Vencendo a alienação e a dor

        O principal motivo que nos conduz à alienação é a recusa em sentir dor, contudo, algumas dores só passam depois de serem experimentadas, em toda a profundidade de cada uma delas. A maior dor que existe é a que se sente na resistência de não querer sentir dor, é a dor da negação, da fuga, resistimos porque temos medo do desconhecido, ou do que imaginamos ser o desconhecido. A palavra de Deus é uma lanterna que nos conduz por todos os caminhos, nos faz vencer o medo, nos faz enfrentar a realidade, nos faz vencer a dor e nos liberta de qualquer espécie de alienação.

Deus não precisa de celebridades, mas de mim e de você

        Foi assim com o nascimento, com a vida e com a morte de Jesus, Deus não usou fama, celebridade, aprovação dos holofotes, para fazer a coisa mais importante do universo, e é assim também conosco, Deus não vai mudar o mundo com os artistas, com os famosos, com os cantores e pregadores que aparecem na mídia, Deus faz a obra mais importante silenciosamente, através das vidas tua e minha, no dia a dia, no cotidiano, através de um testemunho sincero, humano, simples, mas real de que Ele pode transformar a vida dos homens e dar uma paz que nada pode dar.

Desviados não assumidos (II)

        "Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e são muitos os que entram por ela; pois a porta é estreita, e o caminho que conduz à vida, apertado, e são poucos os que a encontram." Mateus 7.13-14

        Triste ver as pessoas se desviando do caminho, acontece aos poucos, e geralmente inicia-se com a negação de um arrependimento que o Espírito Santo pede e a pessoa não quer dar. Então, para não assumir a desobediência, mantêm-se as aparências de cristão, mas fica claro para todos, menos para o cego, que ele está nas trevas. 

        O nome de Jesus e de Deus não é mais falado, a Bíblia não é mais citada, a oração deixa de ser feita, e a adoração desaparece. No lugar disso, filosofias, literaturas e até textos de outras religiões são colocados como ensinamentos, abre-se mão de Jesus como o único caminho, alega-se um amor que não corrige e que não tem juízo como sendo o amor de Deus onde cabe toda tipo de liberalidade e liberação. 

        As igrejas cristãs legais e tradicionais, não são mais lugar para servir a Deus, antes o desviado encontra abrigo junto de outros rebeldes, alguns sob a forma de falsas igrejas. A poucos passos ele está do ecumenismo e entregue será a todo tipo de depravação, para que na perdição da carne, pelo menos o espírito seja salvo. Que não cheguemos a esse ponto, onde muitos não acharam volta, o arrebatamento está próximo, e os que mais vão sofrer são aqueles que provaram a Deus no seio da igreja, mas negaram a Cristo.
        Quanto a mim, prefiro padecer no caminho que me conduz ao caráter de Jesus, que descansar nos desvios, junto dos rebeldes e arrogantes, que não querendo chamar o pecado pelo nome, acharam pra esse outros títulos, outras explicações, para continuar em pecado, e não receber de graça a salvação, a cura e o consolo que somente Cristo pode dar. Prefiro o verdadeiro amor de Deus, que ama, mas que disciplina e julga, a esse falso amor espiritual pregado pelo diabo no mundo, que aceita tudo e que não exige santidade.

Desviados não assumidos

         "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que qualquer espada de dois gumes; penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é capaz de perceber os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão descobertas e expostas aos olhos daquele a quem deveremos prestar contas." Hebreus 4.12-13

        Filosofias, poemas, textos religiosos e de auto-ajuda, têm várias interpretações, para agradar a todo mundo e não comprometer ninguém, naquele relativismo pregado pelo diabo ao mundo e aos que se desviam por não quererem chamar o pecado pelo nome. A Bíblia, o evangelho, a palavra de Deus, tem somente uma interpretação, ela é espada, é objetiva, é direta, ninguém que com ela é confrontado sairá da mesma maneira, terá que fazer uma escolha, não poderá ficar em cima do muro.

