sábado, janeiro 31, 2015

Homoafetividade e a Igreja: mais pra você pensar

        Nossas igrejas estão realmente preparadas para receber pessoas com sexualidade diferente daquela tida por muitos como padrão bíblico?
         Nossas igrejas estão preparadas, nem digo para ter esse ou aquele posicionamento, mas para executar o que pregam sobre o assunto com amor, com respeito, com paciência? Ou simplesmente ficamos gritando dos púlpitos tradições e princípios que nos foram passados por outros homens, sem contudo, nunca ter convivido de fato com pessoas com disposições sexuais diferentes?
         Até que ponto o que pregamos é teoria somente? Até que ponto alguém bem próximo a nós, não está sofrendo calado com um sentimento, com um desejo, com uma natureza, com medo de admitir até pra si mesmo que é diferente, alguém que pode estar dentro de nossas igrejas, sinceramente buscando a Deus, ou mais, dentro de nossa casa?
        Agora serei bem objetivo: se um travesti, daqueles bem radicais, com corpo modificado por cirurgias e vestido exageradamente de mulher, entrasse em nossa igreja para assistir um culto, como agiríamos? Como trataríamos tal pessoa? Como caminharíamos com ela, caso ela quisesse segui o evangelho? Mas será que nossa igreja tem oferecido essa oportunidade, pessoas assim, têm encontrado em nosso meio amor suficiente para acharem no evangelho uma opção melhor de vida?
        Mas não precisamos ir tão longe, já existem muitas pessoas com dificuldades em sua sexualidade no meio da igreja, homens e mulheres, jovens, filhos de obreiros, de levitas, de pastores, de presbíteros e de diáconos, algumas sem nem ter consciência real da questão, outras que lutam com isso com unhas e dentes, bem intencionadas, trabalhando na obra, longe da promiscuidade, pessoas caladas e solitárias, para as quais a maioria de nós não tem qualquer preparo de amor e de evangelho para tratar, com paciência, não com soluções mágicas, rápidas e pré-concebidas. 

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