"Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus." Romanos 15:5-7
22/02/14
21/02/14
A adaptabilidade humana: bênção e maldição
O
que precisa ser mudado para que o caráter de Cristo apareça em nós? Tudo, mas
tudo mesmo. O homem é um ser altamente qualificado para se adaptar, isso em
todas as esferas. A biologia e a antropologia vão dizer que é consequência da
necessidade. Tudo o que o homem passou fez com que essa característica, a
adaptabilidade, se desenvolvesse. Nós que cremos em Deus e num Deus que se
revelou através da Bíblia, sabemos que o Senhor acompanhou, permitiu e abençoou
essa capacidade, para que o homem sobrevivesse.
Você
sabe por que Deus quer que o homem sobreviva? Alguns podem achar que é para que
ele se desenvolva, como indivíduo e como civilização, para que ele domine sobre
a natureza, sobre a terra, sobre o universo. Outros vão dizer que é para que
ele adquira poder, independência, prosperidade, outros ainda vão dizer que é
para que ele seja um ser vitorioso nos conflitos militares, sim, porque o homem
vencedor nesse mundo, ainda é aquele que vence as guerras, que está melhor
preparado para elas, que fabrica e usa as melhores armas.
Bem,
no mundo atual os confrontos belicosos podem até serem substituídos pelos
políticos, pelos financeiros, pelos comerciais, pelos culturais. Países
conquistam os outros não empunhando armas, mas oferecendo melhores produtos no
comércio, com preço e qualidade superiores. Outros conquistam viciando as
pessoas em seus valores culturais, em sua música, em seu cinema, em sua moda.
Os países anglo-saxônicos têm feito isso com produtos como os Beatles e Michael
Jackson, na música, com Hollywood, no cinema, com o jeans na moda.
Mas
o motivo que Deus tem para que o homem sobreviva não é esse. O motivo é que
Deus quer salvá-lo. Deus faz o possível e o impossível para salvar o homem,
oferece a ele todas as chances, todos os meios, em todas as situações, em todos
os momentos, seja pela abastança, seja pela falta, seja na juventude, seja na
velhice, seja nas religiões, seja fora delas, e isso para todos, todos os
homens, pois Deus ama igualmente a todos os homens.
Todos
os homens, com suas habilidades e talentos variados, em suas culturas diversas,
com sonhos e anseios distintos, grandes e pequenos, pobres e ricos, cultos e
simples, todos são amados ardentemente por Deus. Jesus veio por todos esses, e
para Deus não existem homens melhores ou piores, mas apenas diferentes, todos
especiais de alguma maneira. Bem, todos esses homens podem provar a mudança que
o Senhor quer fazer em suas vidas, todos podem se parecer com Cristo.
Começamos
essa linha de pensamento falando sobre a adaptabilidade do homem e como isso o
levou a sobreviver nesse mundo. Essa adaptabilidade é ao mesmo tempo bênção e
maldição. É maldição à medida que leva o homem a sobreviver e ter uma falsa
ideia de vitória sem Deus. Mas se não fosse assim o homem teria falecido e
sumido do planeta no momento que deu o primeiro passo sem a comunhão de seu
criador, logo depois que pecou no Éden. Contudo, o que o homem fez foi se
adaptar, ele percebeu que estava em pecado, sentiu vergonha e fez para ele
roupas. Ele não caiu em pranto, entrou em depressão e se matou, como muitas
vezes queremos fazer, mas ele o homem, como civilização, se adaptou para que
mesmo tendo morrido espiritualmente, pudesse viver fisicamente. Para quê? Para
ter uma chance de ter novamente comunhão com Deus. Ele não tinha consciência
disso, mas Deus agiu com providência colocando esse instinto de preservação
nele para que a raça humana não acabasse.
Mas
Deus também teve que se adaptar, vamos dizer assim, o homem, aquele mecanismo
sofisticado, sensível, puro, agora se transformara quase que num animal. Se
antes Deus caminhava com liberdade pelo jardim do Éden e falava com Adão, agora
haveria necessidade de morte para que o pecado fosse expiado e alguma interação
entre Deus e o homem pudesse ser feita. Não, não seria mais aquela interação
plena e direta, o homem com o pecado perdera sua maior capacidade, o
discernimento espiritual.
