terça-feira, dezembro 31, 2019

Jesus, nele habitaremos para sempre

      “E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite. E a ela trarão a glória e honra das nações. E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.Apocalipse 21.22-27

      Encerro com esta reflexão as trinta e uma sobre Jesus, compartilhadas aqui, neste mês de dezembro de 2019, para isso uma palavra final do livro de Apocalipse de João evangelista. O céu não é descrito como um lugar em que Jesus está, mas como sendo Jesus o próprio lugar, e mais, sendo tudo o mais que precisamos para sermos felizes por toda a eternidade. Jesus é o templo perfeito e é a luz eterna, nesse lugar viverão para sempre os inscritos no livro da vida do Cordeiro, uma cidade sem portas porque não precisará ser fechada para estar protegida do inimigo, onde todas as nações, todas mesmo, incluindo essas que tanto brigam nesse mundo, estarão unidas e adorando a Jesus. 
      Todos nós já tentamos imaginar como será o paraíso celestial, João o descreveu com as figuras que ele tinha na mente em seu tempo, mas penso que será muito, mas muito mais que isso. Ainda hoje, se recebêssemos a mesma visão de João, nós a descreveríamos de outra maneira, ainda mais com todas as imagens absurdamente fantásticas que foram impressas em nossas mentes pelo filmes norte-americanos, com todos os efeitos especiais disponíveis atualmente. Mas o que o livro de Apocalipse registrou basta, no tempo em que foi escrito e por quem foi, a providência divina é sempre perfeita, eu creio. 
     O grande diferencial, contudo, que temos que entender para vislumbrar o céu é que nele não teremos o corpo físico que temos hoje, e principalmente, com toda a carga emocional enferma e negativa que tanto nos aflige. Lá também não sentiremos as necessidades carnais que tanto nos atormentam, tanto as prazerosas, como desejo sexual, apetite e sede, quanto as doloridas, como cansaço, sono, tédio. Se nos imaginarmos sem o peso do corpo físico o que sobra é a nossa alma pura, mente e coração, mais o espírito sopro de Deus, mas isso tudo numa interação plena com o Espírito Santo num novo e eterno corpo, sim, teremos corpo, não seremos só pedaços de energia soltos e disformes.
      Eu penso também, e isso é uma visão minha, não existe nada na Bíblia que comprove isso, que nossa aparência será aquela que tínhamos em nossa idade mais madura e ainda não envelhecida, por volta dos trinta anos, nossa melhor idade, se for isso não nos surpreenderia o fato de Jesus ter morrido aos trinta e três anos. Penso que os que morreram ou que foram arrebatados mais velhos, rejuvenescerão, e os que foram mais novos, envelhecerão, mas todos seremos homens e mulheres perfeitos e lindos, sem defeitos e todos muito felizes. No céu entenderemos de fato que a beleza interior é a que importa, a que nos ilumina e nos faz especiais, e todos somos especiais para o Senhor. 
      O ponto sério do texto inicial, contudo, é “inscritos no livro da vida do Cordeiro”, temos certeza que estamos inscritos nesse livro? Eu tenho? Sempre acho que seremos surpreendidos por muita coisa de Deus, muitos que achamos que estariam no céu não acharemos, e muitos que não esperávamos ver, encontraremos, a verdade de cada um só Deus sabe, e muitas relevâncias feitas por religiosos, não representam muita coisa no critério divino. O segredo é andar com boa sinceridade, com temor a Deus, nunca julgando mal ninguém e acima de tudo olhando para Deus, não para os homens. Façamos tudo o que podemos para sermos dignos, mas andemos em paz e confiando só no Senhor Jesus, ele sabe quem somos, nos entende, nos ama, nos ajuda, e é o único que sempre está conosco nos piores e melhores momentos, assim será para sempre. 

segunda-feira, dezembro 30, 2019

Jesus, luz espiritual verdadeira

      “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” I João 1.7

      Um texto tão eficiente quanto simples, tão profundo quanto prático, resolve os planos físico e espiritual através de Jesus. Você está tendo dificuldades grandes demais para ter comunhão com as pessoas? Simples, não deve estar andando na luz, veja que isso não significa que você precisa gostar e estar próximo de todos, de alguns é melhor nos afastarmos mesmo, para não pecarmos. Mas na luz fica mais fácil conviver com o ser humano, além disso podemos conviver abertamente com Deus porque o sangue de Jesus nos perdoa. O ponto então é andar na luz, o que é de fato isso?
      Esotéricos e espíritas usam muito o termo “luz”, referindo-se a uma experiência espiritual diferenciada, com os “altos espíritos de luz”. Eles também aliam andar na luz com praticar boas obras, com caridade, mas também chamam de iluminados pessoas que desempenham papéis especiais nesse mundo. Isso, todavia, pode ser meio antagônico, visto que muitos são considerados como iluminados artistas, por terem produzido arte excepcional e espantado o mundo, ainda que em suas vidas privadas tenham sido maus esposos, maus pais, viciados em drogas, amantes dos prazeres carnais.
      Só o cristianismo pode definir de maneira correta o que é luz espiritual, porque só Jesus pode nos conduzir diretamente a Deus e só Deus é a mais pura luz espiritual. Assim, por mais qualidades que muitos tenham, intelectuais, artísticas, mesmo na sabedoria e na prática de caridade, se não têm o Espírito Santo, não são da luz, o diabo foca muitas de suas melhores estratégias justamente para convencer que sua luz é a melhor. Mas a luz dele nunca é absolutamente branca, ainda que possa parecer bela, sedutora, fantástica, é a luz da serpente que tentou o homem no Jardim do Éden. 
      Assim como certos bichos, principalmente os mais sujos e repugnantes, fogem da luz do Sol, se escondem nos buracos e só aparecem à noite para se alimentarem, assim também é o diabo. Quem anda na luz de Deus está protegido, o diabo foge dele, mas a guerra para ficar na luz ou nas trevas não ocorre no mundo, no plano físico, mas na mente e no coração humanos, no interior do homem. Devemos vencer as trevas dentro de nós, em primeiro lugar, e não só frequentando esse ou aquele lugar do mundo, andando com essa ou aquela pessoa. 
      O segredo é administrar melhor o tempo, procurar não deixar a cabeça vazia, mas descansar em Deus e em coisas virtuosas. Depois das práticas obviamente espirituais, como orar, adorar a Deus, estudar a Bíblia, estar em comunhão com irmãos em Cristo de verdade, esporte e boa arte são salutares meios de estarmos na luz. Um bom livro, um bom filme, um passeio a um museu, além de estar próximo à natureza e cuidar do corpo, são hábitos iluminados, com eles a presença do Espírito Santo em nós tem liberdade para agir e ser respeitada.   
      A regra é simples, se estamos no lugar certo, com as pessoas certas, fazendo a coisa certa, as trevas não terão poder sobre nós, assim se for necessário caia fora de meios entrevados. No mundo virtual atual existe muita treva, mesmo grupos de redes sociais, às vezes é melhor estar fora de moda que dentro da roda de escarnecedores, mas para isso temos que pagar o preço de não sermos respeitados por alguns que nos querem por perto, não para nos abençoarem, mas para nos controlarem. O melhor é estarmos com Deus, conscientes de nossos limites, mas sempre na mais pura das luzes. 

domingo, dezembro 29, 2019

Jesus, conhecimento que se processa no tempo

      “E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, e à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.” II Pedro 1.5-8

      Uma descrição detalhada do processo de conhecimento espiritual que Jesus opera em nós, onde virtude vai sendo acrescentada à virtude, texto de um apóstolo tão importante, que foi tão próximo de Jesus homem, que pregou a mensagem inaugural da igreja de Cristo na Terra, após a descida do Espírito Santo, mas que não foi incumbido por Deus para registrar muita coisa em textos bíblicos, Pedro. 
      A é o início de nossa caminhada com Jesus, para interagir com o mundo espiritual é preciso exercer fé, se Jesus é a porta, fé é a chave, uma convicção que começa como dom espiritual dado por Deus, mas que depois envolve nossa razão e nossa emoção, levando-no a experimentar Jesus de forma completa, no copo, na alma e no espírito.
      Fé genuína gera em nós uma semente, ainda não é a árvore, nem os frutos, mas é uma essência que nos levará a provar a pessoa de Deus e suas qualidades em nossa pessoa, essa semente é a relevância da virtude, é ver a possibilidade de ser virtuoso, é querer ser virtuoso, diferente do velho homem que tínhamos antes de nossa conversão que simplesmente se acostumava com o pecado e não esboçava reação.
      A virtude plantada gera conhecimento, gera uma noção intelectual de que algo bom pode acontecer conosco, o cristão tem sempre ciência do agir de Deus em sua vida, diferente da ação espiritual de demônios, que controlam de forma violenta o homem e que o deixa sem força, na fé há virtude e essa é provada por nós com lucidez, com controle, intelectual, também emocional e que nos leva a um lugar melhor.
      Controle emocional nos conduz ao domínio próprio, à temperança, à moderação, ao equilíbrio, assim cremos, pensamos a respeito e assim podemos controlar nossa vida, não somos mais escravos das paixões e dos vícios, mas sabemos quando falar, quando agir e fazemos as melhores escolhas, o cristão deve ser temperado, nem sem sal, nem salgado demais, mas no ponto certo.
      A paciência é consequência natural do processo virtuoso, se aprende com o tempo, com experimentar várias vezes as mesmas coisas, para então entendermos e aceitarmos que não podemos colocar a carroça na frente dos burros, nem podemos surrar os burros ou sermos desmazelados com a manutenção da carroça, paciência é uma virtude preciosa e que não deve ser confundida com covardia ou ociosidade.  
      Piedade é compaixão pelo sofrimento alheio, esse é o primeiro passo para sairmos de nós mesmos e ajudarmos os outros, é o primeiro passo em direção à maturidade espiritual, ela nem precisa se manifestar em atos diretos, mas ver a dor do outro e orar por ele já demonstra piedade, é ser misericordioso, dar não necessariamente o que a pessoa merece, mas mais que isso, o piedoso respeita porém se importa. 
      Por que o amor fraternal só aparece agora? Se amor é tão importante porque não é gerado em nós logo no início do processo? Porque só podemos dar, olhar para os outros, depois que nos resolvemos com Deus e com nós mesmos, quem tenta amar antes disso experimentará paixão, obsessão, egoísmo e consequente ciúmes e inveja, não o verdadeiro amor.
      Caridade é a prática mais ampla do amor, muitos até amam, mas só os próximos, ainda não atingiram o nível superior de amar os distantes, tantos e tantos pequenos, inocentes e injustiçados no mundo que precisam muito mais que serem amados porque amam, muitos não têm condição nenhuma de dar, e ainda assim precisam muito receber, muitas vezes só um prato de comida no dia. 
      A interpretação do processo de oito virtudes descrito por Pedro é só outra entre tantas que outros fazem, a principal lição é que o cristianismo nunca acontece em nós num estalar de dedos, num ato mágico, ainda que alguns o chamem de milagre divino, na conversão somos limpos de demônios e recebemos o Espírito Santo, o perdão e a paz, mas libertação emocional, contudo, é um longo processo no tempo.

