27/11/12

Tem certeza?

    Agradecer a Deus por tudo, reconhecê-lo no caminho e nas pessoas, não é necessariamente ter uma vida de comunhão verdadeira com Deus. Os homens de maneira geral, por religiosidade ou por algum tipo de misticismo, também o fazem. Você tem certeza que sua vida está no centro da vontade de Deus? Tem certeza que está agradando a Deus com sua devoção? Tem certeza que está pronto para enfrentar a eternidade? Por nos amar, o Espírito Santo está sempre nos exortando sobre a seriedade das escolhas que fazemos nessa existência.
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O mais perdoado é o mais grato

    “Certa vez, um dos fariseus convidou Jesus para comer com ele; Jesus, então, entrando na casa do fariseu, sentou-se à mesa.
E havia uma mulher pecadora na cidade. Quando soube que Jesus estava à mesa na casa do fariseu, ela trouxe um vaso de alabastro com perfume;
e pondo-se atrás dele e chorando aos seus pés, começou a molhar-lhe os pés com as lágrimas e a enxugá-los com os cabelos;* e beijava-lhe os pés e derramava o perfume sobre eles.
Mas, ao ver isso, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este homem fosse profeta, saberia quem o está tocando e que espécie de mulher ela é, pois é uma pecadora.”
Lucas 7.36-39 (leia até o verso 50 para um entendimento melhor)

O fariseu olhou a mulher, trouxe à tona o pecado dela, é assim o arrogante, olha pra baixo, vê o homem, procura o pior no homem. É assim aquele que não assume seus erros, ou que nem os cometeu, não por temer a Deus, mas pelas próprias forças, e obra assim sempre glorifica o homem, não a Deus. Mas o fariseu, em sua arrogância, não conhecia o principal, a Jesus, duvidou dele quando disse que Ele não era profeta, não sabia quem era a mulher.
A mulher, chamada de pecadora porque devia ter uma reputação ruim, provavelmente uma prostituta, ela sim, sabia quem era Jesus. O texto diz que ela chorava enquanto lavava os pés de Cristo com suas lágrimas e derramava sobre eles o perfume do vaso de alabastro. Infelizmente, a maior sensibilidade, a ótica correta da referência do certo, do santo, do divino, muitas vezes só é aprendida depois de muito se pecar, depois de muito se sujar, depois de ser muito humilhado.
Não despreze o pecador arrependido, aquele que errou, que foi marginalizado por isso, envergonhado, assim como entenda que muitas vezes o maior temor e sabedoria não estão naquele que aparentemente nunca cometeu grandes deslizes. Quantas vezes usamos de preconceito com pessoas que chegam machucadas e estigmatizadas na igreja, ex-viciados, divorciados, gente que já teve uma vida promíscua e mundana. Esses, depois de lavados e sarados, podem ser os vasos mais usados por Deus dentro de sua casa.
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26/11/12

As flores estão na terra

     "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã trará suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu problema." (Mateus 6.34)

Preocupa-me quem não espera em Deus um futuro melhor, a resposta para algo impossível, mas me preocupa também quem não vive o presente de maneira satisfeita, agradeça a Deus por esse momento, pelo que você tem agora, e faça isso todos os dias. Você pode até descobrir que o que mais pede já te foi dado, está bem pertinho de você e você não viu. As estrelas estão no céu, mas as flores estão ao redor de você, na terra em que você pisa.
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Voltar atrás, às vezes, a única saída

    Uma vez um pastor me disse: "Deus conta com nossos erros", por mais ante-teológica que pareça a frase, isso é às vezes a única maneira que Deus tem para trabalhar em nosso homem interior. Alguns de nós nos protegemos de tal forma, nos mantemos corretos de um jeito, e isso na força humana, que Deus simplesmente não pode manifestar seu poder em nossas vidas. Infelizmente, para nós, é preciso uma queda, para valorizarmos o braço forte do Senhor nos levantando. Eu nem estou me referindo a pecado explícito, esse erro Deus não quer contar mesmo. Refiro-me a acidentes de percurso, decisões que tomamos na vida em uma direção, quando melhor seria tomássemos em outra.
Por que Deus não nos avisou antes de errarmos? É claro que Deus avisou, mas nós estávamos cegados por uma intenção às vezes correta, nesse caso me parece que Ele nem insiste muito. Isso porque é somente vivenciando esse erro, sentindo-o todas as suas consequências, no fundo de nossas almas, é que aprenderemos determinada lição. Mas não se preocupe, quando entender isso, volte atrás, sem medo, refaça o caminho, às vezes só ganhamos quando perdemos. Nada é tão grande que Deus não possa recuperar, dinheiro, bens, relacionamentos? Deus faz milagres, restaura e em dobro, como aconteceu com Jó, aliás, o maior exemplo de alguém que parecia estar fazendo tudo certo e tudo acabou desandando.
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25/11/12

Aos casados: namore

        Aos casados: o tempo e a vida podem priorizar a esposa, a mãe, a companheira de luta em comum pelo lar e pelos filhos, mas não deixe que se perca a namorada em sua amada. A paixão é o que dispara uma relação, é a base dela, não pode nunca ser relegada. Arrume um tempo, pare tudo, e namore, um amor verdadeiro nunca esquece como é namorar, nunca deixa perder-se a juventude que há no coração de todos nós, juventude que é mantida pelo amor. Um casamento completo e satisfeito, em todos os sentidos, é fonte de santificação, protege-nos das armadilhas do Diabo, das fraquezas da carne, permite que subam com liberdade nossas orações ao Pai.

Aos músicos da igreja: notoriedade, é necessária?

