quarta-feira, abril 30, 2014

Moisés: coração de intercessor

Êxodo 32, versos 1 ao 14:

1 Vendo que Moisés demorava para descer do monte, o povo juntou-se em volta de Arão e lhe disse: Levanta-te! Faze para nós um deus que vá à nossa frente, porque não sabemos o que aconteceu a esse Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito.

A falta de paciência é a raiz de muitos males, principalmente no mundo atual, tão imediatista, todos querem ter e sentir na hora, mesmo que não dure muito. Isso também acontece com os cristãos, isso também acontece com as coisas espirituais. A falta de paciência tira nossos olhos de Deus e os coloca em outras coisas e pessoas, ídolos são tudo aquilo em que confiamos ao invés de confiar em Deus.

2 E Arão lhes disse: Tirai os brincos de ouro das orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e de vossas filhas, e trazei-os aqui.

Arão, sacerdote de Israel, a boca de Moisés, ele não cumpriu seu papel de servo de Deus, antes quis agradar aos homens e prontamente achou uma solução para a rebeldia do povo. Arão preferiu ficar bem com os homens do que ir contra a maioria, teve medo e se acovardou.

3 Então todo o povo tirou os brincos de ouro das orelhas e os levou a Arão. 4 Ele os recebeu de suas mãos e deu forma ao ouro com um cinzel, fazendo dele um bezerro de fundição. Então eles exclamaram: Ó Israel, aí está o teu deus, que te tirou da terra do Egito.

Um bezerro de ouro: não havia objeto melhor para se tornar um ídolo. Eram bezerros que eram oferecidos como sacrifícios a Deus pelos pecados, o povo se afastou de Deus mas queria manter uma aparência de fiel. Isso é apostasia, um desvio que quer manter alguma coisa do objetivo desviado.
Adorar o bezerro, ao invés de Deus, é confiar na disposição que se tem para buscar a Deus, mais do que no próprio Deus, é confiar na fé, e não no objeto da fé, é confiar na devoção, e não no que se é devotado, é confiar na religião, na fidelidade com os costumes e tradições, na liturgia de um culto, e não na presença livre e poderosa do Espírito de Deus.

5 Vendo isso, Arão edificou um altar diante do bezerro e proclamou: Amanhã haverá festa ao SENHOR. 6 No dia seguinte, eles se levantaram cedo, ofereceram holocaustos e trouxeram ofertas pacíficas. O povo sentou-se para comer e beber, e depois se levantou para se divertir.

Festa, as pessoas querem festa, querem alegria e bem depressa, querem sentir, deixar-se controlar por um bom sentimento. Até que ponto os crentes não estão simplesmente trocando, a alegria que sentiam no mundo, com a carne, com sexo, vícios, etc, pela consequência da comunhão com Deus? Não é errado sentir-se bem com a comunhão com Deus, uma alegria maior, mesmo um êxtase, que se prova dessa ligação. Contudo, torna-se desvio quando o êxtase é mais importante que aquilo que nos leva a ele.
A emoção que se sente depois que se prova uma unção poderosa do Espírito Santo é direito do fiel, mas se ele quiser essa unção somente para sentir algo diferente, então passa a ser bezerro de ouro. O fiel crê, antes de tudo, indiferentemente do que vai ou não vai sentir. É claro que se agir dessa forma sempre será consolado por Deus com paz e gozo.
Mas no caso de Israel, naquele momento, não era tempo de festa, mas de espera, de vigilância, de oração, de consagração, afinal, Moisés havia subido o monte para receber as leis, a constituição divina que regeria a vida religiosa, social e política do povo.

7 Então o SENHOR disse a Moisés: Vai, desce, porque o teu povo, que tiraste da terra do Egito, se corrompeu; 8 depressa se desviou do caminho que lhe ordenei. Fizeram para si um bezerro de fundição, adoraram-no, ofereceram-lhe sacrifícios e disseram: Aí está, ó Israel, o teu deus, que te tirou da terra do Egito. 9 O SENHOR disse a Moisés: Tenho observado esse povo e vi que é um povo muito obstinado. 10 Agora, deixa-me, para que a minha ira se acenda contra eles e eu os destrua; e farei de ti uma grande nação.

A ira do Senhor se acendeu, implacável, como é sempre diante do pecado, como foi com Israel e como é com os homens atuais. Deus já tinha outra solução para cumprir seu plano maior, propôs levantar uma nova nação a partir de Moisés, para dar testemunho ao mundo de sua existência. Sim, isso também funciona conosco, o que impede Deus de nos rejeitar, toda vez que pecamos, é a obra salvadora de Jesus, seu sangue puro derramado na cruz e sua ressurreição.

11 Moisés, porém, suplicou ao SENHOR seu Deus: Ó SENHOR, por que a tua ira se acende contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande força e com mão forte? 12 Por que permitir que os egípcios digam: Foi para o mal que os tirou daqui, para matá-los nos montes e destruí-los da face da terra? Volta-te da tua ira ardente e arrepende-te desse castigo contra o teu povo. 13 Lembra-te de Abraão, de Isaque e de Israel, teus servos, aos quais por ti mesmo juraste, dizendo-lhes: Multiplicarei os vossos descendentes como as estrelas do céu e lhes darei toda esta terra de que tenho falado, e eles tomarão posse dela para sempre.

Um coração de intercessor: foi isso que Moisés mostrou. Deixou de lado a vaidade, sim porque ele poderia ter saído no lucro com a situação, mas ele não pensou nele mesmo, pensou no povo, por amor, verdadeiro amor.
Mas o maior amor que Moisés mostrou foi por Deus: ele lembrou o Senhor o juramento que tinha feito, chamou a atenção para a fidelidade de Deus para com a sua própria promessa, promessa feita a Abraão e seus descendentes. Moisés lembrou que o testemunho do nome do Senhor seria arruinado, caso os egípcios soubessem que aquele povo, que disse que o Deus verdadeiro o estava livrando, agora tinha caído em desgraça.
Um coração de intercessor conhece a palavra de Deus e a usa em verdade e com autoridade para comover o coração de Deus para abençoar um povo que ama.

14 E o SENHOR se arrependeu do castigo que dissera que traria ao seu povo.

Uma intercessão feita assim Deus ouve. Sim, três mil pessoas morreram depois, sofrendo a disciplina de Deus, pagaram o preço pela rebeldia, mas o propósito maior de Deus não foi mudado e Moisés passou por uma grande prova.
Coração de intercessor, Deus nos dê um coração assim, como o de Moisés, mas antes de tudo nos ajude a esperar nele e não querer agradar aos homens.

terça-feira, abril 29, 2014

O aleluia que agrada a Deus

Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão; porque o Senhor não considerará inocente quem tomar o seu nome em vão.” (Deuteronômio 5.11).
Quero que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ódio nem discórdia.” (I Timóteo 2.8).

