29/01/16

O espírito por trás das palavras

        "O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica." II Coríntios 3:6

      Por que preconceitos, intolerância e violências existem? Porque as pessoas são preguiçosas, amam obedecer cegamente a leis, gostam de se colocar como parte de um coletivo e não como indivíduos exclusivos, isso para obter proteção e conforto, contra os perigos de ser livre, contra a aventura de pensar por si  só e tomar decisões. 
        Nem tentem aliar isso a religiões, isso é algo humano, um extremo da bipolaridade da alma que tem como outro extremo o relativismo absoluto, a libertinagem sem responsabilidade, os direitos ilimitados sem deveres. Equilíbrio exige trabalho emocional e intelectual, exige separar as coisas, exige experimentar, conhecer e decidir, isso se refere a tudo, a nós mesmos, aos outros e a Deus
        Só isso libertará as pessoas de lerem suas doutrinas, sejam elas quais forem, e entenderem tudo errado, muitos, fazendo exatamente o oposto daquilo que está nas entre-linhas, que vai além da palavra, mas que é o espírito por trás de quem realmente escreveu aquilo que tantos consideram dogmas absolutos.

28/01/16

Lutas que valem a pena serem lutadas

        O segredo da vitória não é adquirir força ilimitada, mas ter consciência da fraqueza que nos limita, dessa forma evita-se embates inadequados; no final, não é melhor quem mais luta, mas quem menos perde, já que se não há confronto, não há derrota, assim é importante que escolhamos as nossas guerras e não sejamos levados a lutar em batalhas que não nos pertencem.
        Uma batalha que deve ser prioridade na vida de todo cristão, depois de seu relacionamento pessoal com Deus, é a sua família, a começar do cônjuge. Um casamento feliz, realizado, em todas as áreas, é fonte de força, é vitória contra muitas armadilhas do mundo e do inimigo, é garantia de santidade nas áreas mais íntimas do ser humano. Então, lute para ter alguém, quando conquistar esse alguém, lute para se manter sempre em comunhão e cumplicidade com esse alguém, não permitindo que orgulho crie separação que passe de um dia para o outro. Conflitos sempre existem, mas que sejam resolvidos o mais rapidamente possível.
        Depois do cônjuge, lute pelos filhos, seja sempre presente e benigno para com eles, com zelo, mas com amor, com paciência, mas com disciplina, caso seja necessária. Já ouvi crente usando uma frase que a princípio parece certa, mas que pode não ser, é a seguinte: "cuide dos negócios de Deus, que Deus cuida de seus filhos". Sim, precisamos de Deus sempre, principalmente quando não estamos fisicamente próximos aos nossos filhos, também precisamos de Deus em situações de exceções, quando o tempo é curto e a obra urge. Contudo, pais e mães, são e sempre serão o plano ideal e perfeito de Deus para cuidar de filhos, nada pode substituir isso, e quando me refiro a pais, me refiro àqueles que se colocam nessa posição com responsabilidade, não necessariamente aqueles que conceberam fisicamente as crianças.
       Quer uma guerra legítima para lutar? Primeiro, lute por Deus em sua vida pessoal, mas depois, antes de igreja ou trabalho, lute por sua esposa ou esposo, e por seus filhos, não abra mão disso por nada. Como é triste ver gente assídua nos cultos, mesmo líderes de ministérios ou até de igrejas, mas com os filhos perdidos, algo está errado nisso, e não adianta dizer que é culpa de má companhia ou de escolhas erradas dos filhos. Um fruto nunca cai longe da árvore, os filhos são sim a mostra daquilo que os pais realmente são, na intimidade, de verdade, e finalmente, do que nos adianta ganhar o mundo se perdemos quem mais importa, nossa família? 

27/01/16

Alegre por ser cristão, triste em ser evangélico

        
        Está sobrando dinheiro para manter um local com o mínimo de conforto para os cultos e para uma condição de vida digna, mas simples dos líderes? Então, pastores e igrejas evangélicas, olhem para fora, cumpram seus papeis de ajuda aos que realmente precisam, ao invés de desejarem igrejas luxuosas e enormes para enriquecimento e vaidade de líderes e para engordar cristãos ociosos que só sabem olhar para o próprio umbigo. Faço essa crítica estando no lado de dentro do povo chamado evangélico, que numa parte significativa, tanto tem envergonhado a Cristo nos últimos dias. 

26/01/16

"Senhor, dá-nos corações de carne!"

      ...infelizmente, a única coisa que muda radicalmente nossa opinião, que nos liberta de preconceitos, de legalismos burros, preguiçosos e rasos, é uma faca fria bem cravada em nossa carne, só quando dói em nós é que paramos de fazer doer nos outros... contudo, muitos andam entre nós com várias facas cravadas no peito, mas ainda assim, frios, como se nada estivesse acontecendo, cravando outras facas nos outros, esses não são mais homens, mas monstros.

      "E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne" Ezequiel 11:19

25/01/16

A unção está em você!

      Nos enganamos quando achamos que capacidades e facilidades estão nos lugares, nos relacionamentos, nas empresas, nas instituições, assim nos acomodamos; na verdade elas estão em nós, se tivermos coragem de nos mover, elas irão junto com a gente, e poderão se tornar ainda maiores e melhores, mas é claro que para isso acontecer teremos que vencer o maior de todos os medos: aquilo que ainda não conhecemos.

24/01/16

Com servos humanos aprendemos muito

          Com servos de Deus humanos, que acertam, que erram, e que sabem pedir perdão, podemos aprender muita coisa, contudo, com aqueles que nunca erram e que nunca pedem perdão, é preciso cautela, ou estão próximos a um arrebatamento a exemplo de Enoque (Gênesis 5.24), ou estão vivendo uma grande mentira.

      A todos nós que arrogamos ser espirituais, que conhecemos a Bíblia ou que temos experiências emocionas e sobrenaturais com Deus, uma pergunta: quando foi a última vez que pedimos perdão a alguém, não a Deus, em segredo, mas publicamente a alguém, de carne e osso como nós? Repetindo a conclusão, ou somos realmente espirituais ou grandessíssimos hipócritas orgulhosos. 

23/01/16

Por que fingimos tanto?


      Isso não significa andar em pecado, mas andar com aquela disposição que temos segundos depois de sermos perdoados, humildes, quando entendemos nossa condição limitada e o poder da misericórdia de Deus. Contudo, quando nos achamos perfeitos, quando paramos de pedir perdão, não só pra Deus, mas para as pessoas, adquirimos o complexo de Lúcifer, nos tornamos arrogantes, numa falsa espiritualidade doentia, que nos torna pesados. Infelizmente, os mais tentados a agirem assim são líderes, pastores, pregadores e músicos, aqueles às vezes que mais experimentaram a unção e a intimidade de Deus, montam cabanas no monte da transfiguração e querem ficar lá para sempre. Essa condição é impossível de ser vivida na carne, na carne a vida é um subir e descer do monte, escondendo-nos debaixo da rocha para ver Deus passar, mas sem nunca pode mirar sua face.