05/07/13

Isso precisa ser dito e redito...

...e mais uma vez descubro que eventos, atividades, ministérios, cultos de todas as formas, só têm duas finalidades: adorar a Deus e amar as pessoas.
O resto, pregação, música e tudo o mais, são meras desculpas de Deus para que o adoremos e amemos as pessoas.
Portanto, se numa reunião da Igreja de Cristo não conseguirmos adorar ao Senhor e nem amar os outros, o culto não terá valido para nada, não terá tido nenhum valor.
Quando pensamos assim, as reuniões com os irmãos sempre têm sentido, sempre alcançam o objetivo, seja lá quem for o pregador, tenha a música a qualidade técnica que tiver.
As estéticas pouco importam quando a função é executada com eficácia, não havia nenhuma estética no Cristo crucificado, mas ele cumpriu o maior de todos os destinos, como prova de adoração a Deus e de amor aos homens.

Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos.”
Mateus 22.37-40

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04/07/13

Cristianismo e filantropia

Muitos confundem religiões com associações filantrópicas, com ONGs, com assistência social, etc. Antes de religiosos todos nós devemos ser cidadãos, e como tal precisaríamos nos envolver com a ordem e a justiça, ajudando necessitados, sejam órfãos, sem-teto, doentes, viciados, enfim, todos aqueles que não podem sozinhos sobreviver de maneira digna na sociedade.
Muitas religiões cumprem esses deveres sociais com primazia, mas isso não identifica, necessariamente, uma pessoa desta ou daquela religião. Jesus deixou orientações prioritárias sobre isso, ensinando que o amor de um verdadeiro cristão deve movê-lo a ajudar as pessoas de uma maneira eficaz. Contudo, religiões, e aqui nem estou privilegiando o cristianismo, possuem um conjunto de doutrinas que definem suas visões de Deus, do homem, do mundo e da eternidade, assim como meios que levam todos a serem pessoas melhores.
Citando um exemplo, todos devem auxiliar as crianças como seres frágeis e dependentes que são, contudo isso não significa que elas serão batizadas, não pelas religiões cristãs que seguem as verdadeiras orientações bíblicas. Mas isso não representa exclusão do ser humano, negação de um direito, é apenas uma regra da religião. Mesmo porque, no exemplo, crianças como inocentes que são não necessitam de batismo para terem direito à comunhão com Deus, elas já têm pelo fato de ainda serem inocentes, portanto, livres de pecados.
Isso acontece também, por exemplo, com casas de recuperação de viciados em drogas. Igrejas evangélicas podem manter esse tipo de instituição, indiferentemente se os recuperados são ou não evangélicos, obedecem ou não às doutrinas cristãs. Portanto, mesmo sendo recuperado e amado pelos evangélicos, o que vai fazer do ex-drogado um evangélico não é sua recuperação, mas a sua opção de um relacionamento com Deus e com a vida espiritual de acordo com a doutrina da igreja evangélica.
Obviamente, como cristãos, acreditamos que uma completa libertação do mal, como do vício de drogas, só ocorrerá quando a pessoa se converter ao cristianismo, quando aceitar Jesus como salvador, quando nascer de novo, e sendo assim, terá direito ao batismo nas águas, às ceias, à comunhão com a Igreja e à participação de ministérios e lideranças.
Um grande equívoco que as pessoas cometem, usando um assunto bem atual, é confundir seriedade da doutrina com falta de amor ou preconceito. Apesar da maioria dos cristãos terem um posicionamento sobre os homossexuais, de que a situação deles pode ser mudada, (e novamente que fique bem claro que não estou aqui defendendo nem esse nem aquele posicionamento doutrinário), mas apesar de alguns pensarem de determinada maneira isso não significa que os homossexuais não serão amados ou respeitos, mesmo que não sejam cristãos convertidos.
Pode-se amar sim, mesmo não se concordando com a escolha de vida de alguém, que cristianismo seria o nosso se isso não acontecesse? Isso ocorre com os presidiários, como cristãos, sabemos que eles estão numa posição legalmente irreversível, pelo menos a princípio, já que estão pagando um preço por algo de errado que fizeram contra a sociedade (e novamente preciso dizer que não estou colocando esse exemplo no mesmo grau de erro ou valor moral do outro que citei), mas mesmo assim nós os amamos e trabalhamos com eles, dentro dos presídios, evangelizando-os, dando a eles a possibilidade do perdão de Deus.
Doutrina nada tem a ver com filantropia, mesmo a cristã, mesma aquela que segue o evangelho de amor de Jesus. Doutrina é para quem quer se colocar debaixo da religião, e como todo dever tem também seus privilégios. Filantropia é missão de todo cidadão, todo ser humano lúcido e sensível que deseja ver a sociedade melhor, indiferente da opção religiosa que cada membro dessa sociedade faça.
Mas como cristão, repito, temos toda a convicção de que se as pessoas escolhessem por Jesus, não somente seus exemplos de amor ao próximo, mas seu papel de único salvador da humanidade, a sociedade provaria uma real e plena transformação, a justiça aconteceria, a igualdade seria viável, não haveria sofrimentos. Isso, todavia, só acontecerá no céu, infelizmente, de acordo com os ensinamentos bíblicos, enquanto isso sigamos, cada um de nós, fazendo nossa parte.
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03/07/13