Todo louvor roubado de Deus será cobrado. O que não o louva ou louva outro no lugar dele, será julgado como incrédulo ou idólatra. Contudo, o que dá Aleluia por contenda, para agradar alguns homens e desagradar a outros, será julgado por rebeldia e heresia, visto que usa o nome de Deus em vão. Cuidado, aja com temor a Deus sempre, e se estiver confuso, é melhor que se cale e ore antes de abrir a sua boca.

segunda-feira, abril 28, 2014

Quem ama disciplina

Pois o Senhor disciplina a quem ama e pune a todo que recebe como filho. É visando à disciplina que perseverais. Deus vos trata como filhos. Pois qual é o filho a quem o pai não disciplina?
Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, então, não sois filhos, mas filhos ilegítimos. Além disso, tínhamos nossos pais humanos* para nos disciplinar, e nós os respeitávamos. Logo, não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, e assim viveremos?
Pois eles nos disciplinaram durante pouco tempo, como bem lhes parecia, mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para sermos participantes da sua santidade. Nenhuma disciplina parece no momento motivo de alegria, mas de tristeza. Depois, porém, produz um fruto pacífico de justiça nos que por ela têm sido exercitados.
Hebreus 12.6-11

Quem ama de verdade não vê somente as qualidades do amado, não o promove como um ser perfeito, antes, disciplina-o para que ele não erre e assim não precise pagar preço de dor e de tempo perdido por ter errado. Aqui falo especificamente ao amor de pai e de mãe, e porque não dizer de pastor, todos esses têm interesse em que seus filhos e ovelhas andem certo para não se perderem na vida e nem serem machucados.
Ocorre contudo, que as últimas gerações têm invertido valores. Pais têm mimado seus filhos de maneira a esconder deles seus defeitos, talvez porque a revelação dos mesmos revelem seus próprios erros. Sendo assim temos homens que não sabem receber um não, uma correção, mesmo uma ordem.
Mimar não é amar, quem ama disciplina, corrige, para que o ser amado acerte e pelo menos erre menos. Quem ama prepara filhos e ovelhas não para o convívio íntimo e familiar, uma privacidade onde tudo é relevado e desconsiderado. Quem ama prepara os amados para a realidade, para o mundo, para a vida, assim não têm medo de disciplinar, de maneira sábia, para que seja aprendida uma lição.
Essa irresponsabilidade da família, como já disse aqui nesse blog outras vezes, tem tornado a tarefa de pastores, professores, autoridades e líderes em geral, mais difícil. Como não se aceita disciplina de homens, muito menos se aceita a de Deus, então temos igrejas cheias de crentes que só querem receber e não querem dar.
Bem, eu não tenho uma conclusão para essa constatação, só sei que precisamos reverter isso de alguma forma, e isso com certeza vai doer, na alma de tantos que são crianças mimadas, mesmo que a identidade deles diga que já são maiores de idade.

domingo, abril 27, 2014

Luz incomoda as trevas

"Então os principais sacerdotes e os fariseus reuniram o Sinédrio e disseram: Que faremos? Este homem está realizando muitos sinais. Se o deixarmos em paz, todos crerão nele; então os romanos virão e tirarão tanto o nosso lugar como a nossa nação." (João 11.47-48).

Intercessor sincero não quer fama, quer a presença de Deus na Igreja para que haja AVIVAMENTO, que Deus cresça e nós diminuamos sempre. Que não confundamos coragem e fé com vaidade e presunção, contudo o diabo, nosso adversário, sempre tentará destruir de alguma maneira aquele que se levanta sob ordem de Deus, mesmo que com falsa sabedoria. O verdadeiro sábio aprende fazendo e não se escondendo, já que a luz de Deus não pode ser escondida. O humilde glorificará a Deus, por essa luz, mas o arrogante, sentirá inveja e tentará destruí-la.

"Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo de um cesto, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está no céu." (Mateus 5.14-16).

sábado, abril 26, 2014

Com amor, mas com poder e moderação

Avivamento se faz com poder, mas também com amor e moderação. Sejamos corretos com as coisas de Deus, exigentes e corajosos espiritualmente, mas também sejamos misericordiosos.
Deus não trabalhou, não trabalha e nem trabalhará por homens perfeitos, no ideal de seu plano, mas por fracos, limitados, infantis e ociosos muitas vezes, mas os quais o Senhor ama de maneira apaixonada e incondicional.
Se o servo de Deus não entender esse amor, sua chamada nunca será completa, por mais devoto e dedicado que ele seja (sobre II Timóteo 1.7).

sexta-feira, abril 25, 2014

Profeta, não se cale

O Senhor Deus deu-me a língua dos instruídos para que eu saiba o que dizer ao que está cansado; ele me desperta todas as manhãs; desperta-me o ouvido para que eu ouça como discípulo. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos, e eu não fui rebelde, nem me afastei.
Ofereci as minhas costas aos que me feriam, e a minha face, aos que me arrancavam a barba; não escondi o rosto dos que me afrontavam e me cuspiam. Pois o Senhor Deus me ajuda; portanto, não fico envergonhado; por isso o meu rosto está firme como uma pedra, e sei que não serei envergonhado.
Aquele que me defende está perto; quem contenderá comigo? Apresentemo-nos juntos; quem é meu adversário? Aproxime-se. O Senhor Deus é quem me ajuda! Quem me condenará? Todos eles envelhecerão como se fossem roupa, e a traça os comerá.
Isaías 50.4-9

Deus só levanta um profeta quando outro profeta se cala, e se esse segundo se calar, Deus levanta um terceiro, um quarto, e assim por diante, já que o que importa não é o profeta, mas que a palavra de Deus seja falada e obedecida. Olhe certo, não para o profeta, mas para Deus, contudo, profeta que é profeta, nunca se cala, até ver a vontade de Deus feita.

quinta-feira, abril 24, 2014

Responsabilidade pessoal pelo avivamento

Viveremos o avivamento quando tivermos a coragem de fazer diferente e de depender somente de Deus!
Saberemos que estamos começando o avivamento quando tivermos dificuldade para terminar uma reunião de oração, visto que ninguém quererá sair do lugar, todos desejarão continuar na presença de Deus, prostrados, quebrantados, adorando e clamando.
Saberemos que estamos provando um avivamento quando bastar ao Espírito Santo usar a igreja local para falar com a igreja local, seus líderes, seus levitas e seus músicos, sem que haja necessidade de se recorrer a pregador, profeta ou cantor visitante.
O avivamento acontece quando cada um toma para si a responsabilidade pessoal para começá-lo, seja ovelha, levita ou pastor.

quarta-feira, abril 23, 2014

Orai pelos que vos perseguem

I. Introdução

ORAI PELOS QUE VOS PERSEGUEM, esse é o tema da reflexão de hoje, vamos começar lendo Mateus 5.38-42:

Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente. Eu, porém, vos digo: Não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser levar-te ao tribunal, e tirar-te a túnica, deixa que leve também a capa; e, se alguém te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil. Dá a quem te pedir e não voltes as costas a quem te pedir emprestado.

