus cresça e que o homem diminua.

Clama bem alto e não te detenhas; levanta a voz como a trombeta; anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à linhagem de Jacó, os seus pecados. Ainda assim eles me procuram todo dia; têm prazer em conhecer os meus caminhos, como se fossem um povo que pratica a justiça e que não abandonou a ordenança do seu Deus. Pedem-me juízos corretos, têm prazer em se chegar a Deus!
Por que jejuamos, dizem eles, e não atentas para isso? Por que nos humilhamos, e tu não o sabes? No dia em que jejuais, cuidais dos vossos negócios e exigis que se façam todos os vossos trabalhos. Jejuais para brigas e rixas, para ferirdes com punho pecador! Se quiserdes que a vossa voz se faça ouvir no alto, não jejueis como fazeis hoje.
Seria esse o jejum que escolhi? Um dia para que o homem se humilhe, incline a cabeça como o junco e deite-se em pano de saco e cinza? Chamarias isso jejum e de dia aceitável ao SENHOR? Por acaso não é este o jejum que escolhi? Que soltes as cordas da maldade, que desfaças as ataduras da opressão, ponhas em liberdade os oprimidos e despedaces todo jugo? Não é também que repartas o pão com o faminto e recolhas em casa os pobres desamparados? Não é que vistas o nu, o cubras e não deixes de socorrer o próximo?
Então a tua luz romperá como a alva, e a tua cura logo chegará; a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda. Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Aqui estou. Se tirares o jugo, o dedo acusador e o falar com falsidade do meio de ti; e se abrires a alma ao faminto, e fartares o aflito, a tua luz nascerá nas trevas e a tua escuridão será como o meio-dia.”
Isaías 58.1-10

O verdadeiro jejum não é egoísta, não pensa só em si, mas nos outros, nos amados, nos próximos, nos amigos, nos familiares, na igreja, e acima de tudo, em Deus. É esse o jejum que agrada o Senhor e que ele ouve.

terça-feira, fevereiro 18, 2014

Porque o Senhor conhece meu coração

        "Senhor, meu coração não é arrogante, nem meus olhos são altivos; não busco coisas grandiosas e maravilhosas demais para mim. Na verdade, acalmo e sossego minha alma; como uma criança desmamada nos braços da mãe, assim é minha alma, como essa criança. Ó Israel, põe tua esperança no Senhor, desde agora e para sempre." Salmos 131

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Ofício de músico

As pessoas se abrem por um momento fugaz, como um eclipse, por isso é difícil, pra quem se propõe a ser músico, desviar-se da privação de entendimento, mesmo de consentimento, de uma existência que terá valor no momento em que a emoção é compartilhada, mas que será menosprezada minutos depois, quando os holofotes se apagarem, contudo, o músico tem um holofote em seu coração, esse sim, uma luz que nunca se apaga, uma luz acesa por alguém muito maior que ele, é para esse que ele realmente faz música, por isso é que ele não desiste.

Quem mais eu tenho no céu, senão a ti? E na terra não desejo outra coisa além de ti. Meu corpo e meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza da minha vida e minha herança para sempre. Os que se afastam de ti perecerão; tu exterminas todos os que se desviam de ti. Mas, para mim, bom é estar junto a Deus; ponho minha confiança no Senhor Deus, para proclamar todas as suas obras.” (Salmos 73.25-28).

domingo, fevereiro 16, 2014

O Senhor responderá ao seu clamor

          "Ai daquele que diz à madeira: Acorda; e à pedra muda: Desperta! Por acaso pode o ídolo ensinar? Está coberto de ouro e de prata, mas não há espírito algum dentro dele. Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra." Habacuque 2.19-20

sábado, fevereiro 15, 2014

O justo viverá pela fé

          "Eu me colocarei sobre a minha torre de vigia; ficarei sobre a fortaleza e vigiarei, para ver o que ele me dirá e o que terei como resposta à minha queixa. Então o Senhor me respondeu e disse: Escreve a visão em tábuas, de forma bem legível, para que até quem passe correndo possa lê-la. Pois a visão é ainda para o tempo determinado e se apressa para o fim. Ainda que demore, espera-a; porque certamente virá, não tardará. Vede o arrogante! A sua alma não é correta; mas o justo viverá por sua fé." Habacuque 2.1-4

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Espera mais um pouco

          "Até quando clamarei, e não escutarás, Senhor? Ou gritarei a ti: Violência! E não salvarás? Por que razão me fazes ver a maldade e a opressão? A destruição e a violência estão diante de mim; também há contendas, e o litígio é comum. Por causa disso a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta, pois o ímpio cerca o justo, de modo que a justiça é pervertida. Vede entre as nações, e olhai; maravilhai-vos e admirai-vos; porque realizo em vossos dias uma obra que não acreditareis, quando vos for contada." Habacuque 1.2-5

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Não desista!