sábado, dezembro 28, 2019

Jesus, opera em nós sua vontade

      “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.Filipenses 2.13

      Eis um dos versículos sérios e profundos da Bíblia, muitos o leem e não se atentam à sua importância, outros o vulgarizam em subjetividades tão irresponsáveis quanto insanas. Muitas coisas são necessárias para se viver o versículo inicial de forma consciente, sim, de forma consciente, porque muitos, principalmente os mais novos na fé, dos quais o Senhor cuida de forma diferenciada como nós de nossas crianças, o vivem ainda que sem saber. Contudo, à medida que crescemos Deus nos ensina a fazer escolhas que antes ele fazia por nós, assim as coisas não darão mais certo como antes, mesmo que não fizéssemos tudo certo, Deus cobra de adultos espirituais responsabilidades de adultos espirituais. 
      Mas como vivenciar um caminho onde naturalmente o que sentimos, pensamos e consequentemente dizemos e fazemos, é a vontade melhor de Deus? Isso é feito à medida que damos liberdade para o Espírito Santo, ao qual só temos direito pelo nome de Jesus, essa é uma experiência que muitos personagens famosos do antigo testamento não tiveram, visto que estavam debaixo da lei e não da graça. Por isso Jesus disse sobre João Batista que os menores no reino de Deus seriam maiores que ele, ainda que ele tenha sido o maior profeta que o mundo viu (Lucas 7.28), no reino de Deus estabelecido por Cristo mora para sempre nos homens o Espírito de Deus. 
      Se fôssemos mais crentes de verdade, mais obedientes, mais tranquilos, mais pacientes, menos afoitos e vingativos, mais santos, poderíamos experimentar a lição maravilhosa do texto inicial o tempo todo, assim nossas existências teriam sempre sentido, seriam sempre úteis para Deus, não para nós mesmos, para os homens ou para as religiões. Seríamos como Enoque ou como Elias, andaríamos com Deus de uma maneira que um dia as pessoas não mais nos veriam, pois simplesmente Deus teria nos arrebatados ainda vivos na carne para estar com ele para sempre, e creia, temos muitos mais capacidade espiritual para isso que Enoque e Elias.
      Ainda que sejamos selados para sempre com o Espírito Santo e purificados não com sangue de animais, mas com o sangue de Cristo, o cordeiro de Deus, vivemos os últimos tempos (ou só o começo deles), e nesses tempos a humanidade começa a envelhecer, se a considerarmos como um só ser desde início de sua história. Velha ela esfria o coração, esquece dos bons momentos, se torna amarga e egoísta, ainda que já tenha provado tanto da graça de Deus. Deus livrou a humanidade várias vezes de um fim terrível, seja na antiguidade, seja na idade média, seja nos tempos mais modernos, livrou para que ela pudesse conhecer a Jesus e ser redimida, mas ainda assim elas se afasta de Deus. 
      A voz que clama no deserto hoje não é a voz das denominações cristãs, mas a voz do Espírito Santo, essa pela boca (física e virtual) de profetas solitários e não reconhecidos, quem tiver cuidado achará essas vozes e as ouvirá, de modo que se preparem melhor para os tempos terríveis que vivemos e que vão ainda piorar muito. Aos simples e humildes fica a palavra inicial, “Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”, Deus está conosco, nos orientando em tudo, nas coisas grandes mas também nos detalhes, de maneira que construamos uma vida debaixo de suas asas, onde acharemos proteção e provisão nos piores tempos que estão por vir. 

sexta-feira, dezembro 27, 2019

Jesus, acima de todo poder

      “Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouroEfésios 1.20-21

      Nesta quinta parte do estudo sobre Jesus, cinco reflexões sobre o que o novo testamento fala a seu respeito. O texto inicial do apóstolo-teólogo Paulo coloca Jesus como o altíssimo, isso é definitivo para entendermos a excelência da obra de salvação de Cristo como seu poder maior sobre tudo, em todos os planos e tempos. Vou levantar aqui uma ideia com a qual nem todos os cristãos podem concordar, na verdade isso não faz muita diferença, mas vamos lá. Penso que muita coisa é proibida na Bíblia não por não poder ser realizável, não por não ser possível (já que se fosse impossível nem precisaria ser proibida), mesmo não por não ser verdadeira, mas simplesmente por ser desnecessária, perda de tempo, assim como perigosa e que pode expor as pessoas a riscos tão grandes quanto desnecessários. 
      Uma dessas coisas é a comunicação com o mundo espiritual, e não me refiro a orar expulsando demônios, essa pode ser a única coisa que a Bíblia nos autoriza a fazer com relação aos seres espirituais, e que basta. Sobre o diabo é necessário saber só que devemos evitá-lo e que podemos expulsá-lo no poder do nome de Jesus. Contudo, magos, esotéricos orientais, e principalmente a Cabala judáica, o esoterismo ocidental, que se propõe através da árvore da vida e suas dez sefirotes a comunicar-se com seres espirituais de todos os tamanhos e qualidades. Isso é mentira? Bem, em se tratando de fazer aquilo que a Bíblia orienta a não fazer, verdade e mentira se confundem, possuem limites tênues entre eles, e há de se ter muito preparo, conhecimento e trabalho para se chegar a algum lugar, ainda que seja um lugar abaixo do altíssimo. 
      Creiam, de tudo o que já estudei sobre religião e espiritualidade, Cabala foi a que mais me “perturbou“, mas como diz um princípio esotérico, “quando o discípulo está pronto o mestre aparece”, assim esse conhecimento não é pra qualquer um, aconselho veementemente que ninguém se aproxime dele, a não ser que esteja pronto, todavia, os que estão prontos são justamente os que mais podem ser enganados pelas astúcias mais sofisticadas do mal. Contudo, para que buscar supervisores, sub-gerentes, gerentes, diretores, vice-presidentes e presidentes, quando se pode ter contato direto com o dono da empresa, com o altíssimo? Como eu já disse aqui, altíssimo é meu adjetivo divino favorito, justamente por colocar Deus acima de tudo, mesmo de todas as sefirotes da árvore da vida cabalista estudada pelos que se acham os magos mais superiores e poderosos. 
      Por isso depois que se tem uma experiência real com Jesus nada mais interessa, basta, satisfaz, ilude, mas para isso é importante que se tenha uma experiência de fato e plena com Jesus, não só com religião e com os homens, indo muito além em oração, estudo bíblico, adoração, fé e comunhão com o Espírito Santo. Por Jesus temos acesso a Deus na luz, nela não existem enganadores, ardilosos, entidades com segundas intenções, Deus é puro amor, plena santidade, excelso poder, acima de “todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro“. O que vou dizer agora também não será entendido por qualquer um, mas podemos abrir mão de algumas coisas na Bíblia, de leis que o evangelho já superou, de preconceitos que o Espírito Santo não tem, mas jamais de Jesus.
      Depois de cumprir sua missão como homem salvador Jesus foi colocado num lugar especial e único, o mesmo que ele esteve desde o início dos tempos e do qual pôde criar todas as coisas como o verbo de Deus. Ame a Jesus, adore-o, tema-o, confie nele, entregue-se a ele, limpe-se em seu sangue e tenha autoridade em seu nome, caminhe com ele, ouça-o com atenção, aprenda mais e mais sobre como ele foi como homem, dê prioridade a esse conhecimento mais que a qualquer outro, mesmo bíblico. Quer idolatrar a alguém? Idolatre a Jesus altíssimo. Quer imitar alguém? Imite a Cristo. Deixe pra lá todo resto, podemos aprender muita coisa com muitos homens, mesmo não cristãos, com a sabedoria e a vida de tantos, mas Jesus é especial, ele nunca nos decepciona, Jesus é exclusivo, é o centro a Bíblia pela presença do Espírito Santo em nós para sempre. 

quinta-feira, dezembro 26, 2019

Jesus, centro da Bíblia pelo embaixador Espírito Santo

      “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. E destas coisas sois vós testemunhas. E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.Lucas 24.44-49

      Passado, presente e futuro são citados no texto inicial, unindo a Bíblia numa coesão que é o próprio Cristo, assim Jesus deixa bem claro que ele é o rei profetizado no antigo testamento, como temos acompanhado especialmente aqui no “Como o ar...” nessas reflexões de dezembro de 2019. Entre o livro de Gênesis e o de Malaquias, Jesus foi predito em muitos textos do cânone veo-testamentário, preparando não só os judeus, a nação de Israel, mas toda a humanidade para a vinda daquele que salvaria o mundo de maneira efetiva, e não passageira como pela velha aliança. 
      Por que é importante que entendamos isso? Porque as piores heresias não são aquelas que são negações claras de princípios bíblicos, mas são aquelas que colocam princípios periféricos, secundários da própria Bíblia, como seu centro. Essa estratégia herege é mais difícil de se combater porque está dentro do escopo bíblico, é bíblica, mas não é o mais importante, mesmo que seja algo válido para determinado contexto religioso, social ou histórico, não conduz o homem ao centro da vontade de Deus, pode até produzir bons religiosos e respeitados cidadãos, mas não cristãos de fato. 
      Aqueles que acreditam que a Bíblia em sua totalidade é um livro de regras a ser seguido em todos os tempos e lugares são presas mais fáceis dessas heresias, pois podem colocar tudo no mesmo patamar. Quando se dá o mesmo valor para tudo, diminui-se o valor de algumas coisas e aumenta-se o valor de outras. Quem não vê Jesus como o centro pode valorizar demasiadamente a fé, mandamentos da antiga aliança (como o sábado e o dízimo) assim como costumes sociais de um tempo, como diminuição do papel da mulher na família (sem falar de escravatura e sexualidade). 
      Todavia, harmonizando o texto, no final Jesus dá uma última orientação aos seus discípulos, a única que possibilitaria a eles colocar Jesus como o centro: o revestimento com o Espírito Santo. Sem o Espírito Santo é impossível fugir de heresias, elas serão invitáveis, porque mata o cristianismo e o deixa à mercê de interpretações intelectuais e emocionais de homens, ainda que haja sinceridade e diligência humanas, foi assim, é e sempre será. Repetindo o que dissemos aqui por todo o ano de 2019: o único embaixador oficial que Jesus deixou no mundo é o Espírito Santo.
      Não é a Igreja Católica, as igrejas protestantes, nem as evangélicas ou outras, embaixadores oficiais de Cristo, e quem argumenta que isso é algo muito subjetivo, que pode dar direito a qualquer um de dizer que fala pelo Espírito Santo por isso tem que ser ouvido como voz legítima de Deus, que diz isso duvida do próprio Cristo. Pelos frutos somos reconhecidos e quem tem o Espírito Santo dá realmente frutos agradáveis a Deus, que haja então critério de avaliação pela verificação da origem verbalizada, sim, mas casada com a qualidade dos frutos, coerência de palavras e prática. 