Como introdução ao nosso estudo, chamo a atenção no texto lido para a frase “não resistais ao homem mau”, identificando que a orientação de Cristo foi para uma situação de conflito, onde um lado pelo menos se porta como inimigo do outro lado.
Começo dizendo que esse estudo não tem a visão maniqueísta de identificar os confrontos humanos, sejam os grandes ou os pequenos, simplesmente como embates entre o bem e o mal, entre o certo e o errado. Em se tratando de conflitos sociais corriqueiros, que é o do nosso assunto, isso geralmente não existe. O que ocorre é que ambos os lados estão errados, principalmente quando ambos acham que estão certos, já que se estivessem realmente certos, não haveria conflito. Então entenda-se o conceito de inimigo e vítima como algo relativo, cada lado de um conflito se sentirá vítima, e terá a tendência de ver o outro como inimigo.
Mas seja como for, a palavra de Deus nos orienta que não devemos resistir ao mal, essa resistência só acontece porque achamos que estamos certos, de alguma maneira. Não resistir é abrir mão dessa certeza, deixar-se ser lesado, entregar aquilo que nos é pedido, mesmo que achemos que é de maneira injusta. Por quê? Porque é a única forma de nos livrar do conflito, já que se ambos os lados insistirem, um em tomar e o outro em não querer entregar, o conflito não terminará nunca.

Agora leiamos o restante do texto, Mateus 5.43-48:

Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está no céu; porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons e faz chover sobre justos e injustos.
Pois, se amardes quem vos ama, que recompensa tereis? Os publicanos também não fazem o mesmo? E, se cumprimentardes somente os vossos compatriotas, que fazeis de especial? Os gentios também não fazem o mesmo? Sede, pois, perfeitos, assim como perfeito é o vosso Pai celestial.

(Veja o mistério desse texto: Deus faz nascer o sol sobre maus e bons, significa que quando você vê alguém como inimigo pode estar impedindo tua própria bênção, já que aquele que você vê como mal pode estar sendo abençoado por Deus, e consequentemente, pode ser usado para abençoar você, Deus é sempre imparcial).

Essa segunda parte do texto responde à primeira: se aquele que se deixou lesar achar que perdeu algo, Jesus diz que não, ele ganhou, não algo humano ou material, mas espiritual. Isso não somente equilibra o confronto, mas honra aquele que agiu de forma espiritual. Como ele ganha? Orando e amando. O estudo a seguir é exatamente sobre isso.

Antes de começar, entretanto, preciso dizer algo. Tenho aprendido uma coisa sobre compartilhar a palavra de Deus, só conseguimos tocar as pessoas com o que falamos, se tivermos sido tocados antes. Por isso, não devemos pregar para impressionar, para convencer, ou para emocionar, mas pregar impressionados, convencidos e emocionados. Se agirmos assim, a palavra terá coerência, terá verdade, e o Espírito Santo fará a sua parte, nos outros, pois já fez em nós, pregadores, antes.
Portanto, por mais que um pregador, principalmente se ele for um pastor, um líder, precise de alguma proteção de privacidade, para ser respeitado, ele não poderá ficar tão distante das pessoas, da realidade, de si mesmo. O pregador perfeito é aquele que sabe compartilhar suas imperfeições com sinceridade e com equilíbrio, agindo assim as pessoas terão empatia com ele, e ele terá cumplicidade com elas, numa abertura onde as lições aprendidas poderão ser compartilhadas e vividas.

(Eu não vejo o apóstolo Paulo se protegendo, ele sempre escancara o coração, confessa mesmo que fez a obra na fraqueza, confira isso em I Coríntios 2.1-5. Isso sem falar do rei Davi, se mantivesse uma postura de profissional de púlpito, que muitos mantém nos dias de hoje, não teria escrito os Salmos, alguns dos textos mais terapêuticos das sagradas escrituras, leia Salmo 51 e tire suas próprias conclusões).

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II. A percepção do mal

Deus dá sentidos e inteligência aos homens, a todos eles, isso é indiferente da cultura, da formação intelectual, do temperamento, da personalidade, ou de qualquer outra variável do corpo, da mente ou da alma humana. Sendo de Deus, cada pessoa tem que trabalhar de maneira positiva com aquilo que recebeu. O assunto principal desse estudo não são os dons espirituais, aqueles recebidos na conversão, que são manifestação sobrenatural do Espírito Santo nos homens. O assunto aqui é sensibilidades, aptidões, entendimentos humanos, recebidos no nascimento ou adquiridos durante a vida, e como administrá-los.
Com esses sentidos e competências nós analisamos a vida, um ser humano normal e saudável, que interage com a realidade, com os outros seres humanos, que é produtivo, trabalha, se casa, estuda, vive em sociedade, sabe observar e chegar a conclusões originais sobre tudo. Contudo, e isso é inegável e bem humano, nós, por causa da natureza espiritual original pecaminosa, criticamos mais que elogiamos, achamos defeitos, mais que qualidades. Muitos desses defeitos que achamos, principalmente nos outros, são verdadeiros, já que o homem sem Deus tem mais defeitos que qualidades, isso é fato.
O que fazemos quando vemos um defeito nos outros? Alguns veem mais defeitos que os outros, e alguns veem defeitos mesmo que não existem, nesse caso são apenas invenções de nossas naturezas caídas, que sempre tentam se eximir dos próprios erros, projetando erros nos outros. Mas isso nem vem ao caso, a questão de se o que vemos de errado nos outros é verdadeiro ou não, o ponto aqui é: o que fazemos com essa constatação?
Primeiro temos que entender que as faculdades que temos são dons de Deus, mesmo que dons físicos e emocionais, não espirituais. Essas faculdades nos são dadas por Deus para cumprir um objetivo positivo, ajudar a nós mesmos e às pessoas. Diante desse conhecimento, devemos agir de uma maneira que tal sensibilidade ou inteligência abençoe os outros, ajude-os a serem pessoas melhores, a se livrarem do mal.
Bem, os não cristãos, e mesmo muitos cristãos, equivocadamente, tentam agir de maneira positiva diante da constatação que fizeram, mas com suas próprias forças. Daí as psicologias e muitas teologias, sem falar em filosofias e outras ciências, que tentam mudar o homem, mas sem Deus. O cristão que está no centro da vontade de Deus vê o problema e pede orientação de Deus sobre como resolvê-lo. Contudo, algumas barreiras podem existir para impedir esse processo que parece tão óbvio.

