02/02/15

Ser feio ficou bonito

        Politicamente correto, todo mundo está certo, todos têm direito à privacidade e à liberdade, não existe bem e mal, tudo é relativo: até que ponto muitos não usam isso tudo como desculpa simplesmente para não ter nenhum posicionamento sobre as coisas? Parece até que é errado ter referências, ter opinião, ter certezas, essa pós-pós-modernidade faz o convicto parecer careta, e o vazio e perdido, ser legal. Aí as pessoas perdem a vida por bobagem, jovens morrem jovens, porque não existem limites, o amor se torna frio e sem graça, e as pessoas colocam a culpa em Deus. Culpados são seus corações cheios de culpa, que não têm humildade suficiente para assumir seus erros, mudarem de vida, e serem realmente felizes. Há de se ter coragem para se posicionar:

        "Conheço tuas obras, sei que não és frio nem quente. Antes fosses frio ou quente! Assim, porque tu és morno, e não és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca." Apocalipse 3.15-16

01/02/15

A queda de um membro, é a queda de todo o corpo

        "Se um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; e, se um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. Vós sois o corpo de Cristo e, individualmente, membros desse corpo." I Coríntios 12.26-17

        Até que ponto sofremos quando um membro da igreja sofre? Quando alguém cai em pecado, é humilhado, disciplinado, sofremos com ele? Ou olhamos com arrogância, nos achando melhores, pensando dentro de nós que tal pecador é merecedor da dor que passa, julgando, e não amando, muito menos entendendo que tal membro, mesmo na queda, é parte de nós?

        "Assim, aquele que pensa estar em pé, cuidado para que não caia." I Coríntios 10.12

31/01/15

Homoafetividade e a Igreja: mais pra você pensar

        Nossas igrejas estão realmente preparadas para receber pessoas com sexualidade diferente daquela tida por muitos como padrão bíblico?
         Nossas igrejas estão preparadas, nem digo para ter esse ou aquele posicionamento, mas para executar o que pregam sobre o assunto com amor, com respeito, com paciência? Ou simplesmente ficamos gritando dos púlpitos tradições e princípios que nos foram passados por outros homens, sem contudo, nunca ter convivido de fato com pessoas com disposições sexuais diferentes?
         Até que ponto o que pregamos é teoria somente? Até que ponto alguém bem próximo a nós, não está sofrendo calado com um sentimento, com um desejo, com uma natureza, com medo de admitir até pra si mesmo que é diferente, alguém que pode estar dentro de nossas igrejas, sinceramente buscando a Deus, ou mais, dentro de nossa casa?
        Agora serei bem objetivo: se um travesti, daqueles bem radicais, com corpo modificado por cirurgias e vestido exageradamente de mulher, entrasse em nossa igreja para assistir um culto, como agiríamos? Como trataríamos tal pessoa? Como caminharíamos com ela, caso ela quisesse segui o evangelho? Mas será que nossa igreja tem oferecido essa oportunidade, pessoas assim, têm encontrado em nosso meio amor suficiente para acharem no evangelho uma opção melhor de vida?
        Mas não precisamos ir tão longe, já existem muitas pessoas com dificuldades em sua sexualidade no meio da igreja, homens e mulheres, jovens, filhos de obreiros, de levitas, de pastores, de presbíteros e de diáconos, algumas sem nem ter consciência real da questão, outras que lutam com isso com unhas e dentes, bem intencionadas, trabalhando na obra, longe da promiscuidade, pessoas caladas e solitárias, para as quais a maioria de nós não tem qualquer preparo de amor e de evangelho para tratar, com paciência, não com soluções mágicas, rápidas e pré-concebidas. 

30/01/15

Casca grossa

Amados, não estranheis a provação que como fogo vos sobrevém, como se vos estivesse acontecendo alguma coisa estranha. Mas alegrai-vos por serdes participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também vos alegreis e exulteis na revelação da sua glória.
Se sois insultados por causa do nome de Cristo, sois abençoados, porque sobre vós repousa o Espírito da glória, o Espírito de Deus. Mas nenhum de vós sofra como homicida, ladrão, praticante do mal, ou como quem se intromete em negócios alheios. Mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; pelo contrário, glorifique a Deus com esse nome.
I Pedro 4.12-16