        "Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas videiras; ainda que o produto da oliveira falhe, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado do estábulo e não haja gado nos currais; mesmo assim, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação." Habacuque 3.17-18

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Chamados para mudar


I. Introdução

Ocorre na sociedade atual um surto de autossuficiência, em última instância isso é estratégia do diabo para fazer com que as pessoas achem que não precisam de Deus.
Mas vivemos um momento antagônico, por um lado se faz necessário cada vez mais aperfeiçoamento técnico para que profissionais capacitados desempenhem funções variadas e sofisticadas em tantas áreas do mundo moderno. Por outro lado, principalmente nas classes média baixa e baixa brasileiras, famílias têm ensinado aos filhos que não é preciso tanto esforço para se ter as coisas.
Enquanto mudanças na estética física são tão buscadas, com cirurgias plásticas, tratamentos de cabelo e academias, a área intelectual é relegada. Ensino superior ficou algo banal, faculdades fáceis que aceitam alunos despreparados, dão a ilusão de que todos podem tudo com pouco. Isso é um aspecto nacional, talvez consequência daquilo que é apoiado de maneira interesseira pelos partidos políticos que estão no poder há vinte anos. Gente mal informada é fácil de administrar e de seduzir eleitoralmente.
Como disse Edmund Burke, filósofo e político irlandês do século XVIII, "para que o mal triunfe, basta que os homens de bem se calem", a consequência é que a cultura bandida, tão propagada pela música de má qualidade atual, ganha adeptos valorizando o criminoso, aquele que adquire bens à força, não por trabalho honesto. Isso sem falar nos políticos que roubam milhões dos cofres públicos e não são penalizados. Mas hoje parece que ser feio é bonito, tantos jovens vestindo-se, falando e agindo como os bandidos.
O principal, contudo, é a falta de relevância de mudança na área espiritual, que vai afetar todas as outras áreas do homem. Estamos tão mal acostumados a não mudar, isso está tão intrinsecamente ligado a nós, que nem percebemos. Apesar de ouvirmos dos púlpitos, o tempo todo, que Jesus salva e transforma, na prática achamos que isso é só para os novos convertidos. Basta que passemos alguns anos dentro das igrejas para acharmos que já estamos prontos e não precisamos mais de transformação.
Parece que o fato de acertarmos nossa vida conjugal, casando-se no civil, deixarmos os vícios do álcool e da nicotina e aprendermos o “evangeliquês”, já nos torna espiritualmente prontos (“evangeliquês” são os costumes e cultura dos crentes, como dar “a paz do Senhor”, chamar os membros das igrejas de irmãos, saber alguns hinos tradicionais e ouvir música gospel, tomar a ceia uma vez por mês, vestir determinadas roupas e fazer certos cortes de cabelo).
Você acha que isso não é verdade? Então responda essa pergunta: qual foi a última vez que você pediu perdão a alguém? Sim, porque perdão é a ferramenta principal da mudança, para haver perdão tem que haver reconhecimento de pecado e se há pecado reincidente é porque nós precisamos mudar. Perdão é o termômetro de uma vida realmente espiritual, muito mais que falar em línguas estranhas e cantar louvores.

II. O que é essa mudança?

O capítulo 4 de Efésios mostra as características do homem espiritual que somos chamados a ser:

1º A chamada: versículos 1 a 7 e 11 a 13

Portanto, eu, prisioneiro no Senhor, peço-vos que andeis de modo digno para com o chamado que recebestes, com toda humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando cuidadosamente manter a unidade do Espírito no vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança do vosso chamado; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por todos e está em todos. Mas a graça foi concedida a cada um de nós conforme a medida do dom de Cristo.
E ele designou uns como apóstolos, outros como profetas, outros como evangelistas, e ainda outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério e para a edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo;

2º Diferença madura que os chamados devem ter: versículos 14 a 24

para que não sejamos mais inconstantes como crianças, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela mentira dos homens, pela sua astúcia na invenção do erro; pelo contrário, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Nele o corpo inteiro, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a correta atuação de cada parte, efetua o seu crescimento para edificação de si mesmo no amor.
Portanto, digo e dou testemunho no Senhor que não andeis mais como andam os gentios, em pensamentos fúteis, obscurecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância e dureza do coração. Havendo se tornado insensíveis, entregaram-se à devassidão, para cometer com avidez todo tipo de impureza. Mas vós não aprendestes assim de Cristo. Se é que de fato o ouvistes, nele fostes instruídos, conforme a verdade que está em Jesus, a vos despir do velho homem, do vosso procedimento anterior, que se corrompe pelos desejos maus e enganadores, e a vos renovar no espírito da vossa mente, e a vos revestir do novo homem, criado segundo Deus em verdadeira justiça e santidade.

3º Frutos práticos dessa mudança: versículos 25 a 32

Por isso, abandonai a mentira, e cada um fale a verdade com seu próximo, pois somos membros uns dos outros. Quando sentirdes raiva, não pequeis; e não conserveis a vossa raiva até o pôr do sol; nem deis lugar ao Diabo. Aquele que roubava, não roube mais; pelo contrário, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com quem está passando necessidade. Não saia da vossa boca nenhuma palavra que cause destruição, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que transmita graça aos que a ouvem.
E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, com o qual fostes selados para o dia da redenção. Toda amargura, cólera, ira, gritaria e blasfêmia sejam eliminadas do meio de vós, bem como toda maldade. Pelo contrário, sede bondosos e tende compaixão uns para com os outros, perdoando uns aos outros, assim como Deus vos perdoou em Cristo.