Músico cristão profissional

Tenho duas filhas, a mais velha, eu tentei orientá-la para fazer aulas de piano bem cedo, seguindo meu exemplo, mas ela não quis. Bem, com doze anos ela pegou um violão que tínhamos em casa, e com a ajuda da internet, aprendeu, sozinha, o chamado violão popular, ou violão de acompanhamento, uma utilização simples do instrumento, mas bastante útil. Percebendo o talento e a disposição dela, nós a colocamos para fazer aulas, ela preferiu guitarra, ao invés de violão clássico.
Hoje com quinze anos ela está me surpreendendo, assimila rapidamente as aulas, dedica tempo ao estudo, e em um ano e meio de estudo sério do instrumento, teve o rendimento que outros alunos só teriam no dobro do tempo. Na verdade minhas filhas gostam de estudar, com pai músico e mãe professora (de matemática), não temos dificuldades para orientá-las nesse aspecto.
Bem, comecei esta reflexão compartilhando um pouco de minha vida pessoal porque o conselho que darei agora é o mesmo que dou as minhas filhas. O que responder a um jovem cheio de sonhos e de encantos pela música que chega e nos diz que quer ser músico profissional? Como sempre digo, pegue a opinião que darei aqui, junte à de outros e a tua, ore a Deus e veja o que é mais sensato.
A primeira sugestão que dou aos pais que querem orientar jovens na música é que invistam um pouco, caso isso seja possível, encontrem e paguem um curso sério de música. Tempo usado, principalmente na adolescência, com estudo musical, é tempo que não é usado para outros fins, errados ou simplesmente inúteis, que nenhum bem trarão ao jovem. Uso descontrolado da internet, de videogames, assim como experiências afetivas e sexuais apressadas, são consequências de mentes vazias com tempo de sobra.
A música leva o jovem a finalidades mais nobres no uso de seu tempo, um tempo que ele não terá com tanta disponibilidade mais tarde, além do que auxilia na assimilação de outras matérias, como a matemática, o que já foi comprovado pela pedagogia. Mas insisto, que se possível, o jovem deve ter um ensino sério de música. Isso, além de ser um investimento correto de dinheiro, permite um aprendizado de qualidade num tempo menor. É de suma importância, todavia, que o aprendizado musical não atrapalhe o currículo escolar normal.
Se o jovem manifestar o desejo de seguir na música profissionalmente, é importante que se informe a ele o que é ser profissional da área musical. Serei bem prático nesta questão, baseado em minha experiência pessoal sobre o assunto:

1º Ser profissional de música, como em qualquer outra área, significa ganhar a vida com a atividade, ter independência financeira como músico, sustentar-se e à família. O jovem precisa ter consciência disso, apesar do prazer que a música dá, e da proeminência que ela permite colocando as pessoas no palco e debaixo de holofotes, como em qualquer outra profissão, o músico terá que ter disciplina, horários e compromissos, tudo isso se realmente desejar ser um profissional.