Aquilo
que deveria ser normal, fácil, comum, agora só seria conseguido por meio da fé,
seria chamado de subjetivo, de metafísico, seria tido como uma qualidade
especial e muitos duvidariam mesmo que poderia existir, outros chamariam de
crendice, de misticismo, de mentira. Mas Deus seguiu com o homem, com um homem
agora limitado. Como pai, que a Bíblia diz que Deus é, quanta tristeza ele deve
ter sentido por ver algo tão precioso como aquele ser que ele colocou no jardim
do Éden estar agora sujo, enganado, distante. Essa natureza decaída do homem se
revelou logo no início, quando Caím matou seu irmão Abel.
Deus
nunca desistiu de sua criatura, aquela criada a sua imagem e semelhança.
Primeiro foram somente sacrifícios de animais, e isso deve ter existido até
Moisés. Mas quando Deus fez promessas a Abraão, que só começaram a ser
realizadas totalmente nos últimos dias que Israel passou no Egito, o Senhor já tinha
revelado ao homem seu primeiro pacto oficial com a humanidade. Chamaria uma
nação para que desse ao mundo testemunho do Deus único e verdadeiro. Bem, o
pacto maior com o homem Deus já tinha prometido lá no Éden, quando disse em
Gênesis 3.15 “Porei inimizade entre ti e
a mulher, entre a tua descendência e a descendência dela; esta te ferirá a
cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”. Israel foi uma maneira de Deus
escolher um povo, desse uma tribo, Judá, desse uma família, a de Davi, e desse rei
um descendente, Jesus. Jesus ofereceria o sacrifício único e eficaz para levar
o homem novamente à comunhão com Deus.
Contudo,
mesmo que espiritualmente isso seja possível, a alma e o corpo do homem já
estavam adaptados, e mal adaptados. A velha natureza instalada se oporia à obra
do Espírito Santo até que a transformação completa do homem pudesse ser
realizada para aqueles que nasceram de novo em Cristo após o arrebatamento ou a
morte física. Fizemos toda essa reflexão para chegar a seguinte conclusão: a
adaptabilidade do homem a esse mundo é a principal barreira para que a alma e o
corpo do homem mudem e se tornem parecidos com Jesus. É essa adaptabilidade,
que leva o homem sempre a se colocar sozinho contra aquilo que lhe opõe, é essa
adaptabilidade que deve ser mudada para que o caráter do homem seja semelhante
com o de Jesus, adaptabilidade que cria falsas religiões, que vicia
psicologicamente e fisicamente o ser humano a tantos subterfúgios.
20/02/14
Devoção diária
"Portanto, irmãos, tendo coragem para entrar no lugar santíssimo por meio do sangue de Jesus, pelo novo e vivo acesso que ele nos abriu através do véu, isto é, do seu corpo. Tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos com coração sincero, com a plena certeza da fé, com o coração purificado da má consciência e tendo o corpo lavado com água limpa. Sem vacilar, mantenhamos inabalável a confissão da nossa esperança, pois quem fez a promessa é fiel. Pensemos em como nos estimular uns aos outros ao amor e às boas obras, não abandonemos a prática de nos reunir, como é costume de alguns, mas, pelo contrário, animemo-nos uns aos outros, quanto mais vedes que o Dia se aproxima." Hebreus 10.19-25
19/02/14
Sobre jejum
“Na plenitude do Espírito Santo, Jesus voltou
do Jordão; e foi levado pelo Espírito para o deserto, tendo sido tentado pelo
Diabo durante quarenta dias. Sem ter comido nada nesses dias, teve fome ao fim
deles.”
Lucas 4.1-2
Acredito
que a maioria de nós já achou necessidade dessa prática quando passou por uma
situação difícil, algo que parecia que todas as tentativas de solução já haviam
sido tentadas, mas não tinham surtido efeito. Bem, Jesus disse que algumas
castas de demônios só sairiam dos homens com muita oração e jejum.
“E alguém dentre a multidão lhe respondeu:
Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo. Onde quer que o
apanhe, provoca-lhe convulsões, de modo que ele espuma pela boca, range os
dentes e começa a se enrijecer. Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas
eles não conseguiram. E Jesus lhes respondeu: Ó geração incrédula! Até quando
estarei convosco? Até quando terei de suportá-los? Tragam-me o menino. Então
eles o trouxeram. Ao ver Jesus, o espírito imediatamente provocou-lhe uma
convulsão, e o endemoninhado, caindo ao chão, rolava, espumando pela boca.