III. Somos chamados para mudar

1º Esse “trigger” está em nossa conversão

É um gatilho colocado pelo Espírito Santo em nós, se temos uma experiência real com Deus nos tornamos inconformados com o mundo, com a carne, com o diabo, com nós mesmos, e queremos mudança. O cristão é um revolucionário por natureza, mas a revolução que ele experimenta é no seu interior, é essa que pode mudar família, igreja e nação, de dentro para fora.

2º Mudança é a vontade de Deus para nós

O objetivo de Deus é que sejamos iguais a Cristo vivendo neste mundo como quando Jesus se manifestou em carne. A vinda de Jesus teve duas missões, a primeira, e principal, foi a de morrer e ressuscitar, sem pecado, para se tornar o salvador do mundo. A segunda, nem foi a de pregar essa mensagem ao seu mundo contemporâneo, isso os apóstolos e discípulos que andaram com ele deveriam fazer, para isso Jesus os preparou, mas foi a de deixar o exemplo de que é possível ser uma pessoa agradável a Deus, vivendo nesse mundo corrupto, através da aceitação da primeira missão, de Jesus como o único salvador. A vida de Jesus homem descrita nos evangelhos nos mostra como devemos viver, transformados por Deus, como isso é possível e necessário.

IV. O que nos impede de mudar

1º Nossa natureza carnal

Quando o mal entrou na natureza humana através do pecado original de Adão, tudo entrou num processo de degeneração. O plano ideal de Deus foi destruído, corpo, alma e espírito do homem perderam a pureza, o contado direto e simples com Deus. A visão do mundo que Deus queria criar através do homem original foi destruída, o homem não mais construiria na terra uma civilização de acordo com a vontade de Deus.
Você já parou pra pensar como seria o mundo se o pecado não tivesse entrado? Em que grau de desenvolvimento e progresso social e científico nós estaríamos? Talvez povoando outros planetas, com veículos voadores e mantendo um planeta terra com a mesma qualidade de vida que havia no Jardim do Éden. Mas todo o universo sofreu com a entrada do pecado, a natureza, os animais, a terra, os mares, o céu, os planetas.
Com a entrada do pecado o diabo se tornou o senhor do mundo, temporário e falso, mas um senhor. Por isso religiões e filosofias baseadas num homem caído não podem gerar vida, por isso o cristianismo não propõe uma religião ou uma filosofia para melhorar o homem e o planeta, o cristianismo vai diretamente à fonte do problema, muda o coração do homem, onde está a raiz de todos os males.
Mesmo convertidos, essa natureza ainda está em nós e nos oporá para fazer a vontade de Deus até que sejamos transformados pela morte física ou pelo arrebatamento. A natureza caída instalada na alma do homem é o nosso maior inimigo já que é ela que dá legalidade para o diabo agir e ser vitorioso.

2º O diabo

O inimigo estava desde o início no mundo e mesmo que o homem não cedesse a ele, o ser humano deveria conviver com o inimigo sempre. Os anjos rebeldes caíram no mundo e habitam o segundo céu, isso é algo que Deus não livrou o homem. Por quê? Deus sabe o porquê, isso é parte dos mistérios de Deus, dar ao diabo a permissão de tentar e ao homem o livre arbítrio para ceder ou não a essa tentação.
Mas parece que o homem pecou logo no início das coisas. Deus não sabia disso? Sim, sabia, e aí também está outro mistério de Deus, talvez o plano do Senhor sempre tenha sido sempre o de mostrar sua grandeza através, não de um homem forte e obediente, mas de um ser humano fraco e limitado pelo pecado, que tem, contudo, a coragem de confiar num Deus todo poderoso.
Lembre-se que a principal arma que o diabo usa para nos impedir de mudar é vituperar de alguma forma a única maneira do homem mudar: Jesus. Sempre que alguma alteração é feita, por menor e mais sutil que pareça, na mensagem principal do evangelho e da Bíblia, Cristo como o único salvador, o diabo está tendo êxito em impedir o homem que mude.
Por isso tantas religiões, tantos desvios doutrinários, tantos deuses, entidades e “santos”. Cada vez que um “santo” é aprovado pela Igreja Romanista, um inimigo cria mais uma maneira de desviar o olhar do homem de Jesus, o único salvador, para outra coisa.

3º As pessoas

No orgulho, no egoísmo, todos nós usamos de uma artimanha para esconder o próprio erro, para não assumir a própria culpa: jogar a culpa nos outros, assim dizemos que nós não precisamos mudar, mas sim o outro. Esconder-se atrás dos erros dos outros é estratégia que todos usamos, por isso a mídia, jornais, telejornais, etc, que divulgam crueldades, violências, facínoras, dão tanto ibope. Por um lado nos sentimos tão bons por sofrer com a dor da vítima, mas por outro lado nos sentimos melhores ainda, por não sermos tão ruins quanto os agressores.
Grandes erros dos outros, escondem grandes erros nossos, quanto maiores os nossos erros, maiores erros nós procuraremos nos outros, divulgaremos isso e sentiremos mesmo uma satisfação interior pelos erros que os outros cometeram. Parece muita maldade isso? Mas a nossa natureza é assim, ou não é? A maneira certa de dizer a coisa é esta: não são as pessoas que não querem que a gente mude, somos nós, eu, que muitas vezes não permitimos que os outros mudem.
Isso é fato, se alguém toma uma atitude que achamos errada, nós condenamos essa pessoa a ser desse jeito para sempre, dizemos: “se aquela pessoa fez isso é porque ela é assim, então eu não me aproximarei mais dela, pra que, pra levar outro coice?”. Julgamos e condenamos, e depois não queremos que os outros façam a mesma coisa com a gente.
Um cristão que busca mudança em Deus deve deseja-la para ele e estar pronto para esperar isso dos outros também, com misericórdia e com paciência.

