30/10/12

Ore pelo seu pastor

        Deus faz sua obra com ordem, com hierarquia, através de um grupo de pessoas, de pastores e ministros, cada um em sua área. Mas a visão da missão da igreja, e cada igreja local tem sua missão de Deus, é revelada ao pastor líder. Portanto ore sempre pelo seu pastor e pela família dele, para que ele caminhe em santidade e com a sensibilidade espiritual perfeitamente ajustada para entender qual a perfeita vontade de Deus. A vontade de Deus em cada missão, é que as ovelhas sejam achadas, curadas e alimentadas.

Você acredita em pecado?

        A obra redentora de Jesus só pode ser recebida por aqueles que acreditam em três coisas: em Deus, em pecado e em eternidade.
Acreditar em Deus é experimentá-lo de forma pessoal, relacionar-se com ele. Acreditar em pecado é entender que nos sentimos culpados porque fazemos algo errado, que não deixa somente nossa alma desconfortável, mas nos separa da atuação positiva de Deus em nossas vidas. Crer na eternidade é esperar que após a vida encarnada teremos direito a um tempo sem fim na presença de Deus, direito esse que se tem única e exclusivamente aceitando Jesus como salvador, reconhecendo nele a única forma do nosso pecado ser perdoado, o único meio de termos comunhão com Deus.
Sinto que muitos, mesmo os que começaram a caminhar com Jesus algum dia, têm diminuído a relevância do pecado, o pecado parece que está distante, menos nocivo. Esses voltaram para o mundo, o mundo faz de tudo para anular o conceito do pecado, para dissolver a culpa, sem que seja pela obra redentora de Jesus. Assim, as pessoas tornam-se insensíveis, empanturram-se obsessivamente dos prazeres da carne tentando esquecer a dor que a vergonha do pecado traz.
Culpa que sobra mesmo depois que se pediu perdão a Deus e aos homens, não deve existir, contudo sentir-se culpado antes do perdão é algo positivo, sinal que o coração ainda está sensível à voz do Espírito Santo, que nosso coração nunca perca essa sensibilidade.
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29/10/12

Amadureça certo, envelheça bem

        Chega um momento em nossa vida, quando fazer a vontade de Deus nem é mais opção, é a única saída. Já não nos resta qualquer ilusão, qualquer vaidade, sabemos que obedecer ao Senhor é melhor. Amadureça certo, envelheça bem, chegue às conclusões certas que farão sua vida aquilo que Deus sempre sonhou pra você.

