Obra de Deus: um trabalho em equipe

“Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança do vosso chamado; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por todos e está em todos. Mas a graça foi concedida a cada um de nós conforme a medida do dom de Cristo.” (Efésios 4.4-7).

Raramente Deus usa as pessoas em ministérios solitários, quando isso ocorre a exemplo dos profetas do antigo testamento e de João Batista, é de um jeito muito especial, em tempo e lugar diferenciados, e de uma maneira impactante. Via de regra nossos ministérios são de trabalho em equipe, Deus nos chama para fazer parte de um grupo, e é claro, dentro de uma igreja e sob a liderança de pastores e levitas.

Portanto, cuidado, a convicção de chamadas solitárias, muitas vezes (e eu aqui não estou generalizando, como nunca faço nas reflexões) é sintoma de dificuldades sociais, de doenças emocionais não resolvidas, em última instância de orgulho e rebeldia que não se submete à hierarquias e visões ministeriais dos verdadeiros ungidos.

Obras levadas assim estarão sujeitas ao insucesso que deixará o solitário em uma solidão maior ainda, sem apoio e sem amigos. A esse só restará fazer aquilo que deveria ter feito desde o início, se humilhar diante de Deus, colocar-se debaixo de sua mão e dentro de sua vontade, para então descobrir os companheiros, correligionários de um mesmo exército, que farão a obra do Senhor humildemente num trabalho em grupo.

Passado é passado

“Pois crio novos céus e nova terra; e as coisas passadas não serão lembradas, nem serão mais recordadas. Mas alegrai-vos e regozijai-vos para sempre no que eu crio; porque crio alegria para Jerusalém e júbilo para o seu povo.

Exultarei por Jerusalém e me regozijarei pelo meu povo; e ali nunca mais se ouvirá voz de choro nem voz de clamor. Ali não haverá mais criança que viva poucos dias, nem velho que não complete os seus anos; porque morrer aos cem anos será morrer jovem; mas o pecador será amaldiçoado aos cem anos.

Eles edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão do seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque os dias do meu povo serão longos* como os dias da árvore, e os meus escolhidos desfrutarão das obras das suas mãos por longo tempo. Não trabalharão em vão, nem terão filhos para calamidade; porque serão a descendência dos benditos do SENHOR, e os seus descendentes estarão com eles.

E acontecerá que responderei antes de clamarem; e os ouvirei quando ainda estiverem falando. O lobo e o cordeiro pastarão juntos, o leão comerá feno como o boi; e a comida da serpente será o pó. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o SENHOR.”

Isaías 65.17-25

Meu passado não me pesa, não depois que experimentei um milagre de cura emocional de meu Deus, não depois que provei o poder do sangue de Jesus para perdoar e curar, contudo não faço muita questão de lembrar de certos momentos dele.

Sei que ainda preciso mudar bastante, mas já mudei muito, infelizmente, alguns que passaram por mim me procuram pensando conhecer alguém que já não existe, e como sempre é da natureza humana, lembram-se justamente daquilo que eu quero esquecer.

Me perdoem aqueles que gostaram de mim no passado, mas nada como um presente e a esperança de um futuro melhor ainda para que o passado seja apenas passado, nada mais que isso. Como se diz, a fila anda, mas isso é para quem anda.

A igreja dos meus sonhos

Graças a Deus sou um cara completamente contra religião, não no sentido de algo que nos religa a Deus, mas no sentido de manter tradições, ritos, instituições ou criar e seguir dogmas.

Na igreja dos meus sonhos os cultos seriam com poucas pessoas, com a menor quantidade de amplificação possível, unplugged e acústico, não que a igreja não crescesse, mas ao crescer seria sempre dividida em pequenos núcleos para que houvesse comunhão nas reuniões, cultos com muita gente só de vez em quando, para um grande encontro de adoração.

Nessa igreja dos cultos quase que diários, haveria bancos, mas também cadeiras, sofás e muitas almofadas no chão, para que cada um se acomodasse do jeito que achasse melhor, ou não.

As roupas, cada um iria como quisesse, sem absolutamente nenhuma obrigação ou convenção social, pode ter certeza que numa igreja assim você veria gente fazendo o melhor, do seu jeito e para Deus, sem que se sentisse constrangida ou deslocada, é claro que decência seria respeitada e ninguém escandalizaria ninguém com seu jeito pessoal e especial de ser, não em uma igreja onde o amor fosse realmente vivido.