4º O mundo contemporâneo

As ideologias do positivismo e da inclusão, tão faladas no mundo atual, apesar de parecerem legítimas, são álibis para transformar o pecado em só uma característica, o erro em uma necessidade para o crescimento, e a fraqueza, em uma opção que deve ser respeitada. O pecado não é mais chamado de pecado, aliás, as pessoas têm um preconceito terrível com esse termo. As filosofias mundanas colocam o homem no centro das coisas: o homem pode tudo e sozinho, na verdade Deus e a religião são apenas ferramentas que podem (ou não) serem usadas pelo homem, é o homem quem usa Deus e não o contrário.
O incentivo exagerado que se faz à motivação também é uma desculpa para tirar das pessoas a referência de seus limites, de suas fraquezas, da verdade bíblica, da chamada de cada um, querendo tornar todos super-homens, que podem tudo e devem conquistar tudo com as próprias forças. Não que o homem com Deus deva esperar sentado que as coisas caiam do céu, isso não é verdade, mas também não é verdade que tudo se pode com Deus.
O que a Bíblia ensina é que Deus pode todas as coisas, mas tudo é em vão sem Deus e em Deus, mesmo o pouco, pode vir a se tornar muito. O pouco é relativo, é de cada um, nem todos devem possuir tudo igual e sempre.

(Quando puder leia a matéria “Cuidado com os burros motivados” de Roberto Shinyashiki, que foi publicada na revista “Isto é”).

V. Mas para mudar é preciso conhecer algumas coisas:

1º Aceitar que mudar dói

Jeremias 18.1-6: “Palavra do Senhor que veio a Jeremias: Levanta-te e desce à oficina do oleiro. Lá te farei ouvir as minhas palavras. Desci à oficina do oleiro, e ele estava ocupado com a sua obra sobre a roda. Como o vaso que o oleiro fazia do barro se estragou nas suas mãos, então fez do barro outro vaso, conforme melhor lhe pareceu. Então veio a mim a palavra do Senhor: Por acaso não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?, declara o Senhor. Como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.”.
Essa parábola explica a dor que existe na mudança de maneira definitiva, o vaso velho quebrando, o novo sendo moldado, sim, é um processo dolorido, o vaso é o nosso coração.
Mudar algo assim tão intrínseco do ser humano, ligado à essência da alma caída do homem, forjado através de anos de convivência com outros homens também distantes do Senhor, e baseado num “DNA” espiritual desviado do criador, não é fácil. (Por isso Jesus foi concebido do Espírito Santo, para não receber de José um “DNA” espiritual impuro o que contaminaria o sacrifício perfeito que Deus ofereceu por toda a humanidade logo no início).
Mas não são apenas aqueles de educação errada, criados de forma cruel pela família e pela sociedade, sem pais, ou com pais violentos ou ausentes, marginalizados, criminalizados, não é só isso que nos separa de Deus e que endurece nossos corações. Boa educação, harmoniosa, equilibrada, religiosa, também forma no homem um coração, que até respeita Deus, mas que não confia em Deus de forma verdadeira. Mudar isso dói, quem não quer sentir essa dor foge da mudança, inventa desculpas para não mudar, para permanecer onde e como está.
Aí reside a maior dificuldade para que o Espírito Santo atue na vida de uma pessoa, barreira muito maior que a criada por uma educação ruim. Filhos de religiosos, de crentes, têm muitas vezes muita mais dificuldade para experimentar uma vida real com Deus do que ex-viciados e bandidos.
A Bíblia não diz que é difícil para um rico entrar no reino dos céus? A “riqueza” intelectual talvez seja a mais enganadora delas, a que mais enche o coração do homem de jactância.

2º Saber que é um processo demorado

Isso porque a transformação desencadeada por Deus em nossos corações processa uma mudança não somente em nossos espíritos, a parte do homem que tem uma ligação direta com Deus, mas em nossas almas e em nossos corpos. A mudança do espírito é rápida e total no ato da conversão, a do corpo e da alma podem não ser.
Alguns até experimentam essa mudança em todas as áreas no momento da conversão, mas é que Deus já estava trabalhando em suas vidas por muito tempo, e isso porque eles mesmos permitiram. Outros, contudo, passam por um processo que demora anos, até se verem transformados.
A cura psicológica é a mais difícil, demônios são expulsos com uma palavra de autoridade, mas as consequências, os vícios de comportamento, físicos e psicológicos que adquiriu aquele que deu ouvidos por anos a esses demônios precisam de tempo para serem curados. Aquele que passou anos dependente de cigarro e de cachaça para ter seu equilíbrio “calibrado” e livre desses artifícios, sentirá um desconforto muito grande quando parar de fumar e de beber. Só muita oração e o batismo no Espírito Santo para ajudar um coração a seguir no processo de reeducação de corpo, da alma e do espírito. Na verdade, novas doenças poderão até aparecer, tira-se o tabaco e o álcool, que prejudicava pulmões e fígado diretamente, e aparecem ansiedades, refluxos, depressões. Mas tudo isso pode ser vencido pelo que persiste em seguir a Jesus com fé.