A vida cristã é um hospital, isso não é novidade. Apesar dos pecados serem perdoados e esquecidos, que nos dá direito à paz e às bênçãos de Deus, as feridas emocionais adquiridas na vida e nesse mundo, são curadas através de um processo que pode durar anos. Deus é médico paciencioso, cuidadoso, carinhoso, sabe onde mexer e quando mexer, ele não trata tudo de uma vez, trabalha aos poucos em nossa vida. O Senhor espera que estejamos fortes, para tratar dos assuntos mais sérios, de outra maneira não suportaríamos. Por isso às vezes nos surpreendemos quando parece que uma situação estabilizada, se transforma numa crise desproporcional, mas nesse momento devemos confiar, Deus está no controle, se fizermos a nossa parte, ele fará a dele.
Quando Deus nos trata, quando ele nos leva para o deserto, quando ele quebra o vaso, e seja lá qual for a simbologia bíblica que usemos, as quais o Espírito Santo permitiu que fossem registradas nas escrituras com tanta sabedoria, atemporais e profundas que são, é tempo de fim, de uma fase, mas de início de outra, muito melhor. Então por que a dor, o medo, um sensação terrível de algo que desconhecemos e não sabemos para onde nos levará? Porque é da natureza humana acomodar-se, nos acomodamos e nos adaptamos, assim Deus às vezes tem que balançar bastante a nossa realidade para que acordemos e cresçamos, aprendendo coisas novas, recebendo cura muitas vezes de doenças que nem sabíamos que tínhamos, e então nos tornemos homens melhores.
Todavia, existe um perigo, nesses momentos de crise, quando na verdade é um tempo onde Deus nos coloca na mesa de cirurgia para nos tratar: nós podemos dizer não a Deus, podemos nos negar a sermos tratados. Como sempre e em tudo, o Senhor sempre pede a nossa autorização, antes de mexer em nossas vidas, se não autorizarmos ele não mexe. Contudo, se Deus pede para mexer é porque o tempo urge, tem que ser nesse momento, quando a doença está mais preparada para ser tratada.
Se mesmo assim dissermos não, vai ser difícil, mas teremos que seguir a vida, teremos que sobreviver, então para resistirmos à enfermidade não sarada, criamos uma casca sobre a ferida, uma proteção errada, já que algumas feridas não podem ser escondidas, devem ser tratadas. Com essa casca conseguimos seguir em frente, mas adquirimos uma aparência feia, nos tornamos insensíveis, amargos, e nos afastamos de Deus.
Muitas pessoas, incluindo líderes, pastores, começam bem, mas um dia, Deus pede a elas permissão para tratá-las, então, elas dizem não a Deus, resultado: pessoas até então humildes, sinceras, espirituais, se tornam frias, distantes, arrogantes, e o Espírito Santo se afasta delas, elas tornam-se “cascas grossas”, pois passam a viver com soluções humanas para seus problemas, e não com  as de Deus. Quando tratamos a nós mesmos do jeito errado, com insensibilidade e displicência, trataremos os outros da mesma maneira.
É difícil, mas se Deus te levar para uma situação de tratamento, deixe-se ser curado, não resista, confie. Passe por todo o tratamento, não fuja, colocando a culpa nos homens, criando álibis para não ser tratado, a cura que você precisa, só Deus pode dar. Isso só acontece se ele te tratar do jeito dele, no tempo e no lugar que ele achar melhor, caso contrário você se tornará um coração endurecido, um rebelde, e mesmo que mantenha as aparências, o status quo, o ministério, seguirá longe de Deus, como um “casca grossa”.

Portanto, tendo um grande sumo sacerdote, Jesus, o Filho de Deus, que entrou no céu, mantenhamos com firmeza nossa declaração pública de fé. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas alguém que, à nossa semelhança, foi tentado em todas as coisas, porém sem pecado. Portanto, aproximemo-nos com confiança do trono da graça, para que recebamos misericórdia e encontremos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno.”

Hebreus 4.14-16

29/01/15

Ativo fixo

       Quanto tempo perdemos por medo de deixar a zona de conforto do costume, da tradição, da aprovação de um grupo, que pode até ter sido bom pra nós por um tempo, mas que já mostra há algum tempo que não serve mais, que está ultrapassado, que se deteriorou, e que não nos faz mais bem. É preciso coragem para mudar, de lugar, de grupo, de vida, antes que tempo demais passe e percamos a liberdade, a alegria, deixemos de ser amigos de Deus e nos tornemos ativo fixo dos homens.

28/01/15

Vencendo a alienação e a dor

        O principal motivo que nos conduz à alienação é a recusa em sentir dor, contudo, algumas dores só passam depois de serem experimentadas, em toda a profundidade de cada uma delas. A maior dor que existe é a que se sente na resistência de não querer sentir dor, é a dor da negação, da fuga, resistimos porque temos medo do desconhecido, ou do que imaginamos ser o desconhecido. A palavra de Deus é uma lanterna que nos conduz por todos os caminhos, nos faz vencer o medo, nos faz enfrentar a realidade, nos faz vencer a dor e nos liberta de qualquer espécie de alienação.

27/01/15

Deus não precisa de celebridades, mas de mim e de você

        Foi assim com o nascimento, com a vida e com a morte de Jesus, Deus não usou fama, celebridade, aprovação dos holofotes, para fazer a coisa mais importante do universo, e é assim também conosco, Deus não vai mudar o mundo com os artistas, com os famosos, com os cantores e pregadores que aparecem na mídia, Deus faz a obra mais importante silenciosamente, através das vidas tua e minha, no dia a dia, no cotidiano, através de um testemunho sincero, humano, simples, mas real de que Ele pode transformar a vida dos homens e dar uma paz que nada pode dar.