28/10/12

Jovens: cultura bandida, internet e educação

        Em minha adolescência, que se passou biologicamente durante os anos 1970 (emocionalmente sei lá até quando foi...), eu também usava gírias do momento (e algumas uso até hoje), como “fala aí bicho”, “cara e careta”, “quadrado”, etc. Contudo, gírias, apesar de serem maneiras resumidas de se dizer muita coisa, às vezes coisas que não se pode exprimir usando uma linguagem mais formal, a maioria delas vêm do submundo marginal, do meio dos bandisos e principalmente de traficantes e usuários de droga, é assim com gírias mais modernas como “tá ligado”, “bagulho”, “nóia”, etc.
É de conhecimento geral que uma grande deficiência da educação atual está na falta de conhecimento da língua portuguesa, se não for a maior deficiência. O jovem atual não sabe falar e escrever, e muito menos ler textos de conteúdo, escritos com uma linguagem de mais qualidade. Quando se diz qualidade nem é preciso ser uma literatura alta, de intelectuais, palavras comuns, usadas no dia a dia, os jovens não sabem o significado delas e nem como escrevê-las.
A velocidade como as coisas são compartilhadas através da internet e da telefonia celular conspirou para que essa deficiência se propagasse. O tal do “internetiques” (ou internetês) é uma nova linguagem que diminui as palavras e cria novos termos para permitir que as pessoas escrevam mais rapidamente.
Mas deixe-me ir ao ponto relevante ao mundo dos cristãos: nós, como pais cristãos, temos consciência de que em nome da modernidade nossos filhos estão falando como bandidos, como drogados, estão ouvindo músicas (se é que esse outro funk (que não é o funk verdadeiro) pode ser chamado de música) de bandidos e de viciados, e que dessa forma estão divulgando esse submundo marginal como um padrão, como normal, e não o Evangelho?
Não, a psicologia e a prática, já nos ensinaram que castigo físico e qualquer tipo de violência não educam, e entenda-se como violência aquilo que é feito motivado por ira, por descontrole, contudo uma palavra de autoridade, devidamente embebida em amor, e mesmo privações, para não usar o termo castigo, podem ensinar e direcionar as crianças e os jovens. As últimas gerações de pais, todavia, talvez traumatizadas pelo fato de terem sido violentadas em suas juventudes, parecem ter medo de educar, de dizer não, de exercer autoridade. Com isso, os jovens atualmente fazem o que bem entendem e não obedecem a nenhuma tipo de autoridade, a deficiência na língua portuguesa é apenas mais uma consequência da cultura dessa geração indisciplinada e sem referência. Não adianta jogar essa responsabilidade para a escola e para a Igreja, isso é responsabilidade do lar, e um lar com pais presentes e atuantes.
Nós, como pais cristãos, devemos tomar a frente das coisas, não com ira, não sem amor, mas com firmeza, com direcionamento de Deus. Devemos interferir, sim, no quanto os jovens estão ficando na frente dos computadores, usando a internet, usando os celulares, passando mensagens, e propagando uma cultura bandida. Muitos dos jovens atuais, que não veem mais no estudo e no trabalho os meios de se obter independência econômica na vida, passam a valorizar a maneira fácil e criminosa como os bandidos obtêm as coisas. Mesmo que não diretamente, o uso de uma linguagem de escrita e de fala repleta de gírias, incentiva essa cultura marginal, engrandece o bandido, celebra os traficantes e viciados.
Acho que só usei o assunto da língua portuguesa pra falar da falta de educação que os jovens atuais têm em todas as áreas, mais ainda, dos jovens filhos de cristãos, que deveriam dar um testemunho de vida diferente. Mas muito me entristece quando vejo a incoerência nas vidas dos jovens das igrejas, no domingo cantam louvores, nas segundas feiras em suas escolas, no Facebook, comportam-se, falam e vivem como drogados, mesmo que efetivamente não o sejam. Sem falar na postura que muitas meninas têm nas fotos que tiram e postam, postura de erotismo exagerado, bocas e bicos, sapatos e roupas de uma vulgaridade mundana, que não combina com filhos de cristãos. Isso revela a hipocrisia de muitos crentes, a distância entre aquilo que os pais vivem pra eles (se é que essa separação é possível) e aquilo que seus filhos vivem, ou são ensinados realmente a viver.
No Facebook, a rede social mais usada no momento, é onde podemos ver quem as pessoas realmente são, já que aquilo que o coração está cheio é do que a boca fala (ou escreve, ou tenta escrever...). Vejo os jovens falando como bandidos, postando temas e assuntos de bandidos. Sim, é importante, culturalmente falando, que todas as linguagens, que todos os guetos, que todas as pessoas tenham suas oportunidades para compartilhar aquilo que são. Dessa forma música gospel usando o estilo funk pode ser necessária, mas até que ponto? Se a pessoa se converteu, se sua vida foi mudada, deveriam mudar também seu estilo de vida, sua linguagem, sua roupa, sua cultura e sua música. Não, isso não se faz assim, de um dia para o outro, mas deve ser o objetivo, ensinado pelos adultos e convertidos mais maduros, e desejado pelos novos convertidos e jovens.
Pouco depois, os que estavam ali aproximaram-se e disseram a Pedro: Certamente, tu também és um deles, pois o teu falar te denuncia.” (Mateus 26.73). Pedro tentou, mas não conseguiu esconder o fato que era um discípulo de Jesus, seu jeito de falar o denunciou. Confesso que isso já aconteceu diversas vezes comigo, estando entre as pessoas, às vezes mesmo calado, alguém me disse: “você é crente, não é?”, “por quê?”, eu perguntei, “você tem jeito”, elas me respondiam. Se Deus age em nossas vidas, nós somos marcados, selados pelo Espírito Santo, e isso nos torna pessoas diferentes, desejosas de ser diferentes, não iguais ao mundo, mas habitantes do reino de Deus, preparando-se para habitar a eternidade do céu, junto com Jesus.
Pais cristãos, acordem, sejam coerentes, vivam pra si, mas vivam também com seus filhos, depois não reclamem (e venham pedir oração) dizendo que seus filhos estão agindo de forma diferente da maneira como vocês os ensinaram. Isso não é verdade, eles serão os que vocês fazem deles, colocar a culpa da incoerência nos filhos, nos jovens, é uma covardia. Se forem educados da maneira certa, podem ter certeza, eles viverão no mundo a mesma coisa que vivem nas igrejas, namorarão pessoas íntegras, bons cidadãos, terão os mesmos valores que vocês, pais cristãos.
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27/10/12

Veja a chuva caindo...