3º Mas isso é que é cristianismo!

É difícil? Dói? Mas se não for isso será apenas religião, como tantas outras. Por que dói? Dói porque é difícil abrir mão de uma maneira de interpretar a vida, maneira que se construiu para conseguir sobreviver, interagir com o sistema desse mundo. Mas em Deus é possível essa mudança, num projeto de associação entre o coração sincero e seu Senhor. É um andar junto, dia a dia, passo a passo, anos a fio, um caminhar para a vida eterna.

VI. Ferramentas para a mudança

1ª Referências

Sozinho você não vai conseguir mudar, é preciso referências. O que são referências? São fontes, algo para olhar enquanto caminhamos, algo que nos guie, para sabermos as dimensões do que é para ser feito. Olhar só para si mesmo, não é referência de mudança, o que só contempla o espelho acabará adorando a imagem que vê, como Narciso da lenda grega, achando-se perfeito, um deus. É preciso olhar para fora do ego.  

a. Em primeiro lugar para Deus, através da Bíblia, da oração e da igreja.

Bem, isso todo crente sabe desde o nascimento espiritual, que tem que ler a Bíblia, orar e ir à igreja para crescer espiritualmente. Não vou falar disso nesse estudo, já que mesmo sabendo disso tudo, sem a atuação do Espírito Santo e de um confronto social, isso poderá levar a lugar algum. Sim, porque as maiores heresias nascem tendo a Bíblia, interpretada de forma equivocada, como fundamento. Muito tiveram experiências com anjos caídos e fundaram religião, dizendo que estavam em oração e jejum. Outros queriam só poder nesse mundo administrando igrejas grandiosas.

Cuidado com os falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em pele de ovelha, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos frutos os conhecereis. Por acaso colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos de plantas com espinhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém, a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz fruto bom é cortada e lançada no fogo. Portanto, vós os conhecereis pelos frutos.” (Mateus 7.15-20).

Infelizmente estamos tão lotados de conceitos espirituais e acostumamos tanto a espiritualizar e legalizar as coisas que acabamos perdendo a referência de realidade. Realidade se mede com frutos, e não com intenções ou palavras. O que são frutos? É aquilo que muda o modo de agir das pessoas, tanto de quem executa o fruto quanto de quem é impactado por aqueles que têm esses frutos em suas vidas, e muda de acordo com a vontade de Deus.
Se perguntarmos às pessoas se elas leem a Bíblia, oram e frequentam assiduamente uma igreja, muitas dirão que sim, contudo, mesmo assim muitas ainda não estarão tendo uma vida de mudança espiritual. Desde o início, minha intenção com este estudo não foi a de falar o óbvio, aquilo que tantos já sabem, mas chamar a atenção sobre o que está escondido, camuflado por uma aparente vida cristã normal que de normal nada tem, não para Deus.

b. Pessoas: hierarquias, família e amigos.

Nossos frutos são medidas por Deus, sim, mas devem ser provados pelas pessoas que convivem com a gente. Essas pessoas representam nossa realidade social, visto que somos seres racionais e sociais, e não animais irracionais, solitários em cavernas.

O livro de Provérbios nos dá sábias orientações sobre a necessidade de referências humanas e corretas para que possamos decidir certo e agir bem: “Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança.” (11.14). “Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam.” (15.22). “Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros.” (24.6).
Uma orientação crucial da Bíblia sobre termos as pessoas como referência é dada pelo apóstolo Paulo em I Coríntios 11.1: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.”. Isso é bem diferente do ditado que tanto usamos que diz, “não olhe para mim, mas para Deus”, contudo é preciso ter vida para dizer o que Paulo disse.

A solidão enlouquece, mesmo vivendo aparentemente em sociedade muitos se colocam sozinhos, não se abrem com ninguém, não confiam em ninguém. Têm uma posição espiritualizada, mas só de cima para baixo, para com os que consideram menores, com menos experiência na vida crista ou liderados. Contudo, não convivem bem com os iguais, e mesmo com os superiores, fazem por medo ou por conveniência, e não como discípulos de mestres, como alunos, alunos que todos de alguma maneira somos e sempre seremos.
A solidão é causada por timidez, timidez, que como muitos acham, não é algo “bonitinho”, quase sinônimo de humildade. Se não concorda veja o que a Bíblia fala sobre os tímidos em Apocalipse 21.8. Timidez é orgulho, o orgulho deixa as pessoas solitárias e sozinhas podemos perder a sanidade, psicológica e mesmo espiritual. Não estou falando aqui do jeito mais quieto de alguns, mas de uma timidez crônica, que isola a pessoa de forma radical.
O louco tem sua própria visão de realidade, distorcida, egocêntrica. Ele não quer mudar, não precisa, para ele o mundo está errado e ele certo. Para o louco, se o mundo deve ser modificado é ele que deve ser o exemplo de mudança, não Cristo, para muitos loucos eles são o próprio “Cristo”. Você acha isso exagero? Pois existem mais malucos no nosso meio que imaginamos, a igreja e a liderança precisam abrir os olhos para isso, principalmente no meio dos levitas, já que é comum em insanos quererem trabalhar de forma obsessiva para provar algo às pessoas.

2ª Perdão

Diante de todas essas referências só existe uma ferramenta para a mudança, o perdão, perdão em três instâncias:
- perdão que se pede e recebe de Deus,
- perdão que se dá a si mesmo e
- perdão que se pede e recebe dos outros.
Os dois primeiros perdões só dependem de nós, Deus está sempre pronto a perdoar e nós somos os únicos que podem perdoar a nós mesmos. Com relação às outras pessoas, contudo, nem sempre é possível receber e mesmo se aproximar e pedir perdão. É preciso haver em nós toda a disposição e iniciativa para isso, mas o perdão que Deus e nós mesmos nos damos, precisam ser mais importante que o perdão das pessoas.
Nossa paz deve estar atrelada ao que Deus pensa de nós em primeiro lugar, e quando for possível, naquilo que as pessoas pensam de nós. Contudo, perdão não pode ser visto como uma atitude de exceção na vida cristã, mas como uma regra, como o ato de respirar, uma respiração espiritual que conduz a uma mudança constante.

VII. Conclusão:

E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2).

Para terminar eis um versículo muito conhecido sobre vida em transformação e não conformidade com o mal, mas nada disso será colocado em prática em nossas vidas se não quisermos pagar o preço, de sentir a dor, de se desapegar das vaidades, e buscar o interesse de Jesus, e não os nossos. Quando o interesse de Jesus é buscado, todos os interesses, nossos e dos outros, são alcançados, com amor e em justiça, de alguma maneira, e todos, somos mudados pela graça de Deus.

terça-feira, fevereiro 11, 2014

O vaso é de barro, mas o óleo é de Deus

Homens verdadeiramente de Deus ainda são homens, como vasos são de barro, limitados, errados às vezes. Contudo, se são homens de Deus são cheios do Espírito Santo, do óleo de Deus. Deve-se ter cuidado para que ao achar que se está opondo ao vaso, opor-se ao óleo, à palavra profética que o homem entrega e que vem de Deus.
Opor-se ao homem, mesmo que errado, pode ser somente divergir de uma opinião, pode ser somente uma questão de ótica diferente das coisas, ou de tomar uma opção humanamente distinta. Opor-se ao Santo Espírito, porém, é levantar-se contra Deus, contra a vontade do altíssimo.
Em seu amor, Deus pode levantar um vaso com uma palavra de graça e misericórdia, mas em sua disciplina, o profeta pode ser usado duramente para repreender e confrontar o tolo e arrogante, que disfarçado até de levita, pode ser um rebelde que cuida de seus interesses, e não dos interesses de Deus.
Se você estiver cuidando dos interesses de Deus e não dos seus, então você não tem nada a temer. Quando cuidando dos interesses de Deus, todos são abençoados, de uma forma ou de outra, quando cuidando dos interesses de Deus todos somos vasos de barro cheios do óleo do Senhor.

segunda-feira, fevereiro 10, 2014

Ore agora por aquela pessoa...

Sabe aquela pessoa que você tem dificuldades para conviver? Aquela que parece ser difícil pra você aceitar, conversar, mesmo estar no mesmo ambiente que ela? Pois bem, acalme seu coração, encha-se de fé e do Espírito Santo, então faça uma oração, curta e objetiva, pedindo que o Senhor a abençoe, pedindo que Deus faça um milagre, que de alguma maneira ela, a tal pessoa, se aproxime de você em amor.
Peça que Deus mude seu coração e o dela, que você possa vê-la de maneira diferente e que ela também possa te ver assim, e desse modo possa haver convivência com respeito. Talvez vocês nunca sejam os melhores amigos, e isso você precisa aceitar, assumir de coração que ela talvez nunca aprove totalmente suas atitudes e palavras, que nunca concorde com isso. Mas quem disse que isso precisa acontecer? Ela é importante pra Deus, sim, o Senhor ama essa pessoa e pede de você, como cristão, que a ame também, mas que cada coisa fique em seu lugar, com seu peso e valor adequados.
Não exija demais dela, aceite-a como ela é, e siga com tranquilidade. Faça essa oração agora e você experimentará um milagre de Deus, talvez seja esse o milagre que você está precisando para continuar seguindo em paz e seguro, dependendo somente de Deus e do que ele pensa e quer de você. Eu fiz essa oração e estou em paz...

domingo, fevereiro 09, 2014

Que a obra de Deus seja feita com liberdade, alegria e qualidade

Para que a obra de Deus através da igreja, nossos ministérios, a missão do reino de Deus, seja feita, eu destaco três aspectos:

