25/11/12

Aos músicos da igreja: notoriedade, é necessária?

        Nessa minha caminhada com Jesus, no meio de sua Igreja, já vi muita gente de talento musical, bons cantores, excelentes instrumentistas, diga-se de passagem, que não ficavam devendo nada para músicos seculares. Essa honra é nossa, dos evangélicos, como é de conhecimento geral, nos Estados Unidos da América, é tradição artistas tops terem sido criados no ceio da igreja evangélica, no meio gospel.
Já vi também muito líder querendo ministério musical reconhecido, vender CDs, emplacar hits nas igrejas e rádios, encher estádios com shows mirabolantes. Então eu torno a questionar: é assim que a coisa funciona no meio do povo de Deus? Bastar ter talento musical e querer notoriedade para que o ministério aconteça?
Talvez a pergunta certa seja até que ponto tal notoriedade serve a Deus? Não, por favor, não entendam errado, Deus chama, sim, pessoas especiais para ministérios especiais, Deus prepara pessoas, com talento, unção e carisma, para estar debaixo de holofotes e levar o Evangelho às multidões. Temos visto isso, graças a Deus, no Brasil, ministérios de música de excelente qualidade artística e aprovados com uma unção diferenciada do Senhor. Esses ministérios têm sido divisores de água no trabalho da igreja evangélica em nosso país. Mas eu torno a perguntar, precisa ser notório para ser útil nas mãos de Deus?
Claro que não, e notoriedade não é pra qualquer um. Já disse isso outras vezes, mas não concordo com aquele ditado que fala que “Deus não chama os preparados, mas prepara os chamados”, em minha opinião Deus prepara os preparados para obras específicas. Quem é preparado? Todos, de alguma forma e para um determinado fim. Portanto precisamos ter discernimento para entender o que Deus quer de nossas vidas, mesmo sabendo do potencial que temos.
O problema é que às vezes pensamos assim: “tenho talento, tenho convicção de minha chamada, então Deus tem grandes coisas pra mim”. Já tive a oportunidade de compartilhar na postagem Síndrome de super-herói minha opinião sobre sair da igreja local em carreira solo, ter um ministério independente de uma igreja local, sem estar sob a liderança direta de um pastor específico. Como disse nesse texto, respeito essa postura e acredito que ela possa vir de Deus, contudo penso que ela é exceção, não regra. As pessoas devem orar bastante quando sentem que esse deve ser o caminho para seus ministérios. Em minha experiência, na maioria das vezes, nós músicos, e eu sei disso porque sou músico, queremos é uma plateia maior, queremos mais aplausos, queremos quantidade, e não realmente obedecer a voz do Espírito, reinterando, essa é minha opinião e minha vivência.
Nessa atitude, que pode ser impulsiva, por faltar paciência para esperar em Deus que Ele nos use dentro e através da igreja local, nos colocamos numa liberdade perigosa que pode nos levar ao esfriamento e mesmo ao desvio. Não basta querer e poder tecnicamente para fazer, Deus tem que querer e só Deus pode fazer de um ministério musical uma bênção para as nações. Estendo essa minha opinião aos pregadores, que também podem ter essa tendência de carreira solo. Na verdade o que eu acredito é que a ligação com uma igreja local, que estar debaixo da autoridade de um pastor, conviver com uma comunidade, com sua hierarquia, com os departamentos, no dia a dia, é indispensável para que recebamos o tratamento do Senhor em nossas vidas, tratamento esse que tem como objetivo moldar nosso homem interior. O personagem de artista pode ficar mais evidente que o servo de Deus, esse último não é personagem, não é uma capa, mas a realidade do coração que obedece verdadeiramente a Deus em humildade e em simplicidade.
Lembro-me de Johann Sebastian Bach (Eisenach, 31 de março de 1685 — Leipzig, 28 de julho de 1750), músico alemão. "Sua habilidade ao órgão e ao cravo foi amplamente reconhecida enquanto viveu e se tornou legendária, sendo considerado o maior virtuose de sua geração e um especialista na construção de órgãos. Também tinha grandes qualidades como maestro, cantor, professor e violinista, mas como compositor seu mérito só recebeu aprovação limitada e nunca foi exatamente popular, ainda que vários críticos que o conheceram o louvassem como grande. A maior parte de sua música caiu no esquecimento após sua morte, mas sua recuperação iniciou no século XIX e desde então seu prestígio não cessou de crescer." (fonte: wikipédia).
Bach trabalhou em várias cidades e desempenhar diversas funções como instrumentista, cantor, compositor, professor e música e construtor de órgãos, mas praticamente, na maior parte do tempo, Bach foi músico local alemão (cantor chefe e organista) de igreja luterana, não um artista pop reconhecido em toda a Europa como outros (Handel e Mozart, por exemplo). Hoje ele é considerado "um dos mais prolíficos compositores do ocidente. O número exato de suas obras é desconhecido, mas o catálogo BWV assinala mais de mil composições, entre elas inúmeras peças com vários movimentos e para extenso conjunto de executantes. A vastidão de sua Obra fica ainda mais óbvia quando se sabe que possivelmente metade dela se perdeu ao longo do tempo." "Na apreciação contemporânea Bach é tido como o maior nome da música barroca, e muitos o veem como o maior compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a consumação de seu gênero." (fonte: wikipédia).
Não, fama e reconhecimento da maioria nada significam, principalmente para um servo de Deus que só quer adorar ao seu Senhor através de sua musicalidade, isso basta, só isso.
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24/11/12