2º Várias atividades podem ser desempenhadas como profissional na área musical (vou citar algumas na área secular, na área cristã veremos depois):

a.    tocar o instrumento (ou cantar) em formações instrumentais: no caso de instrumentos de orquestra (violino, cello, flauta, clarinete, etc), algumas cidades possuem bandas marciais e orquestras, e mediante concursos aceitam ingresso de músicos, essa área apesar de mais limitada, permitem uma estabilidade no emprego; para instrumentos ditos “populares” (guitarra, teclado, bateria, etc), bares, clubes, hotéis, etc, empregam bandas e mesmo solistas; a área de cerimônias (casamentos, formaturas, etc), empregam tanto instrumentos de orquestra quanto populares;

b.   lecionar: esta é a segunda atividade de emprego para a maioria das áreas profissionais; ao músico permite uma atividade diurna, que pode ser levada junto da performance musical noturna que garante um ganho mais estável;

c.    estúdio: produção, execução, gravação, de áudio, é uma atividade de menor frequência, mas com a possibilidade de um ganho maior;

d.   é preciso que se diga, que na maior parte das vezes, o músico profissional deve estar preparado para tocar todo o tipo de música, o sonho de se tocar somente o que se gosta, e principalmente de ter um trabalho autoral, é para poucos, e muitos vezes não é simples consequência de talento, mas de outros fatores, muitos não tão éticos, mas essa é a realidade, portanto se seu filho disser que quer ganhar a vida tocando suas composições, é bom confrontá-lo com a realidade.

3º Como em todas as áreas, o profissional para se destacar precisa de formação acadêmica. Agora não me refiro mais àquele estudo inicial, mas formação superior ou de conservatório (assim como cursos livres de música que são bem sérios). Portanto, é preciso pensar até que ponto é interessante investir alguns anos importantes da vida numa atividade que terá as possibilidades profissionais que citei no item 2. Obviamente, existem casos e casos, um músico genial, acima da média, deixa bem claro desde novo que música é o seu ofício. Este tem que ser incentivado e apoiado a seguir a profissão de músico. É preciso sensatez e coragem dos pais para orientar esse jovem.

4º Dentro da Igreja de Cristo, o músico também pode ser profissional, sustentando-se financeiramente através de um ministério de levita em tempo integral, sem precisar tocar música secular:

a.    As igrejas protestantes tradicionais têm tradição na música de coral. Essas empregam regentes profissionais com formação teológica e musical para trabalho integral com a igreja.

b.   As igrejas também têm empregado, principalmente nos últimos anos em nosso país, instrumentistas e cantores na ministração da adoração, mas isso ainda é exceção.

c.    Fora do Brasil é comum organistas e pianistas ganharem como músicos em tempo integral dentro da igreja.

Chego então a um ponto polêmico, que ainda é tabu para muitos cristãos. Muitos não aceitam que músicos que tocam e cantam nas igrejas toquem e cantem no mundo. O equívoco ocorre em duas instâncias:

1º as pessoas não respeitam a área musical como profissão, acham que é apenas um “hobby”, vamos dizer assim, aquilo que alguns desempenham dentro da igreja acompanhamento e liderando a adoração; como profissão, acham elas, os músicos da igreja devem trabalhar, como todo mundo, em outra área profissional (muitas pessoas nem pensam que músicos devam ser remunerados pelo trabalho levita feito dentro da igreja, com exceção dos regentes de coral e orquestra);

2º muitos julgam como carnais aqueles cristãos quem usam seu talento para execução de música secular, tirando a legitimidade da atuação do músico cristão como profissional de música em áreas seculares; esse conceito, graças a Deus, tem mudado, ele já foi pensamento de uma maioria há tempos atrás.