Liberdade: a verdadeira liberdade, o povo de Deus só experimenta quando deixa o Egito, sai do deserto, não precisa entrar em Babilônia, e continua fiel e vitorioso em Canaã. Essas quatro regiões geográficas, por onde passaram a nação de Israel no antigo testamento, são simbologias de momentos espirituais que todos nós cristãos vivemos. É claro que existem experiências temporárias e curtas de cada um desses momentos, isso todos nós passamos, é necessário e importante que passemos, principalmente tendo em vista que a Canaã verdadeira é o céu, só habitaremos nele após a morte ou o arrebatamento.
Contudo, o crente fiel precisa entender que o plano ideal do Senhor para a sua vida é que ele viva na maior parte do tempo num “momento Canaã”, vamos chamar assim. Veja que em cada um dos outros três momentos, seja no Egito, no deserto ou em Babilônia, o escolhido do Senhor experimenta a providência e os milagres de Deus. Contudo, em Canaã as coisas são diferentes, nela nem há necessidade de grandes milagres, de exceções de Deus, em Canaã o povo do Senhor pode experimentar a maior bênção que se tem nesse mundo: viver com boa saúde, física, mental e espiritual, ter um trabalho honesto e poder sustentar sua família com os frutos desse trabalho, andando no temor de Deus e testemunhando dele às nações. A obra de Deus deve ser feita antes de qualquer coisa, em Canaã, na fidelidade e não na disciplina, que é Babilônia (pelo Egito e pelo deserto todos passamos, mas Babilônia só passa o rebelde). Se você estiver na disciplina acerte-se o mais depressa possível para sair dela e poder servir melhor a Deus.

Alegria: não qualquer alegria, mas a do Espírito Santo, aquela que vem da unção de Deus, a obra de Deus só pode ser feita pelo próprio Deus, não são os homens que a fazem, mesmo que munidos de toda boa intenção e esforço. Isso pode ser feito, equivocadamente, por um tempo até, contudo, num determinado momento as forças humanas acabam e só o poder o Espírito Santo, vindo através de uma experiência pentecostal do batismo do Espírito, revelando-se através dos dons espirituais e manifestando-se através de frutos, pode executar a obra de Deus com legitimidade. Se outra pessoa, que não seja o próprio Deus através dos homens, fizer essa obra, será falsa e não será feita com alegria. A alegria do Senhor é a nossa força maior e com ela não existe frustração ou perda de valores reais. Se a obra pesa é porque não está sendo feita pelo Espírito Santo e sendo assim não trará alegria. Será que perdemos a alegria de fazer a obra?

Qualidade: qualidade só se adquire com maturidade, jovens espirituais podem e devem fazer a obra, mas só a constância e a maturação darão à obra de Deus qualidade. Na qualidade não se perde o foco das prioridades da obra. Uma obra de qualidade atinge no alvo o centro da vontade de Deus, conquista frutos e frutos que permanecem. Qual é o centro da vontade de Deus para nossas vidas? Mais que adoração dentro dos templos, mais que oração constante, além da santidade, a vontade de Deus é que o nome de Jesus seja pregado como o único salvador, que o “ide” seja cumprido. Na verdade adoração, oração e santidade ganham força e legitimidade à medida que almas são salvas, curadas e edificadas. Uma obra de Deus de qualidade contempla esse foco e não o perde. Não podemos ser crianças espirituais para sempre, mesmo que esforçados e trabalhadores. Como crianças, a obra de Deus sempre será sem qualidade, sempre fácil de perder o foco.

A liberdade do povo que está em Canaã, livre das cargas do faraó, da morte do deserto ou das afrontas da Babilônia, com a alegria do Espírito Santo, batizados com ele, cheios dele, e com a qualidade de quem não perde nunca o foco, como crente maduro que é, esses três aspectos devem fundamentar a obra que Deus quer realizar através de nossas vidas.

sábado, fevereiro 08, 2014

"Mea culpa"

Woody Allen volta a ser acusado de abuso por filha adotiva”, matéria do site BBC Brasil, já no site G1 sai outra notícia sobre o mesmo assunto, "Irmão da filha adotiva de Woody Allen nega acusações de abuso sexual". O outro lado da moeda, a outra face da alma humana, por um lado um artista único, por outro, para alguns, um monstro.
O que não é resolvido, por mais estético que queira ser apresentado, camuflado, embelezado e aliado a ares de cultura e sofisticação, sempre encontrará uma maneira para "dumpiar" a realidade que não pode anulada, mas que só encarada de frente, assumida, pode ser resolvida.
"Mea culpa", eis o que mais falta no ser humano, ao invés de jogar a culpa nos outros ou de desmoralizar os canais que apontam a culpa. Não, a culpa não está na religião e nem em Deus, não foi o cristianismo que inventou a culpa, a culpa está no EU. Jesus só trouxe a solução para curá-la.

        (Preciso dizer que sou fã desse diretor de cinema, contudo não estou aqui defendendo-o e muito menos acusando-o, também é necessário dizer que essa história, como tantas outras na vida, não é simples, o ser humano nunca é simples, toda a verdade talvez nunca saibamos, contudo o perdão que Jesus oferece é simples e eficaz para restaurar tudo o que o pecado, em suas formas tão complicadas de agir, faz.)

