30/10/12
Ore pelo seu pastor
Você acredita em pecado?
Acreditar em Deus é experimentá-lo de forma pessoal, relacionar-se
com ele. Acreditar em pecado é entender que nos sentimos culpados porque
fazemos algo errado, que não deixa somente nossa alma desconfortável, mas nos
separa da atuação positiva de Deus em nossas vidas. Crer na eternidade é
esperar que após a vida encarnada teremos direito a um tempo sem fim na
presença de Deus, direito esse que se tem única e exclusivamente aceitando Jesus
como salvador, reconhecendo nele a única forma do nosso pecado ser perdoado, o
único meio de termos comunhão com Deus.
Sinto que muitos, mesmo os que começaram a caminhar com Jesus
algum dia, têm diminuído a relevância do pecado, o pecado parece que está
distante, menos nocivo. Esses voltaram para o mundo, o mundo faz de tudo para
anular o conceito do pecado, para dissolver a culpa, sem que seja pela obra
redentora de Jesus. Assim, as pessoas tornam-se insensíveis, empanturram-se
obsessivamente dos prazeres da carne tentando esquecer a dor que a vergonha do
pecado traz.
Culpa que sobra mesmo depois que se pediu perdão a Deus e aos
homens, não deve existir, contudo sentir-se culpado antes do perdão é algo
positivo, sinal que o coração ainda está sensível à voz do Espírito Santo, que
nosso coração nunca perca essa sensibilidade.
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29/10/12
Amadureça certo, envelheça bem
28/10/12
Jovens: cultura bandida, internet e educação
É de conhecimento geral que uma grande deficiência da educação
atual está na falta de conhecimento da língua portuguesa, se não for a maior
deficiência. O jovem atual não sabe falar e escrever, e muito menos ler textos
de conteúdo, escritos com uma linguagem de mais qualidade. Quando se diz
qualidade nem é preciso ser uma literatura alta, de intelectuais, palavras
comuns, usadas no dia a dia, os jovens não sabem o significado delas e nem como
escrevê-las.
A velocidade como as coisas são compartilhadas através da internet
e da telefonia celular conspirou para que essa deficiência se propagasse. O tal
do “internetiques” (ou internetês) é uma nova linguagem que diminui as palavras
e cria novos termos para permitir que as pessoas escrevam mais rapidamente.
Mas deixe-me ir ao ponto relevante ao mundo dos cristãos: nós,
como pais cristãos, temos consciência de que em nome da modernidade nossos
filhos estão falando como bandidos, como drogados, estão ouvindo músicas (se é
que esse outro funk (que não é o funk verdadeiro) pode ser chamado de música) de
bandidos e de viciados, e que dessa forma estão divulgando esse submundo marginal
como um padrão, como normal, e não o Evangelho?
Não, a psicologia e a prática, já nos ensinaram que castigo físico
e qualquer tipo de violência não educam, e entenda-se como violência aquilo que
é feito motivado por ira, por descontrole, contudo uma palavra de autoridade,
devidamente embebida em amor, e mesmo privações, para não usar o termo castigo,
podem ensinar e direcionar as crianças e os jovens. As últimas gerações de
pais, todavia, talvez traumatizadas pelo fato de terem sido violentadas em suas
juventudes, parecem ter medo de educar, de dizer não, de exercer autoridade. Com
isso, os jovens atualmente fazem o que bem entendem e não obedecem a nenhuma
tipo de autoridade, a deficiência na língua portuguesa é apenas mais uma
consequência da cultura dessa geração indisciplinada e sem referência. Não
adianta jogar essa responsabilidade para a escola e para a Igreja, isso é
responsabilidade do lar, e um lar com pais presentes e atuantes.
