Erros contribuem para o nosso crescimento, para um acerto maior, mas somente quando admitimos que eles são erros, caso contrário continuaremos errando, sem nunca realmente acertar. O maior erro que o homem comete é achar que experiência com o mundo espiritual se faz com a mente, com conhecimento, com argumentações lógicas. Experiência com Deus se faz com o coração e por causa do coração, pelo que ele era, é, e poderá vir a ser. Desprezar a Deus, é desprezar o próprio coração. O deus que se entende não é Deus, mas depois de crer em Deus, passamos a entender tudo, e então sentimos paz, diferente de tudo neste universo.
16/02/15
15/02/15
Em nome da sonhada coerência
Não
sei como você vai entender o que eu vou falar, se vai dar menos crédito a este
blog por causa das palavras que seguirão, eu não sei, contudo, em nome da
coerência, uma quimera, já que ninguém consegue vivê-la totalmente, eu preciso
dizer algumas coisas. Em primeiro lugar você precisa saber que aceito e creio
nas referências absolutas de Deus: sei que Deus pode fazer o impossível, sei
que ele pode nos perdoar de todo o pecado e que de maneira equivalente, depois
de perdoados, nos podemos perdoar as pessoas e amar a todos.
Contudo,
mas, porém, todavia, entretanto, não obstante e todas as demais conjunções
adversativas existentes em nossa língua, eu tenho dificuldades de amar muitas
pessoas, de aceitá-las como elas são, mesmo de perdoar algumas. Por isso levo
alguma amargura em meu coração? Sim, levo. Me considero incoerente por causa
disso? Perco o direito de ensinar a palavra de Deus por causa disso? Não me
acho cristão por causa disso? Não, não mesmo, ao contrário, sob o meu ponto de
vista, me vejo ainda mais crente, visto que experimento o sobrenatural numa
natureza fraca, limitada, humana.
Os
que se colocam como críticos de tudo e de todos, que buscam álibis para não
fazerem parte dessa igreja ou daquele grupo, que se postam arrogantemente como
coerentes, desconstruirão a humanidade de um verdadeiro cristão para construir
super homens, na presunção de serem mais honestos, se colocam como falsos
mestres. Então, aonde está a coerência, a coerência tão sonhada? Está em
admitir a incoerência, a impossibilidade de falar e viver a mesma coisa.
Todavia,
o verdadeiro cristão fundamenta-se no sangue de Jesus, nele pode se achar coerência,
já que nele há perdão, purificação, restabelecimento de referência, não a do
homem, mas a de Deus. É o perdão no sangue do cordeiro que nos permite renascer
a cada dia, a partir do zero, como bebês espirituais. A partir desse nascimento
temos novas oportunidades, outras chances, para colocar em prática o que
ouvimos nos púlpitos, das bocas dos pastores, professores e profetas, de nossas
próprias bocas. A experiência diária de se analisar no Espírito Santo, de achar
erros e pecados, e então de se apossar do perdão de Jesus, nos torna mais sábios,
aprendemos a prometer menos, a gritar menos, a falar menos, mas a viver mais.
Não,
estou longe do alvo, e fico mais, a cada dia que passa, não a cada dia de vida,
mas a cada dia de vida com Deus. Fico cada dia mais incoerente, contudo, na
honestidade, na humildade, e acima de tudo, na confiança de que há remissão no
sangue de Cristo, renasço, me purifico, refaço as referências, e encontro coerência,
na misericórdia, na graça e no amor de Deus. Adorando a Deus no Espírito, e não
somente em minha mente e em meu coração, rendendo-me aos pés do Senhor,
esforçando-me para entender as coisas espirituais, clamando e gemendo, vejo
minha amargura ficar mais doce, aos poucos, pois experimento a presença de Deus
caindo no mar de dúvidas e de dores de minha alma, e fazendo-me um ser humano
melhor, mais coerente, para a glória do pai.