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III. Barreiras que nos impedem de levar o problema a Deus

Na verdade nós só temos um inimigo real: Satanás, o acusador, o pai da mentira. Efésios 6.12: “pois não é contra pessoas de carne e sangue que temos de lutar, mas sim contra principados e poderios, contra os príncipes deste mundo de trevas, contra os exércitos espirituais da maldade nas regiões celestiais.”. Algumas pessoas podem até se colocar como nossas inimigas, ou nós podemos ver alguns como nossos inimigos, contudo, isso na grande maioria das vezes, não é verdade, é apenas um embaraço espiritual, precisando de uma intercessão com autoridade para ser dissipado. Por ser um embaraço, algumas coisas podem acontecer para nos impedir de nos posicionar e obter vitória sobre a situação, eis algumas:

1º “Eu não tenho inimigos”

Em primeiro lugar podemos achar que inimigo é algo muito forte, principalmente quando o conflito ocorre entre irmãos, de uma mesma igreja local, e tantas vezes, entre ministros e líderes. Podemos arrogar que somos espirituais demais, superiores demais, para termos inimigos. I Coríntios 3.1-7 nos revela que as dissensões mais significativas ocorrem entre irmãos:

Irmãos, não vos pude falar como a pessoas espirituais, mas como a pessoas carnais, como a crianças em Cristo. O que vos dei para beber foi leite, e não alimento sólido, pois não podíeis recebê-lo, nem mesmo agora podeis, porque ainda sois carnais. Visto que há inveja e discórdias entre vós, por acaso não estais sendo carnais, vivendo segundo padrões puramente humanos?
Pois, quando alguém diz: Eu sou de Paulo; e outro: Eu sou de Apolo; não estais agindo segundo padrões puramente humanos? Quem é Apolo? E quem é Paulo? São apenas servos por meio de quem crestes, conforme o Senhor concedeu a cada um. Eu plantei; Apolo regou; mas foi Deus quem deu o crescimento. De modo que, nem o que planta nem o que rega são alguma coisa, mas sim Deus, que dá o crescimento.”

Pensamos que para ser nosso inimigo tem que ser alguém que realmente declarou-se contra nós de maneira clara, verbalmente, violentamente, mais ainda, alguém do mundo, uma pessoa carnal, satânica. Contudo, onde o diabo mais aprisiona as pessoas é em situações não definidas, confusas, bem, confusão é uma especialidade dele. Se não há paz, se não há liberdade de ir e vir, de conversar, de olhar, de estar no mesmo ambiente, existe um mal, e é necessário que se ore contra ele.
É preciso cuidado para não nos acostumarmos com a situação errada, de forma a achar que ela é normal. É preciso cuidado para que as trevas não sejam mais interessantes que a luz. Em alguém em que habita o Espírito Santo de Deus, as trevas nunca prevalecerão, mesmo que oprimam por algum tempo. Contudo, há muitos entre nós que são convencidos, mas ainda não se converteram de verdade.

2º “Eu estou certo”

Outra barreira é acharmos que estar certos num conflito nos exime de ter que tomar a iniciativa para solucioná-lo, leiamos Mateus 5.23-26:

Portanto, quando apresentares tua oferta no altar, se ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa diante do altar a oferta e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; depois vem apresentar a oferta. Entra logo em acordo com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho do tribunal; para que ele não te entregue ao juiz, e o juiz ao guarda, e sejas lançado na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo.”

Entenda que estamos fazendo essa reflexão baseados sob o ponto de vista do que está certo, daquele que não fez nada e ainda assim foi mal entendido e colocado como inimigo. Portanto, você não foi colocado como o errado, e é aí que muitos dizem: “mas se eu não fiz nada de errado, por que sou eu quem tem que orar, que resolver o problema?”.
Porque a Palavra de Deus manda assim, e não parece mais sensato? Tomar a iniciativa aquele que está certo, visto que está mais forte, que está na luz, ao invés do que está errado, que está mais fragilizado? Permanecer irredutível, quando se acha que está certo, é estar debaixo da lei, contudo, executar misericórdia, tomar a iniciativa por amor, é para os que provaram a graça de Deus através de Cristo. Estamos debaixo da lei ou da graça?

3º Vemos a questão somente com os olhos carnais

Seja negando o problema, ou achando que se está certo no conflito, de uma forma ou de outra, por causa de nossas fraquezas, inseguranças e vaidades, tomamos a questão como pessoal. Isso principalmente, porque na maioria das vezes só vemos o problema do outro quando ele nos atinge diretamente, enquanto está prejudicando um terceiro, nós não nos importamos muito. Isso sim seria mostrar muito mais a misericórdia de Deus, orar por um conflito de terceiros, que nada tem a ver conosco, mas que nos colocamos como intercessor por amor, para que haja paz.
Aí, contudo, entra a mão de Deus, ela permite que algo nos toque, nos incomode, justamente para que nós possamos ser bênção na vida de outra pessoa. Só entendemos o quanto alguém é invejoso, quando ele inveja a nós. Só entendemos o quanto alguém é irado, quando ele nos odeia. Só entendemos o quanto alguém é arrogante, quando ele nos despreza. Repito, a sensibilidade de perceber a inveja, o ódio e a arrogância é relativa, cada um sente num extensão.

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IV. Aspectos poderosos da intercessão pelo inimigo

Então eu compartilho com você uma palavra de revelação: quanto maior a sensibilidade, maior a responsabilidade, não para tomar o mal de alguém como pessoal, mas para levar o mal diante de Deus e interceder pela pessoa.
Num processo de intercessão que começa então, se feito com persistência, diante de Deus, com liberdade do Espírito Santo, nós podemos discernir se o que sentimos é verdade ou é invenção do nosso coração. Se for invenção, quem precisa de cura, somos nós, e não a outra pessoa.
Com frequência usamos o que os psicólogos chamam de projeção, aliamos ao outro, aquilo que existe em nós. Então vemos inveja no outro, quando somos nós os invejosos, enxergamos ira no outro, quando somos nós que odiamos, sentimos desprezo do outro, quando somos nós os arrogantes.
Todavia, se na oração que continua, após haver perdão em todo a sua profundidade, da nossa parte, ainda continuarmos sentindo o mal no outro, então devemos nos colocar como intercessores da vida do outro. A sensibilidade que Deus nos deu, a inteligência de ver o mal, não é para que nos achemos perseguidos, descriminados, destruídos de alguma forma. Mas é para que nos coloquemos, com coragem como intercessores pela vida daquele que está preso ao mal, seja da inveja, da ira, da arrogância, ou de outro qualquer.
Nessa mudança de visão existem várias bênçãos, citadas na Bíblia e até usadas pela psicologia e outras religiões e filosofias. Mas na verdade, os princípios não são da ciência, das religiões ou do diabo, o princípio é de Jesus, mesmo que usados inescrupulosamente por outros. Eis os princípios:

1º Energia positiva e negativa

 “Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme o SENHOR e desvia-te do mal. Isso te trará saúde ao corpo e vigor aos ossos.” “O coração tranquilo é a vida do corpo; a inveja, porém, apodrece os ossos.” (Provérbios 3.7-8 e 14.30).

Utilizado muito pela nova era e pelo esoterismo, contudo, interpretando isso de uma maneira bíblica, já que não me refiro aqui a nenhuma espécie de energia de anjos caídos, do universo ou da natureza, ou de entidades espirituais do mal, mas me refiro a uma convicção física e emocional que todos os seres humanos têm. Essa convicção, essa energia, essa força, que pode ser usada de uma maneira ou de outra, não é a fé, mas a força que transporta a fé.
É importante que entendamos que muitos chamam de fé, essa energia, por isso dizem que não importa no que se crê, desde que se creia. Mas isso que eles se referem, não é a fé salvadora, aquela que é dom de Deus, é simplesmente essa força vital inerente a todo ser humano. Só essa força não é suficiente para salvar ninguém, não na outra vida, contudo ela é importante, principalmente para revitalizar nosso corpo e nossa alma nesse mundo, tanto que muita gente a usa de maneira positiva.

