13/01/16

Sobre os últimos tempos

      "Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim." Mateus 24:9-14

      O Espírito Santo tem me levado a escrever reflexões bastante críticas nos últimos tempos, não ao mundo, mas às igrejas e seus líderes, isso é consequência de um momento que vivemos no meio evangélico-protestante, momento onde, principalmente, a adoração tem levado as igrejas a provarem certo avivamento e consequente aumento de templos e membros, contudo, o desvio de muitos líderes, seja pela heresia, seja pela ganância, tem impedido novos convertidos de terem um amadurecimento espiritual e doutrinário, já que tais líderes têm achado mais conveniente dizer o que as pessoas querem ouvir, não o que precisam, questionamentos sobre isso têm sido ênfase das últimas postagens, digo isso com temor e amor, oremos para que essa situação mude urgentemente, o arrebatamento se aproxima.

Sobre a disciplina nas igrejas

     Até que ponto em nome de um amor sem sabedoria ou de uma conveniência política, não estamos tentando segurar a mão de Deus que quer pesar sobre os homens? Sugiro leitura de I Coríntios 6, a reflexão a seguir não é um estudo detalhado sobre a passagem, mas creio que o texto ajudará nos questionamentos levantados a seguir.

      Cuidado, se você se colocar entre Deus e aquele que ele quer disciplinar, a mão do Senhor pode pesar sobre você, enquanto o errado, permanece sem disciplina. Não estou querendo dizer que devemos exercer qualquer tipo de punição ou de ação vingativa sobre o errado, não, mas que devemos deixar Deus agir, nos distanciarmos e permitirmos que o Senhor execute sua disciplina do seu jeito. Alguns, querendo mostrar uma espiritualidade que não têm ou escondendo uma carnalidade condescendente, protegem o errado que não devidamente disciplinado acaba não aprendendo com seu erro e errando novamente, escandalizando ainda mais o evangelho.
       Às vezes, não fazer, é a melhor coisa a se fazer, e não fazer nada mesmo, permanecermos em silêncio e em oração, se queremos agradar a Deus e não aos homens. Pode ter certeza, Deus não pesa a mão sobre inocentes, sobre novos convertidos, sobre fragilizados, mas sim sobre aqueles que pelo tempo na fé já deveriam estar amadurecidos, mas continuam dando lugar ao ego e não ao Senhor.
      Contudo, chegamos num ponto, no mundo atual, que gente disciplinada por igreja, excluída, etc, está entrando em processo judicial contra igreja e pastor, e já ouvi falar de caso de gente que ganhou a causa. Em primeiro lugar isso é um equívoco da legislação, fazer parte de um grupo social como de uma igreja, é algo feito por livre arbítrio da pessoa, e quando ela entra no grupo sabe as regras que devem seguir seus participantes. Excluir da igreja não impede qualquer outra ação da pessoa na sociedade secular, a não ser fazer parte de ministérios de igreja e tomar a ceia, e é claro, se houver conserto e arrependimento, é algo que pode ser revogado.
      Mas isso é consequência da superficialidade com que as pessoas são ensinadas nas igrejas, não têm temor a Deus, querem apenas aprovação dos outros e receber milagres físicos, ninguém quer mudança de caráter, transformação de vida interior. Se houvesse pelo menos um pouco disso, mesmo o que cai em pecado sério e é disciplinado, se resignaria com a disciplina, que não é de homens, mas de Deus. Contudo, gente mal ensinada e mal intencionada é orientada por gente igualmente sem intimidade real com Deus e com intenções erradas com relação ao reino, a consequência é essa verdadeira baixaria de cristão processando cristão na justiça desse mundo.
      Com relação, todavia, a leis externas interferindo na Igreja, é só mais uma arma do inimigo contra os cristãos, numa perseguição que existe nos dias atuais, e nos países ditos mais civilizados, não física, mas legal e moral. Infelizmente vivemos um  momento quando não se pode dizer o que pensa sobre alguns assuntos, como homossexualidade, criação de filhos e referências para casamento, sem sofrer o risco de até ir preso.
      Mais triste ainda é ver pastores, que juram nos púlpitos e gritam na adoração que dariam a vida pelo evangelho, deixando de disciplinar adúlteros e ladrões (e nem me refiro aos que usam armas para assaltar, mas os que deixam de pagar impostos e usam serviços piratas de TV, internet e telefonia em suas privacidades), com medo de ações judiciais. Os mesmos pastores que satanizam, generalizam e odeiam, na prática, os homoafetivos (mesmo que jurem nas palavras que os amam), não têm coragem de confrontar a promiscuidade e a ganância, muitas vezes em cima no altar, em meio à liderança da igreja.
       Quem deve teme, e quem cobra dízimos e ofertas na carne, usando a Bíblia de forma equivocada e apelos emocionais constrangedores, para fins pessoais e vaidosos, fica sem moral para exortar ovelhas dissolutas e mentirosas, é triste ver para onde caminha o evangelho em tantas igrejas brasileiras. Para encerrar volto a uma fala já dita aqui no blog: os verdadeiros profetas de Deus precisam se levantar, em amor, sim, sempre, sem temor, para preparar a Igreja que vai ser arrebatada, muitos desses profetas, intimidados e desprezados, que não conseguem se encaixar nesse sistema pútrido que comanda a maior parte das denominações evangélicas e protestantes atuais. 

12/01/16

Líder humilde que faz alianças

       "Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?
      Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós."
I Coríntios 12:14-21

        Segue uma reflexão sobre a administração do corpo de Cristo, aqui não está um julgamento de valor, de colocar pessoas como melhores ou piores do que outras, é apenas uma visão da hierarquia da igreja local, hierarquia necessária e existente em qualquer sistema social que precisa funcionar bem.

