17/05/13

O outro lado da moeda

        Palavras de Jesus numa ótica que não é assim tão "paz e amor" como muitos acham que é sempre o Evangelho:
"Pensais que vim trazer paz à terra? Não, eu vos digo; mas, sim, divisão. Pois daqui em diante cinco pessoas estarão divididas numa casa; três contra duas, e duas contra três; estarão divididos pai contra filho e filho contra pai; mãe contra filha e filha contra mãe; sogra contra nora e nora contra sogra." (Lucas 12.51-53).

Sim, o outro lado do Evangelho diz:
"Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." (Mateus 22.37-39).

Contudo, mesmo Bíblia, interpretada fora de contexto ou enfatizando partes isoladas pode ser heresia.
Lembro aos não cristãos, aqueles preconceituosos, e esses sim, radicais, que o texto de Lucas acima não alia ao cristianismo qualquer espécie de violência. A divisão é estabelecida através da opção de cada ser humano e ela ocorre no campo espiritual definindo a eternidade, não motiva nem legitima qualquer forma de confronto belicoso.
O Evangelho nunca é imposto, mas apresentado em paz, o livre arbítrio de cada um é sempre respeitado.
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16/05/13

Milagres, sempre?

Não tenho dúvidas que muitos pregadores, principalmente os pentecostais, não concordarão com esta reflexão. Creio em milagres, mas acredito que temos que ter cuidado com a afirmação de que Deus cura tudo, não que Deus não possa curar tudo, mas Ele não o faz. Por quê? Não sei exatamente, talvez para trabalhar na alma do homem que precisa conviver com uma enfermidade, talvez por outro motivo.
A afirmação irresponsável de que Deus cura tudo e sempre, o que por mais que certos pregadores neguem é o que fazem constantemente e o fazem porque isso enche os templos, pode fazer mais mal do que bem, já que o crente que não prova isso, pode se sentir de alguma maneira culpado ou frustrado. Culpado por achar que está em pecado, por não provar o milagre, frustrado por achar que não tem fé suficiente para provar o milagre.
A generalização, como em tudo, é burra e cômoda, já buscar em oração a vontade de Deus em cada caso e por cada pessoa em especial, custa o esforço de ser íntimo de Deus. O que Deus deseja mais, mais até do que corpos sãos e enriquecidos materialmente, do que homens que vivam em comunhão íntima com Ele? Quando isso acontece tudo o mais fica menor.
Sim, penso que as pessoas precisam ter fé no Deus do impossível, mas acredito que elas precisam muito mais é de humildade para aceitar certos limites, para conviver com dificuldades, para fazer sacrifícios e abrir mão de certas coisas. Penso que isso, mais do que qualquer coisa, representa o centro do Evangelho, centro que muitos não querem aceitar e que outros tantos não querem pregar.
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15/05/13

Mesmo a paciência de Deus tem limite, cuidado

Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta às obras que praticavas no princípio. Se não te arrependeres, logo virei contra ti e tirarei o teu candelabro do seu lugar.” (Apocalipse 2.5).

Nossas limitações, mesmo nossas fraquezas, podem ser úteis aos propósitos de Deus no sentido de que seu nome é glorificado na dependência sincera que nós humanos e frágeis, temos do Senhor.
Contudo, há limites, se nossas humanidades começarem a atrapalhar a obra de Deus, se nosso orgulho foi maior que nosso temor, se nosso eu, mesmo disfarçando-se de espiritual, mesmo que com discrição e cuidado, impedir que o melhor de Deus seja manifestado para abençoar os homens, se isso ocorrer, Deus põe a mão, dá um basta, tira a posição, anula a função, chama outro para ocupar o lugar.
Com isso se perde tempo e oportunidade, e tudo na vida pode ser resgatado, menos o tempo, o nosso tempo, o tempo do homem, do nosso corpo, de nossas forças, portanto, cuidado, ninguém é insubstituível, Deus pode fazer do abatido um rei, e do rei um sem terra, e isso num instante.
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14/05/13

Fim dos tempos: teorias da conspiração ou verdades?