quarta-feira, dezembro 25, 2019

Jesus, nos envia em paz

      “Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco. E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor. Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos.João 20.19-23

      A passagem inicial talvez seja o relato de um dos momentos mais doces da Bíblia, quando, enfim, pode ter caído a ficha de muitos dos discípulos. Como pode ter sido assim, viverem dia a dia junto de Jesus, conhecê-lo intimamente e a sua missão, e ainda assim duvidarem no final, mas não é isso que acontece conosco hoje em dia também? Temos o Espírito Santo, Jesus está em nós para sempre, provamos de seu amor e de sua luz dia a dia, e ainda assim nós o negamos vez ou outra, ainda assim duvidamos, ainda assim nos apressamos para fazer as coisas do nosso jeito, ainda assim trocamos paz de espírito por qualquer coisa infimamente menor. Somos seres ingratos e injustos, o tempo todo, ninguém se engane quanto a isso.
      Comecemos pelo final do texto, por algo que chama a atenção, “àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos”, Jesus entregou uma autoridade muito grande aos seus seguidores, baseada nisso a Igreja Católica excomunga pessoas, coloca-se no direito de desligar pessoas de uma eternidade com Deus quando elas pecam em um certo nível. Me faço uma pergunta: eu tenho vida com Deus suficiente para poder exercer essa autoridade? A história da Igreja Católica ensina claramente que ela não tem, mas quem tem? Será que os protestantes e evangélicos atuais têm? Meu desejo é passar paz às pessoas, não culpa, é perdoar, não acusar.
      Jesus envia-nos numa missão que nem sempre será entendida, nem sempre faremos amigos obedecendo a Deus, isso é difícil, já que a tendência natural da maioria de nós é viver e deixar viver, não se indispor com ninguém, contudo, nem sempre isso é possível. Mas o texto não é um ensino sobre relacionamento pessoal, sobre a dificuldade que todos temos de conviver com todos, de, ainda que amando e desejando o melhor, gostar de todas as pessoas e estarmos próximos a elas. O texto fala sobre a obra, sobre fazer a vontade de Deus, não nossa, enfim, o texto acaba tocando pontos opostos, paz com Deus e possibilidade de guerra com os homens, que o Espírito Santo nos ajude a entendê-lo e a praticá-lo. 
      Voltemos ao início do texto inicial, trancados, reunidos mas amedrontados, Jesus pôs-se no meio dos discípulos, podemos entender que Jesus apareceu no meio deles, de maneira sobrenatural, a primeira coisa que disse foi, “paz seja convosco”. Jesus é maravilhoso, Deus é bom demais, quando ele de fato nos visita a primeira coisa que sentimos é sua paz, uma paz que nos faz desejar sermos santos, sermos melhores que somos, simplesmente para nos sentir merecedores da paz única de Deus. Na paz de Deus não existe mágoa, vingança, vaidade, só adoração ao Senhor. Mas Jesus teve que mostrar as mãos, que ainda que fossem de um novo corpo espiritual traziam as marcas da crucificação, depois repetiu, “paz seja convosco”.
      Após o reconhecimento inicial, contudo, Jesus revelou aos discípulos qual seriam suas missões agora, depois da paz vem a responsabilidade, a responsabilidade de compartilhar essa paz com outros. Mas além do dever eles receberam direitos, em primeiro lugar de terem o Espírito Santo, que nessa ocasião foi soprado sobre eles, mas que só desceria oficialmente sobre a Terra depois, quando Pedro inauguraria a igreja pregando em Jerusalém. A paz e o Espírito Santo é tudo o que precisamos para obedecer a Deus, paz vem pelo perdão que santifica, unção vem pela santidade. Os que querem ter unção sem santidade experimentam paixão humana, mas não o genuíno mover do Espírito Santo, esse só enche vasos limpos. 

terça-feira, dezembro 24, 2019

Jesus, sua morte nos deu vida

      “Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede. Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num híssope, lha chegaram à boca. E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.João 19.28-30

     Diante do texto inicial, faço uma pergunta: o que achou o diabo nesse momento, que tinha anulado a missão de Cristo? Que tinha vencido a Deus? Como refletimos nas postagens anteriores deste mês, principalmente naquelas sobre os textos de Isaías, a missão de Jesus tinha que ser como foi, e isso já estava revelado em textos antigos do velho testamento. Se já estava revelado que a vitória viria pela morte, pela perda, pela humilhação, e um corpo frágil de um homem comum, por que então o diabo achou que convencendo Judas Iscariotes a entregar Jesus para os líderes judeus e romanos para que ele fosse conduzido à morte poderia de alguma maneira atingir a obra de Deus? O diabo não conhece a Bíblia, se ser humilde e injustiçado cumpriria o plano de Deus, sera mais eficiente para o diabo tentar a vaidade de Jesus e levá-lo a querer as coisas maiores neste mundo, tentando ser um rei um líder político para os judeus no mundo. 
      Mas o diabo fez essa tentação, no deserto, logo no início do ministério de Cristo, então por que parece que ele se esqueceu disso no final? Bem, quanto comecei essa reflexão achei que o diabo, como é comum aos orgulhos prepotentes, teria se perdido, e de fato perdido ele está, em trevas. Mas penso que o inimigo não se esquece do plano de Deus, e ele o conhecia muito bem, o diabo não é burro. Contudo, à medida que aumentou o sofrimento de Jesus, que o deixou sozinho para enfrentar tudo o que Cristo sabia que iria enfrentar no final, Jesus foi mais do que nunca tentado. Pelo quê? Não pelos prazeres materiais, não pela vaidade ainda que legítima de ser um rei político para um Israel oprimido pela invasão romana, mas pela necessidade que todos nós temos de fugirmos da morte, de resistirmos ao sofrimento. 
      Se Jesus tivesse sucumbido no final, revelando-se como Deus e fugido de seu terrível fim, pronto, o plano de Deus para salvar o mundo teria sucumbido e o diabo teria obtido sua vitória. O diabo sabia qua não podia vencer a Jesus, assim ele tentou Jesus para que vencesse Deus, e isso ocorreria se Cristo tivesse se negado a cumprir o plano de Deus até o fim, no final, a última tentação de Cristo não foi a vaidade ou os prazeres mundanos, mas o medo de uma morte muito dolorosa. Não pensem que o diabo fez isso só com Jesus, ele faz isso com todos nós, à medida que nos oferece opções para que não queiramos perder, mas ganhar, não queiramos morrer, mas viver, não queiramos ser humildes, mas célebres, ainda que por motivos legítimos. 
      Cuidado, nunca, nunca subestime o diabo, ele não é burro. Hoje à noite, dia 24 de dezembro, será noite de festa, à meia noite muitos se abraçarão comemorando o natal, que ainda que não seja a data real histórica, é a data folclórica, definida pela igreja católica como o nascimento de Jesus. O clima é de alegria, mas ainda assim o Espírito Santo me levou a compartilhar essa reflexão, falando sobre a morte de Cristo e as artimanhas do inimigo. Penso que nos tempos atuais em que vivemos, isso é propício, o momento de festa já passou, meso no natal, próximos eventos finais do mundo, e o inimigo está pondo em prática seu maior e melhor (para ele, pior para os incautos) plano, sua estratégia mais enganosa que se possível ludibriaria até os escolhidos, como já está ludibriando a muitos, mesmo cristãos. 
      Neste natal, comemore com alegria o nascimento do salvador Jesus, com família e amigos, mas estejamos alertas, os dias são mãos, no mundo e no Brail, os evangélicos estão tendo a chance que muitos tanto queriam de terem alguém a seu favor no governo federal. Mas isso não é para o bem, profetizo aqui, nunca foi, e os que queriam e querem evangélicos em cargos políticos se enganam, nunca poderá haver comunhão entre luz e trevas, o mundo já no maligno, aos crentes basta a presença de Espírito Santo, a proteção do Senhor para uma vida digna aqui e o perdão dos pecados para uma eternidade com o pai, não tentemos ter nesse plano poder e influência que não nos foram dados por Deus neste tempo. 

