segunda-feira, janeiro 09, 2012

Não tenho que ser o super-homem

        Comecei a caminhar, conscientemente, com Deus aos dezesseis anos, fiz a decisão numa reunião em uma casa de amigos, depois me batizei e me tornei membro de uma igreja batista (C.B.B.). No início desse caminho trouxe comigo várias intenções, boas com certeza, mas erradas do que era ser um cristão. Ainda tinha uma ótica da vida espiritual baseada no que eu e minha família tínhamos aprendido em outras religiões, sem qualquer orientação do Espírito Santo.
Acreditava que os problemas podiam ser resolvidos assim, como mágica, que todas as enfermidades podiam ser curadas com oração, que eu poderia alcançar a perfeição, amando a todos, negando todos os desejos carnais, vivendo exclusivamente para pregar o evangelho, uma visão romântica da religião.
Antes de Deus me ensinar o que ele queria da minha vida, ele precisou quebrar toda essa visão equivocada de uma vida excelente. Não foi fácil, por causa do orgulho e da dureza do meu coração eu achava que a visão que tinha era a certa, melhor até que a visão de Deus, queria, como se diz, ser “mais real que o rei”.
Esse jeito errado de interpretar a vida cristã me aprisionou por muitos anos, e como era impossível de ser vivido me deixou frustrado, a ponto de querer desistir de tudo. Foi somente então que comecei a perceber que Deus era misericordioso, me conhecia, melhor do que eu, sabia o que eu podia e não podia fazer, queria de mim menos até do que aquilo que eu exigia de mim mesmo.
Comecei a entender que Deus respeita os meus limites, que eu não preciso ser um super-homem, para poder viver uma vida de acordo com a vontade dele. Na verdade, abnegações nada têm a ver com deixar Deus viver através de mim. Isso realmente é um enorme engodo que nos escraviza, leve-nos ao limite para depois deixar-nos totalmente sem vontade para seguir a Deus. Se fazemos sacrifícios os fazemos por amor, em liberdade.
Não sei como você vai aceitar o que eu vou dizer, na verdade isso nem é original, mas não temos que ajudar todo o planeta, mas o próximo. Não precisamos concordar com todo o mundo, mas precisamos aceitar o fato de que existem situações sobre as quais nós não temos controle, e nem precisamos ter. A graça de Deus está justamente em usar seres frágeis como nós para fazer coisas pequenas e maravilhosas.
Muitas batalhas não precisam ser lutadas porque nunca serão ganhas. Devemos lutar as batalhas que Deus nos direciona a lutar, se agirmos assim então veremos, no final de nossas vidas, a mais importante de todas as guerras ganha, aquela que nos coloca no centro da vontade de Deus. Nesse lugar teremos uma vida útil, produtiva, feliz e que abençoa as pessoas, quais? Aquelas que Deus deseja abençoar através de nós.
Liberte-se de si mesmo, folgue-se em Deus.
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