   Grandes ministérios se constroem com grandes alianças, um grande reino se gerencia com compartilhamento de administrações, um exército só tem eficiência quando um general compartilha e sincroniza suas ordens com um segundo escalão de líderes que comandarão o vigente de subordinados mais inferiores. É preciso coronéis, capitães, tenentes, sargentos e cabos, entre o general e os soldados rasos, um único general comandando diretamente os saldados terá dificuldade de atingir suas metas, concretizar sua missão com eficiência.
     Na igreja, nos ministérios, um líder precisa ser amigo de seus iguais, ou pessoas mais capacitadas e específicas, precisa dividir com eles sua visão, seu sonho, precisa ganhá-los e encantá-los, para que o ajudem a realizar a obra. Se tratá-los como soldados rasos, e não como segundo escalão, não conseguirá usar suas capacidades, capacidades essa que o líder não possui (e nem precisa possuir), e que são de suma importância para que uma grande visão se torne realidade. Por outro lado, os de terceiro escalão, na igreja, não podem ser tratados simplesmente como empregados, para os quais uma ordem é dada e deve ser obedecida, prontamente, sem muitas explicações. O terceiro escalão, dentro da igreja, são as ovelhas, a noiva de Cristo, que deve ser tratado com amor, com respeito, com cuidado.
       Seja como for e com quem for, segundo ou terceiro escalão, um líder é o que tem a visão da obra, sim, e que tem urgência em fazê-la, mas precisa ter humildade para tratar a todos, paciência, administrando com inteligência a obra, atraindo pessoas com capacidades específicas para comandar com ele, e mantendo a grei, que na verdade é o objetivo principal de todo ministério, não apenas meios, mas fins, já que o evangelho se propõe a salvar vidas, e não apenas a construir sistemas funcionais para manter o corpo de Cristo.

      A questão é que segundo escalão pensa, questiona, não engole qualquer coisa de qualquer jeito, por muitos fatores, desde uma maturidade espiritual maior até um nível intelectual mais apurado. Esse segundo escalão não é interessante para maus líderes, que querem quantidade e não qualidade, que querem fazer as coisas do seu jeito, sem dar satisfação a ninguém, e principalmente a líderes inescrupulosos que querem lucros pessoais, sejam financeiros ou vaidosos com a obra.
      Esse tipo de líder simplesmente ignora a necessidade e a existência de um segundo escalão, existência sim, porque mesmo ignorado, o Espírito Santo chama algumas pessoas para serem segundo escalão, para debaixo do líder, serem sub-líderes na congregação. Assim algumas igrejas até começam a crescer, mas se tornam inviáveis com o tempo e então param de crescer, já que o sub-líderes, não encontrando apoio e nem oportunidade para desempenharem seus ministérios, são lançados fora.
       Muitos assim estão hoje frustrados e largados, talentos e dons preciosos sem uso, enquanto muitas igrejas seguem, não como corpos de Cristo perfeitos, mas como monstros, cabeças com troncos, mas sem pés e mãos, com um líder vaidoso querendo mover sozinho um corpo dilacerado e ineficiente, desobedecendo a Deus, tentando anular a obra do Espírito Santo, mesmo que se proclamem líderes pentecostais avivados e cheios do Espírito.

11/01/16

Tenha coragem e obedeça

      "E falou Deus a Israel em visões de noite, e disse: Jacó, Jacó! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação." Gênesis 46:2,3

      Vejo o povo de Deus brigando com a vida, consigo mesmo, com as pessoas, simplesmente porque insistem em desobedecer ao Senhor. Muitos, buscando desesperadamente uma saída, uma solução, não entendem que estão na situação que estão porque Deus já lhes deu a ordem, que os poderia levar a uma situação de vitória, mas eles, desobedeceram. Então, não adianta orar, jejuar, subir monte, descer monte, basta sair da zona de conforto, que pode até estar disfarçada de ministério, de obra de Deus, mas que não é a vontade de Deus. Novamente digo, é preciso coragem, para obedecer, mesmo que aparentemente seja deixar Canaã para ir ao Egito, como aconteceu com Israel, contudo, foi no Egito onde o povo de Deus deixou de ser uma família para ser uma nação, com capacidade de testemunhar o nome do Senhor no mundo. 

10/01/16

Amor e justiça: equilíbrio divino


      Que tenhamos coragem de ser fieis mesmo quando muitos acharem que não estamos sendo assim tão benignos, já que muitos querem ser benignos, não por ingenuidade ou falta de experiências, mas por conveniência e meio político de agradar à maioria. Nem sempre fidelidade anda junto com benignidade, não aos olhos dos homens, amor com justiça só encontram coerência e equilíbrio aos olhos de Deus. Quanto à popularidade, ela sempre é enganosa, muitos dos que aplaudiram Jesus, depois aprovaram sua crucificação e o trocaram por um bandido, mas na verdade todos os que vendem o evangelho, são bandidos, seus lucros, no final, serão suas próprias ruínas. É preciso coragem para realmente seguir a Jesus, coragem e desprendimento, coisas que muitos pregadores que visam riqueza e poder não têm.

08/01/16

Vozes convenientes para os ouvidos certos

        Definitivamente, odeio política, e aqui não me refiro à classe que administra o país em Brasília, mas a todo o tipo de gente que procura ganhar a aprovação de todos, passando por cima da clareza de mente, da justiça de coração e da verdade de espírito, pousando de homens caridosos, pacificadores e altruístas, enquanto são apenas meninos vaidosos, mentirosos e covardes. Todavia, uma geração mimada e ociosa procura homens que digam a ela o que ela quer ouvir, e não o que precisa ouvir, por isso cresce tanto o número de políticos.