Numa igreja assim os seres humanos seriam recebidos como eram aqueles que se assentavam no chão, nas ruas e sob as árvores, com o Jesus encarnado, como amigos, e não como "irmãos", no sentido formal que a palavra ganhou hoje, onde se chama de irmão alguém que só cumprimentamos por obrigação, aliás, muitos só cumprimentam e respeitam aqueles que têm títulos, status dentro de um grupo cheio de tradições.

Bem, eis aí outra coisa que não haveria em minha igreja, títulos, qualquer que fossem, funções sim, já que todo grupo social precisa disso para sobreviver, mas sem nomes e hierarquias.

Na igreja de meus sonhos não haveria altar, já que isso não é conceito do novo testamento, o altar são os corações, não palcos para que vaidades e egos sejam expostos e reconhecidos.

Na igreja dos meus sonhos haveria muito diálogo, com Deus e entre as pessoas, para se chegar a soluções, e nessa igreja o pecado não seria tolerado ou escondido, seria tratado, com toda a seriedade, mas com muito amor.

Mas a igreja dos meus sonhos já foi revelada, ensinada e vivida, é aquele dos Evangelhos e de Atos, do primeiro século, então para experimentá-la basta que sigamos a Bíblia, sem medo de desagradar aos homens, mas agradando somente a Deus.

Saiba e faça a vontade de Deus

        "Bem-aventurados os que leem e também os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas, porque o tempo está próximo." (Apocalipse 1.3).

          Tem muitas pessoas convencidas de que são cristãs porque estão cheias de conhecimento bíblico, se acostumaram tanto a ouvir pregações e estudos que acabaram se convencendo quem são cristãs, contudo, essas sabem a vontade de Deus, mas não fazem a vontade de Deus, falam e falam, até ensinam os outros, mas não vivem. Avivamento só ocorrerá quando a palavra de Deus for vivida em toda a sua profundidade.

100% santo

        O avivamento não virá enquanto houver pecado encoberto, mesmo que seja simples inconveniência ou aparência do mal, já que não existe 99% santo e um 1% errado, senão for 100%, certo é pecado e pronto. Pague o preço pela santificação, saia do comodismo, mesmo que apoiado por homens, o Espírito Santo é quem sabe e é o único que pode condenar e absolver. Há de se ter coragem para se resolver certas situações a tempo, antes que Deus haja de forma mais severa e sejamos humilhados em público. Quem tem ouvidos, ouça.

Você é responsável pela igreja que participa

Se você perceber uma deficiência na igreja, num ministério, num pastor, glória a Deus, o Senhor te permitiu ver algo que outros talvez não tenham visto ou está te dando condições de resolver um problema que outra pessoa não poderia resolver. Por quê? Porque se alguém tivesse percebido o problema antes, já o teria resolvido. Então um problema visto numa igreja não é motivo para você criticar o ministério ou o pastor e em última instância deixar o ministério. Não, é Deus que está dando a você a oportunidade de resolver o problema. Saiba que nem o pastor poderá fazer isso, se pudesse, ele já teria verificado o problema e solucionado. Cabe a você, debaixo da liderança e autorização do pastor e temor de Deus, por mãos à obra e fazer a sua parte como servo, na humildade e capacidade que Deus está dando a você. Isso é um posicionamento de homem espiritual, de cristão maduro.

Agora se o problema que você está averiguando for motivo para você deixar o ministério, saiba que a igreja ficará com um problema sem solução, não por causa dos obreiros da igreja, mas por sua causa, já que foi você que se negou a resolver a questão. É claro que há casos e casos, uma igreja pode não resolver um problema porque mesmo que tenha consciência dele e seus obreiros possam resolvê-los, ela simplesmente não quer resolver, não quer pagar os preços, às vezes necessários, para uma solução. Nesse caso você ainda deve tentar resolver, no Espírito, respeitando as hierarquias. A lição principal disso é que a Igreja somos nós, nós a fazemos e a mantemos, para a glória de Deus.

Só no Espírito entramos e permanecemos

Se alguém sai de uma igreja por problemas sociais, saiba que encontrará problemas sociais em todas as igrejas, o que faz com que permaneçamos em uma igreja é a convicção espiritual.

É essa que nos fortalece para vencer e conviver com problemas sociais, mesmo porque alguns problemas sociais nunca são resolvidos.

Ocorre que muitos ficam em ministérios por afinidades sociais, e não por convicção espiritual, então quando as afinidades entram em colapso, não existe nenhuma força espiritual que dê forças para continuar.

Foque-se em Deus, sirva o próximo e fortaleça-se na unção do Espírito Santo, não tem outro jeito de entrar e permanecer na obra de Deus.