20/11/12

Não fique fora de uma igreja!

          Deus não usa porque é perfeito, mas porque Ele quer usar, e porque, muitas vezes, não tem outra opção. Quem conhece um pouco de história sabe da inquisição, da contra-reforma, e de todo o mal que esses acontecimentos da Igreja Católica fizeram aos homens, aos cristãos, à liberdade. Quem lê jornal e vê televisão também sabe de homens que se dizem pastores evangélicos e que agem como lobos, priorizando dinheiro e poder desse mundo.

Mas assim como não podemos desprezar 1.200 anos em que a Igreja Romana era a representante oficial do cristianismo na terra, também não podemos menosprezar tudo o que o protestantismo das igrejas evangélicas fez nesses 400 anos ensinando que o cristianismo genuíno é aquele pregado por Jesus e pelos apóstolos, onde não há necessidade de acréscimos de doutrinas, seja por decretos ou tradições, ou de outros mediadores, além de Cristo.

Seja como for, a Bíblia diz que o Evangelho será pregado a toda a criatura, e só então começará o "fim", portando ninguém poderá usar a desculpa de que ninguém lhe falou de Jesus. Não fique fora de uma igreja cristã verdadeira, um soldado solitário nada pode, você tem centenas de pessoas que pensam como você e que podem ajudá-lo em uma causa que não é dos homens, mas de Deus.
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19/11/12

Síndrome de super-herói

        Respeito a chamada individual de cada um, temo, porém, ministérios tipo "paladino solitário", que se manifestam de duas maneiras: primeiramente trabalhando ministerialmente paralelo à igreja, sem que esse caminho ministerial esteja dentro de uma igreja, sujeito a um pastor. Isso pode levar a pessoa a uma "independência" perigosa, além de desconsiderar um sistema, que é a igreja local, pronto para receber, curar e alimentar os frutos de qualquer ministério.

A outra maneira é ter um ministério ligado à igreja, contudo numa disposição de "estou fazendo pra Deus e não preciso dar satisfação a ninguém". Ambos os jeitos prejudicam o único objetivo de qualquer ministério: o indivíduo. Suas necessidades não são levadas em conta, mas somente a vaidade de quem quer trabalhar, sim, mas sem estar sujeito à autoridade.

Bem, como eu disse no início, respeito a chamada de cada um, contudo essa é minha opinião, em minha área, a música, vejo a necessidade que temos de pessoas talentosas e chamadas, que por um motivo ou por outro seguem em "carreira solo" colocando-se distantes da visão da igreja local, debilitando-a, para essas só o tempo ensinará que esse não é o melhor caminho.

Se você tem um ministério independente da igreja, não me leve a mal, mas considere os prós e contras de sua visão, e acima de tudo avalie-se pelos frutos, que não são aplausos, mas vidas salvas, tenho certeza de que se Deus está a sua frente você está seguro do que está fazendo.
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18/11/12

Santidade: ferramenta limpa para uso de Jesus

      Santidade não é lugar pra se chegar, não pode ser um objetivo em si mesmo, solitário, aparentemente espiritual, mas que honra o que a tem, assim como acontece em muitas religiões, principalmente orientais. No verdadeiro cristianismo, santidade é condição que se experimenta à medida que se caminha com Jesus e que se faz a vontade dele. Santidade nos prepara para trabalhar para Deus, para servi-lo melhor, é disposição da ferramenta para que funcione com eficácia. O que adianta um martelo novo e limpo, com o cabo de madeira envernizada e com a ponta de metal brilhando, mas guardado em uma gaveta, trancafiado, sem uso? Com o tempo ele envelhecerá, poderá enferrujar-se, sozinho e inútil. É Jesus quem dá sentido a tudo, dele, nele e para ele.

Pedis e não recebeis, porque pedis de modo errado, só para gastardes em vossos prazeres.” (Tiago 4.3), sim, mesmo santidade pode ser desejo de coração vaidoso, que quer essa virtude para impor-se de alguma maneira.
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17/11/12

Um jumentinho amarrado, que ninguém montou

   “Quando se aproximavam de Jerusalém, Betfagé e Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois de seus discípulos e disse-lhes: Ide ao povoado que está adiante de vós, e logo que ali entrardes encontrareis um jumentinho amarrado, em que ninguém ainda montou. Soltai-o e trazei-o. E se alguém vos perguntar: Por que fazeis isso? Respondei: O Senhor precisa dele, e logo o mandará de volta para cá.
Eles foram e acharam o jumentinho amarrado a um portão, do lado de fora na rua, e o desamarraram. E alguns dos que ali estavam lhes perguntaram: Que fazeis, soltando o jumentinho? Eles responderam como Jesus lhes havia mandado; e deixaram que o levassem.
Então levaram o jumentinho a Jesus, lançaram sobre ele seus mantos, e Jesus o montou.
Muitos também estenderam seus mantos pelo caminho, e outros, ramos que haviam cortado nos campos. E tanto os que iam à frente dele como os que o seguiam, exclamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana nas alturas!
Jesus entrou em Jerusalém e foi ao templo. Tendo observado tudo em redor, como já era tarde, foi para Betânia com os Doze.” 
Marcos 11.1-11