segunda-feira, dezembro 23, 2019

Jesus, voltará para julgar

      “E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.” Mateus 25.31-33

      Já foi dito que se Jesus tivesse nascido, vivido, morrido e ressuscitado sem pecado, e não tivesse feito mais nada, sua obra principal já teria sido feita, a humanidade já teria sido salva por ele. Não precisaríamos ter nenhum texto sobre seu relacionamento com as pessoas, seu testemunho de vida como homem, sua sabedoria superior, e muito menos registros sobre os milagres sobrenaturais que ele fez. Muitos podem argumentar, “mas os milagres foram necessários para que ele mostrasse que era Deus encarnado”, sim, foram necessários, para que os incrédulos cressem que ele era Deus, quem crê de fato não precisa ver, como bem aprendeu Tomé. Bastaria a Jesus um único milagre, sua ressurreição dos mortos após o terceiro dia, e lembremos que Jesus disse isso em Mateus 12.39-42, usando o profeta Jonas como figura de seu fim. 
      Mas os evangelhos registraram muito mais que o principal, Jesus fez muito mais que o principal, para o nosso bem. Todavia, o mais importante desses registros deveria ser para nós o ensino de como devemos viver entre os homens e não como podemos fazer milagres e maravilhas. Milagres e maravilhas, repito, ao meu ver, não são para os mais espirituais, ainda que tantos pensem assim, preguem assim e gostem de ouvir que é assim, talvez porque não queiram enfrentar suas realidades com humildade e misericórdia e desejem que seus problemas sejam resolvidos de forma sobrenatural. Sim, pelo menos aos nossos olhos, alguns problemas só parecem ter solução com milagres, e podemos sim, ainda nos tempos atuais, quando a ciência é o maior milagre que pode resolver muitos problemas humanos, experimentar milagres. 
      Contudo, muitos só creem num Deus grande quando veem grandes coisas materiais e sem explicação natural sendo realizadas, querem o Cristo que levanta mortos e não o que perdoa pecados como também nos ensina Mateus 9.4-9. O cristão maduro, entretanto, entenderá que a maior obra que ele pode fazer no mundo é andar com simplicidade e sabedoria, a exemplo de Jesus homem, sendo paciente, perdoador, pacífico, generoso e sempre rápido para amar e ajudar. Mas o que tem a ver a reflexão que fizemos até agora com o texto bíblico inicial? Essa reflexão, até aqui, definiu o que Jesus veio fazer em sua primeira vinda, o texto inicial diz o que Jesus fará em sua segunda vinda, nessa ele não virá mais como homem salvador, mas como Deus. Vários eventos ocorrerão no final, mas o texto inicial fala sobre um julgamento, não para os salvos, mas para os ímpios de todas nações.

      “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.João 3.16-18

      O texto de João 3 ensina que Jesus não julgará os salvos, os salvos não passarão por julgamento. Mas quem são os salvos, quando e como podem ser salvos? Sem fazer um estudo escatológico mais detalhado, também sob certos pontos de vista já que a interpretação dos textos bíblicos sobre o fim dos tempos não é consenso para os teólogos, podemos resumir os eventos assim, em ordem cronológica: arrebatamento, império do anti-cristo, última grande guerra mundial, segunda vinda de Cristo com os arrebatados e mortos em Cristo antes e após o arrebatamento, prisão de Satanás, milênio, soltura de Satanás, outro conflito mundial e trono branco. Após o arrebatamento e no milênio também haverá oportunidade de salvação, infelizmente esses salvos, por não terem colocado suas vidas em ordem no melhor tempo, terão que pagar altos preços para terem lugar na eternidade com Deus.
      A importância de conhecermos, depois da salvação, o que tem de mais importante na primeira vinda de Jesus, é nos prepararmos melhor, praticando as prioridades corretas do evangelho para que possamos usufruir o melhor do plano de Deus, para que possamos amadurecer espiritualmente e estarmos preparados para uma morte física, que não sabemos quando pode acontecer, e para o arrebatamento, que no momento atual também pode ser iminente. O texto inicial se refere a uma vinda de Cristo após o arrebatamento, o arrebatamento não é a segunda vinda de Cristo, nela os preparados serão levados para o céu, mas Jesus não pisará a Terra, isso ocorrerá num outro momento, o texto se refere ao juízo final ou o trono branco, nele serão julgados os que já estão condenados porque não aceitaram a relevância de Jesus como exclusivo e completo salvador. 
      Não sejamos dos que estão condenados, mas também não sejamos os que ainda que frequentem igrejas cristãs, que conheçam a Bíblia e que experimentem milagres, não andam de fato no estreito caminho do evangelho e não estão salvos e preparados para um o melhor de Deus no final. Sempre imagino a cara de muita gente num juízo final, daqueles que zombaram do cristianismo, que arrogantemente se acharam melhores por defenderem causas mundiais como ecologia, conservação das riquezas naturais, tolerância religiosa que na verdade só é tolerância com o diabo. Mas também imagino a cara de muitos falsos cristãos, que fizeram milagres mas não viveram de forma humilde e temente a Deus, que lideraram grandes ministérios, mas só quiseram promoção pessoal e riquezas desse mundo. Que Deus tenha misericórdia de mim, que eu não seja um desses equivocados. 
      

domingo, dezembro 22, 2019

Jesus, a videira verdadeira

      “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.João 15.5

      A palavra chave do ensino do texto inicial é “ligados”, novamente com videira, seus galhos e seus frutos, outra simbologia perfeita do mestre das parábolas e metáforas, Jesus Cristo, que além de tudo tinha uma didática única e eficiente para ensinar aos homens de todos os tempos e lugares a vontade de Deus. Isso é uma das muitas coisas que fazem os textos bíblicos especiais, melhor que qualquer outros textos sagrados, a Bíblia é simples e profunda, ninguém precisa ser mestre ocultista ou teólogo erudito para entender o conhecimento mais profundo sobre o mundo espiritual necessário ao homem para ter comunhão com o altíssimo. 
      Vide é um braço da videira, essa é a árvores que produz uvas, uva é um fruto bastante citado na Bíblia, seus significados podem ser alegria, prosperidade, ligados mais ao vinho no antigo testamento, mas no novo testamento está ligado a Jesus e a seu sangue, que perdoa, que limpa, que cura. A frase “sem mim nada podeis fazer” deixa claro a necessidade que temos de estar ligados a Jesus para que possamos viver o evangelho, isso é enfatizado por dois motivos. Em primeiro lugar porque compromisso com Deus é algo que se firma e se renova todos os dias, em segundo lugar porque temos a tendência de fazer as coisas do nosso jeito e a esquecermos que dependemos de Deus. 
      Quem acompanha o “Como o ar...” sabe que frequentemente digo que o ser humano é limitado para reter a presença de Deus, ainda que ela seja eterna nos novos nascidos, nos salvos, sua interação com nossos sentimentos e pensamentos, e a consequente exteriorização disso por palavras e atitudes, é limitada. Assim, nossa experiência é bem parecida com a do maná que os israelitas receberam durante a travessia do deserto, Deus dava o misterioso alimento todos os dias mas ele não podia ser armazenado, se guardado de um dia para o outro estragava. O Espírito Santo não “estraga”, mas nós podemos estragar com o tempo os sentimentos e pensamentos que ele deixa em nós.
      Tentar acumular experiências antigas pode nos levar à idolatrias e construção de ritos, que depois podem ser usados como tradições mágicas sobre as quais aliamos poder não por ser uma nova experiência com o Deus vivo, mas só por ser uma lembrança, uma encenação de uma experiência velha. Precisamos buscar o Senhor todos os dias para termos novas experiências que nos alimentarão por mais um tempo, assim temos que andar sempre ligados a Jesus, renovando isso todos os dias. Ainda assim temos que resistir à tentação de querer fazer as coisas do nosso jeito, principalmente quando já temos alguma experiência com Deus e algum tempo em igrejas. 
      Os que estão mais em cima são os que são mais tentados e os que caírem de lá despencarão de alturas maiores causando prejuízos maiores, não só para si mesmos, mas também para os outros. Jesus é a videira verdadeira, só ligados a ele permanecemos vivos e damos frutos, doces e que permanecem. Os galhos secos, contudo, ainda que aparentemente ligados à videira, são cortados e queimados, para que novas mudas possam crescer. Eu entendo disso que cristãos de fato salvos não perdem a salvação, mas se estiverem infrutíferos podem ser disciplinados e perderem tempo, terão uma segunda chance mas terão que voltar ao início para que possam frutificar. 

sábado, dezembro 21, 2019

Jesus, o caminho, a verdade e a vida

      “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.João 14.6

      O texto inicial é um dos textos mais emblemáticos da Bíblia, estabelece referências tão absolutas para Jesus que muitos acabam usando-as como álibis para agirem de forma equivocada. Ele é fácil de entender, e vai contra muita coisa que se diz sobre religiões, quando se coloca todas num mesmo patamar. Quando o senso comum diz “todos os caminhos levam a Deus”, Jesus diz, “eu sou o caminho”, não um caminho, não outro caminho, mas o único caminho. Quando o mundo diz, “cada tem tem a sua verdade”, Jesus diz, “e sou a verdade”, assim como com relação a caminho, não, uma verdade, não outra verdade, mas a única verdade. Finalmente Jesus diz, “eu sou a vida”, assim em tudo o mais só existe morte, simples assim. 
      Mas verdades absolutas sempre são mal entendidas, tanto pelos que as querem usar a seu favor, quanto pelos que não gostam delas, não vou falar da casa dos outros, mas da minha casa, e refletir sobre os enganos que muitos cristãos protestantes e evangélicos cometem a respeito. Um grande problema no mundo atual é definir o que é direito e o que é dever de cada um, a tendência do homem moderno é querer todos os direitos e nenhum dever, muitos cristãos também cometem esse erro, ainda mais quando leem na Bíblia, coleção de livros que eles idolatram, textos como o inicial. 
      Muitos pensam assim, “se eu tenho como Senhor aquele que diz ser o caminho, a verdade e a vida, então tenho direito de discordar de quem pensa o contrário e de confrontá-lo em qualquer situação”, contudo, referências assim tão absolutas e poderosas trazem junto dos direitos, deveres, e deveres muito sérios. Talvez uma explicação de porque muitos crentes serem tão estúpidos e, ainda que não verbalizem isso, sejam nos corações prepotentes e intolerantes, seja o fato deles se acharem donos do evangelho, e não serem servos de Jesus, deles usarem a Deus, ainda que achem que estejam sendo usados por Deus. Muitos crentes agem como muitos políticos, sentem-se donos do poder, e não inquilinos dele para servirem a outros, não a si mesmos. 
      Repito o que já disse antes aqui neste espaço, se membros de todas as religiões têm o dever de serem tolerantes, muito, mas muitíssimo mais os cristãos, e aqui nem estou fazendo juízo de valor, mas simplesmente defesa à coerência. Se nós cristãos nos achamos crentes no Senhor do caminho, da verdade e da vida, mais do que ninguém devemos pensar, falar e agir de modo que mostremos que estamos no mais excelente caminho, com a mais alta verdade e no melhor estilo de vida. Essas referências elevadíssimas só nos encarregam de uma mais elevada responsabilidade, isso é dever, não direitos. Que direitos têm de fato os verdadeiros seguidores de Cristo? 
      Em se tratando do viés cristão, da mensagem central de Jesus, do exemplo de vida que Cristo encarnado deu, temos muito mais o dever de perder do que o direito de ganhar, de dar a outra face que responder à injustiça, de andar mais uma milha que de se rebelar contra o cruel, de dar a túnica e mais outras vestes que exigirmos para nós o melhor desse mundo, de morrer para nós mesmos todos os dias para ganharmos a vida eterna. Isso tudo ao invés de invertermos os valores cristãos e nos acharmos melhores para falar, cantar, gritar e argumentar por termos uma fé mais excelente. Jesus é o caminho, a verdade e a vida, deveríamos dizer isso com muito temor, não com arrogância, e se não estivermos de fato preparados para isso, melhor ficarmos calados.