A vida não é só festa

        "E também como aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e construíam. Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, do céu choveu fogo e enxofre, destruindo a todos." (Lucas 17.28-29).

Temos direito à alegria, mas temo por aqueles cuja alegria está somente em comer, beber e festejar.
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Pare e obedeça!

    Então nós dizemos: "estou fazendo tudo certo, estou me esforçando, estou trabalhando, mas a bênção não vem, parece que nunca me sinto satisfeito, qual é o problema?". Deus é educado, se alguém fala, Ele se cala, se alguém faz, Ele espera. Pare de fazer a coisa errada, mesmo que ela aos seus olhos pareça a certa. Deus não faz porque nós nos esforçamos, mas porque nós o obedecemos. Pare de cavar em poços secos, não adianta insistir e ir mais para o fundo, pare e ouça a voz de Deus. Ela te orientará a cavar o poço certo, sim, você terá que fazer a sua parte, mas ela não lhe será pesada, e as águas vivas logo aparecerão, alimentando seu corpo, sua alma e seu espírito.
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23/11/12

Um caniço agitado pelo vento

       "E, quando os mensageiros de João se retiraram, Jesus começou a dizer às multidões a respeito de João: Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Pois eu vos digo que, entre os nascidos de mulher, não há outro maior que João" Lucas 7.24,28a

Um caniço agitado pelo vento, somos nós, quando Deus nos usa, mais do que isso? Um pedaço de bambu vazio, cujo som que produz nada mais é que o movimento do vento por seu interior? Esvaziados de tudo, podemos fazer algo de útil a não ser deixar que o Espírito Santo passe por nós e crie uma bela melodia?
Mesmo assim tem muita flauta querendo soprar a si mesma...

Religião, para que religião?