Nós, como pais cristãos, devemos tomar a frente das coisas, não
com ira, não sem amor, mas com firmeza, com direcionamento de Deus. Devemos
interferir, sim, no quanto os jovens estão ficando na frente dos computadores,
usando a internet, usando os celulares, passando mensagens, e propagando uma
cultura bandida. Muitos dos jovens atuais, que não veem mais no estudo e no
trabalho os meios de se obter independência econômica na vida, passam a
valorizar a maneira fácil e criminosa como os bandidos obtêm as coisas. Mesmo
que não diretamente, o uso de uma linguagem de escrita e de fala repleta de gírias,
incentiva essa cultura marginal, engrandece o bandido, celebra os traficantes e
viciados.
Acho que só usei o assunto da língua portuguesa pra falar da falta
de educação que os jovens atuais têm em todas as áreas, mais ainda, dos jovens
filhos de cristãos, que deveriam dar um testemunho de vida diferente. Mas muito
me entristece quando vejo a incoerência nas vidas dos jovens das igrejas, no domingo
cantam louvores, nas segundas feiras em suas escolas, no Facebook, comportam-se,
falam e vivem como drogados, mesmo que efetivamente não o sejam. Sem falar na
postura que muitas meninas têm nas fotos que tiram e postam, postura de
erotismo exagerado, bocas e bicos, sapatos e roupas de uma vulgaridade mundana,
que não combina com filhos de cristãos. Isso revela a hipocrisia de muitos crentes,
a distância entre aquilo que os pais vivem pra eles (se é que essa separação é
possível) e aquilo que seus filhos vivem, ou são ensinados realmente a viver.
No Facebook, a rede social mais usada no momento, é onde podemos
ver quem as pessoas realmente são, já que aquilo que o coração está cheio é do
que a boca fala (ou escreve, ou tenta escrever...). Vejo os jovens falando como
bandidos, postando temas e assuntos de bandidos. Sim, é importante,
culturalmente falando, que todas as linguagens, que todos os guetos, que todas
as pessoas tenham suas oportunidades para compartilhar aquilo que são. Dessa forma
música gospel usando o estilo funk pode ser necessária, mas até que ponto? Se a
pessoa se converteu, se sua vida foi mudada, deveriam mudar também seu estilo
de vida, sua linguagem, sua roupa, sua cultura e sua música. Não, isso não se
faz assim, de um dia para o outro, mas deve ser o objetivo, ensinado pelos
adultos e convertidos mais maduros, e desejado pelos novos convertidos e jovens.
“Pouco depois, os que
estavam ali aproximaram-se e disseram a Pedro: Certamente, tu também és um
deles, pois o teu falar te denuncia.” (Mateus 26.73). Pedro tentou, mas não
conseguiu esconder o fato que era um discípulo de Jesus, seu jeito de falar o denunciou.
Confesso que isso já aconteceu diversas vezes comigo, estando entre as pessoas,
às vezes mesmo calado, alguém me disse: “você é crente, não é?”, “por quê?”, eu
perguntei, “você tem jeito”, elas me respondiam. Se Deus age em nossas vidas, nós
somos marcados, selados pelo Espírito Santo, e isso nos torna pessoas
diferentes, desejosas de ser diferentes, não iguais ao mundo, mas habitantes do
reino de Deus, preparando-se para habitar a eternidade do céu, junto com Jesus.
Pais cristãos, acordem, sejam coerentes, vivam pra si, mas vivam
também com seus filhos, depois não reclamem (e venham pedir oração) dizendo que
seus filhos estão agindo de forma diferente da maneira como vocês os ensinaram.
Isso não é verdade, eles serão os que vocês fazem deles, colocar a culpa da
incoerência nos filhos, nos jovens, é uma covardia. Se forem educados da
maneira certa, podem ter certeza, eles viverão no mundo a mesma coisa que vivem
nas igrejas, namorarão pessoas íntegras, bons cidadãos, terão os mesmos valores
que vocês, pais cristãos.
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27/10/12
Veja a chuva caindo...
"Você não precisa ser mais profundo que o mar, precisa só ser
você, os que abraçam os grandes montes acabam perdidos, às vezes o que importa
é debruçar-se na janela, num dia de chuva, e simplesmente ver a água cair e
escorrer pela rua."