Vendo que a multidão, correndo, aglomerava-se, Jesus repreendeu o
espírito impuro, dizendo: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele e nunca
mais entres nele. Então o espírito saiu, gritando e agitando-o muito. O menino
ficou como se estivesse morto, de modo que muitos diziam: Ele morreu. Mas
Jesus, tomando-o pela mão, levantou-o, e ele ficou em pé. Quando entrou em
casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular: Por que não conseguimos
expulsá-lo? Ele lhes respondeu: Essa espécie não sai a não ser pela oração e
jejum.”
Marcos 9.17-20, 25-29
É
incrível como só o fato do demônio ter visto Jesus já fez com que ele convulsionasse
o menino, enquanto que os discípulos tentaram com toda a sorte de palavras e
atitudes e não conseguiram expulsar o mal.
Contudo,
um erro que muitos cometem é achar que consagração, através de oração e jejum,
pode de alguma maneira conquistar créditos com Deus e que é só através desses
créditos que adquirimos pontos para ter privilégios espirituais. A primeira
coisa que precisamos saber é que com Deus não se faz barganhas, trocas ou
negócio. Só temos alguma coisa através do nome de Jesus, só a intermediação de
Cristo é que nos dá acesso a Deus e a toda e qualquer espécie de bênção real.
Então para que serve o jejum?
Jejum
não muda o coração de quem dá, mas transforma o coração de quem pede, não é
Deus que precisa ser convencido, mas nós, os homens, para que quando a bênção
for alcançada a glória seja apenas do Senhor. Não era o demônio que não queria
sair do menino, não era ele que não queria sair com a palavra dos discípulos,
mas eram os discípulos que não estavam totalmente convencidos daquilo que diziam
acreditar. Muita oração e jejum é o que poderia convencê-los, mudar seus
corações, deixar-lhes realmente mais próximos de Deus para que pudessem receber
a manifestação do Senhor.
Sim,
jejum é necessário, contudo o verdadeiro jejum é movido pelo Espírito Santo,
para glorificar a Deus, não é iniciativa humana. Jesus foi movido ao deserto
pelo Espírito Santo que o inclinou a fazer um jejum de quarenta dias porque
sabia que ele passaria por uma prova muito grande, ser tentado diretamente por
Lúcifer. Não, não foi vitória sobre o confronto de algum demônio menor, mesmo
de uma legião, mas a do próprio Satanás.
Contudo,
é preciso entender que nos dias atuais, jejum pode ir muito além de simples
privação de alimento e água, isso para uma geração que acha moda controlar o
que come para ter um corpo de acordo com as regras estúpidas de estética
exterior do mundo moderno. Para essa gente jejum não representa necessariamente
aproximação de Deus ou acesso espiritual, de alguma forma, lembro também que
religiões orientais, esotéricas e espíritas também utilizam a prática do jejum,
não para se aproximar do Deus único, mas de seus egos e de entidades
espirituais do mal (anjos caídos).
O
verdadeiro jejum deve ser uma consagração, uma entrega, daquilo que é mais
precioso para nós, para alguns pode até ser comida e água, mas talvez a essência
do jejum seja controlar a ansiedade, que é a que leva ao consumo exagerado de
comida e bebida, o que nos deixa mais presos à matéria, e longe do Deus
espiritual. Deixar de ingerir cafeína pode ser um jejum, para mim, que amo um cafezinho,
é. Deixar de ver televisão, ou mesmo de usar a internet e o celular, pode ser
um jejum para muitos outros. Calar-se, aquietar-se, manter-se introspectivos e
em estado de meditação, também pode ser, ausentar-se um pouco do convívio
social e concentrar-se em Deus. De maneira geral o jejum deve conduzir-nos a
uma intimidade com Deus, a uma sensibilidade maior para ouvir, entender a
vontade do Senhor. O verdadeiro jejum muda nossas vidas para sempre, na
verdade, se ele for genuíno, teremos vontade e forças para permanecer nele por
mais tempo. O jejum real transforma nossa maneira de ver e viver, nos liberta e
nos dá um crescimento único, talvez aquele que buscamos por anos.