A espera de Jesus para agora é ênfase de povo de Deus que busca santidade, que tem Deus como prioridade a cada instante, que lê a Bíblia e tem ciência da presteza e urgência da pregação do Evangelho, assim como certeza dos dois únicos destinos eternos para o homem.
Contudo, muitas interpretações que fazem da Bíblia, dos profetas e de Apocalipse, com relação aos acontecimentos e personagens dos últimos tempos, são erradas. Em primeiro lugar por falta de conhecimento real da coesão e integridade dos textos bíblicos, e em segundo lugar por desconhecerem as astúcias de Lúcifer.
Obviamente revelações espetaculares são úteis para líderes equivocados ou mal intencionados, que também acabam sendo usados pelo inimigo, mesmo que tenham a princípio intenção contrária. São usados porque disseminando mentiras, acabam tirando o crédito da verdade, como se diz, uma maneira de desacreditar a verdade é pô-la na boca de mentirosos.
Mas o ponto que gostaria de refletir aqui é o fato de muitos cristãos parecerem não conhecer as astúcias do inimigo. Como o diabo é chamado na Bíblia, não é de o pai da mentira? E é assim denominado porque a mentira é a principal arma dele, na verdade na maioria das vezes, pelo menos até o tempo atual, a mentira tem sido usada pelo inimigo para dar a ele um poder e um controle que ele não tem.
Sim, estamos cientes de que um grande complô está sendo preparado pelo diabo para unir os poderes desse mundo, economia, política e religião, de forma a dar a última cartada na tentativa, ou de vencer a Deus, se é que o diabo acha isso, ou de levar o máximo de pessoas possíveis para o inferno, junto com ele.
Se o diabo sabe ou não de seu final, isso não sabemos. Talvez na sua arrogância, e isso sempre ocorre com os arrogantes de serem enganados pelos seus próprios enganos, o diabo ainda considere a possibilidade de vencer os propósitos de Deus. Talvez não, e por isso ele só quer levar muita gente com ele para o seu fim de danação eterna.
Continuando o raciocínio, o diabo, como pai da mentira, antes de por em ação seu plano real, que pode estar sendo arquitetado e liderado pelas religiões esotéricas da chamada nova ordem mundial, utilizando organizações, corporações e governos, o diabo pode estar simplesmente lançando falsos alarmes, criando teorias da conspiração, boatos, as quais muitos cristãos têm dado ouvidos.
Portando, vigie, não somente com o máximo de consagração, já que pela parábola das virgens (Mateus 25.1-13) podemos interpretar que todas eram noivas, que todas eram Igreja, mas que só entraram para as bodas, junto do noivo, as que estavam com as lâmpadas cheias de azeite, portanto em posição de vigilância, santidade e unção plenas. (As outras possivelmente também estariam com o noivo mais tarde, mas depois de passar muito sofrimento, bem, essa é uma interpretação do texto.)
Contudo, cuidado povo de Deus, para não ficar dando crédito a mentiras que o próprio diabo, ou simplesmente a imaginação fértil do homem, cria, só para desacreditar o cristão, a Bíblia e os verdadeiros propósitos de Deus, vigie, mas não fique acreditando e promovendo todo tipo de teoria de conspiração e bobagem que aparecem por aí.
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13/05/13

Entenda a delicadeza do assunto...

(Aos cristãos maduros, que seguem a Bíblia e que pensam, venho aqui novamente refletir sobre a homossexualidade, assunto que tem ganhado tempo e espaço na mídia e na política de nosso país (e do mundo) nos últimos tempos.)

O que mais nos confunde sobre a homossexualidade é que sempre pensamos nela como uma relação física, contrária à normalidade da natureza, (e como machistas que ainda somos, pensamos sempre com escândalo na violência da homossexualidade masculina), contudo nunca analisamos a parte afetiva, a dificuldade que certas pessoas têm, dificuldade imensa, de se relacionar afetivamente, num patamar mais profundo e íntimo, com pessoas do mesmo sexo.
Nós não entendemos, que a mesma impossibilidade que héteros têm de se apaixonar pelos do mesmo sexo, os homoafetivos têm com os do sexo oposto. Não estou levantando bandeiras, nem indo contra a Bíblia, apenas estou dizendo que devemos pensar com mais delicadeza e seriedade no assunto.
Se você acha que nem precisa pensar mais profundamente sobre isso, ou porque já tem um posicionamento fechado a respeito ou porque isso está muito longe de sua realidade, tenha cautela, a questão pode estar mais próxima de você que você imagina, em sua família ou em um amigo.
Por outro lado, como cristão, devemos estar prontos para receber, amar e acompanhar pessoas com essa questão, e a solução pode não ser tão fácil e rápida assim como pensamos. Aliás, que dificuldades, envolvendo a complexidade humana, sejam características diferentes das rotuladas de normais, sejam vícios, sejam enfermidades, sejam embaraços sociais e matrimoniais, e entendam que não estou colocando essas questões em qualquer tipo de igualdade, apenas as estou citando como dificuldades, mas, que dificuldades humanas são fáceis de serem resolvidas?
Não, a vida não é fácil pra ninguém, mas a Bíblia ainda revela um Deus que faz o impossível por aqueles que confiam nEle de todo o coração, eu creio nisso.

Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu outro Deus além de ti, que agisse em favor daquele que nele espera.” (Isaías 64.4).
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12/05/13

Estupidez nos púlpitos

Alguns pastores evangélicos precisam ter mais cuidado com o que falam nos púlpitos e na mídia. Motivados por uma ênfase pentecostal equivocada que os obriga a pregar vitória incondicional e milagre sempre, criam inimigos, onde não existem, prometem coisas que Deus não prometeu, principalmente na área material. Isso cria nos cristãos uma mentalidade insana, frustrada e culpada, assim como mostra para o mundo um evangelho falso.
(Pouca gente quer milagre para quebrar o orgulho, libertar da ira, conseguir perdoar o inimigo, poder amar, as pessoas querem mais é dinheiro no bolso, emprego, casa própria e um bom casamento. Milagres na área afetiva, social, psicológica, revelam as próprias fraquezas, milagres materiais jogam a responsabilidade em Deus e a culpa no mundo, na inflação, na crise econômica, etc...)
Quando assisti a entrevista de Marília Gabriela com o Silas Malafaia (veja a entrevista completa no link do Youtube), é claro que fiquei feliz em ver um evangélico sendo corajoso e argumentando à altura a uma fortíssima expoente da mídia, contudo me incomodou a maneira "enfática", digamos assim, como o pastor respondeu às perguntas. Não penso que Jesus falaria daquele jeito, no final os dois pareciam iguais, mesmo que defendendo posicionamentos diferentes, já que lutavam batalhas distintas, mas com as mesmas armas.
Mesmo que eu ache errada a postura do mundo sobre homossexualidade, mesmo que eu ache injusta o movimento que quer tirar das pessoas o direito de terem opiniões diferentes, não acho que Jesus falaria como fala alguns pastores, não, Jesus não abordaria assuntos tão delicados da maneira como esses pastores abordam. O resultado é que o mundo, cujo líder real já tem naturalmente o objetivo de perseguir e de calar a Igreja, acaba criando mais dificuldades do que deveriam realmente existir, para a pregação da palavra de Deus.
Concordo com o direito, democrático, que os cristãos devem ter de falar a sua opinião sobre este ou aquele assunto, posso até concordar com o posicionamento doutrinário deste ou daquele pastor, mas não concordo com a maneira como este ou aquele líder evangélico se manifesta, sem amor, sem cuidado, com certo toque de ira e descontrole, repito, não acredito que Jesus falaria e agiria assim. Na verdade, sobre muitos assuntos polêmicos Jesus simplesmente se calou.
É isso que nós evangélicos devemos fazer, falar menos e viver mais, não adianta lutar com o mundo, a carne e o diabo, com as armas deles, que são a argumentação, a política, a imposição. O cristão verdadeiro luta com as armas da luz, que é a sabedoria única dos textos bíblicos e o poder do nome de Jesus. As almas não são salvas pela política, pela imposição, elas não são convencidas pela argumentação. A obra é feita pelo Espírito Santo e o testemunho somente pode ser dado por um viver de temor a Deus dos filhos de Deus.
Muitos evangélicos querem negar o exemplo final de uma vida piedosa que Jesus deu, não, não foi de reconhecimento público, de poder político, de vitória de argumentação, mas foi da cruz. É claro que Jesus padeceu para que nós, evangélicos, não padecêssemos, mas Ele padeceu por nossos pecados. A vida genuína de um cristão não levará a padecer por ele, isso não é possível, útil ou necessário, ela o levará a padecer pelo testemunho do Evangelho, por falar e viver o caminho de Jesus, o único caminho que pode conduzir a humanidade a Deus e à paz.
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11/05/13

A verdade sobre o cristianismo

O verdadeiro cristianismo nunca será uma religião ecumênica, da verdade relativa, da fé na fé, do todos os caminhos levam a Deus e do que importa é a sinceridade.
Se por isso tudo, quiserem rotular os cristãos de fanáticos e ignorantes, então que seja assim, contudo, e apesar de tudo, o cristianismo nunca será a religião que se impõe por violência, seja verbal ou física, e que deseja ter um poder político e econômico neste mundo.
O cristianismo genuíno sempre será a religião que prega que Jesus é o único caminho para Deus, a única salvação para os homens, mas também sempre será a religião do amor e do perdão, e por isso, sempre será perseguido pelos que se sentem culpados pelo que ele ensina.
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