Extremos no ministério musical

      "Farás com eles um óleo sagrado para as unções, perfume composto segundo a arte de perfumista. Este será o óleo sagrado para as unções.

Ungirás com ele a tenda da revelação, a arca do testemunho, a mesa com todos os seus utensílios, o candelabro com os seus utensílios, o altar de incenso, o altar do holocausto com todos os seus utensílios e a pia com a sua base. Assim santificarás essas coisas para que sejam santíssimas; tudo o que tocar nelas será santo. Também ungirás Arão e seus filhos, e os santificarás para me servirem como sacerdotes.

E falarás aos israelitas: Este será para mim o óleo sagrado para as unções, através de todas as vossas gerações. Não será usado para ungir o corpo de outro homem; nem fareis outro, de composição semelhante. Ele é sagrado, e será sagrado para vós. Quem vier a compor um óleo como este, ou com ele ungir um homem comum, será eliminado do seu povo."

Êxodo 30.25-33

        Sobre o texto acima, não bastava aos levitas terem chamada legítima para o  ministério, como parentes de sangue de Levi, eles também precisavam de unção, feita com um óleo precioso, único, exclusivo para essa finalidade. Assim são os músicos com chamada para ministração da adoração musical, precisam de qualificação técnica musical, talento real de música, assim como a unção do Espírito Santo, obtida com oração e vida de consagração. Agora, então, vamos para a reflexão.

        Extremos, sempre os extremos burros onde se colocam os que não querem buscar, no Espírito e com inteligência, o equilíbrio, a real vontade de Deus. Por um lado muitos dizem que se há sinceridade e unção, isso basta para que alguém ministre a adoração na igreja, isso é suficiente, sim, mas para quem presta adoração individual, pessoal, não para quem lidera a adoração para os outros. Por outro lado, contudo, muitos acham que excelência de adoração é simplesmente qualidade musical, e esse equívoco ocorre principalmente na música de coral, onde a ferramenta exige mais técnica musical de leitura de partituras. 

        Algumas pessoas pensam assim, "eu estudei a partitura, estou tocando (ou cantando, ou regendo) exatamente como ela orienta, então meu louvor é excelente". Não, técnica musical é a base para a ministração musical de louvor, seja num coral, numa banda ou num conjunto, contudo, sobre isso é necessário que a unção de Deus seja derramada, somente então música se converterá em sacrifício de louvor. Às vezes a técnica, legítima, deve ser deixada de lado, para que o Espírito Santo apareça, mas repito, ela só pode ser administrada assim quando ela existe, isso não é desculpa para querer liderar a congregação na adoração musical sem conhecimento técnico de música. 

        Principalmente no canto-coral, é preciso unção, espiritualidade, que tornará esse ministério um trabalho do corpo de Cristo, num ambiente de amor e de família, permitindo que o sobrenatural de Deus apareça e faça aquilo que técnica humana ou talento nenhum podem fazer: salvar, curar, consolar e levar as pessoas a uma comunhão com Deus.