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

"Isto é o dedo de Deus"

Então o SENHOR disse a Moisés: Manda Arão estender a vara e ferir o pó da terra, para que se transforme em piolhos por toda a terra do Egito.
E eles fizeram assim. Arão estendeu a mão com a vara e feriu o pó da terra; e surgiram piolhos nos homens e nos animais. Todo o pó da terra transformou-se em piolhos, em toda a terra do Egito.
Os magos tentaram fazer o mesmo por meio de seu ocultismo, para produzirem piolhos, mas não conseguiram. Os piolhos atacavam homens e animais.
Então os magos disseram ao faraó: Isto é o dedo de Deus. No entanto, o coração do faraó se endureceu, e ele não os atendeu, como o SENHOR havia falado.”
Êxodo 8.16-19

(Farei uma interpretação bem livre e rápida dessa passagem, ressaltarei as coisas que tocam o meu coração a primeira vista, serei mais emocional que racional, pretendendo ser sincero e espiritual, os analistas científicos que me perdoem dessa feita.)

Piolhos atacam o corpo dos homens (e dos animais), mas se alojam nas áreas que possuem pelos. A cabeça é o lugar onde existem mais cabelos, portanto propícia para o alojamento desses parasitas, a cabeça é o lugar onde se localiza a central intelectual do homem, se ela é atingida todo o corpo o controle: o homem enlouquece.
As outras pragas, os magos conseguiram simular, essa, a terceira, não conseguiram. Bem, o poder do diabo, mesmo que mentiroso, só vai até um ponto. Portanto, não se enganem os falsos que querem simular a presença e ação de Deus, sejam nos milagres através de uma fé equivocada, na revelação em profecias da carne ou na unção de uma adoração estranha que não é dirigida a Deus.
Isto é o dedo de Deus”, até o magos entenderam isso, contudo, o faraó não. Endureceu seu coração até que viu toda a sua nação, seu poder, seu povo, e o próprio filho, padecerem por causa de sua arrogância.
Interessante que o dedo de Deus fez algo que os falsos não conseguiram fazer justamente e principalmente numa área onde muitos querem fabricar, explicar e substituir Deus: a mente humana. Não, quando Deus toca, nenhum argumento, nenhum pensamento, nenhuma ciência fica de pé.
Por outro lado, quando Deus destrói, só ele mesmo para reconstruir, quando Deus derruba, só ele mesmo para levantar, quando Deus age, quando a ação é dele mesmo, só ele para reagir e mudar a sorte do homem.
Para isso, todavia, é necessário que haja arrependimento, humildade, reconhecimento de que só o dedo de Deus, e veja que é apenas uma pequena parte do Senhor, nem precisa ser Deus inteiro, basta uma pequenina parte, para que tudo mude, se transforme, tome outro rumo.
Nosso Deus é o todo poderoso e basta o dedo de Deus para que destinos sejam mudados, que o impossível seja feito, que a morte se transforme em vida.

quinta-feira, fevereiro 06, 2014

Carisma nos púlpitos: "gato por lebre"

Então disse Moisés ao SENHOR: Ah, Senhor! Eu nunca fui bom orador, nem antes, nem agora, que falaste ao teu servo, pois sou pesado de boca e pesado de língua. E o SENHOR lhe respondeu: Quem faz a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR? Então vai agora, e estarei com a tua boca e te ensinarei o que deves falar.” (Êxodo 4.10-12).

Carisma abre portas, mas não mantém essas portas abertas, não por muito tempo. Um belo sorriso, uma voz agradável, beleza estética exterior, discursos comoventes, mesmo gestos educados, nos acolhem a princípio com facilidade, afinal de contas quem não quer ser bem recebido? Contudo, se não houver coerência entre palavras e ações, entre o que se vende e o que se entrega, entre promessas e atitudes, entre cara e coração, a desarmonia logo será percebida e quem a princípio comprou gato por lebre logo se sentirá frustrado com a falsidade.
Carisma e boa oratória são requisitos necessários para muitos ofícios. Vendedores, de maneira geral, os utilizam para convencer seus clientes, políticos e professores também podem usá-los, amantes os usam, naturalmente e sinceramente, ou de forma inescrupulosa e manipuladora para seduzir almas carentes e solitárias. Pastores e profetas podem ter esses quesitos, mas eles não podem representar requesitos para que eles ministrem. Contudo, muitos usam somente esses quesitos como ferramentas, esquecendo-se do principal: a unção de Deus.

Irmãos, quando fui até vós, anunciando-vos o mistério de Deus, não fui com linguagem pomposa nem de sabedoria. Pois resolvi nada saber entre vós, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado. Estive convosco em fraqueza, em temor e em grande tremor. Minha linguagem e pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do poder do Espírito, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, mas no poder de Deus.” (I Coríntios 2.1-5).

A Bíblia é maravilhosa e deveria ser vivida por tantos que a usam de forma inescrupulosa nos cultos, por tantos que tentam seduzir pessoas para terem ministérios grandiosos neste mundo com a finalidade de saciar suas vaidades e obter poder e riquezas, e não realmente de salvar, curar e abençoar os pequeninos pelos quais Jesus veio, morreu e ressuscitou. Espero sinceramente que antes do fim, antes da igreja passar pelo menos por uma parte da grande tribulação na terra, quando será necessária uma vida realmente perto de Deus para suportar as lutas, espero que venha um verdadeiro avivamento. Espero um avivamento onde a santificação, o quebrantamento e a humildade, comecem nos púlpitos, e depois alcancem os bancos, até então muitos de nós continuarão ainda comprando gato por lebre.