    Alguns a usam para fugir da culpa, participam das cerimônias e rituais com a severidade de quem toma um remédio amargo, que não se sabe bem pra que serve, mas se é remédio é pra ser tomado. Outros se apaixonam pela teoria das religiões, já que buscam respostas intelectuais, se encantam com as ideias, mas mantêm-se longe da prática. Poucos se envolvem com a prática, e desses muitos se decepcionam com a realidade dos praticantes.
Mas com tudo isso, ninguém que buscou uma experiência real com Deus, não apenas esporádica, quase que por sorte, mas experiência alcançada com meticuloso cuidado, e nem vou usar a palavra fé, já que ela é álibi para se acreditar em qualquer coisa, todo mundo que buscou uma experiência assim encontrou um Deus pessoal e que age de forma positiva na vida das pessoas.
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22/11/12

Músico, sê fiel no pouco

         “E ele lhes disse: Acompanhai-me a um lugar deserto e descansai um pouco. Porque os que iam e vinham eram muitos, e eles não tinham tempo nem para comer. Assim, eles se retiraram de barco para um lugar afastado e deserto. Todavia, muitos os viram partir e os reconheceram; e, vindo de todas as cidades, correram a pé para lá e chegaram antes deles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão dela, pois eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.” Marcos 6.31-34

Tantas vezes Jesus quis se retirar, ter uma privacidade só ou somente com os apóstolos, mas a multidão o seguia e Ele, mesmo cansado, por compaixão, ensinava as pessoas e até as alimentava fisicamente.
Então eu penso no ministério musical, quantas vezes por ser um culto com menos pessoas, e não menor por causa disso, mas por ser um evento menos frequentado na igreja, os músicos deixam de participar. O que se passa na cabeça deles? Só Deus sabe, mas sei que na minha já passou o pensamento equivocado de que eu não preciso ficar desgastando minha atuação com trabalhos pouco evidentes.
Será que Jesus agiu assim? Quando precisava compartilhar coisas importantes com os apóstolos, e esses tinham prioridade já que seriam eles que compartilhariam o Evangelho com o mundo depois que a obra redentora fosse feita, será que Jesus se sentia constrangido em ter que dar atenção à multidão?
Como ter um ministério verdadeiro sem que haja humildade? É preciso servir ao indivíduo, antes do coletivo, é precisa morrer para que Cristo viva, é preciso desaparecer, não no meio da multidão, mas entre um grupo pequeno de pessoas, para que a obra de Deus seja feita sem vaidade. Para isso não se negue a servir numa pequena congregação, só ou com companheiros de ministério, às vezes, com menos experiência musical. Celebridade, fama, dinheiro? Essas necessidades não existem no coração de um servo, elas podem até ser consequências, mas não motivações. 
Músico, sirva a Deus servindo as pessoas, sem se importar com o número delas, com a relevância do culto, já que todos os cultos são importantes pra Deus assim como todas as pessoas podem ser abençoadas, sejam no número que forem, através do seu cantar e do seu tanger de harpa.

Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; quem é injusto no pouco, também é injusto no muito.” Lucas 16.10
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21/11/12

Não é fácil pra ninguém, mas Jesus dá a paz

         Vejo gente dizendo que seu problema não pode ser resolvido, muitos, para conviverem com algo de solução complicada, mudam os valores, reinterpretam as coisas, acomodam-se à justificativa equivocada de que afinal de contas não é um problema que eles têm, apenas uma característica que pode ser administrada.
Mas será que é fácil para um viciado em drogas, em cocaína, em crack, deixar o vício? E para uma prostituta, é fácil esquecer todo um passado de vida promíscua, sentir-se limpa mesmo depois de tudo o que se fez? E para um assassino então, mesmo perdoado por Deus, ele terá que conviver com as consequências de seus atos enquanto viver nesse mundo. Nem para um fumante, é fácil deixar a nicotina, para um depressivo, os remédios e os impulsos suicidas...
Bem, não é fácil pra ninguém, e muitos, mesmo depois de perdoados e libertos, terão ainda uma vida de lutas, de resignações, de "nãos" à carne. Não, viver nesse mundo é bem difícil, portanto não se refugie no engano de que seu problema é o maior de todos, que você tem motivos pra ser o que é, que é uma vítima de tudo. Vou dizer agora aquilo que você já ouviu: se entregue pra Jesus, confie nele, muitas coisas não tem solução, mas consolo e paz isso existe para os que descansam em Deus, pode ter certeza.
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