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se orgulhe.” (Efésios 2.8-9).

Quando sentimos inveja, ódio e desprezo, usamos essa força contra nós, por isso ficamos doentes, perdemos a resistência natural do organismo contra gripe, resfriado e outras enfermidades, sem falar das doenças psiquiátricas, como depressão, fobias, psicoses, etc. Quando oramos a Deus, além de usar essa força vital para conduzir a nossa fé espiritual para que o Senhor aja e cure a pessoa pela qual oramos, nós também estamos usando toda essa força vital de uma maneira positiva, e não somente nosso espírito, mas nosso corpo e nossa alma são curados. Veja que tudo isso pode acontecer, antes mesmo que a pessoa pela qual estamos orando, seja efetivamente curada.
Compartilho com você outra palavra de revelação: a oração que você fizer pelo mal do outro libertará em primeiro lugar você mesmo. Veja o exemplo de Jó, em 42.10: “E depois que Jó intercedeu pelos seus amigos, o SENHOR o livrou e lhe deu o dobro do que possuía antes.”. (Entenda como “amigos”, falsos amigos, que acusaram Jó, culparam-no pelo mal que estava vivendo). Tudo aquilo de ruim que você sentiu do outro, que te incomodou tanto, te aprisionou, te enfraqueceu, sairá de você, à medida que você orar por ele. A sua libertação ocorrerá quando você se esquecer de si mesmo e desejar, de todo o coração, a libertação do outro. 

2º O coração do Evangelho: abençoar os que nos perseguem

Ordem presente no texto inicial e aqui repetido por Paulo em Romanos 12.14: “Abençoai os que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis.”.

Só isso bastaria para que mudássemos de opinião diante de alguém que nos faz mal, que nos incomoda, contudo, muitas vezes ficamos tão enfraquecidos pelo posicionamento negativo do outro, que nos anulamos. Isso encontra espaço em nós, quando já temos um histórico longo de nos diminuir, de nos fazer de pobres coitados, de injustiçados. Se naturalmente nos sentimos assim, quando alguém se coloca contra a gente, nós então assumimos de vez uma atitude de perseguidos e de vítimas, enquanto colocamos o outro, como o perseguidor e o inimigo. Isso pode virar uma enfermidade psiquiátrica muito séria.
Atualmente, muita palavra antibíblica, de pregadores que precisam dizer aquilo que agrada as pessoas, para que possa ter retorno financeiro e fama, tem usado com frequência, essa mentira nos púlpitos. Muitos pregadores têm manipulado os mais fragilizados, que são incentivados a continuar numa disposição de vítimas, e a de colocar os outros, como inimigos. Assim esses não são curados de seus males, e não podem ser usados por Deus como intercessores daqueles, que pelo menos em suas mentes, se colocam como inimigos. Um povo sem cura, preso às doenças afetivas, tem se mantido fraco, ao invés de provar a libertação que o Espírito Santo de Deus pode dar.
Com uma heresia o diabo tem mantido muitos escravizados e enganados. Por quê? Porque é mais fácil orar para que o inimigo seja destruído, algo que deveríamos fazer somente como os espírito imundos, e não com seres humanos, do que orar para que as pessoas sejam curadas. Isso é uma visão do antigo testamento usada de maneira errônea atualmente nos púlpitos. Israel tinha inimigos nas nações, nos homens, nos reis. No evangelho, contudo, como já foi dito, nosso inimigo é o diabo, e as pessoas, todas elas, todas mesmo, precisam de Jesus e podem ser salvas, mesmo que no último instante de suas vidas.     

3º Visão espiritual

Devemos orar pelos que nos perseguem porque essa é a visão espiritual da realidade. Eu disse no início desse estudo que falaria sobre aptidões físicas, emocionais, elas existem e não podemos nos livrar delas, contudo elas precisam ser submetidas ao Espírito de Deus. Leiamos I Coríntios 2.14-16:

O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois lhe são absurdas; e não pode entendê-las, pois se compreendem espiritualmente. Mas aquele que é espiritual compreende todas as coisas, ao passo que ele mesmo não é compreendido por ninguém. Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.”

Por isso temos que olhar, ouvir, falar e viver como Cristo. Para que nossas sensibilidades e inteligências sejam úteis, elas precisam ser interpretadas pelos dons do Espírito Santo. Os dons do Espírito Santo são a inteligência espiritual do homem, são o cérebro do homem espiritual que existe em cada um que se converteu. É ele que habitará a eternidade, visto que toda a carne, e não me refiro à matéria, mas às tendências do mal que residem em nós, será aniquilada, não habitará o céu. Por isso na eternidade não teremos mais esse conflito constante que habita nosso coração, entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, entre o querer o certo, e muitas vezes, fazer o errado.
Quando se tem uma conversão completa, se experimenta a nova natureza de maneira muito forte e imediata, com batismo do Espírito Santo, com libertação de vícios e fraquezas, com uma capacitação muito grande para ser santo e testemunhar. Enfim, numa conversão genuína, se nasce AVIVADO. Contudo, e aí Deus sabe os motivos, alguns têm uma conversão mais lenta, num processo que demora tempo. O batismo no Espírito Santo às vezes ocorre muitos anos depois do batismo nas águas. Enfim, a desintoxicação da carne, principalmente em nossa mente e em nossas emoções, demora pra acontecer.
Precisamos de um processo de espiritualização do nosso homem interior, onde abrimos mão de qualquer noção de religiosidade que tínhamos. Isso se dá na mente, no conhecimento, através do estudo bíblico, mas também nos nossos sentimentos, através da oração, e na maneira como agimos e reagimos, na prática. Tudo isso para que submetamos nossas sensibilidades e inteligências naturais aos dons do Espírito Santo, tudo isso para que aprendamos a usar nossa visão espiritual.

O propósito desse estudo é mudar justamente isso, nossa visão. Ao invés de nos colocarmos como vítimas, nos pormos como intercessores, ao invés de vermos, o outro como inimigo, vê-lo como alguém que precisa de nossa oração.
Isso não é opcional, Deus pode estar permitindo que você se sinta tão incomodado com a inveja, com o ódio e com a arrogância de alguém porque você é o único que pode lutar, diante de Deus, pela vida dessa pessoa, para que ela seja curada de uma grande ferida emocional.
A mudança de ótica, ou quando priorizamos a ótica espiritual, sobre a carnal, transforma o mal em bem, não só do outro, mas o nosso. Então, revestidos de amor, poderemos transformar a inveja, o ódio e a arrogância do outro em paz e cura. Mudando de ótica seremos instrumentos proativos de bênção, ao invés de vivermos passivamente como vítimas da inveja, do ódio ou da arrogância.

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V. Três coisas necessárias para submeter a ótica carnal à espiritual

Para mudar sua ótica você precisa de três coisas orientadas por Paulo a Timóteo em II Timóteo 1.6-7:

Por essa razão, lembro-te de que despertes o dom de Deus que há em ti mediante a imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.”