"Você não precisa ser mais profundo que o mar, precisa só ser você, os que abraçam os grandes montes acabam perdidos, às vezes o que importa é debruçar-se na janela, num dia de chuva, e simplesmente ver a água cair e escorrer pela rua."

Às vezes é bom parar um pouco de olhar para cima, para o horizonte, para as referências, para os ideais, e contemplar o chão, nossa humanidade, nossa incapacidade, nossa impotência. Deus não está no céu que vemos com nossos olhos naturais, nem embaixo, no mundo, mas está no meio, no equilíbrio, na sensatez, em nosso coração. A palavra de Deus é chuva que cai e que limpa nosso coração, levando a culpa para longe.
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De verdade, somos íntimos de Deus?

E ele dizia isso abertamente. Mas Pedro, chamando-o em particular, começou a repreendê-lo.Marcos 8.32

          (Leia todo o texto de Marcos 8.27-33 para conhecer a passagem por inteira).

Antes de ir ao ponto dessa reflexão, vou fazer algumas considerações. Em primeiro lugar percebe-se que as pessoas acreditavam em reencarnação, já que muitas diziam que Jesus era um profeta antigo, já falecido. O Diabo sempre inventa um jeito de diminuir a missão real de Jesus, o ungido de Deus, mesmo que seja dando a Cristo uma posição de suposta honra. Metade da verdade é uma mentira inteira, Jesus é o único mediador entre Deus e os homens, Ele não foi mais um sábio, mais um profeta, mais um “espírito iluminado”, mais um fundador de religião. Mesmo os discípulos achavam que estavam entendendo a missão de Jesus, mas não estavam, não ainda.
Contudo, o que mais me chamou a atenção no texto, foi o fato de Pedro ter chamado Jesus em particular para repreendê-lo. Uma inocente arrogância, por trás de um coração ainda endurecido, quem era ele para repreender Jesus? O que o fazia pensar que tinha um cuidado pela obra de Deus, maior que o próprio Deus? Pedro se achava íntimo de Jesus, mas não era, não ainda. A dor imposta por uma atitude covarde, que ele tomou quando negou Jesus por três vezes, teria que rasgar o coração de Pedro para que ele finalmente entendesse as coisas.
E quanto a nós, será que somos realmente íntimos de Deus, que conseguimos entender como as coisas espirituais funcionam? Como Deus trabalha na existência humana? De verdade? Às vezes somos convertidos velhos, temos cargos e ministérios na igreja, mas mesmo assim somos crianças espirituais, não conseguimos entender, de verdade, o modo como Deus trabalha na vida das pessoas. Vemos apenas a superfície, sem profundidade, a casca, continuamos tomando “leite espiritual” e ainda não estamos preparados para alimento mais sólido.
Crescimento se obtém com sensibilidade, com lucidez, para ver os frutos que estamos dando. Precisamos olhar ao nosso redor, primeiro para os mais próximos, os parentes, e depois para os amigos, colegas e irmãos da igreja, e então fazermos uma autocrítica sincera. Precisamos averiguar até que ponto estamos fazendo diferença, até que ponto estamos dando um testemunho, não somente do Evangelho inicial, mas de ensinamentos mais profundos de Jesus, que conduzam as pessoas realmente para uma libertação, para uma vida de intimidade com Deus.
Intimidade gera intimidade, quem tem, ensina-a, exercemos isso fazendo discípulos, essa é a maior prova que somos realmente íntimos de Jesus. Só adultos podem fazer crianças, só maduros criam filhos, só crentes íntimos de Deus podem executar um discipulado que conduz as pessoas para a intimidade do Senhor, reflita sobre isso.
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26/10/12

Tempo para tristeza

        Mesmo que o homem busque, com sinceridade e empenho, viver em ênfase espiritual durante todo o tempo, a alma e o corpo humanos são incapazes de reter essa espiritualidade, essa se esvai de nós como areia entre os dedos.
Precisamos de momentos de melancolia "boa", de reflexão, de humanidade, mesmo de tristeza, só assim desocupamos em nós, espaço para conter mais de Deus, quem não sabe conviver com a tristeza, nunca estará vazio o suficiente para conter Deus, se dê o direito a esses momentos.

Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, ficará só; mas, se morrer, dará muito fruto.” João 12.24