Nesse
espírito, o jejum genuíno exige de nós privacidade, segredo, já que intimidade é
algo que não dividimos com qualquer um. O verdadeiro jejum constrange-nos a um
momento reservado, entre nós e nosso Senhor, se isso não acontecer, se houver
necessidade de alguma maneira de exposição vaidosa do momento, então não é
jejum. O jejum não engrandece o que faz o sacrifício, na verdade jejum de
verdade não constitui sacrifício, o jejum verdadeiro permite que Deus cresça e
que o homem diminua.
“Clama bem alto e não te detenhas; levanta a
voz como a trombeta; anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à linhagem de
Jacó, os seus pecados. Ainda assim eles me procuram todo dia; têm prazer em
conhecer os meus caminhos, como se fossem um povo que pratica a justiça e que
não abandonou a ordenança do seu Deus. Pedem-me juízos corretos, têm prazer em
se chegar a Deus!
Por que jejuamos, dizem eles, e não atentas para isso? Por que nos
humilhamos, e tu não o sabes? No dia em que jejuais, cuidais dos vossos
negócios e exigis que se façam todos os vossos trabalhos. Jejuais para brigas e
rixas, para ferirdes com punho pecador! Se quiserdes que a vossa voz se faça
ouvir no alto, não jejueis como fazeis hoje.
Seria esse o jejum que escolhi? Um dia para que o homem se
humilhe, incline a cabeça como o junco e deite-se em pano de saco e cinza?
Chamarias isso jejum e de dia aceitável ao SENHOR? Por acaso não é este o jejum
que escolhi? Que soltes as cordas da maldade, que desfaças as ataduras da
opressão, ponhas em liberdade os oprimidos e despedaces todo jugo? Não é também
que repartas o pão com o faminto e recolhas em casa os pobres desamparados? Não
é que vistas o nu, o cubras e não deixes de socorrer o próximo?
Então a tua luz romperá como a alva, e a tua cura logo chegará; a
tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda. Então
clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Aqui estou. Se
tirares o jugo, o dedo acusador e o falar com falsidade do meio de ti; e se
abrires a alma ao faminto, e fartares o aflito, a tua luz nascerá nas trevas e
a tua escuridão será como o meio-dia.”
Isaías 58.1-10
O verdadeiro
jejum não é egoísta, não pensa só em si, mas nos outros, nos amados, nos próximos,
nos amigos, nos familiares, na igreja, e acima de tudo, em Deus. É esse o jejum
que agrada o Senhor e que ele ouve.
18/02/14
Porque o Senhor conhece meu coração
"Senhor, meu coração não é arrogante, nem meus olhos são altivos; não busco coisas grandiosas e maravilhosas demais para mim. Na verdade, acalmo e sossego minha alma; como uma criança desmamada nos braços da mãe, assim é minha alma, como essa criança. Ó Israel, põe tua esperança no Senhor, desde agora e para sempre." Salmos 131
17/02/14
Ofício de músico
As
pessoas se abrem por um momento fugaz, como um eclipse, por isso é difícil, pra
quem se propõe a ser músico, desviar-se da privação de entendimento, mesmo de
consentimento, de uma existência que terá valor no momento em que a emoção é
compartilhada, mas que será menosprezada minutos depois, quando os holofotes se
apagarem, contudo, o músico tem um holofote em seu coração, esse sim, uma luz
que nunca se apaga, uma luz acesa por alguém muito maior que ele, é para esse
que ele realmente faz música, por isso é que ele não desiste.
“Quem mais eu tenho no céu, senão a ti? E na
terra não desejo outra coisa além de ti. Meu corpo e meu coração desfalecem;
mas Deus é a fortaleza da minha vida e minha herança para sempre. Os que se
afastam de ti perecerão; tu exterminas todos os que se desviam de ti. Mas, para
mim, bom é estar junto a Deus; ponho minha confiança no Senhor Deus, para
proclamar todas as suas obras.” (Salmos 73.25-28).
16/02/14
O Senhor responderá ao seu clamor
"Ai daquele que diz à madeira: Acorda; e à pedra muda: Desperta! Por acaso pode o ídolo ensinar? Está coberto de ouro e de prata, mas não há espírito algum dentro dele. Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra." Habacuque 2.19-20
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