1ª Poder leiamos Lucas 4.17-21:

Entregaram-lhe o livro do profeta Isaías; ele o abriu e achou o lugar em que estava escrito: Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos presos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos e para proclamar o ano aceitável do Senhor. E fechando o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e os olhares de todos na sinagoga estavam fixos nele. Então ele começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabais de ouvir.”

É preciso coragem para deixar de se sentir vítima do mal do outro e se colocar como libertador do mal que aflige a todos nós. É preciso coragem em Cristo para se por de pé, com a autoridade que Jesus nos deu pelo seu sangue, pelo seu nome. Autoridade para curar, não apenas, males físicos, mas emocionais e espirituais, não apenas cegos no corpo, pois esses sabem que são cegos. Os piores cegos são os espirituais, esses não sabem que são cegos.

2ª Amor – leiamos I Pedro 4.7-10:

Mas já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, tende bom senso e estai alertas em oração. Antes de tudo, tende profundo amor uns para com os outros, porque o amor cobre um grande número de pecados. Sede hospitaleiros uns para com os outros, sem vos queixar. Servi uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons administradores da multiforme graça de Deus.

Um amor que vê, não o que a pessoa é, mas o que ela pode vir a se tornar, mediante o poder e a misericórdia de Deus, esse é o amor que precisamos ter. Aquele que se esquece de si mesmo e pensa no outro, que liberta pois não prende as pessoas aos seus erros, mas tem esperança que ela mude. Essa ótica nos amadurece, nos faz pai e pastor.
Não pense que pai é somente aquele que tem filhos físicos, Deus nos chama para sermos pais espirituais de pessoas que as vezes são apenas crianças, precisando de um colo. Não pense que pastor é somente o pastor da igreja, você pode ser usado como pastor de um grupo pequeno, participantes de um ministério, de uma reunião de estudo bíblico ou de oração, em sua empresa, em sua rua, em sua casa.

3ª Moderação – Gálatas 6.1-5

Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vós, que sois espirituais, deveis restaurar essa pessoa com espírito de humildade. E cuida de ti mesmo, para que não sejas tentado também.
Levai os fardos uns dos outros e assim estareis cumprindo a lei de Cristo. Pois, se alguém pensa ser importante, não sendo nada, engana a si mesmo.
Mas cada um avalie seu próprio procedimento e, então, terá motivo para orgulho somente em si mesmo e não nos outros; porque cada um carregará o seu próprio fardo.”

Esse é o sentimento que enche o coração, e não o ego, é o equilíbrio, necessário para não enlouquecermos. O louco é extremista, ou ele vê todos como inimigos, ou vê todos como amantes, ou odeia tudo, ou está apaixonado por todo mundo. É preciso moderação para administrar as sensibilidades e inteligências de nossa carne através das armas espirituais. É preciso moderação para não se ver como a pior das criaturas, nem a melhor, a mais humilhada, nem a mais importante, e assim ser humilde com os próprias erros e misericordioso com os dos outros.
A cruz de Cristo é o elemento nivelador de nossas consciências (confira isso em Isaías 53), ela nos revela que vítima só existiu uma, Jesus, todo o resto, todos os homens, somos agressores, que levaram Jesus à morte. Ninguém é melhor que ninguém, nenhum pecado é pior que o outro, todos nos separam de Deus, e todos precisam do perdão que há somente em Jesus.

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VI. Conclusão

Orai pelos que vos perseguem, algo tão simples, mas que às vezes complicamos tanto para viver. Compartilhei essa palavra porque eu a tenho vivido, e de maneira bem impactante. Demorei para entender que a sensibilidade que Deus me dava não era para me enfraquecer ou me por em confronto com as pessoas, mas era para que eu orasse por elas. Sim, nossas maiores fraquezas nada mais são que nossas maiores fortalezas, quando usadas da maneira certa, para a glória de Deus, através do poder do Espírito Santo, para a cura das pessoas. Portanto, ore mais, e amargue menos, abençoe, e não despreze, dê lugar ao Espírito Santo, e não a autocomiseração, entronize Deus em seu coração, e deixe que o ego se esvazie, mais e mais. 

terça-feira, abril 22, 2014

Somos nós que precisamos de Deus

"Por que ninguém apareceu quando eu vim e, quando chamei, não houve quem respondesse? Por acaso a minha mão se encolheu a ponto de não poder redimir? Não tenho eu poder para livrar?" (Isaías 50.2a).

         Agimos, mesmo inconscientemente, como se Deus precisasse de nós, assim ficamos esperando que ele nos chame, para irmos adorá-lo, ou quando oramos, ficamos esperando que ele se faça sentir, para clamarmos com mais ênfase.
Somos nós que precisamos de Deus, urgentemente, quando tivermos essa convicção nós o buscaremos com todo o nosso coração, com toda a nossa mente, com todas as nossas forças, mesmo sem sentir, reuniremos toda a nossa fé para chamarmos a sua atenção, com temor, com respeito, para que ele se faça presente e nos perdoe.
Depois, e só depois disso, de implorar pelo perdão de Deus, conscientes da seriedade de nossos pecados, é que o Espírito Santo cairá sobre nós como um vento impetuoso, só depois disso provaremos o AVIVAMENTO, só depois disso poderemos sair de Jerusalém e ir para o mundo, pregando o evangelho e salvando milhares de vidas, antes não.

segunda-feira, abril 21, 2014

Você tem quer perder para ganhar

        "Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o reino do céu.
Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.
Bem-aventurados os humildes, pois herdarão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, pois alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os limpos de coração, pois verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o reino do céu."

        Mateus 5.3-10, um dos textos mais lindos de toda a história. Quer um resumo dele? Você tem que perder para ganhar. Bem diferente da prosperidade que tantos pregam atualmente. Agora se você acha que perdeu bastante e nunca ganhou é porque na realidade ainda não perdeu nada. Perder é deixar ir, em paz, abrir mão de verdade, só assim poderá ganhar o que realmente importa.   

domingo, abril 20, 2014

Antes temos que nos submeter a Deus

Todos nós somos bênçãos em potencial, todos nós, ninguém é criado sem que tenha em seu DNA espiritual um plano de Deus para que seja completamente útil à vontade do Senhor. Contudo, é preciso passar antes pelo “liquidificador” de Deus, é preciso que as intenções sejam convertidas, que a vaidade e as inseguranças não sejam empecilhos para que a glória seja de Deus e de mais ninguém. Pra isso nossa bola tem que ser baixada, nosso coração tem que ser quebrantado, temos que nos submeter realmente a Deus para fazermos aquilo que ele quer, quando e onde ele quer.
Muitos começam fazendo e fazendo, coisas aparentemente boas e espirituais, mas fazem na carne, então num determinado momento a carne se cansa e eles param. Isso é humilhante, já que vendemos uma imagem para muitos de que éramos uma coisa, e de repente todos descobrem que não éramos. Todavia, é o preço que os duros de coração que querem mostrar serviço para si mesmos e para os homens pagam. Mas sempre há uma nova oportunidade para o humilde, portanto aprenda, obedeça e sirva a Deus, não do seu jeito, mas do jeito que Deus deseja.

