sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Uma igreja dividida: até quando?

Então, olhei e vi, diante de mim, o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e junto a ele cento e quarenta e quatro mil, que traziam, escritos na testa, o nome dele e de seu Pai.
Ouvi um som do céu, como o barulho de um temporal e o estrondo de um grande trovão. O som que ouvi era como o de harpistas que tocavam suas harpas.
Cantavam um cântico novo, diante do trono e diante dos quatro seres viventes e dos anciãos; e ninguém podia aprender o cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil, os que foram comprados da terra.
Estes são os que não se contaminaram com mulheres, porque são virgens. São os que seguem o Cordeiro aonde quer que vá. Foram comprados dentre os homens para serem as primícias para Deus e para o Cordeiro.
Mentira alguma saiu de sua boca, pois são irrepreensíveis.
Apocalipse 14.1-5

Olhando o cenário evangélico brasileiro, vejo uma Igreja dividida. Por um lado, uma grande maioria, sintoma da sociedade atual, da cultura vigente em nosso país mesmo fora da Igreja, esses são os corajosos, contudo, para terem experiências emocionais dentro de templos que se tornaram casas de show, lideradas por pastores interessados em poder e glória desse mundo, em dinheiro e em conforto, alimentados por uma crescente classe de artistas, principalmente músicos, entorpecendo a alma com mantras hipnóticos e com letras minimalistas, colocando o povo como vítima para que com o mínimo esforço, e uma fé irresponsável e não bíblica, cobrem de Deus, uma atitude que eles deveriam tomar, esses não querem servir, mas serem servidos.
Por outro lado vejo um povo em minoria, ainda centrado na palavra de Deus, buscando a essência da igreja primitiva, contudo, um povo tímido, fechado, minguando em templos grandes e antigos, em ministérios tradicionais e intelectualizados, um povo de uma classe social que não precisa de milagres para ganhar o pão de cada dia, para comprar uma casa própria, mas sendo escravizado por doenças psicológicas, por depressão, somatizando enfermidades terminais, com medo de um extremo, mas caindo no outro extremo: não adoram a Deus com todo o coração, com todo o entendimento, com todo o sentimento, fazem morrer o Espírito.
A coragem está nas mãos dos loucos e hereges, enquanto a timidez habita o coração dos lúcidos. Deus tem salvo o povo brasileiro? Claro que sim, nas “universais” da vida e naquelas que são “universais” na prática, mesmo dizendo para todos que não são e que abominam a “universal”. Todavia, nesse meio, não acharão alimento para crescer e dar frutos, seus galhos serão sufocados pelos espinheiros que não foram aniquilados, ou suas raízes serão cerceadas pelas pedras que não foram retiradas, plantadas em terra ruim padecerão. Enquanto que os que possuem a boa terra, o ensino que leva o coração a ser purificado e preparado para receber a boa semente do evangelho, guardam seus talentos nos bolsos, mofados e escuros.
É tempo dos profetas de Deus se levantarem, sem medo de pastores falsos e inescrupulosos, é tempo dos homens temerem a Deus, mas lançarem fora qualquer medo de homens, mesmo que esses se fantasiem de servos de Deus. Mas antes da palavra ser dita, é preciso preparo, com oração, com quebrantamento, com estudo da Bíblia, e dela por inteiro, não somente partes convenientes. Desse encontro, a miséria e a condição espiritual de pobres e famintos serão conhecidas, então a santidade será desejada e provada, levando os profetas ao centro da vontade de Deus. Só então a palavra profética poderá ser declarada a fim de preparar a Igreja que será arrebatada. Isso sim, e não pentecostalismo de vaidades e sinais exteriores, prosperidade material, poder político, ou ministérios poderosos, é avivamento, o avivamento bíblico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário