04/08/15

Quando não fazer é mais importante que fazer

         Você está experimentando novos problemas? Que bom, é sinal que venceu os antigos.
      Somos alunos, na escola da vida, só quando somos aprovados numa matéria é que podemos cursar uma outra. Quem vive os mesmos problemas dia após dia, é porque está sempre com DP de alguma matéria, não consegue ser aprovado, então tem que repetir e repetir a matéria. Muitas vezes, uma posição onde somos produtivos, pode, com o tempo, se tornar uma posição de conforto e de fuga, então, o mais importante não é mais aprender a viver naquela posição, mas aprender a viver sem ela.
        Na área da música das igrejas, já ouvi muita gente dizendo que sacrificaria qualquer coisa por seu ministério musical, que abriria mão de qualquer coisa pelo que faz. Mas eu pergunto, seguindo a lição que aprendemos com Abraão e Isaque, se estamos prontos para fazer qualquer coisa pela música, estamos prontos para não fazê-la? Se um ministério é tão importante assim pra nós, estaríamos prontos para deixar de faze-lo?
        Isaque era tudo para Abraão, esse, mais que ninguém, sabia da importância de um herdeiro, naquela altura da vida dele e de Sara, como parte do plano de Deus para gerar uma grandiosa e poderosa nação. Mas Deus pediu o sacrifício desse filho, algo que se pensarmos bem, é meio louco. Como a resposta de uma promessa que Deus mesmo fez pode ser anulada por Deus?
        Na verdade, "Isaques" não são o que mais importam, como Deus deu um, poderia dar outro. O que mais importa pra Deus é o nosso coração, confiante, obediente, sempre, em qualquer situação, seja na presença ou na ausência, principalmente daquilo que mais prezamos nesta vida.

03/08/15

Pense a respeito...

        Talvez as coisas não tenham realmente dado certo em sua vida até agora, porque na verdade você até este momento não obedeceu a Deus, nem digo que você está explicitamente na carne, em pecado, longe do Senhor e da sua Igreja, você até pode estar sendo uma boa pessoa, ativo na obra de Deus, esforçando-se para ser bênção, contudo, em desobediência a Deus.
        Até que ponto tudo o que você tem feito é o que Deus quer de você? Até que ponto tuas lutas, fazem parte de uma legítima batalha de Deus? Deus realmente mandou que você fizesse o que está fazendo? Será que fazendo menos, não seria somente o que o Senhor deseja de você? Será que você não está fazendo tantas coisas por insegurança, para auto-afirmação, para provar para Deus, para as pessoas, para si mesmo, que você tem valor? 
        Teu valor maior não está no que você faz, mas no que você é, pense a respeito...

02/08/15

Cresça e pare de ser exceção

        O extraordinário, o sobrenatural, o milagroso, são para a exceção, para as crianças e mesmo para os loucos inocentes. No dia a dia de maduros e sãos, os frutos são colhidos através de empenho, de estudo, de trabalho, é o humano se tornando divino, são as habilidades e a saúde que foram dadas gratuitamente, sendo exercidas com sinceridade e humildade, vencendo limites, assumindo impotências, e acima de tudo, reconhecendo que sem Deus nada somos. 
        Creia, mas cresça, faça sua parte, isso sim é agradar ao Senhor, é ser muitos mais que neófilos, é descobrir a maravilhosa criação de Deus na mente, na alma e no corpo do homem, a imagem do criador, como também é experimentar o novo nascimento do espírito em Cristo, através do Espírito Santo. Não que Deus não possa, não queira e não faça milagres todo o tempo, mas o pai sabe que seus filhos podem ser salvos, limpos e curados para darem um testemunho completo neste universo, à semelhança de Jesus quando encarnado.
        Com todo o poder do pai e em toda a obediência do filho, Jesus não foi livrado do maior e mais solitário dos sofrimentos, antes teve que obedecer e provar até o final a vontade maior de Deus, morrendo na cruz, para que o plano do Senhor fosse cumprido e eu e você fossemos salvos.

01/08/15

O que você mais quer de Deus?