sexta-feira, dezembro 20, 2019

Jesus, o pão da vida

      “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.João 6.51

      Jesus dá a água da vida eterna mas também é o pão da vida. Novamente o evangelho usa de uma metáfora perfeita, comparando plano físico com espiritual, para explicar a eficiência de Cristo em alimentar a alma humana. Esse alimento espiritual, contudo, teve um preço caríssimo, não para nós, mas para Deus pai e Deus filho, Jesus disse que o pão da vida é sua própria carne que seria oferecida na cruz pela vida de toda a humanidade. Isso diferencia o verdadeiro evangelho da visão puramente moral e social que muitos querem dar ao cristianismo, Jesus não foi só um exemplo de amor e tolerância, ainda que tenha vivido um amor e ensinado uma tolerância diferente e maior que qualquer um jamais tenha vivido ou ensinado. Não se prova Jesus só intelectualmente ou mesmo emocionalmente, temos que “comê-lo“.
      Para provar o que de mais poderoso e verdadeiro Jesus tem para oferecer é preciso uma comunhão profunda com Deus, uma fé diferente, numa experiência que só o Espírito Santo pode dar. Para se conhecer o Deus altíssimo temos que “comer da carne” de Jesus, essa simbologia parece estranha, séria? Mas é para ser mesmo, contudo, não é canibalismo, é só um jeito de explicar uma comunhão extrema com Deus, envolvendo todo o nosso ser, como quando comemos algo. Ao se comer um pedaço de pão ele é destrinchado em pequenos elementos, de modo que os melhores elementos desse alimento permanecem em nós, nosso organismo os aproveita para se manter em funcionamento, ainda que alguns outros elementos sejam jogados fora. O pão espiritual da vida que é Jesus, se for de fato o genuíno pão da vida, é aproveitado por inteiro, na íntegra, ele é totalmente excelente e exclusivo. 
      Isso nos ensina também que o cristianismo não é para ser olhado, mesmo admirado ou elogiado, e também nunca pela metade ou superficialmente, ele precisa ser digerido pelo nosso ser, sentido pelas nossas emoções, pensado pelo nosso intelecto, assimilado pelo nosso espírito, só assim fará o efeito proposto por Deus, só assim nos alimentará espiritualmente. Alimentados não temos mais fome, quando comemos do pão da vida que é Cristo não temos mais necessidade de outros alimentos, de outras crenças, de outras práticas, religiosas ou espirituais. O cristão de verdade tem no evangelho puro tudo o que precisa, por isso, ainda que possa conhecer muitas coisas, não precisará de nenhum outro alimento para estar espiritualmente vivo. Bendito seja Deus que nos deu o pão da vida que é o Cristo, Jesus, nosso salvador. 

quinta-feira, dezembro 19, 2019

Jesus, a água da vida

      “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.João 4.14

      Nesta quarta parte do estudo sobre Jesus, oito reflexões sobre seu ministério, os vários títulos que ele recebeu nos evangelhos. Comecemos por Jesus sendo o que dá uma água diferente, a água da vida, mas mais que isso, ele mesmo é a própria água da vida. Água natural é fundamental para que o ser humano e outros seres sobrevivam, contudo, esse líquido precioso, superior a qualquer outro, ainda que possa ser misturado e usado para vários fins, para desempenhar sua melhor função deve ter certas características. 
      A coisa mais fantástica e reveladora sobre as melhores características da água é que ela é melhor quando é mais transparente, mais sem gosto, mais sem cheiro, resumindo, sua pureza reside em sua limpa discrição, em sua natureza sem aditivos artificiais, nada além daquilo que o melhor da natureza pôde produzir. Sim, sucos são deliciosos, adoçar e misturar à água outros sabores produz bebidas gostosas, contudo, quando estamos com sede, o que mais nos satisfaz é a água, límpida e fresca.
      O diabo, as religiões, os homens, oferecem muitas bebidas para saciarem a sede espiritual do ser humano, algumas mais simples, outras mais sofisticadas, algumas novas, outras envelhecidas, algumas baratas, outras caras, como os vinhos, os destilados, os refrigerantes etc. Só Jesus, contudo, pode dar a pura água espiritual, ninguém mais, e essa bebida nada mais é que a própria presença de Deus vivendo nos seres humanos através do Espírito Santo. Jesus é a água limpa e na temperatura certa, nem congelada, nem fervendo. 
      Essa bênção exclusiva não pode ser comprada, trocada, barganhada de nenhuma maneira e por bem algum, seja material ou espiritual, ela é dada gratuitamente por Deus quando aceitamos Jesus como único e suficiente salvador e Senhor, e então recebemos a moradia eterna do Espírito do altíssimo em nós. Essa água é poderosa, ainda que sejamos limitados para rete-la, visto que temos que tomá-la todos os dias na vida encarnada, ela nos dá o gosto da eternidade e muda nossas vidas para sempre. 
      Depois que provamos da água de Jesus pela primeira vez voltamos a ter sede? Sim, voltamos, enquanto no plano físico sempre teremos uma sede insaciável em nossas almas. Mas o texto inicial diz que não teremos mais sede? Não temos sede enquanto seu efeito está sobre nós, e sentimos uma satisfação única, que nada no universo físico e espiritual pode nos dar. Contudo, o efeito é temporário, para que andemos dependentes do Senhor sempre, é assim porque é providência divina, e é assim a partir do momento que provamos da árvore do conhecimento do bem e do mal.
      Todavia, e esse é o grande diferencial da água da vida de Cristo, depois que provamos dela pela primeira vez nunca mais acharemos satisfação em outro líquido, seja ele qual for. Depois que o gosto da vida eterna entra em nossos espíritos eles desejarão dessa água para sempre, nunca mais acharão prazer maior, sentido de vida, em outra bebida espiritual ou material. A água de Jesus não só mata a sede, mas transforma o espírito, que adquire nova vontade, a vontade de ser igual a Jesus. 
      Isso é a razão de porque os realmente novos nascidos, convertidos, selados com o Espírito Santo, podem passar por muitas coisas nesta vida, errarem muito, mas nunca de fato se desviarão, ou pararão na fé, como dizem outros, ainda que não façam parte de igrejas e denominações sempre acharão na comunhão do Senhor o melhor lugar para se estar. A verdadeira água da vida de Cristo jorra para a eternidade, dá frutos de justiça que durarão para sempre, e que levarão o homem sempre para mais perto de Deus. 

quarta-feira, dezembro 18, 2019

Jesus, o cordeiro de Deus

      “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” João 1.29

      Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, toda a vontade de Deus para os homens está resumida nessa frase. Entendê-la é entender o evangelho, entender o evangelho é entender a Deus, e não só mais uma religião ou conceitos morais de tolerância, justiça e amor cristãos. Se a relevância da palavra cordeiro não for entendida, não haverá salvação, assim não haverá consciência de pecado e muito menos o direito de se ter a presença do Espírito Santo. Sem o Espírito Santo não há luz, não há verdade, não há espiritualidade, ainda que haja moralidade, experiências com seres espirituais e conhecimento profundo de doutrinas, de teologia, de textos sagrados etc. 
      Fico imaginando João Batista, exercendo seu ministério, pregando, batizando, com coragem, em alto e bom som, ver Jesus se aproximar e dizer a frase acima, sem perder seu tom, sem se sentir menor, mas ainda assim declarando a importância e excelência do messias. Ele sabia exatamente o que a frase significava: os homens não precisarão mais sacrificar animais cordeiros, de tempos em tempos, para receberem purificação de seus pecados, bastará a eles que aceitem a Jesus como o cordeiro de Deus, que tirou os pecados de todo o mundo uma única vez com sua morte na cruz. Mas mais que isso, sua ressurreição e partida autorizará a vinda do Espírito Santo que morará para sempre nos corações dos salvos. 
      Quem não sente dor pelos próprios pecados, não quer deixá-los, mas quem quer deixá-los entenderá que só através de Jesus isso é possível, e quem aceita Jesus como o cordeiro de Deus que tira o pecado, recebe o Espírito Santo e passa a ver tudo de maneira diferente. Não, isso não é feito por doutrinação em igrejas através de homens, os homens ajudam, são usados, mas quem faz a obra transformadora e real é o Espírito Santo, quem entende o mistério de Cristo, o cordeiro de Deus, prova isso. Jesus, na simbologia do cordeiro animal da antiga aliança, foi o cordeiro puro oferecido sem mácula para morte, só ele, mais ninguém, teve essa experiência, tem esse poder, e pode salvar o mundo. 

terça-feira, dezembro 17, 2019

Jesus, filho amado em quem Deus se compraz

      “Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu. E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Mateus 3.13-17 