Você está buscando uma bênção? Saiba que Deus a tem pra você, mas não é qualquer bênção, metade da solução, uma parte da cura, ele a tem inteira, na melhor forma, no tempo perfeito.
Jesus procurou manter-se incógnito, o quanto isso era possível, durante quase toda a sua trajetória pela terra. Orientava os curados a não fazer propaganda da bênção. Procurava manter-se distante das multidões, como já disse, naquilo que era possível.
Contudo, o momento do texto acima era crucial, ele estava entrando em Jerusalém, lá o centro da obra que ele realizou ocorreria. Dessa vez ele deixou-se ser conhecido, mesmo que as pessoas não entendessem sua missão. Elas ainda o viam como o libertador físico, político e militar, à semelhança do rei Davi, que estava vindo para livrar os judeus da opressão romana.
Para esse momento ele precisava de um meio de transporte, e é aí que nossa reflexão chega ao ponto, o meio de transporte que ele escolheu simbolizava toda a obra redentora que ele fez: uma cria de jumento, que ainda não tinha sido montada.
Qual o trabalho que os discípulos tiveram para achar o jumento? Praticamente nenhum, eles tiveram apenas que obedecer a Jesus, o jumento estava amarrado, esperando para ser levado, e aos que questionaram por que eles o estavam levando, bastou responder: o Senhor, ou o mestre, precisa dele. Simples assim e o jumento foi levado.
Era um jumento, não um cavalo, não um animal atrelado a uma carruagem, um simples jumento, isso mostra a humildade de Jesus. Contudo, não deveria ser qualquer jumento, era pra ser um jumento novo, que ninguém ainda havia montado. Isso mostra santidade, limpeza, purificação, uma montaria “virgem”, e acima de tudo a realeza de Jesus, era costume que para uso real ou sagrado o animal fosse assim. Humildade e santidade, essas são as características principais que esse rei tem, não a pompa de um imperador, nem com os armamentos de um legionário, mas com a simplicidade de alguém que é escolhido por Deus.
É essa a bênção que Jesus tem pra você: um jumentinho amarrado, que ninguém ainda montou. Significa que o que o Senhor tem pra você é só pra você, exclusivo, especial, a bênção não será roubada de ninguém, não será tirada à força, você não precisará usar de qualquer tipo de violência para se apossar dela. Mas ela estará lá, amarrada, pronta pra você, isso quando você chegar à Jerusalém, quando chegar ao lugar e no tempo certo. Até então, ande com humildade, seja discreto, espere em silêncio.
Mesmo depois que você estiver de posse da bênção também deverá caminhar em humildade e em santidade, sem esnobar-se por ter tido sua oração respondida. Contudo, sua felicidade será completa, mesmo que os outros não a entendam, e as pessoas não entendem mesmo a bênção de Deus, você terá a certeza de que está no lugar certo, do jeito certo, pleno da posse da bênção de Deus.
A bênção de Deus é isso, um jumentinho que ninguém nunca montou, pode parecer pequena e humilde, mas é aquilo que Deus tem pra você, é separada, é limpa, exclusivamente sua e tenha certeza, será o suficiente.
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16/11/12

Quem segue a Jesus tem um testemunho real

    Quero enfatizar isso, já que é um engano que eu cometo. Às vezes frequentando uma igreja, gente como eu, que presunçosamente acha que já viu de tudo nessa vida, que já sabe tudo, julga as pessoas. Pensamos: "pessoas limitadas, sem programa, estão aqui por mera religiosidade". Mas nesse último culto que participei, novamente Deus revelou a alma de um de seus pequeninos, mais uma vez vi que dentro de um coração, às vezes discreto e simples, existe um tesouro de Deus guardado. Não duvidemos, existe muita gente com experiências reais com Jesus, que foram difíceis de serem vividas, mas que depois trouxeram alegria e vitória. Existe muita gente provando a realidade que é a presença de Deus. E quanto a nós, temos experimentado isso? De verdade? Ou seguimos distantes, enxergando Jesus, mas de longe, desconfiados, amargos...
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Sobre quem estão os holofotes?

      “É necessário que ele cresça e eu diminua.” João 3.30

Até que ponto nossa visão de trabalho, de ministério, para Deus, é realmente aprovada por Deus? Até que ponto o fazemos por obediência e não por vaidade? Até que ponto estamos quebrantados de forma que Deus realmente esteja sendo glorificado e compartilhado através de nossos ministérios? Em especial, faço essa exortação aos músicos, instrumentistas e cantores, da igreja. Até que ponto você está fazendo o que Deus quer e não o que você quer? Sabe como você pode saber isso? Através dos frutos, seu ministério realmente tem dado frutos, e frutos que permanecem? Também aos músicos, frutos não são aplausos...
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15/11/12

"Deus meu, por que me desamparaste?"

    “E à hora nona, Jesus exclamou em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactani?, que traduzido é: Deus meu! Deus meu! Por que me desamparaste?” (Marcos 15.34).

Não, Jesus não reclamou, não aliou a Deus qualquer injustiça, naquele momento Ele apenas constatou o fato, que fato? Que Deus o tinha desamparado, isso era errado? Não, aquela foi a maneira que havia para Deus salvar todos os homens, desamparar seu filho. Jesus sabia muito bem disso, conhecia sua missão desde o princípio, muitos que ele abençoou, Ele sabia que no final o trairiam, o desamparariam. Quantos de nós podemos suportar isso, passar pela provação, pelo abandono temporário de Deus, crentes de que Deus está fazendo o melhor, de que Ele tem um propósito com esse desamparo. Nenhum de nós, todavia, poderia passar por um desamparo do tamanho que Jesus passou, com tanta dor física, tanta humilhação psicológica, suportando tanta blasfêmia, tanto insulto. Mas Jesus passou isso por todos nós.
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