11/10/15

Pelo direito de fazer a coisa certa

        Estamos chegando a um ponto nesse mundo, que não poderemos mais sequer ensinar nossos filhos sobre o que é errado, já que isso pode ter uma conotação de preconceito contra aqueles que fazem o errado. Isso não é opinião da maioria, contudo, o governo, a mídia e outros poderes desse mundo, estão querendo impor isso como se fosse.
        É momento de se levantarem homens e mulheres de bem, que acreditam, sim, em referências de certo e de errado, e lutarem, sem violência de qualquer espécie, pelo direito democrático de dizer, pensar, fazer e principalmente, ensinar, crianças e jovens, sobre o que é certo e o que é errado, senão, por lei, todos terão direito de fazer o errado, mas serão punidos, caso façam o certo.

07/10/15

Não pule fases: seja curado antes de tentar curar os outros

        Ouvimos muito nos púlpitos que é preciso abrir mão de nós mesmos, amarmos menos o ego e mais a Deus, contudo, algumas coisas precisam ser entendidas para que esse princípio possa ser vivido com eficiência. 
        Em primeiro lugar é importante que se entenda que quem não se respeita, não se ama, nunca amará o outro ou a Deus de maneira correta. Quem tem uma visão distorcida de si mesmo, que se machuca para valorizar o outro, em algum momento também acabará machucando o outro, já que a visão distorcida é a mesma, seja olhando para dentro ou para fora. Por outro lado, para entregar alguma coisa, é preciso antes ter tal coisa, ninguém pode dar o que não tem, e quanto mais se tem, se pode entregar, sendo assim, maior e mais verdadeiro será o sacrifício. 
        Esse processo é o natural e sadio que acontece com os seres humanos na trajetória por este mundo, na infância temos uma visão não clara da realidade, dos outros e de nós mesmos, contudo, esse é o momento pra isso e nesse momento temos, pais e outros cuidadores, adultos, que nos protegem. Contudo, na adolescência e início da juventude começamos a ver as coisas como elas realmente são, e se tivermos maturidade, aprenderemos a conviver de maneira sadia com isso. Então, quando nos casamos, aprendemos a conviver com o outro, a nos entregarmos pelo outro, a abrirmos mão de nós mesmos pelo outro, a princípio pelos cônjuges, depois, pelos filhos. 
        Assim também é na vida espiritual, só pode entregar quem sabe o que está entregando, o Espírito Santo é pai, é consolador, é ensinador, o suficiente, para nos encaminhar nesse processo. Primeiro ele nos ensina sobre nós mesmos, sobre nos amar e nos respeitar, e depois, quando crescemos espiritualmente, ele nos inclina a sermos homens que podem se dar pelos outros, em prol dos outros, no genuíno e maravilhoso espírito de servo. 
        O grande problema, contudo, é quando tentamos pular fases, querendo servir e ser obreiros, sem antes alcançar a maturidade. Acabaremos dando aos outros e a Deus equívocos, dons pela metade, e como toda entrega errada, um dia será pedida de volta, já que não teremos maturidade para entregar e realmente deixar, seja com o próximo, ou no altar de Deus. É preciso se conhecer, crescer, para entregar, para saber o que entregar, e entregar de maneira que realmente vá glorificar a Deus, e não a nós mesmos. Portanto, não pule fases, deixa Deus trabalhar em sua vida, não tente ser o que você não é, vá com calma, que seja pouco, mas que seja sincero, de todo o coração, mesmo porque Deus não se importa com quantidade, mas com qualidade em sinceridade.

06/10/15

Limites são necessários...

        O ser humano gosta de cercas, deste que sejam baixas para que possam ser puladas de vez em quando, ou que pelo menos não atrapalhem a visão do resto de tudo. Então, ponha alguns limites, pelo menos, a liberdade absoluta é uma utopia, mas ela precisa ser ao menos ilusória para que possa ser sonhada.
    Contudo, talvez as cercas sejam necessárias, não para que nós não saíamos, mas para que outros, despreparados, não entrem. Nosso coração não pode ser assim um "mundão véio sem portera", "casa da mãe joana", nós nunca estaremos preparados para isso, não neste mundo, nunca poderemos prever tudo o que existe, todas as curiosidades, todas as inseguranças, todas as maldades, outras liberdades podem se chocar com as nossas.
        Assim, cerque-se sim, proteja-se, e vá aumentando seus limites aos poucos, com cuidado para não invadir limites dos outros, e com sabedoria para não tentar se apossar de limites que você não tem capacidade de administrar. Talvez a vida seja bem isso, um aprender a gerenciar espaços, na realidade de um mundo ilusório, irreal, falso, sombra do mundo verdadeiro que em Cristo e por meio do Espírito Santo experimentaremos com Deus na eternidade.
        Todavia, próximo dos sessenta anos, percebo que meus limites não têm aumentado, mas têm diminuído. Quando crianças, nos achamos centros do universo, isso vai até a adolescência de alguma maneira. Na maturidade diminuímos o cercado, mas crentes que poderemos aumentá-lo, com trabalho, estudo, esforço, e é nesse momento quando mais nos iludimos com a liberdade. Contudo, na velhice, nos contentamos com pouco, não por abnegação, não por masoquismo, mas simplesmente porque pouco já é o suficiente.