      Até Jesus foi batizado por João Batista, novamente, até Jesus passou por rituais humanos, sociais ou religiosos. Contudo, Jesus reconheceu, na experiência do batismo nas águas, a palavra de um revolucionário, que pregava algo diferente da religião judaica tradicional, ainda que os textos dessa religião já haviam profetizado sobre João e sobre Jesus. Jesus sempre soube o momento de dizer não aos homens para dizer sim a Deus. Em termos técnicos, não existe ministério de João Batista e ministério de Jesus, ambos eram um, com uma introdução, um processo e um fim, João Batista era a introdução do maravilhoso ministério da nova aliança que nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo estabeleceria. 
      Deus pai, contudo, em sua maravilhosa sabedoria, em sua harmoniosa forma de trabalhar a revelação de sua vontade aos homens, permitiu que o Espírito Santo, de forma material visível, como uma pomba, descesse sobre Jesus durante o batismo nas águas. A metáfora encontra o real simbolizado, o material acha o espiritual, João Batista batiza Jesus, o Espírito do pai paira sobre Jesus (Jesus já era cheio do Espírito desde seu nascimento), o altíssimo aprovando tudo diz: “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo.“. Que palavra maravilhosa, felizes os que a testemunharam pessoalmente, mas mais bem-aventurados nós hoje, que não vimos, mas cremos e recebemos o Espírito Santo. 
      Ah se os judeus oficialmente tivessem entendido o recado, se tivessem crido que Jesus era o messias predito em seus textos religiosos, se ao invés de invejarem a autoridade legítima do filho, tivessem glorificado o pai e recebido a salvação que só Jesus pode dar. Mas tudo estava predito, mesmo a perseguição, a injustiça, que fariseus e outros líderes deram a Cristo. O pior não é o justo ser perseguido pelo mundo, ou mesmo por seguidores, muitas vezes de conhecimento raso de suas doutrinas, o pior é o justo ser perseguido pelos líderes, que se dizem conhecedores profundos de sua religião, os que mais deveriam honrar aquele que só está fazendo a vontade do pai, o Deus que tais líderes dizem seguir. 

segunda-feira, dezembro 16, 2019

Jesus, batiza com o Espírito Santo

      “E João andava vestido de pêlos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre. E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas. Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.Marcos 1.6-8

      Para que uma palavra tão espiritual fosse entregue foi preciso que um homem absolutamente desprendido dos valores materiais a entregasse. O texto inicial estabelece um antagonismo muito forte, descreve um homem rude, um ermitão excêntrico, como dissemos nas outras reflexões, “vestido de pêlos de camelo e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre”, que revelava que os homens seriam batizados com o Espírito Santo de Deus, a essência do divino espiritual, Espírito que permaneceria no homem salvo para sempre. Um homem mau vestido e alimentado de forma natural no deserto, anunciava uma comunhão eterna entre o pai espiritual com a humanidade, é realista, é espiritual, é poético, é exclusivo do ministério de João Batista, mas revela o centro do melhor da vontade de Deus para os homens. 
      Mas se João Batista precede Jesus, isso não seria uma lição nos ensinando que só achamos Jesus de fato depois de nos colocarmos primeiramente como João Batista? Que só provamos o melhor do Espírito depois de negarmos a carne em todas as suas facetas? Contudo, muitos querem Jesus sem João Batista, isso é impossível. O resultado só pode ser um falso cristão, um herege, qua ainda acha que a prosperidade dos reis e príncipes do antigo testamento da velha aliança é o plano de Deus para os homens debaixo da nova aliança, seguindo mentiras como a teologia da prosperidade e outros triunfalismos materiais, não o genuíno evangelho espiritual de Jesus. O batismo em água (ou com água) de João, constituía uma metáfora do batismo no Espírito Santo (ou com o Espírito Santo) que Deus nos daria através de Jesus. 

domingo, dezembro 15, 2019

Jesus, salvação de Deus

      “Sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias. E percorreu toda a terra ao redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados; Segundo o que está escrito no livro das palavras do profeta Isaías, que diz: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas. Todo o vale se encherá, E se abaixará todo o monte e outeiro; E o que é tortuoso se endireitará, E os caminhos escabrosos se aplanarão; E toda a carne verá a salvação de Deus.Lucas 3.2-6

      Nesta terceira parte do estudo sobre Jesus, quatro reflexões sobre o ministério de João Batista relatado nos evangelhos. No início eu ia colocar essas reflexões na parte das reflexões sobre o ministério de Jesus, sobre o início do ministério, contudo, João Batista é especial demais para não merecer uma parte mais específica nesse estudo. Quem testemunha de quão especial foi João Batista é o próprio Cristo:

      “E, tendo-se retirado os mensageiros de João, começou a dizer à multidão acerca de João: Que saístes a ver no deserto? uma cana abalada pelo vento? Mas que saístes a ver? um homem trajado de vestes delicadas? Eis que os que andam com preciosas vestiduras, e em delícias, estão nos paços reais. Mas que saístes a ver? um profeta? Sim, vos digo, e muito mais do que profeta. Este é aquele de quem está escrito: Eis que envio o meu anjo diante da tua face, O qual preparará diante de ti o teu caminho. E eu vos digo que, entre os nascidos de mulheres, não há maior profeta do que João o Batista; mas o menor no reino de Deus é maior do que ele.Lucas 7.24-28

      Mais que mais um falastrão (e como existem pregadores falastrões hoje em dia), mais que um falso profeta, ou mesmo que um profeta comum, mais que um excêntrico ermitão, mas conforme as palavras de Jesus, um anjo que o antecederia para preparar seu caminho, o maior dos profetas, e isso inclui todos os grandes do velho testamento, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e tantos outros. Contudo, para deixar bem claro o poder e a diferença que haveria no reino de Deus que seria estabelecido pela sua obra, pelo evangelho, Jesus disse que ainda assim o menor desse novo reino seria maior que João, isso não diminui o valor de João Batista, não é para isso, mas é para aumentar o valor do salvo pela nova aliança de Cristo, a salvação de Deus. 
      João Batista sabia disso, desde o início de seu ministério, sabia que seria menor que Jesus, e nunca fez nenhuma questão de melhorar esteticamente sua proposta profética, sua forma pessoal, o que importava era o conteúdo único da palavra que o Espírito Santo lhe dava, “Preparai o caminho do Senhor; Endireitai as suas veredas. Todo o vale se encherá, E se abaixará todo o monte e outeiro; E o que é tortuoso se endireitará, E os caminhos escabrosos se aplanarão; E toda a carne verá a salvação de Deus”. Novamente a providência divina manifesta paciência, por que João Batista teve que vir, não bastava vir Jesus é já dar o recado final? Deus sempre nos avisa antes, com jeito, principalmente quando algo importante está para ocorrer. 
      O ministério de João Batista, apesar de ter sido manifestado com palavra duras, foi uma ação do amor de Deus pai para preparar os homens para o que viria, para ninguém dizer que não tinha sido avisado antes, e como já foi dito aqui outras vezes, Deus sempre avisa para que ninguém se ache inocente por desinformação. A palavra de João, contudo, antecede uma palavra de milagres, que transformaria as pessoas, que faria do torto, reto, e do reto, justiçado, mas que acima de tudo, seria uma palavra que todos teriam a chance de ouvir.  Hoje, dois mil anos depois, em pleno século XXI, o evangelho já foi bastante divulgado, por isso o fim está mais próximo, quase todos já sabem o que precisam saber: Jesus, salvação de Deus!   

sábado, dezembro 14, 2019

Jesus, compromisso com o pai

      “Ora, todos os anos iam seus pais a Jerusalém à festa da páscoa; E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube José, nem sua mãe. Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e procuravam-no entre os parentes e conhecidos; E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele. E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os. E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas. E quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos. E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?Lucas 2.41-49

      Doze anos é a idade em que o judeu se torna “filho da lei” e que começa a seguir as exigências das festas e jejuns da religião judaica, mesmo Jesus, filho de Deus, salvador do mundo e estabelecedor de uma nova aliança que superaria a velha, obedeceu os ritos de sua religião, com humildade e sinceridade. Jesus, ainda que tivesse legitimidade para isso, não escandalizava ninguém, nunca, só aos falsos e arrogantes, que sempre se escandalizam com a simplicidade e verdade do realmente espiritual. Mas Jesus homem era especial desde pequeno, apesar de não ter nascido num palácio real ou em casa rica, ele tinha características físicas e intelectuais diferenciadas, além é claro das morais e espirituais (tenho pra mim que Jesus homem não era feio, era um simples filho de carpinteiro, mas devia ser com certeza simpático e carismático, ainda que um judeu comum, equilibrado em tudo). 
      Dessa forma Jesus teve um conhecimento profundo com uma leitura lúcida dos ensinos judeus desde pequeno, à ponto de ensinar mesmo os mais antigos estudiosos dos textos religiosos israelitas. O que dá clareza é a simplicidade de espírito e a humildade de coração, os que andam assim querem aprender, aprendem mais depressa e continuam aprendendo sempre, já que sempre se consideram alunos, não mestres. Os que acham que já sabem tudo, e de fato sabem muito, acabam presos a um nível de conhecimento e às próprias vaidades, o que no aprendizado espiritual do Deus verdadeiro são delimitadores iminentes, com Deus nunca sabemos tudo. Jesus tinha facilidade para aprender sobre as coisas intelectuais, porque tinha um espírito livre em Deus, espiritualidade não delimita a ciência, ao contrário, pelo menos não quando ela é verdadeira. 
      O texto inicial, todavia, nos ensina outra coisa sobre seguir a Deus, ao mesmo tempo que Jesus era fiel à religião de seus pais, ele também sabia o momento certo de desobedecer, digamos assim, a ordem social. Jesus, mesmo um pré-adolescente, deixou seus pais e ficou no templo, ele soube preferir o lugar onde seu ministério mais deveria ter sido valorizado, o centro religioso de seu povo. “Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?”, não foi rebeldia não, nem desobediência, Jesus também não desonrou seus pais físicos com isso. Tantos obedecendo à religião dos pais, concordando com tudo que seus pais dizem, são na verdade meros covardes, que não descobriram ainda que é preciso saber o momento de dizer não, mesmo a uma tradição paterna, mesmo à religião de parentes, para poder seguir de fato o Deus verdadeiro, o pai maior. 

sexta-feira, dezembro 13, 2019

Jesus, luz para iluminar as nações

      “Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. E fora-lhe revelado, pelo Espírito Santo, que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. E pelo Espírito foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei, Ele, então, o tomou em seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, Segundo a tua palavra; Pois já os meus olhos viram a tua salvação, A qual tu preparaste perante a face de todos os povos; Luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo Israel.Lucas 2.25-32

