Felicidade aparece

      “Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.” Salmos 128.2-4

      Felicidade, quando verdadeira, não pode ser fingida ou escondida, aparece forte e naturalmente. Pela misericórdia de Deus tenho experimentado a felicidade nos últimos anos, não foi fácil, não permiti que fosse, mas hoje ela é real para mim. Sua principal evidência é a família que construí com uma esposa maravilhosa, duas filhas que dão orgulho a todos. Como Deus pode, com o casamento certo, nos limpar e nos curar, onde há, não conveniências sociais ou intenções egoístas, mas caráter e trabalho. Me converti a Jesus aos dezesseis anos, mas nasci de novo aos quarenta, quando achei minha amada. Deus é bom, guarda os sinceros deles mesmos, erramos, mas não tanto que não possamos nos consertar e sermos de fato felizes. 

O Senhor luta por nós

      “O Senhor pelejará por vós, e vos calareis.” Êxodo14:14

      Como é bom ler um versículo como o acima quando as forças nos faltam. Aquele que teme a Deus sempre depende dele, mesmo que tenha forças para desempenhar um trabalho grande e de qualidade, mas o humilde será ajudado pelo Senhor quando estiver totalmente desprovido de energia, mesmo de fé. E fé tem tamanho? Basta confiarmos em Deus e querermos fazer a sua vontade que o Senhor agirá a nosso favor, muitas vezes aos nossos olhos de forma milagrosa e espantosa. Se as forças são poucas, não gaste-as murmurando ou querendo desistir, se Deus mandou, vá, mas descanse nele. O que nos faz crescer não são nossas capacidades, mas nossos limites, à medida que focamos no Altíssimo e seguimos em frente. 

Alimentemos o coração

      “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens. E, chamando a si a multidão, disse-lhes: Ouvi, e entendei: o que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.” “Mas, o que sai da boca, procede do coração, e isso contamina o homem.” Mateus 15.8-11, 18

      Como sofremos com coisas menores, como corremos atrás de ilusões, como valorizamos bobagens, como baseamos a felicidade em coisas vãs, como passamos a maior parte de nossas vidas inventando mentiras e dando a elas valor. Jovens, todo o prazer rápido e diferente que vocês querem provar dia após dia, não preencherá vossos corações, ao contrário, os deixará mais vazios. Na arrogância não adquirimos alimento, aumentamos a fome, só na velhice entendemos que se tivéssemos nos contentado com menos, menos bastaria para nos satisfazer. A palavra de Deus é simples, não é preciso ciência para entendê-la, mas ela é suficiente para os humildes, alimenta o coração, o interior, o espírito, com satisfação eterna. 

O que será o céu?

      “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.” I Coríntios 2.9-10

      Para muitos cristãos o céu será lugar de eterno descanso e louvor a Deus, onde não haverá sofrimento e trabalho, mas o céu também poderá ser lugar diferente para pessoas diferentes, como poderá ser o inferno. Assim se faz necessária outra pergunta: indiferente do que diz tua religião, sinceramente, que céu você acha merecer ter? Não me acho merecedor do céu mais alto com Deus, sou orgulhoso, egoísta e impuro demais, mas confio em Deus o suficiente para crer que não terei o inferno mais baixo. Penso que terei na eternidade um tempo de fortalecimento e consolo, quando verei que toda minha perseverança para ser um ser humano de bem tem recompensa justa de paz e luz. Penso que o céu será muito melhor que hoje acho que será.

O que será o inferno?

      “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.” I Coríntios 3.13-15

      Para muitos cristãos o inferno será um lago de fogo onde não salvos serão torturados para sempre. Mas até que ponto essa visão de um homem antigo é a mais certa para nós hoje, com o nível de evolução moral, social, intelectual e espiritual que temos da existência? Vou compartilhar meu ponto de vista, esteja à vontade para concordar ou não. Para os que não tiveram paciência para buscar a Deus e amar o próximo, o inferno poderá ser ficar em stand-by até ser quebrantado, aprender a ser paciente e buscar a prioridade da existência. Ao arrogante o inferno poderá ser ser submetido àquele que humilhou e que o suportou com humildade. Ao que achou que ciência explica tudo, o inferno poderá ser ter que crer sem entender nada. 

Façamos e creiamos (4/4)

      “Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.” “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.” Tiago 2.24, 26

      Faça mas creia, creia mas faça. Não ache que pode ter e ser por fazer muito. Se agir assim e tiver algum temor a Deus pode ter que perder todas as tuas energias e oportunidades para aprender que sem Deus nada é ou tem. Se não temer a Deus poderá acabar a vida sozinho e amargo, ainda que próspero materialmente. Mas também não pense que basta crer, até poderá ser abençoado, Deus ouve a todos, mas não sempre se insistir em crer errado. Crer errado é ter fé na fé, não num Deus vivo que deseja antes de tudo se relacionar com o ser humano para ensiná-lo a praticar virtudes morais. “Mas fé não é uma virtude?” É, porém não deve ser fim em si mesmo, mas porta para outras virtudes, deve conduzir a santidade, amor, humildade e justiça. 

Achemos equilíbrio (3/4)

      “E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol. Então passei a contemplar a sabedoria, e a loucura e a estultícia. Pois que fará o homem que seguir ao rei? O mesmo que outros já fizeram. Então vi eu que a sabedoria é mais excelente do que a estultícia, quanto a luz é mais excelente do que as trevas.” Eclesiastes 2.11-13

      Matéria e espírito, ciência e religião, obras e fé, a melhor eternidade de Deus construímos em nossos homens interiores ainda neste mundo à medida que praticamos o equilíbrio entre valores passageiros e eternos. “Mas não é melhor vivermos o extremo espiritual?”, pode-se questionar. Eis um equívoco que pode-se cometer, achar que agradar a Deus é desprezar o corpo, a ciência, e focar na fé e na religião, isso não está correto. O desafio que Deus nos vocaciona para vencer neste mundo é harmonizar o passageiro com o eterno, só no equilíbrio achamos humildade, nos extremos, seja ele qual for, há arrogância e insanidade. Assim construímos o céu em nós, mas administramos certo o planeta e a sociedade fora de nós.