Os mais radicais dizem que música só pode ser usada para adoração a Deus, esses pregam que música secular deve ser sequer ouvida, quanto mais tocada e tocada profissionalmente. Não, Deus não pede isso de ninguém, se alguém sente de fazer tal sacrifício, e o faz com humildade e na intimidade, tenho certeza de que Deus recebe e se agrada, mas isso não deve ser exigido de todos, como uma regra.
Boa arte seja ela música, literatura, poesia, cinema, teatro, pintura, etc, pode e deve ser consumida, como expressão honesta e preciosa da complexidade humana. O espiritual, contudo, sabe que a Bíblia tem os mais sábios de todos os textos, que a adoração, é a mais bela de todas as artes, não substituirá essas expressões por nada, como alimento básico para sua alma.
A experiência que tenho como músico profissional é a seguinte:

1º Sonhe em Deus e ore pela possibilidade maravilhosa de ganhar profissionalmente como músico levita de tempo integral, esse deve ser o objetivo de todo músico cristão com chamada para o ministério.

2º Se puder, faça outra faculdade, tenha um emprego fora da área musical, a realidade de músico profissional no mundo e principalmente no Brasil, é dura, coisa boa é poder ter dinheiro para investir em bons instrumentos para uso no ministério, sem precisar depender de ninguém.

3º Se não tiver outro jeito, e isso acontece com muitos músicos (já que quando o são, não conseguem ser outra coisa, não podem ser produtivos a não ser fazendo música), seja um cristão consagrado e ore sempre para que, precisando desempenhar sua profissão no mundo como músico, Deus te abra as melhores portas, nos melhores ambientes, tocando a melhor música secular, para um público secionado, educado, de bom gosto. Deus honra, sim, aqueles que o buscam, o livra do mal, o poupa das armadilhas, conserva-os limpos e santos no meio de uma geração corrupta.


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02/07/13

Deus, sábio engenheiro

Somos fortalecidos à medida que fazemos a vontade de Deus, que obedecemos ao Senhor. Deus nos levanta, nos cura e nos concede a vitória para que seu plano seja estabelecido na vida das outras pessoas.
Deus é um sábio engenheiro, não adquire material para ser desperdiçado, e nem para ser usado no lugar trocado. O tijolo sozinho não tem utilização, mas junto dos outros, debaixo da planta do engenheiro, ele é útil e fica fortalecido.
Cada um de nós somos membros uns dos outros, partes da Igreja espiritual, o corpo de Cristo. Nesse propósito, de servir e fortalecer, e somente nesse propósito, temos vitória sobre o pecado.
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01/07/13

Prioridade do diabo: destruir a família?

Não existe melhor ou pior entre homem e mulher, apenas diferenças funcionais que são definidas por distinções físicas indiscutíveis. Dizer que não existe um ideal natural de homem e mulher quando formando uma família é negar essas diferenças. Dizer que outras combinações, que não sejam homem e mulher e homem e mulher com ênfases equilibrados em suas sexualidades, não funcionam de maneira adequada, é não constatar o óbvio.
É importante que se entenda que mesmo que haja homem e mulher na formação de uma família, é preciso que homem seja masculino e mulher, feminina, principalmente em suas características espirituais, pra não dizer morais. Existem homens que se acovardam e jogam em cima das mulheres uma liderança que é deles, assim como existem mulheres que arrogam ter uma liderança inadequada roubando delas o tempo para serem mães.
Confundindo os papeis do homem e da mulher, o diabo, o principal inimigo de todos, enfraquece o marido e a esposa, o pai e a mãe. Desestabilizando a família, o diabo confunde e impede a educação dos filhos. Mal criando crianças e jovens, o diabo destrói toda a sociedade. Não, não estou fazendo aqui qualquer crítica à homoafetividade, estou apenas apurando fatos, eu estou errado?
Contudo é preciso humildade para ser feliz com Deus, mesmo representado uma condição de diferença, de exceção. Isso acontece com vários seres humanos, e não somente com homoafetivos. Sexualidade, porém, é algo muito mais complexo que qualquer outra diferença e perfeitamente entendida e respeitada por Deus. Mas seria mais difícil que ter uma cor de pele diferente da maioria, de ser mulher em alguns países do mundo, ou mesmo de não se ter as medidas e pesos que a mídia dita como as ideais?
Existem vários tipos de preconceitos, várias pessoas sofrem com isso, mas por outro lado somente o desequilíbrio entre os papeis de homem e mulher é que abala a construção melhor de uma família.