      Simeão era um velho fazendo seu trabalho no templo, aquele que ele devia fazer há tanto tempo, ele nem devia se sentir mais vaidoso por isso, fazia porque era o que precisava fazer, cansado mas ainda fiel. O tempo escurece nosso corpo, nos tornamos mais lentos, pensamos devagar, vemos menos, contudo, aprendemos com ele a sermos mais focados, a nos preocuparmos com o que realmente vale a pena. Nessa simplicidade sábia da velhice, Simeão viu, enfim, a resposta de uma oração que ele fez por muito tempo, talvez por toda a vida, ele queria ver com os próprios olhos o Cristo do Senhor. 
      Oração respondida é oração que não é inventada, ainda que com fé, pelo espírito humano, mas é aquela que é revelada pelo Espírito Santo, se pedimos o que Deus quer que peçamos nossa oração será respondida, ainda que demore muito. Dessa forma, um velho viu a maior das luzes, Jesus, que iluminaria as nações, e por isso adorou a Deus. Simeão viu um homem feito? Não, viu ainda uma criança, então, como pode ver naquele pequeno o Cristo do Senhor, a luz de Deus? Viu pela fé revelada pelo Espírito Santo, o velho e já abatido fisicamente Simeão, tinha o corpo espiritual renovado e forte, esse não tinha se rendido ao tempo. 
      Que possamos ser todos assim, ainda que o corpo se enfraqueça, ainda que os olhos físicos percam a clareza, que nossos olhos espirituais se tornem cada vez mais precisos, mais atentos à luz das virtudes. Que saibamos reconhecer a verdade de Deus e o adoremos por isso, assim como que tenhamos discernimento para perceber, mesmo um resquício, da mentira do diabo e dos homens maus, e nos afastemos deles com sabedoria. Ser amigo dos bons homens e nos distanciarmos dos maus é segredo de vida iluminada, amar os bons ambientes, as boas conversas, aquilo que faz bem ao copo, à alma e ao espírito, amar a luz. 
      Infelizmente muitos fazem o contrário, e quem vê maldade no bom, com certeza inverterá os valores e verá bondade no mau, nas trevas não se tem referências. Quem é injusto com o fiel de Deus também será facilmente enganado pelas astúcias do inimigo e pelas palavras sedutoras dos egoístas e vaidosos, não tem jeito de não ser assim. Por outro lado, muitos das últimas gerações do mundo atual, tão espertos para verem tudo e depressa na internet, em imagem HD, nos celulares, nas redes sociais, estão acesos para tantas novidades e modas, mas não veem a salvação exclusiva e necessária de Cristo, a luz que ilumina as nações. 

quinta-feira, dezembro 12, 2019

Jesus, rei dos judeus

      “E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo.Mateus 2.1-2

      A passagem inicial é uma das mais misteriosas (e talvez polêmicas...) da Bíblia, cuja verdade mais profunda, se fosse revelada, poderia assustar a muitos cristãos, infelizmente, a maioria se acostuma com tradições e lê mas não lê, não para pra pensar, apenas coloca no automático e aceita o que os outros dizem a respeito, deixam que os outros pensem por eles. Os magos não eram reis, mas os equivalentes a esotéricos atuais, estudantes de astrologia e magia, as cortes reais tinham esses estudiosos, os quais os reis consultavam para deliberarem ordens e tomarem decisões. Lembremos que nessa época, ciência e superstição se misturavam, assim muitos estudavam fenômenos físicos por métodos em parte até científicos, mas também explicavam e se “comunicavam” com o mundo espiritual por práticas de magia, subjetivas para muitos outros. Dessa forma, matemática, filosofia e mediunidade sem fundiam, assim como mitologia com história, plano físico e espiritual. 
      Seja como for, como que homens de uma prática, que os cristãos e suas leituras da Bíblia, tanto recriminam, abominam, proíbem, puderam adquirir conhecimento tão relevante quanto preciso? Existiria alguma verdade na magia, na astrologia? Ou Deus simplesmente, por misericórdia, permitiu que mesmo pessoas em trevas soubessem da vinda de seu filho como salvador e rei para que fosse testemunhada a importância desse fato por todos? Acredite você naquilo que tua fé te permitir, seja fiel a isso, Deus respeita isso, e muito (eis aqui um mistério). Podemos, contudo, ir um pouco além do senso comum nessa história dos “reis” magos que seguiram uma estrela e vieram do oriente até Jerusalém para adorar a Jesus, reconhecido por eles como o rei dos judeus, provavelmente porque conheciam as previsões das profecias do antigo testamento a respeito. Magos de verdade nunca são desinformados, para os ocultistas nada é oculto, para os preconceituosos até o sol se esconde ao meio-dia. 
      Algo que a maioria dos evangélicos não entende e não sabe, é o que os verdadeiros esotéricos, os bruxos de alta magia, que estudam de maneira profunda e séria conhecimentos ditos ocultos, principalmente os cabalistas, é que eles, necessariamente, não temem e odeiam Jesus, ao contrário, eles o respeitam e reconhecem sua posição superior a tudo, potestades e legiões, sejam de seres espirituais que forem. A diferença é que eles perdem tempo com o corpo da serpente, fixam-se às potestades e chegam no máximo a “kether, a coroa” (veja mais sobre a árvore da vida cabalista para entender, ou não...), e nunca ao altíssimo. Isso acontece porque não reconhecem Jesus como o único e completo intercessor entre Deus e os homens, assim como esse conhecimento e experiência suficientes para satisfazer todas as necessidades humanas e responder aos mistérios espirituais. 
      A conclusão mais triste, todavia, do texto inicial, é que até os magos reconheceram que Jesus era o verdadeiro rei dos judeus, mas os judeus, principalmente suas lideranças políticas e religiosos, não reconhecerão, e pior, por inveja conspiraram contra ele até que o mataram de forma cruel. Mas estava tudo previsto, e os magos sabiam disso, se isso não te faz pensar um pouco em algumas coisas, a mim faz, e muito. Mas o que importa é que eu nasci de novo, tive minha vida transformada, tive minhas feridas tratadas, minhas doenças emocionais e físicas curadas, porque aceitei Jesus como meu único salvador, como meu rei, e disso não abro mão. Que nos rendamos a tempo para a verdade de que Jesus é o rei, que para ele devemos nos quebrantar, que diante dele devemos nos render e adorar, só isso nos colocará no centro do plano de Deus para a humanidade, só isso nos salvará de fato e nos dará uma eternidade em paz com o altíssimo, acima da árvore da vida cabalista, com o rei eterno dos judeus e de todos. 

quarta-feira, dezembro 11, 2019

Jesus, o Cristo

      “Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.” Lucas 2.8-14

     Os pastores, o que tinha de especial essa classe de trabalhadores para que o anjo do Senhor viesse sobre eles na madrugada e lhes desse uma notícia tão importante em primeira mão? A princípio, quando tentei interpretar o texto, pensei que os pastores tinham sido escolhidos para que pudessem espalhar a notícia com mais eficiência, mas um estudo mais profundo sobre eles em seu tempo e espaço, revela que suas palavras não eram muito consideradas, assim entendi outra coisa. 

      “Os animais para serem usados para o sacrifício, no templo, eram guardados a céu aberto, mesmo no inverno. A presença de pastores ao ar livre não prova que Jesus tenha nascido num período quente do ano. Os pastores eram uma classe desprezada porque seu trabalho os impedia de observar a lei cerimonial e, como eles se movimentavam por todo o país, era comum serem considerados como ladrões. Não eram considerados dignos de confiança e não eram aceitos como testemunhas nos tribunais.” (Bíblia de Estudo de Genebra, sobre Lucas 2.8 na pagina 1184)

      Jesus em nenhum momento apareceu para ser famoso e respeitado, seu ministério sempre foi perseguido e só o entenderiam os que cressem, apesar de tudo o mais dizer o contrário. Assim, o conhecimento maior do evangelho e a experiência de seu poder redencionista tem o humilde, o muitas vezes desprezado, que não é entendido nem honrado pela sociedade, a despeito de estar desempenhando um trabalho honesto e importante. Deus dá o “furo de reportagem” aos pastores para honrá-los, mostrando desde o início como seria o ministério de Cristo, seu público alvo, digamos assim, os pobres e marginalizados, e que honra tiveram os pastores. Deus não só revelou detalhes sobre o menino na manjedoura, como proporcionou aos pastores um espetáculo sem igual no céu, uma multidão dos exércitos celestiais louvando o Cristo que nasce. 
      Seja como for, é importante que aceitemos que Deus sempre avisa, ele nunca faz nada sem informar, assim ninguém poderá dizer no final que fez algo ou deixou de fazer algo porque não sabia, porque não foi avisado. Contudo, temos que entender que Deus faz isso do seu jeito, e o seu jeito é sempre o melhor jeito. Deus pode usar quem menos esperamos, e sempre nos enganamos quando deixamos que a arrogância e a vaidade dominem nossas almas, assim, equivocados, podemos ficar cegos, desprezando alguém que Deus esteja querendo usar para nos falar algo muito importante. Talvez, um tempo depois, alguns tenham dito, “mas o Cristo nasceu e nós nem ficamos sabendo”, ficaram sim, pela boca dos pastores, mas talvez esses que alegaram falta de informação tenham desconsiderado a informação porque estava sendo dada por reles pastores, uma classe tão menor na sociedade. 

terça-feira, dezembro 10, 2019

Jesus, fruto bendito

      “E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá, E entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel. E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo. E exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. E de onde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas.Lucas 1.39-45