Extremos no ministério musical

      "Farás com eles um óleo sagrado para as unções, perfume composto segundo a arte de perfumista. Este será o óleo sagrado para as unções.

Ungirás com ele a tenda da revelação, a arca do testemunho, a mesa com todos os seus utensílios, o candelabro com os seus utensílios, o altar de incenso, o altar do holocausto com todos os seus utensílios e a pia com a sua base. Assim santificarás essas coisas para que sejam santíssimas; tudo o que tocar nelas será santo. Também ungirás Arão e seus filhos, e os santificarás para me servirem como sacerdotes.

E falarás aos israelitas: Este será para mim o óleo sagrado para as unções, através de todas as vossas gerações. Não será usado para ungir o corpo de outro homem; nem fareis outro, de composição semelhante. Ele é sagrado, e será sagrado para vós. Quem vier a compor um óleo como este, ou com ele ungir um homem comum, será eliminado do seu povo."

Êxodo 30.25-33

        Sobre o texto acima, não bastava aos levitas terem chamada legítima para o  ministério, como parentes de sangue de Levi, eles também precisavam de unção, feita com um óleo precioso, único, exclusivo para essa finalidade. Assim são os músicos com chamada para ministração da adoração musical, precisam de qualificação técnica musical, talento real de música, assim como a unção do Espírito Santo, obtida com oração e vida de consagração. Agora, então, vamos para a reflexão.

        Extremos, sempre os extremos burros onde se colocam os que não querem buscar, no Espírito e com inteligência, o equilíbrio, a real vontade de Deus. Por um lado muitos dizem que se há sinceridade e unção, isso basta para que alguém ministre a adoração na igreja, isso é suficiente, sim, mas para quem presta adoração individual, pessoal, não para quem lidera a adoração para os outros. Por outro lado, contudo, muitos acham que excelência de adoração é simplesmente qualidade musical, e esse equívoco ocorre principalmente na música de coral, onde a ferramenta exige mais técnica musical de leitura de partituras. 

        Algumas pessoas pensam assim, "eu estudei a partitura, estou tocando (ou cantando, ou regendo) exatamente como ela orienta, então meu louvor é excelente". Não, técnica musical é a base para a ministração musical de louvor, seja num coral, numa banda ou num conjunto, contudo, sobre isso é necessário que a unção de Deus seja derramada, somente então música se converterá em sacrifício de louvor. Às vezes a técnica, legítima, deve ser deixada de lado, para que o Espírito Santo apareça, mas repito, ela só pode ser administrada assim quando ela existe, isso não é desculpa para querer liderar a congregação na adoração musical sem conhecimento técnico de música. 

        Principalmente no canto-coral, é preciso unção, espiritualidade, que tornará esse ministério um trabalho do corpo de Cristo, num ambiente de amor e de família, permitindo que o sobrenatural de Deus apareça e faça aquilo que técnica humana ou talento nenhum podem fazer: salvar, curar, consolar e levar as pessoas a uma comunhão com Deus. 

Antes de tudo, uma igreja é uma família, um corpo

        Ordem, decência, educação, e principalmente, quando um fala, os demais ouvem, contudo, sem tradicionalismos, liturgias ou formalidades excessivas, a igreja é antes de tudo uma família, as coisas devem ser tranquilas, amistosas, de forma que todos participem com democracia, com alegria, com liberdade. Seriedade e qualidade, sim, mas nunca como empresa ou num clima profissional frio e competitivo, afinal de contas somos um corpo, e num corpo, membros não são inimigos ou displicentes uns com os outros, mas todos interagem para um mesmo objetivo de funcionalidade e vida, obedecendo a uma só cabeça, Jesus Cristo.   

Sim e não

        Quanto há cuidado na pergunta, no respeito, no amor, um não nunca precisa ser dado como resposta, por outro lado quando se ama, e se confia, o sim é fácil; seja como for, num relacionamento inteiro, maduro, não existem mentiras, a verdade é naturalmente experimentada, sem que seja pesada para nenhum dos lados.