O
desejo natural que todas as pessoas têm pelas coisas espirituais, que nos leva
a ter imaginação, a criar e viajar na ficção, assim como buscar explicações
metafísicas para vida, na natureza e no universo, é algo que só pode ser
suprido com um relacionamento verdadeiro e completo com Deus. Por que então as
pessoas preferem ciência, filosofia, esoterismos e astrologia?
Porque
esses caminhos parecem saciar esse desejo de uma forma impessoal, com relação a
Deus, é como querer conhecer a casa da pessoa enquanto a pessoa não está em
casa. Mas isso não é e não pode ser algo legítimo, honesto, já que entrar na
casa de alguém com esse alguém ausente, é crime, roubo, invasão de domicílio.
Ocorre também que os lugares mais íntimos dessa casa estão trancados à chave,
só o dono pode abrir.
Contudo,
as pessoas preferem esse caminho justamente porque é impessoal, já que a identidade
e a vontade de Deus, que podem revelar todos os mistérios sobre tudo, só podem
ser conhecidos com um relacionamento íntimo com Deus. Isso não é somente um
conhecimento intelectual, a experiência espiritual verdadeira não é assim, ela
implica em comunhão moral e afetiva, ela muda antes o espírito, depois o
coração, para então se comunicar com a mente.
Não
se pode conhecer a Deus e o mundo espiritual sem se envolver de maneira mais
profunda com ele. Não se pode simplesmente pagar por aulas particulares e
avulsas de Deus, tem que se deixar ser adotado por ele e permitir que ele seja
mais que professor, um pai.
Podem
ter certeza, ladrões de mistérios, em seus crimes, vocês têm uma visão limitada
e distorcida, daquilo que é a verdade sobre a existência, só em Deus existe
alimento para a fome espiritual que todo ser humano tem. Mas para isso o
orgulho, a arrogância, o egoísmo, a auto suficiência, têm que ser vencidos, para
que Deus se torne não somente um guru, um mestre, um guia, ou uma energia
superior que seja, mas um pai, pessoal, íntimo e absolutamente próximo: morando
dentro do coração do homem.