14/02/15
É preciso parar de ser criança mimada
Mimado não é necessariamente alguém rico, acostumado a ter tudo o que deseja na área material de graça, sem pagar preços, mimado é quem foi criado, principalmente por pai e mãe, protegido da verdade e da realidade. Não é fácil se livrar dos mimos, e alguns pais dão isso aos filhos mesmo estando todos em idade avançada, mesmo sendo os pais, bisavôs, e os filhos, avôs. Mas, infelizmente, ou melhor felizmente, para haver crescimento, para haver evolução, para haver cura, e acima de tudo, para haver vida, temos que enfrentar verdades e realidades. Caso contrário, seremos sempre crianças mimadas, mesmo que em corpos de adultos, e como tais gostando de forma doentia e equivocada de coisas de crianças, um transtorno psiquiátrico que se não for resolvido, pode virar caso policial.
Não pense que se livrar de uma vida mimada é fácil, é muito difícil, dói demais, principalmente se isso tiver que ser feito em idade fisicamente avançada. São terríveis e cruéis, os engenhos psicológicos que muitos criam para manter seus mimos, suas excentricidades, seus fetiches, suas doenças, e isso é trágico e patético. A assunção de pecados como responsabilidade pessoal, e a confiança de que existe perdão para eles somente em Cristo, é a única libertação efetiva dos mimos, que são impostos a nós, mas que nós também deixamos que se instalem em nossas personalidades. Resumindo: livrar-se de mimos é se livrar da criança que muitas vezes insiste em viver em nós, é crescer e achar sentido na vida, é conquistar o mundo, mas principalmente, é experimentar a sabedoria e o amor de Deus como seres adultos.
13/02/15
Uma igreja dividida: até quando?
“Então, olhei e vi, diante de mim, o Cordeiro
em pé sobre o monte Sião, e junto a ele cento e quarenta e quatro mil, que
traziam, escritos na testa, o nome dele e de seu Pai.
Ouvi um som do céu, como o barulho de um temporal e o estrondo de
um grande trovão. O som que ouvi era como o de harpistas que tocavam suas
harpas.
Cantavam um cântico novo, diante do trono e diante dos quatro
seres viventes e dos anciãos; e ninguém podia aprender o cântico, senão os
cento e quarenta e quatro mil, os que foram comprados da terra.
Estes são os que não se contaminaram com mulheres, porque são
virgens. São os que seguem o Cordeiro aonde quer que vá. Foram comprados dentre
os homens para serem as primícias para Deus e para o Cordeiro.
Mentira alguma saiu de sua boca, pois são irrepreensíveis.”
Apocalipse 14.1-5
Olhando
o cenário evangélico brasileiro, vejo uma Igreja dividida. Por um lado, uma
grande maioria, sintoma da sociedade atual, da cultura vigente em nosso país
mesmo fora da Igreja, esses são os corajosos, contudo, para terem experiências
emocionais dentro de templos que se tornaram casas de show, lideradas por
pastores interessados em poder e glória desse mundo, em dinheiro e em conforto,
alimentados por uma crescente classe de artistas, principalmente músicos, entorpecendo
a alma com mantras hipnóticos e com letras minimalistas, colocando o povo como
vítima para que com o mínimo esforço, e uma fé irresponsável e não bíblica, cobrem
de Deus, uma atitude que eles deveriam tomar, esses não querem servir, mas
serem servidos.
Por
outro lado vejo um povo em minoria, ainda centrado na palavra de Deus, buscando
a essência da igreja primitiva, contudo, um povo tímido, fechado, minguando em
templos grandes e antigos, em ministérios tradicionais e intelectualizados, um
povo de uma classe social que não precisa de milagres para ganhar o pão de cada
dia, para comprar uma casa própria, mas sendo escravizado por doenças psicológicas,
por depressão, somatizando enfermidades terminais, com medo de um extremo, mas
caindo no outro extremo: não adoram a Deus com todo o coração, com todo o
entendimento, com todo o sentimento, fazem morrer o Espírito.