Às vezes é bom parar um pouco de olhar para cima, para o
horizonte, para as referências, para os ideais, e contemplar o chão, nossa
humanidade, nossa incapacidade, nossa impotência. Deus não está no céu que
vemos com nossos olhos naturais, nem embaixo, no mundo, mas está no meio, no
equilíbrio, na sensatez, em nosso coração. A palavra de Deus é chuva que cai e que limpa nosso coração, levando a culpa para longe.
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De verdade, somos íntimos de Deus?
“E ele dizia isso abertamente. Mas Pedro, chamando-o em
particular, começou a repreendê-lo.” Marcos 8.32
(Leia todo o texto de Marcos 8.27-33 para conhecer a passagem por inteira).
(Leia todo o texto de Marcos 8.27-33 para conhecer a passagem por inteira).
Antes de ir ao ponto dessa reflexão, vou fazer algumas
considerações. Em primeiro lugar percebe-se que as pessoas acreditavam em
reencarnação, já que muitas diziam que Jesus era um profeta antigo, já
falecido. O Diabo sempre inventa um jeito de diminuir a missão real de Jesus, o
ungido de Deus, mesmo que seja dando a Cristo uma posição de suposta honra.
Metade da verdade é uma mentira inteira, Jesus é o único mediador entre Deus e
os homens, Ele não foi mais um sábio, mais um profeta, mais um “espírito
iluminado”, mais um fundador de religião. Mesmo os discípulos achavam que
estavam entendendo a missão de Jesus, mas não estavam, não ainda.
Contudo, o que mais me chamou a atenção no texto, foi o fato de
Pedro ter chamado Jesus em particular para repreendê-lo. Uma inocente
arrogância, por trás de um coração ainda endurecido, quem era ele para
repreender Jesus? O que o fazia pensar que tinha um cuidado pela obra de Deus,
maior que o próprio Deus? Pedro se achava íntimo de Jesus, mas não era, não
ainda. A dor imposta por uma atitude covarde, que ele tomou quando negou Jesus
por três vezes, teria que rasgar o coração de Pedro para que ele finalmente
entendesse as coisas.
E quanto a nós, será que somos realmente íntimos de Deus, que
conseguimos entender como as coisas espirituais funcionam? Como Deus trabalha
na existência humana? De verdade? Às vezes somos convertidos velhos, temos
cargos e ministérios na igreja, mas mesmo assim somos crianças espirituais, não
conseguimos entender, de verdade, o modo como Deus trabalha na vida das
pessoas. Vemos apenas a superfície, sem profundidade, a casca, continuamos
tomando “leite espiritual” e ainda não estamos preparados para alimento mais sólido.
Crescimento se obtém com sensibilidade, com lucidez, para ver os
frutos que estamos dando. Precisamos olhar ao nosso redor, primeiro para os
mais próximos, os parentes, e depois para os amigos, colegas e irmãos da igreja,
e então fazermos uma autocrítica sincera. Precisamos averiguar até que ponto
estamos fazendo diferença, até que ponto estamos dando um testemunho, não
somente do Evangelho inicial, mas de ensinamentos mais profundos de Jesus, que
conduzam as pessoas realmente para uma libertação, para uma vida de intimidade
com Deus.
Intimidade gera intimidade, quem tem, ensina-a, exercemos isso fazendo
discípulos, essa é a maior prova que somos realmente íntimos de Jesus. Só adultos podem fazer crianças, só maduros criam filhos, só
crentes íntimos de Deus podem executar um discipulado que conduz as pessoas
para a intimidade do Senhor, reflita sobre isso.
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26/10/12
Tempo para tristeza
Precisamos de momentos de melancolia "boa", de reflexão,
de humanidade, mesmo de tristeza, só assim desocupamos em nós, espaço para
conter mais de Deus, quem não sabe conviver com a tristeza, nunca estará vazio
o suficiente para conter Deus, se dê o direito a esses momentos.
“Em verdade, em verdade vos
digo: Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, ficará só; mas, se
morrer, dará muito fruto.” João 12.24
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