        Vejo pessoas diferentes, buscando coisas diferentes em igrejas cristãs diferentes, aqui não vai qualquer julgamento de valor, nem qualquer espécie de critério de avaliação de melhores e piores, Deus sabe de cada um. Eu, contudo, que nestes quarenta anos de convivência com a Igreja de Cristo, já vivi uns quinze anos no chamado meio tradicional protestante, e mais quinze anos no meio evangélico pentecostal, para dar títulos às coisas e algumas referências, com certeza dúbias e equivocadas para muitos, mas nessa história, Deus me deu oportunidade de provar a plenitude do Espírito Santo, quando o contexto chamava isso de batismo no Espírito Santo, e de experimentar o batismo no Espírito Santo, quando o contexto chamava isso de plenitude do Espírito Santo. Conheci todas as promessas que denominações e pregadores distintos, todos convictos de legitimidade divina, fazem às pessoas, querendo ver crescer suas greis.
        Mesmo que muitos apelos não tocassem meu coração, não atingissem minha maior necessidade, ainda assim apoiei ministérios, intercedi diante de Deus pelos pequeninos que chegavam à frente dos templos, necessitados e ansiosos por uma resposta as suas necessidades. Contudo, o que entendi, há uns vinte e cinco anos atrás, com trinta anos de idade, numa virada que realmente deu início a minha vida adulta, foi que o que eu mais queria de Deus seria uma vida coerente, um andar com somente uma cara, sem medo ou vergonha de assumir isso diante de seja lá quem for, isso é o que busco até hoje, coerência, bem, numa busca assim, algumas coisas precisam ser entendidas.
        A primeira delas é aceitar em absoluta paz os limites individuais, e entender que não temos que ser iguais a ninguém, não precisamos ser super-homens e nem conseguiremos vencer tudo e amar a todos. Outra coisa é dar prioridade para o Deus de nossa intimidade, que muitas vezes é diferente do "Deus" coletivo, pregado e vivido por outros, pra isso não podemos sair inventando coisas, desculpas para sermos rebeldes e carnais, mas é preciso buscar, de todo coração ao Senhor, conhecer a vontade do Senhor e então obedecê-lo. Obtendo consciência do que somos e de quem é Deus, algo que na verdade nunca conseguiremos de fato em sua totalidade, mas tendo pelo menos algum fundamento disso, vemos que a vida não é uma linha reta em acensão, não de acordo com a visão humana.
        Conquistamos, perdemos, conquistamos novamente, novamente perdemos, desistimos, paramos, tornamos a andar, mudamos de opinião, voltamos a pensar como no início, desistimos de tudo radicalmente, nos levantamos e começamos de novo, corremos, caímos, paramos e paramos, e enfim, bem no fim, tornamos a caminhar, devagar, com muito mais cuidado, com outras atitudes, outras palavras, em outros lugares. Muitos desistirão de nós, não nos entenderão e nem nos apoiarão, mas nesses momentos conheceremos mais a nós mesmos e a Deus, e acreditaremos mais ainda no Senhor.
        Finalmente acharemos alguma coerência, alguma paz, não nos milagres materiais que tantos na Igreja evangélica contemporânea buscam, nem na utopia de um homem espiritual totalmente separado do mundo e ama todos sem limites, como muitos acham, mas numa humilde disposição, num fazer pouco, mas o suficiente, numa obediência real ao plano de Deus para as nossas vidas. Talvez, esse momento único de coerência chegue na velhice, dure pouco, mas será tudo o que Deus quer de nós, será aquilo para o qual Ele nos preparou durante toda a vida, será um milésimo de segundo da eternidade quando conseguiremos vislumbrar, mesmo que atrás da rocha, como Moisés se escondeu, a face santíssima e maravilhosa do altíssimo.

31/07/15

Vencendo os medos do passado

        Avançamos na vida, pisamos o futuro, mudamos e melhoramos, só para conquistarmos aquilo que sempre fomos, o maior bem que o tempo nos dá é podermos conviver com o nosso passado de forma tranquila. No final, não existe tempo, tudo é a mesma coisa, é o medo que separa as coisas, que cria fronteiras, que nos parte em pedaços e nos limita, o medo de nós mesmos, que insistimos em projetar nos outros. Quando ele é vencido tudo fica igual, fácil, nivelado, vertical e horizontal se transformam em referências únicas, então, não envelhecemos mais, nem retrocedemos, nos libertamos da carne e viramos espíritos, leves, simples e eternos, sem vaidades, sem reservas, sem morte.

        (É claro que isso só é possível com Cristo, em Cristo e para Cristo).

30/07/15

Faça a escolha certa a tempo

        A vida nos mostra o melhor caminho, a princípio junto de várias opções, com o tempo, as opções vão diminuindo, mas o melhor caminho continua lá, para que nós o escolhamos, até que um dia, se não fizermos a escolha certa antes, só o melhor caminho passa a existir, contudo, aí já não é mais escolha, torna-se obrigação, então, ou fazemos a coisa certa ou nos perdemos num loop infinito de erros iguais, esse loop é a melhor definição de inferno nesta existência.

29/07/15

Deus procura os verdadeiros adoradores

        "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." João 4:23

        Vivemos um momento na Igreja onde música é muito importante, bem, pelo menos nas igrejas locais que estão ligadas com o mover do Espírito Santo, essa relevância tem sido vivida. Contudo, em meio a tanta musicalidade, no meio de tantos cantores e instrumentistas de qualidade, com tantas músicas e letras boas, legítimas, que têm sido ferramentas para entregar a Deus uma adoração verdadeira e bela, ainda existe muito engano, muita vaidade, muita imaturidade.
        Sonho com o dia em que os adoradores, e aqui não me refiro aos cristãos de maneira geral, aos filhos de Deus, mas àqueles com chamada específica para ministração da adoração, aqueles com talento e com unção, sonho com um dia onde todo equívoco, medo e mesmo, preguiça, serão deixados de lado, e a adoração acontecerá livremente, em todas as situações, e com o todo coração. Não somente no culto de domingo à noite, com a igreja está cheia, com a banda inteira, com as músicas ensaiadas com perfeição, mas também nos lares, nos cultos menos frequentados, eu sonho ver nessas ocasiões e lugares uma adoração avivada, renovada, cheia do Espírito Santo.
        Como é triste ver que muitos que se expressam com tanta eloquência nos cultos chamados de mais importantes, mais cheios e com a presença dos líderes, se anulam num culto de terça-fera com a presença de trinta irmãos, sem o auxílio do melhor instrumental. Eu sigo, pela misericórdia de Deus, levando minha filha também a esses chamados cultos menores, mas junto dela, minha companheira de ministério musical, adorando a Deus com o nosso melhor, não para aparecermos, nem porque somos melhores, mas como sacrifício de louvor ao único que é digno de toda a adoração.