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30/06/13

Não se envergonhe das soluções temporárias

Elias, o tesbita, que habitava em Gileade, disse a Acabe: Tão certo como vive o SENHOR, Deus de Israel, a quem sirvo, nestes anos não haverá orvalho nem chuva, senão por meio da minha palavra.
Depois, a palavra do SENHOR veio a Elias, dizendo: Retira-te daqui, vai para o leste e esconde-te perto do ribeiro de Querite, a leste do Jordão. Beberás do ribeiro, e eu ordenei aos corvos que ali te sustentem.
Elias partiu e fez conforme a palavra do SENHOR; foi habitar perto do ribeiro de Querite, a leste do Jordão. Os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à tarde; e ele bebia do ribeiro.
Mas, decorridos alguns dias, o ribeiro secou, porque não havia chovido na terra.
Então, veio-lhe a palavra do SENHOR, dizendo: Levanta-te, vai viver em Sarepta, no território de Sidom; ordenei ali a uma viúva que te sustente.”
I Reis 17.1-9

Deus puniria Israel porque os reis Acabe e Jezabel estavam fazendo a nação pecar, afastando-se do Senhor e adorando falsos deuses, na punição haveria seca na terra. Quando Deus pune, o povo sofre justamente, como castigo, mas o profeta, que está no meio do povo e é fiel a Deus, também sofre junto, mesmo que injustamente.
Ocorre, contudo, que Deus cuida de seus fieis, o Senhor mandou que Elias escondesse-se perto do ribeiro de Querite, em tempo de seca, Deus guardou seu profeta junto de um rio. Mas mesmo essa provisão de Deus teve fim, enquanto que a disciplina sobre o povo ainda não havia acabo.
Então Deus mandou Elias para Sarepta onde seria sustentado por uma viúva. Precisamos entender a posição social de uma viúva naquele tempo em Israel para ter ideia da maneira como Deus agiu. Tendo em vista que a economia da época era liderada e movimentada pelos homens, uma mulher sem marido estava numa situação difícil. A do texto era pobre e não tinha sustento nem para ela mesma e o filho. Mas Deus multiplicou seus bens, salvou seu filho, para que seu servo, o profeta Elias, tivesse como sobreviver naquele tempo difícil.
Pode existir algo tão humilhante como depender de uma viúva pobre? Mas esse foi o modo que Deus quis agir, a Elias bastava ser humilde e obedecer, colocando-se debaixo do teto da viúva, bem, essa era a única forma dele viver.
O que podemos aprender com o texto:
1º O fiel a Deus pode sofrer a consequência da disciplina que outro está sofrendo por estar pecando contra Deus, contudo, nessa situação, Deus usa de soluções extraordinárias para sustentar o fiel.
2º Quando a terra está em seca, ainda existe um ribeiro de águas guardado por Deus para sustentar seu servo.
3º Não despreze e nem se revolte contra as soluções que Deus tem quando são temporárias, não se envergonhe de ser sustentado por uma viúva, aceite e fique em paz.
4º A provação de Deus tem começo, meio e fim: veja no capítulo 18 de I Reis que após três anos Deus mandou Elias novamente ao rei Acabe, desta vez Deus honrou seu profeta e mudou a sorte de Israel.
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29/06/13