      Maria, mãe de Jesus, era parente de Isabel, mãe de João Batista, elas se viram, antes dos nascimentos de seus filhos, o texto inicial registra essa passagem. O Espírito Santo tocou de maneira poderosa o coração de Isabel quando encontrou Maria, de sua boca saíram as palavras “bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre”. Isabel se sentiu muito feliz por receber a visita de quem ela sabia, pelo Espírito Santo, que era “a mãe de meu Senhor”, duas coisas essa passagem nos ensina, duas coisas sobre Isabel, mãe de João Batista. 
      Em primeiro lugar que quando Deus em algo muito importante para nós, quando nos dá uma palavra profética de algo especial que ocorrerá em nossas vidas, ele confirma, de uma maneira simples e próxima. Por que personagens tão importantes no plano de Deus para a humanidade, tinham que ser, no plano físico, parentes? Jesus e João Batista era parentes próximos. Eu penso que foi para consolar duas pessoas em especial, Maria e Isabel, que se sentiram acompanhadas na experiência de gerarem homens que desempenhariam papéis de suma importância no mundo, homens que sofreriam muito. 
      Deus faz isso também conosco, nunca nos deixa sós em nossas lutas, o consolo sempre está perto, um consolo que nos ajuda a aceitar as coisas em paz, ainda que seja difícil para nós entendermos, mas a passagem nos ensina também outra coisa. Assim como Maria, Isabel era humilde, admitiu logo de início que o filho de Maria seria superior aos seu. Bem, quem é pai ou mãe sabe que sempre tendemos a defender nossos filhos e ver neles qualidades superiores aos filhos dos outros, nossos filhos sempre são mais bonitos, mais inteligentes, especiais, Isabel nos parece nos ter essa vaidade. 
      Isabel, contudo, foi escolhida para ser mãe de João Batista pelos mesmos motivos que Maria foi, ainda que com características distintas. Isabel era diferente de outras mulheres, poderia criar João Batista da maneira que Deus queria para produzir um homem forte e humilde, desprendido de vaidades, mas corajoso, que prepararia o mundo para a vinda do salvador maior Jesus. Deus sempre sabe com quem trabalha, o que pode exigir, o que pode dar e o que pode tirar, para que sua vontade seja cumprida.
      O fruto bendito foi gerado em Maria porque Deus sabia que ela poderia fazer crescer esse fruto de maneira que se formasse a videira verdadeira, assim como foi gerado em Isabel um homem aparentemente mais rude, mas resistente e absolutamente humilde. Deus é esteticamente perfeito, espiritualmente harmonioso, e se revela aos homens de forma eficiente e completa, ainda que use pessoas distintas para missões diferentes. O segredo de felicidade é se conhecer em Deus, aceitar sua vontade e seguir em obediência até o final. 
      Só o tempo mostrou para Isabel e para Maria o motivo de tudo o que elas tiveram que passar, desde que ficaram grávidas, até o plano de Deus ser revelado em seus filhos totalmente. Mas quando gerado por Deus, todo fruto é bendito, ainda que no início seja só um feto escondido dos olhos dos homens. Os que confiam no Senhor e temem a Deus acompanharão com paciência e fé o crescimento desse fruto, até que a vontade do pai seja feita e o fruto seja visto por todos como bênção de Deus. 

segunda-feira, dezembro 09, 2019

Jesus, seu reino não terá fim

      “Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.Lucas 1.30-33
 
      Nesta segunda parte do estudo sobre Jesus, seis reflexões sobre o nascimento e infância de Jesus relatados nos evangelhos, comecemos pela anunciação que o anjo fez a Maria. Sim, Maria era uma mulher especial, muito especial, se Deus a escolheu foi porque achou nela qualidades que outras não tinham. Que qualidades? Fé, com certeza, fé e confiança em Deus, ela aceitou a palavra do anjo e não se rebelou, ainda que sabia que ficaria grávida sem ainda ter se casado oficialmente, sem que o pai fosse um homem conhecido, isso com certeza criaria para ela algumas inconveniências sociais. Maria venceu esses temores porque cria e confiava em Deus acima de tudo. “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele” (Marcos 6.3), mas no decorrer de sua vida, mesmo depois de ter estabelecido família com José e de ter tido outros filhos com ele, conforme o textos bíblicos, na maneira natural, Maria era sábia, discreta e sempre mãe. Mãe de quem? Dos outros filhos e de Jesus homem, e isso é importante frisar, Maria não adquiriu qualquer poder espiritual pelo fato de ter gerado pelo Espírito Santo a Jesus, ela foi só uma mulher até sua morte, e depois, na eternidade, só mais uma mulher dentre todas as da humanidade, de todos os tempos e nações. Maria não pode interceder pelos homens diante de Deus, Maria não tem qualquer poder diferente diante do pai espiritual, e muito menos alguma proeminência sobre Jesus filho e espiritual que se tornou depois que ressuscitou e subiu aos céus. Jesus é único, e Maria sempre soube disso, por isso foi escolhida, tanto qua nunca se intrometeu no ministério do filho enquanto ser humano encarnado. 
      Maria era discreta, e os registros de suas aparições depois que Jesus iniciou seu ministério, até sua morte, são poucos e esclarecedores. “Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração“ (Lucas 2.19), essa passagem é logo do início, da infância de Jesus, amo esse versículo, me parece revelar a Maria discreta, consciente de seu papel e nunca querendo aparecer demais, esperando sempre em Deus o cumprimento de sua palavra. “E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena. Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.“ (João 19.25-27), ainda em extrema dor, Jesus honra sua mãe, não a desampara e entrega-a ao amado discípulo João para que esse cuide dela. Maria nos parece nesse versículo ser só mais uma, mais uma Maria, já que três são citadas no texto, mas isso não menospreza Maria, só a define ainda mais como só um ser humano que apesar de ter sido escolhido por Deus pelas virtudes, não exige nada por isso, interage com a realidade, mesmo a mais dolorida, com humildade, com simplicidade. Que exemplo para todos nós, Maria foi única. 
      Encerrando essa pequena reflexão sobre Maria, o texto inicial faz com que nossos olhos se voltem para o poder exclusivo de Jesus, que não pode ser dividido com ninguém, nem com Maria. Dividir, ou pior que isso, colocar o poder de Jesus abaixo de Maria, é a maior das heresias, é afrontar a Deus, é tirar de Jesus a eficiência e plenitude como salvador único da humanidade. Conhecer a Jesus como filho do altíssimo, não como filho de Maria, já que Maria foi só um precioso instrumento usado para que o filho de Deus encarnasse, é entender que ninguém mais tem o poder que ele tem, e que aliar algum poder a outro que não seja Deus pai, filho e Espírito, é afastar-se da verdade divina, é seguir o diabo que sempre tem interesse em diminuir o poder do único que pode destrui-lo, Jesus. Cada vez que um ser humano recebe o status de “santo” pelo Vaticano, o diabo se alegra, e o poder de Jesus, diante do mundo, é diminuído, eu disse diante do mundo, não diante de Deus, diante de um mundo que gosta da mentira, da ilusão, do diabo, de ídolos, e não de Jesus, de Deus, do Santíssimo Espírito. Não tenho medo de falar isso aqui neste espaço, ainda que ame os católicos, que conheça muitos católicos sinceros e virtuosos, ainda que eu não vá sair por aí quebrando altares e imagens, essa violência não é de Deus, de Deus é a verdade e ela prevalecerá, no tempo certo. O reino sem fim de Jesus será o reino da verdade maior sobre tudo, glórias a Jesus por isso! 
      

domingo, dezembro 08, 2019

Jesus, o Senhor, Justiça nossa!

      “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O Senhor, Justiça nossa.Jeremias 23.5-6         

      Justiça, o que mais queremos, o que o mundo mais precisa, e o que só Jesus pode oferecer. Contudo, o mundo, se afasta de Deus, se afasta do único intercessor entre Deus e o homem, Jesus, e tenta, por tantas organizações e religiões, ser justo, pregar a justiça, e ainda criticar o cristianismo como sendo uma velha ordem derrotada em oferecer à humanidade amor e tolerância. Ainda que o mundo louve a ensine os ensinamentos morais e sociais de amor e tolerância do evangelho, eles são impossíveis de serem praticados, se não forem por corações nascidos de novo pelo nome de Cristo. O diabo sempre fala só o que lhe convém, e os inimigos do cristianismo, os poderes desse mundo, a mídia e tantos outros poderes, obedecem cegamente, ainda que se achem amorosos e tolerantes, mais que os cristãos. Justo, só Jesus, e justificados, só os cristãos selados com o Espírito Santo. 
      Lembremos que o texto inicial profetiza um reinado de justiça para toda a terra, mas especialmente para os judeus. Os judeus, oficialmente, ainda que valorizem Jesus, não o consideram o salvador da humanidade, predito no antigo testamento, muitos judeus ainda aguardam um Jesus com poderes também nos sistemas do plano físico, e acredite, isso de alguma fora ainda ocorrerá, seja no período que a escatologia chama de milênio, seja em outro momento. Ainda que oficialmente os judeus tenham negado a Jesus em sua vinda encarnada, Deus é fiel com todos, se é com os gentios, não seria também com os israelitas, povo escolhido por Deus para compartilhei a primeira aliança com o mundo? Eu creio que Jesus também voltará para os judeus na maneira como eles aguardam, contudo, o reinado final de Cristo será para todos, igualmente, sem diferenças, em justiça e poder. 

      

sábado, dezembro 07, 2019

Jesus, tomou nossas enfermidades

      “Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.Isaías 53.2-5

      Outra revelação minuciosa da vida de Cristo pelo profeta messiânico Isaías, aqui o nascimento humilde, a perseguição em vida de um caminhar entre párias, entre os marginais, a crueldade da crucificação e o desprezo na morte física final, são descritos em detalhes surpreendentes. O grande mistério da existência encarnada do filho de Deus é revelado, alguém tinha que sofrer e muito, e de uma maneira absolutamente injusta, alguém puro e verdadeiramente sincero, para que nós, pecadores e injustos reais, fôssemos salvos. É clara demais a passagem de Isaías 53, não deixa dúvidas que o Espírito Santo mostrou ao profeta o caráter e a relevância da missão de Jesus que só ocorreria muito tempo depois da vida de Isaías. 
      Nós, que tantas vezes pecamos e pecamos, que podemos correr o seríssimo risco de nos tornarmos insensíveis, não sentindo culpa mais pelos nossos erros, podemos simplesmente perder a referência da santidade e do quanto isso agrada a Deus e é necessário para que nos aproximemos dele. Ler os evangelhos, entender principalmente os textos que relatam a via sacra (ou “via crúcis”, trajeto que foi percorrido por Jesus carregando a cruz desde o Pretório até o Calvário), sentir na pele a dor, física e emocional, que Jesus sofreu, é de suma importância para retermos as referências do preço do pecado e do castigo que isso implica. 
     Contudo, é mais importante ainda para sabermos o quanto devemos louvar a Deus por ter mandado seu filho para sofrer em nosso lugar, assim como para compreendermos o poder que tem a obra que Cristo realizou através de dor e morte. Esse poder nos cura, o corpo, a alma e espírito, porque só ele pode nos limpar de todo o pecado, nos dar a presença do Espírito Santo e o acesso ao Deus pai altíssimo. Sentir a dor de Jesus na cruz em nosso lugar, liberta, redime, transforma nossas vidas, e isso deve ser feito todos os dias, que em cada oração que fazemos à noite em nossos lares nos lembremos do preço caro que o pecado tem e de como, por amor, Jesus pagou por todos nós.