A
coragem está nas mãos dos loucos e hereges, enquanto a timidez habita o coração
dos lúcidos. Deus tem salvo o povo brasileiro? Claro que sim, nas “universais”
da vida e naquelas que são “universais” na prática, mesmo dizendo para todos
que não são e que abominam a “universal”. Todavia, nesse meio, não acharão
alimento para crescer e dar frutos, seus galhos serão sufocados pelos espinheiros
que não foram aniquilados, ou suas raízes serão cerceadas pelas pedras que não
foram retiradas, plantadas em terra ruim padecerão. Enquanto que os que possuem
a boa terra, o ensino que leva o coração a ser purificado e preparado para
receber a boa semente do evangelho, guardam seus talentos nos bolsos, mofados e
escuros.
É
tempo dos profetas de Deus se levantarem, sem medo de pastores falsos e
inescrupulosos, é tempo dos homens temerem a Deus, mas lançarem fora qualquer
medo de homens, mesmo que esses se fantasiem de servos de Deus. Mas antes da
palavra ser dita, é preciso preparo, com oração, com quebrantamento, com estudo
da Bíblia, e dela por inteiro, não somente partes convenientes. Desse encontro,
a miséria e a condição espiritual de pobres e famintos serão conhecidas, então a
santidade será desejada e provada, levando os profetas ao centro da vontade de
Deus. Só então a palavra profética poderá ser declarada a fim de preparar a
Igreja que será arrebatada. Isso sim, e não pentecostalismo de vaidades e
sinais exteriores, prosperidade material, poder político, ou ministérios
poderosos, é avivamento, o avivamento bíblico.
12/02/15
O inimigo dentro de nós
Por que é mais fácil colocar as pessoas em guerras contra o diabo e contra outras pessoas? Porque isso é mais fácil, é assim que muitas preferem ver as coisas, dessa forma o inimigo está fora delas, e elas não têm responsabilidade sobre o mal, apenas capacidade de destruí-lo. Contudo, identificando o inimigo presente no próprio coração, instalado com consentimento das pessoas, leva-as a confrontarem a si mesmas, entrega a responsabilidade para elas.
O cristianismo abrange tudo, inimigos externos e internos, mas uma importante ênfase de Jesus foi a de que o reino de Deus estabelecido por ele, habitaria o coração dos homens, o interior de cada um. O cristianismo revela que a cura, a libertação, a salvação, são experimentadas através de assunção dos próprios pecados, tomando a iniciativa através de uma disposição pessoal e individual. Isso é encarar e vencer de maneira madura, de maneira certa, e muito mais eficaz.
11/02/15
Todos somos carentes
É triste como as pessoas usam coisas equivocadas para esconderem suas carências, para pousarem de fortes, para se protegerem, e é claro, quem age assim consigo mesmo, agirá assim com as outras pessoas, com frieza, com desprezo, assim como terá muitas dificuldades para conviver com autoridades de maneira geral, e principalmente, com Deus.
Amor se prova querendo amar e se deixando ser amado, até Deus requer amor, só que no caso dele, e exclusivamente dele, é chamado de adoração. Não, não existe pessoa que não seja carente, somos seres carentes, contudo, admitir isso, é parte do caminho para ter as carências resolvidas da maneira correta, amando e se deixando amar pelas pessoas certas, e principalmente, por Deus.
10/02/15
Deus realmente já transformou a tua vida?
Podemos passar anos vivendo dentro de igrejas, lendo Bíblia, comportando-nos socialmente como cristãos, e mesmo assim, sem provar de Deus um milagre de mudança de vida, de cura emocional, de novo nascimento. Somos cristãos porque somos honestos, trabalhadores, bons cidadãos, caridosos, amorosos para com os fracos e necessitados? Muitos não cristãos também são assim, verdadeiros exemplos de prática de vida de homens de bem, virtuosos, moral e eticamente corretos. Faça uma análise de sua vida, de todo o tempo que tem chamado a si mesmo de crente, de evangélico, de protestante, de cristão, você pode até estar sendo um promotor do evangelho, mas até que ponto permitiu que Deus transformasse sua vida, executasse curas em seu coração, você realmente teve um novo nascimento em Cristo?
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