sábado, abril 19, 2014

Não faça o papel de Deus

Muitas vezes, bem intencionados até, mas querendo resolver as coisas com a visão humana, com o que temos nas mãos, mesmo sendo diligentes, nós acabamos desempenhando um papel que deveria ser de Deus.
Quando fazemos o papel de Deus, ele deixa de fazer o seu papel, como resultado ficamos sozinhos, à mercê de um futuro que não conhecemos, de surpresas, assim como de um presente equivocado, pior do que poderia ser.
Não se apresse, contudo, preocupe-se com o dia de hoje, ao Senhor e a mais ninguém pertence o dia de amanhã, apenas coloque em primeiro lugar o reino dele, o fazer a sua vontade, o servi-lo debaixo de uma igreja e de uma liderança. O resto, fique tranquilo, Deus sabe o que faz.

sexta-feira, abril 18, 2014

Se tudo está bem, o cuidado deve ser redobrado

É bem melhor adquirir sabedoria do que ouro! É bem melhor escolher entendimento do que prata! A estrada dos corretos desvia-se do mal; quem guarda seu caminho preserva sua vida.
A arrogância antecede a destruição, e a altivez do espírito antecede a queda. É melhor ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os arrogantes.
Quem atenta com prudência para a palavra prosperará; feliz é o que confia no SENHOR. O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumenta o saber.” (Provérbios 16.16-21).

A maior tentação, aquela que pode desestabilizar o seu mundo, roubar sua felicidade, prejudicá-lo em todas as áreas de sua vida, não virá quando você estiver fraco, doente, desempregado, triste. Ela acontecerá quando você estiver se sentindo forte, estável, bem de grana, com as dívidas pagas, com planos para o futuro, frequentando regularmente a igreja e mesmo exercendo cargos.
Contudo, você poderá estar nessa situação, mas não no centro da vontade de Deus, não com o coração totalmente dependente do Senhor, não orando e clamando, como se fosse seu último momento de vida. Nesse momento, você poderá até estar mostrando uma coisa, mas lá no fundo de seu coração, por causa do bom momento material que está vivendo, se sentirá dono da situação, suficiente.
E aí que o diabo lança as maiores setas, é nessa hora que uma tentação poderá te pegar de surpresa e lançá-lo num buraco profundo. Isso não acontece só com indivíduos, mas pode ocorrer com ministérios inteiros, quando estão vivendo um bom momento. Muitas igrejas, depois de  lutarem tanto, de passarem por tantas dificuldades e descréditos, chega enfim a uma situação tão sonhada. O templo está bonito, os cultos cheios, levitas de qualidades oferecem seus serviços com um coração experiente e devoto.
Não se pode ficar parado no caminho de Deus, Davi tentou parar, ficando no palácio, ao invés de sair em batalha com as tropas. Tentou contemplar, não a Deus, mas a si mesmo, suas conquistas, foi nesse momento que ele cometeu o maior de seus erros, um adultério que rachou seu império, sua integridade. Deus o abençoou depois, mas sua vida nunca mais foi a mesma (leia a passagem em II Samuel 11).  
Tenho sido impelido por Deus a orar por isso todas as 6ªs feiras às 22 horas no templo de minha igreja. Tenho sentido um mover especial já que temos pedido algo novo, uma igreja aos moldes das experiências que os apóstolos tiveram no livro de Ato, com salvação de milhares de almas. É importante que se diga que não estamos pedindo isso porque a igreja está numa situação difícil, ao contrário, está vivendo um momento muito bom, cultos cheios, templo confortável, levitas dedicados.
Mas é nesse momento que se pede algo mais, que não se acomoda, uma desobediência à voz do Espírito Santo nessa hora poderia ser muito perigosa.   

quinta-feira, abril 17, 2014

Aceite a humildade de ser

Na verdade, a única coisa que nos traz tristeza insolúvel, que pode nos levar a uma disposição constante de suicídio, é a resistência à assunção de nossa impotência, é o não aceitar de algo que está fora do nosso controle, é não nos colocarmos na condição que deveria ser a fundamental do ser humano: humildade para enxergar que somos pequenos demais, finitos demais, dependentes demais. Contudo, só a escolha por um encontro real com Deus pode curar essa tristeza.A

quarta-feira, abril 16, 2014

Façamos a escolha certa

Acredito que toda igreja local, e quando digo igreja me refiro a uma igreja legítima, não somente um ajuntamento de pessoas dirigido por uma marionete que diz aquilo que elas querem ouvir, ou um grupo de insanos liderado por um manipulador com segundas intenções, acredito que uma igreja legítima, iniciada por um homem santo e fiel que ouviu uma ordem de Deus e a obedeceu, chega num momento quando Deus lhe faz um desafio: seguir experimentando um evangelho superficial, mantendo-se como uma instituição, porém não confrontando o pecado, ou então escolher ir além.
Entendamos que depois que esse desafio é feito pelo Espírito Santo não há mais como voltar atrás, ou se diz sim, ou se diz não. Não tem mais como voltar àquele período de inocência, do começo, quando ser uma igreja de porte médio era o desafio, era suficiente. Isso é algo natural, chama-se amadurecimento, ninguém pode ser criança para sempre, nem os ministérios.
Muitos ministérios grandes e que fizeram e fazem diferença no mundo, com missões, evangelismo, salvação de almas, começaram quando um pastor e um grupo de ovelhas disseram sim ao desafio de Deus e optou pelo Avivamento.
Infelizmente muitas igrejas escolhem o caminho mais fácil, aquele que manterá o que eles já conquistaram, assim algumas igrejas até crescem, mas sem qualidade, glorificando religiões, enriquecendo homens, promovendo líderes, mas não a Jesus. Escolhamos Avivamento já, ou sigamos do jeito que estamos.

terça-feira, abril 15, 2014

Avivamento não é opção

Talvez você esteja achando que esse assunto de Avivamento é só mais um tema da igreja, mais um daqueles que vem e que vai...
talvez você já esteja acostumado com o pentecostalismo e acha que ele não tem mais nada de novo pra te dar...
talvez você ache mesmo que pentecostalismo já é o avivamento, falar em línguas e sentir uma presença forte de vez em quando já basta...
talvez você esteja ocupado demais com suas coisas, com seu trabalho, com seu namoro, com seu noivado, com seu casamento...

Contudo, o Espírito Santo tem uma coisa pra te dizer: esse negócio é sério e é de Deus, precisamos buscar o Avivamento, precisamos de uma experiência diferente e nova com Deus, urgentemente, precisamos de algo que vá além do pentecostalismo.
Cuidado, aquilo que pra você é suficiente hoje pode não bastar num momento de luta, de tragédia, de problemas impossíveis aos nossos olhos de serem resolvidos, dificuldades que você não está passando agora, mas que está sujeito a passar, como todos debaixo do sol.
Conversão pode ser escolhida, é opção, Avivamento, contudo, não é, ou ele é vivido ou nos colocamos fora do centro da vontade de Deus para nossas vidas correndo todos os riscos disso.

segunda-feira, abril 14, 2014

Ao que vencer

Oito promessas de Deus no livro de Apocalipse para aquele que perseverar até o fim:

1ª "Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus." - 2:7b.