        Nessa minha caminhada com Jesus, no meio de sua Igreja, já vi muita gente de talento musical, bons cantores, excelentes instrumentistas, diga-se de passagem, que não ficavam devendo nada para músicos seculares. Essa honra é nossa, dos evangélicos, como é de conhecimento geral, nos Estados Unidos da América, é tradição artistas tops terem sido criados no ceio da igreja evangélica, no meio gospel.
Já vi também muito líder querendo ministério musical reconhecido, vender CDs, emplacar hits nas igrejas e rádios, encher estádios com shows mirabolantes. Então eu torno a questionar: é assim que a coisa funciona no meio do povo de Deus? Bastar ter talento musical e querer notoriedade para que o ministério aconteça?
Talvez a pergunta certa seja até que ponto tal notoriedade serve a Deus? Não, por favor, não entendam errado, Deus chama, sim, pessoas especiais para ministérios especiais, Deus prepara pessoas, com talento, unção e carisma, para estar debaixo de holofotes e levar o Evangelho às multidões. Temos visto isso, graças a Deus, no Brasil, ministérios de música de excelente qualidade artística e aprovados com uma unção diferenciada do Senhor. Esses ministérios têm sido divisores de água no trabalho da igreja evangélica em nosso país. Mas eu torno a perguntar, precisa ser notório para ser útil nas mãos de Deus?
Claro que não, e notoriedade não é pra qualquer um. Já disse isso outras vezes, mas não concordo com aquele ditado que fala que “Deus não chama os preparados, mas prepara os chamados”, em minha opinião Deus prepara os preparados para obras específicas. Quem é preparado? Todos, de alguma forma e para um determinado fim. Portanto precisamos ter discernimento para entender o que Deus quer de nossas vidas, mesmo sabendo do potencial que temos.
O problema é que às vezes pensamos assim: “tenho talento, tenho convicção de minha chamada, então Deus tem grandes coisas pra mim”. Já tive a oportunidade de compartilhar na postagem Síndrome de super-herói minha opinião sobre sair da igreja local em carreira solo, ter um ministério independente de uma igreja local, sem estar sob a liderança direta de um pastor específico. Como disse nesse texto, respeito essa postura e acredito que ela possa vir de Deus, contudo penso que ela é exceção, não regra. As pessoas devem orar bastante quando sentem que esse deve ser o caminho para seus ministérios. Em minha experiência, na maioria das vezes, nós músicos, e eu sei disso porque sou músico, queremos é uma plateia maior, queremos mais aplausos, queremos quantidade, e não realmente obedecer a voz do Espírito, reinterando, essa é minha opinião e minha vivência.
Nessa atitude, que pode ser impulsiva, por faltar paciência para esperar em Deus que Ele nos use dentro e através da igreja local, nos colocamos numa liberdade perigosa que pode nos levar ao esfriamento e mesmo ao desvio. Não basta querer e poder tecnicamente para fazer, Deus tem que querer e só Deus pode fazer de um ministério musical uma bênção para as nações. Estendo essa minha opinião aos pregadores, que também podem ter essa tendência de carreira solo. Na verdade o que eu acredito é que a ligação com uma igreja local, que estar debaixo da autoridade de um pastor, conviver com uma comunidade, com sua hierarquia, com os departamentos, no dia a dia, é indispensável para que recebamos o tratamento do Senhor em nossas vidas, tratamento esse que tem como objetivo moldar nosso homem interior. O personagem de artista pode ficar mais evidente que o servo de Deus, esse último não é personagem, não é uma capa, mas a realidade do coração que obedece verdadeiramente a Deus em humildade e em simplicidade.
Lembro-me de Johann Sebastian Bach (Eisenach, 31 de março de 1685 — Leipzig, 28 de julho de 1750), músico alemão. "Sua habilidade ao órgão e ao cravo foi amplamente reconhecida enquanto viveu e se tornou legendária, sendo considerado o maior virtuose de sua geração e um especialista na construção de órgãos. Também tinha grandes qualidades como maestro, cantor, professor e violinista, mas como compositor seu mérito só recebeu aprovação limitada e nunca foi exatamente popular, ainda que vários críticos que o conheceram o louvassem como grande. A maior parte de sua música caiu no esquecimento após sua morte, mas sua recuperação iniciou no século XIX e desde então seu prestígio não cessou de crescer." (fonte: wikipédia).
Bach trabalhou em várias cidades e desempenhar diversas funções como instrumentista, cantor, compositor, professor e música e construtor de órgãos, mas praticamente, na maior parte do tempo, Bach foi músico local alemão (cantor chefe e organista) de igreja luterana, não um artista pop reconhecido em toda a Europa como outros (Handel e Mozart, por exemplo). Hoje ele é considerado "um dos mais prolíficos compositores do ocidente. O número exato de suas obras é desconhecido, mas o catálogo BWV assinala mais de mil composições, entre elas inúmeras peças com vários movimentos e para extenso conjunto de executantes. A vastidão de sua Obra fica ainda mais óbvia quando se sabe que possivelmente metade dela se perdeu ao longo do tempo." "Na apreciação contemporânea Bach é tido como o maior nome da música barroca, e muitos o veem como o maior compositor de todos os tempos, deixando muitas obras que constituem a consumação de seu gênero." (fonte: wikipédia).
Não, fama e reconhecimento da maioria nada significam, principalmente para um servo de Deus que só quer adorar ao seu Senhor através de sua musicalidade, isso basta, só isso.
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24/11/12

A vida não é só festa

        "E também como aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e construíam. Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, do céu choveu fogo e enxofre, destruindo a todos." (Lucas 17.28-29).

Temos direito à alegria, mas temo por aqueles cuja alegria está somente em comer, beber e festejar.
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