04/07/25

Aos outros o que queremos para nós

      “Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão.Lucas 6.36-37

      Às vezes alguém não trata-nos como desejamos e generalizamos, julgamos a pessoa como deselegante com todo mundo. Se nós temos dificuldade para conviver com certas pessoas, ainda que vivamos bem com a maioria, por que não seria assim também com os outros? Não é porque alguém não ama-nos como queremos que a ninguém ama, não é porque alguém não é o cristão de qualidade conosco, que é com todos. Nós não conseguimos ser bons cristãos com todos, com alguns nos incomodamos de uma maneira que parece que tudo que há de ruim é suscitado em nós, ainda que busquemos em Deus ser amorosos, pacíficos e benevolentes com todos. Entreguemos aos outros o que queremos para nós, respeito e amor.

03/07/25

Amor sem limite

      “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.João 3.16

      Precisamos dar a cada ser humano o respeito que Deus dá a todos, ainda que sejam diferentes de nós, que pensem, ajam e escolham diferentemente de nós. Isso é viver a vida com temor a Deus e humildade, sabendo que ninguém merece mais que ninguém, nem uma recompensa, nem uma disciplina, e que só cabe a Deus avaliar, recompensar e disciplinar. Quem entende isso entende a existência e o universo sob o ponto de vista espiritual. Não é fácil viver assim e muitas vezes temos como principal opositor um falso cristianismo que potencializa medo do diabo e do inferno, mas quem vive tem a paz maior e a iluminação mais alta, entende ainda que não seja entendido, está protegido em meio à guerra mais violenta, é amigo de Deus.

02/07/25

Amor tem limite?

      “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” I Coríntios 13.4-7

      Quem limita o tamanho do amor que será compartilhado é quem recebe o amor, não quem dá. Quem dá deve estar preparado para dar tudo que Deus orienta a dar, não tudo que quer dar. Muitas vezes queremos dar mais que podemos e mimamos os outros desrespeitando a nós mesmos. Outras vezes não damos o que podemos, por orgulho, medo ou carência, assim, obedeçamos o que Deus nos manda dar. Por outro lado, ainda que possamos amar muito, o outro pode não querer receber tudo isso, dessa forma cabe-nos respeitar o limite alheio. Até amor imposto, não é amor, nem Deus se impõe. Se tudo que o outro quer receber como amor é que o ouçamos calados, que seja assim, o amor espera pacientemente, mesmo um momento no futuro quando o outro nos permitirá amá-lo mais. Deus age assim conosco em grande parte do tempo. 

01/07/25

Voltando ou fugindo?

      “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céuII Coríntios 5.1-2

      Será que estamos entendendo nossa vocação espiritual mais alta? Como estamos usando nossa passagem neste mundo, para voltar ao lar, ou para fugir dele? Quem prioriza os prazeres, as vaidades e os poderes materiais, foge de casa, tentando satisfazer-se no mundo. Quem, achando-se com focos mais altos, quer cuidar do planeta e da saúde, ainda que isso tenha sua utilidade, mas idolatra a ciência, também pode estar fugindo do lar. Mas quem quer impor princípios religiosos na sociedade, de forma política, nos moldes da nação de Israel do Antigo Testamento, também foge de seu lar mais elevado. Toda fuga resiste à morte e ao juízo, já o caminho para o lar de todos os espíritos, conduz à vida eterna e a um “céu”. 

30/06/25

Aprovados ou repetentes? (4/4)

      “Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti. O ímpio tem muitas dores, mas àquele que confia no Senhor a misericórdia o cercará.Salmos 32.9-10

      Muitos enriquecem, obtêm graduações acadêmicas, recebem honra dos homens e até são tidos pelo meio cristão como religiosos de qualidade, contudo, espiritualmente são alunos repetentes ainda nas primeiras provas. Se falhamos na vocação espiritual que Deus, não nós ou os homens, nos dá, não temos vitória moral, assim podemos nos tornar falsos moralistas, hipócritas, defendendo agendas na palavra e na aparência, mas não na prática e no espírito. Na verdade muitos passarão para o outro plano arrogando o céu e não o terão. Será que nosso homem interior pode ser enganado? Não pode, se olharmos para dentro de nós sob a luz de Deus, saberemos se estamos sendo aprovados, ou se estamos só nos enganando. 

29/06/25

Sejamos aprovados! (3/4)

      “Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra.” “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.Salmos 119.67, 71 

      Podemos achar que sofremos por não conseguirmos o melhor de Deus para nós, mas não é. Sofremos por desobedecer a Deus, na desobediência nos distanciamos de Deus, não somos fortalecidos, somos presas de erros e males e como efeito sofremos. Paz não está em tentar fazer o que achamos ser o melhor, mesmo de Deus, paz está na obediência à vocação de Deus para nós. Nessa vocação aceitamos a prova principal que Deus nos dá e perseveramos para sermos aprovados nela. Nossa passagem neste mundo pode ser só um curso para sermos anjos, e Deus forma anjos para tarefas diferentes, se não somos aprovados a prova é reaplicada. Somos alunos aprovados ou repetentes, ainda que achando que estamos fazendo muito e certo? 

28/06/25

Aceite a provação de Deus (2/4)

      “Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas.I Pedro 2.19-21

      Humildes aceitarão sua provação principal mais depressa, então, poderão trabalhar para serem aprovados nela. Se a prova for receber injustiça e não reagir, poderemos ser humilhados até por nossas próprias fraquezas, até entendermos que não adianta tentarmos convencer as pessoas que somos bons, temos que nos calar e sermos bons para Deus. Como músico tenho uma prova clara, ainda que eu dê meu melhor numa performance, não devo esperar aplausos de homens, faço para Deus e se o homem reconhecer não dou a isso importância demasiada, entendi que minha prova é depender só do que Deus pensa de mim. A providência divina permite que sejamos expostos naquilo que temos mais dificuldade de ser.