2ª "O que vencer não receberá o dano da segunda morte." - 2:11b.

3ª "Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe." - 2:17b.

4ª "E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações" - 2:26.

5ª "O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos." - 3:5.

6ª "A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome." - 3:12.

7ª "Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono." - 3:21.

8ª "Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho." - 21:7.

domingo, abril 13, 2014

Avivamento genuíno

Algo muito importante que precisamos saber sobre os avivamentos que ocorreram no passado é que eles não tinham auxílio de ferramentas de música e de áudio (e mesmo de imagem) poderosas, sofisticadas e agradáveis, com as que temos hoje.
As pessoas eram tocadas e convencidas pelo simples fato da palavra de Deus estar sendo entregue por um servo de Deus cheio do poder do Espírito Santo. E mesmo quando havia alguma ferramenta, era uma música simples, em todos os aspectos, seja na harmonia, no ritmo ou na orquestração, sem qualquer pretensão artística.
Isso não significa que devemos ver a boa música usada na igreja como empecilho, mas serve para que façamos a triste constatação que mesmo munidos de tantas ferramentas modernas ainda fazemos muito menos que os antigos faziam, o diferencial continua sendo o mesmo: o poder do Espírito Santo.

sábado, abril 12, 2014

Algo diferente acontece quando algo diferente é feito

Só acontecerá algo diferente se fizermos algo diferente.
Se continuarmos:

orando como sempre oramos,
indo à igreja como sempre fomos,
adorando como sempre adoramos,
lendo a Bíblia como sempre lemos,
tudo acontecerá como sempre aconteceu.

É preciso uma oração diferente,
uma participação diferente nos cultos,
uma adoração diferente
e um estudo bíblico diferenciado,
para que Deus derrame sobre nós o Avivamento.

O que você tem feito de diferente?

sexta-feira, abril 11, 2014

A segurança do obediente

A segurança de que está fazendo a vontade de Deus não deixa o servo de Deus incomodado com os homens que se opõem a essa vontade, essa paz, todavia, não deve entregá-lo ao comodismo. O servo de Deus se incomoda não com os homens, mas com o pecado dos homens e com as sérias consequências que esse pecado trará às suas vidas. Avivamento é isso, se incomodar com o pecado, visto que avivado é aquele que teve um encontro impactante com a santidade de Deus.

quinta-feira, abril 10, 2014

Obedeça a Deus

"Eu aconselho: Obedece às determinações do rei por causa do juramento de lealdade feito diante de Deus. Não te apresses a sair da presença dele, nem persistas apoiando o que é mau, pois ele fará o que bem quiser. Porque a palavra do rei é suprema. Quem lhe perguntará: O que estás fazendo? Quem obedece às suas determinações não sofrerá nenhum mal, e o coração do sábio discernirá quando e como agir." (Eclesiastes 8.2-5).
Deus nos dá ordens, nos vários círculos sociais que vivemos, todos estamos debaixo de autoridades, sejam pais, patrões, professores ou pastores. É sábio obedecer a ordem de líderes colocados por Deus em nossas vidas.
Não devemos agir como rebeldes, ignorando, menosprezando ou desobedecendo as autoridades, de uma forma ou de outra. Se Deus coloca no coração do pastor da igreja uma vontade, se aquilo que o pastor orienta é mandado por Deus, obedecer ao pastor é obedecer a Deus. Por isso não se deve duvidar ou desconfiar de uma ordem, devemos obedecê-la plenamente. Mal nenhum sofrerá o obediente.
O sábio, aquele que teme ao Senhor e quer realmente fazer sua vontade, terá o discernimento correto para saber quando Deus está dando uma ordem, será pronto para obedecer e saberá a maneira, o modo, as estratégias que deverá usar para obedecer.

Essa reflexão é uma palavra espiritual, leia-a, mas ore a Deus e peça entendimento, para poder aplicá-la em sua vida, seja obediente, preços altos pagaram aqueles que não obedeceram a Deus de forma imediata e cabal. 

quarta-feira, abril 09, 2014

Educação se faz em casa

Resposta ao post: “Vamos ensinar as crianças como pensar, ao invés do que pensar”.

Isso tem que ser feito primeiramente dentro de casa, e não na escola, é justamente a irresponsabilidade de muitos pais jogando uma responsabilidade que é sua para os professores que tem formado uma geração que não gosta de estudar, não respeita autoridades e não valoriza o trabalho honesto como único meio para se conseguir algo na sociedade. Assim, a metodologia e os professores são o menor dos problemas, junte-se a isso um governo que parece querer manter a situação como está, porque lhe é conveniente, ou que tenta impor teorias que nada têm a ver com a realidade, para entendermos o caos social que vivemos (desabafo  ).
É que é irritante ver alguns "pedabobos" (eu disse alguns, não generalizei) e outras autoridades do governo da área, dizerem que é a metodologia que precisa ser mudada, que é o professor que precisa ser melhor preparado. Professor precisa é ser melhor pago! Ocorre também que há uma diferença enorme entre ensinar crianças e ensinar adolescentes (e prés). Com crianças ainda se consegue praticar algumas "teorias", mas com os jovens, na média, atualmente é impossível, tal falta de respeito, tal desinteresse, tal violência e liberdade de drogas e celulares nas salas de aula. Eles querem lazer o tempo todo, não sabem parar quietos, prestar atenção e aprender, seja "como" ou seja "o quê".
A Globo quando mostra exemplos de escolas bem sucedidas no ensino ou é em algum canto do interior, ou é em escolas particulares, ou é no ensino fundamental, nunca mostra ensino médio em escolas públicas nos centros urbanos. Isso coloca a sociedade contra os professores, isso é bem notório nas reuniões de pais e mestres. Mesmo o que a mídia veicula sobre a remuneração dos professores é mentirosa, engana a sociedade.
Progressão continuada é um grande mal, ilude a sociedade que acha que os filhos estão estudando, desestimula o esforço, a obter as coisas por mérito. Interessa a quem? A políticos que precisam de eleitores que não pensam para continuarem no poder, fica bem nas estatísticas, mas não é real. Depois vem a licença desenfreada para essas faculdades fracas que aceitam qualquer um, se muitos chegaram analfabetos no ensino médio, podem até ter curso superior seguindo o caminho do mínimo esforço. Com isso o poder continuará na mão de poucos, aqueles que tiveram acesso e desfrutaram de um ensino melhor. Alguns, realmente são os esforçados, mas muitos são os do alto da pirâmide, que querem continuar lucrando, sem beneficiar os de baixo da pirâmide.

Mas a verdade nós cristãos sabemos bem, o mal maior na sociedade atual está na família, e nesse lugar só Jesus pode trazer verdadeira transformação, quando isso acontecer toda a sociedade, salas de aula, faculdades, empresas e igrejas, serão mudadas.