O humilde será exaltado

Vivemos no momento uma cultura que torna os que estão em cima inimigos, e os que estão embaixo, vítimas. É claro que isso sempre existiu, mas era diferente, havia respeito pelas autoridades assim como dignidade naqueles de posição social menor. De cara concluo que isso é uma mentira, todos, de alguma maneira, estão embaixo, se não dos homens, de Deus.
Embaixo, numa cadeia hierárquica, sejam empregados debaixo de patrões, alunos debaixo de professores, filhos debaixo de pais, ovelhas debaixo de pastores, as pessoas estão assumindo atualmente uma disposição de vítimas, de desprezados, de humilhados, colocando as que estão acima como arrogantes, orgulhosos, injustos.
Isso não acontece somente quando existe uma cadeia hierárquica definida, o simples posicionamento de alguém que está executando sua função com qualidade, coloca os que estão assistindo nessa posição de vítimas, não se aplaude e honra os vencedores, mas eles são invejados e odiados.
Muitos pregadores têm motivado as pessoas a se colocarem nessa disposição, inundando os púlpitos com pregações que colocam os mais fracos como vítimas. A música cantada nas igrejas, grande parte dela, fala de vitória sobre inimigos, colocando sempre as pessoas como vítimas inocentes. Sim, isso pode acontecer, mas não sempre.
É preciso entender que todos nós, em algum momento de nossas vidas, passamos por quebrantamentos, seja na área profissional, na área emocional, ou outra. Esse momento é permitido e usado por Deus para moldar nosso caráter. Se nos permitimos passar por esse momento, se o sentimos em toda a sua extensão, saímos dele amadurecidos, fortalecidos.
Se negamos esse momento, se ao invés de chamar a responsabilidade para nós, entendendo que precisamos ser mais humildes, aceitando que existem pessoas, de alguma maneira, superiores a nós, não melhores, mas em um nível hierárquico superior, se ao invés disso permanecemos numa atitude arrogante, nós não passamos pela prova de Deus. Quando não se é aprovado, tem-se que ser sabatinado novamente, até obter aprovação.
Contudo, pregadores, pastores e líderes, sem falar dos levitas músicos, têm aprovado uma posição de vítima, principalmente nos de “status quo” mais baixo, a grande maioria das igrejas evangélicas brasileiras. Nessa posição, ao invés de se assumir a inveja, a autoestima baixa, mantêm-se um coração cheio de revolta, de ódio achando-se no direito de se sentir assim.
Vê-se os outros como inimigos, e não se assume o orgulho maior que está não no que está acima, mas no próprio coração. Isso é ilusão, já que quando o coração não está curado, pode-se chegar à posição que for que sempre se sentirá complexado, inferior, menor, e como reação o coração gerará agressividade.
Pregadores, é preciso levar uma palavra de responsabilidade, que vai ser dura, que as pessoas a princípio não querem ouvir, mas que é o único caminho para se crescer e para sair de uma posição de humilhação. Somente humilhados diante de Deus, é que agimos com humildade com aquele que está acima de nós, e nessa disposição Deus nos exalta.
Crentes, ouvindo uma palavra, não a lance para os outros, não fique cobrando ou criticando os outros, mas tome-a para si, analise-se, avalie seu próprio coração, lembre-se que nosso maior inimigo é o que mora dentro de nós, nós mesmos.
Mas insisto no ponto de que ser humilde não é simplesmente ser pobre, ser empregado, ter uma formação acadêmica e profissional menor. Ser humilde é assumir todas as fraquezas, entender que se é valorizado não pelo nível social que se tem, mas pelo ser humano que se é diante de Deus. Quando assumimos isso não vemos os outros como inimigos, não invejamos, não queremos secretamente o mal daqueles que de alguma maneira estão acima de nós ou que são, em alguma área, melhores do que nós.
Já vi gente muito rica me tratar com muita humildade, com muita simplicidade, me elogiar e valorizar meu trabalho. Mas já vi também, gente com menos posse, arrogante, cheia de inveja, altiva, com o rosto pesado, que não vê nada de bom em ninguém porque não vê nada de bom em si mesmo.
Todavia, já vi gente simples, que nem sabe falar ou escrever direito, que ganha muito pouco, sem carro e sem bens, contudo com uma sabedoria enorme, gente que paramos e conversamos por horas, para aprender sobre a vida. Esse é o Espírito do Evangelho, foi assim que Jesus viveu quando encarnado, a esse, verdadeiramente humilde, Deus exalta.
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