26/07/25

O Espírito entristece-se?

      “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vósEfésios 4.30-31

      Já li o texto bíblico acima de maneiras diferentes em minha caminhada como cristão. Num primeiro momento, com a visão antropomórfica do cristianismo tradicional, achava que o Espírito Santo entristecia-se. Num segundo momento, olhando Deus como superior ao ser humano, portanto amando o tempo todo e incapaz de irar-se, vingar-se ou entristecer-se, cri que nos afastamos de Deus, mas Deus não se afasta de nós. A visão número dois ainda é a minha, contudo, hoje caminho para entender que podemos, sim, entristecer a Deus, levando-o a se afastar de nós quando nos sujamos moralmente. Entristecemos não o ser de Deus, mas seu agir, limitamos sua ação consoladora. Limpemos o templo e vigiemos, no tempo certo somos cheios de novo. 
      Quando pecamos, ainda que nos arrependamos e mudemos de atitude, temos que esperar um pouco até sentirmos novamente a presença gostosa de Deus, durante um tempo em que teremos que viver só pela fé. Esse é um preço que temos que pagar pelo pecado, e filho maduro e não mimado paga esse preço em silêncio e com humildade. Mas esse momento também é de crescimento, nos permite obedecer a Deus não pelo sentimento, mas por uma fé pura, não pelo efeito dessa fé que é uma sensação emocional prazerosa, mais física que espiritual. Tenhamos respeito, não queiramos fazer do Espírito nosso servo, que nos responde quando queremos, mas confiemos, quando damos um passo para Deus ele dá dez para nós e nos abraça. 

      “E, arrumando-se, foi para o seu pai. — Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou.” Lucas 15.20

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