18/04/18

Paz

      "Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra." Salmos 119.67

      Paz tem os loucos bons e as crianças, sejam essas últimas da idade que forem. Paz é não quebrar alianças, seja com homens ou com Deus. Mas quem pode ser fiel consigo mesmo? “Metamorfose ambulante", como diz o poeta, é isso que somos, para a paz acompanhar tantas mudanças humanas é difícil. Assim, referência de paz muda, enquanto vivemos, assim como o controle de qualidade que podemos fazer dela. No início almejamos uma paz tão grande, tão idealista, mas depois vamos abrindo mão de certas exigências pessoais, e com pouco temos paz, mas talvez esse seja o meu processo, ou o processo de pessoas da minha geração. Nas últimas gerações vemos o contrário, na juventude eles nem pensam em paz, vão vivendo e buscando prazer. Depois contudo, cai o remorso como bigorna de desenho animado antigo sobre suas cabeças, então os irresponsáveis buscam a paz que nem sabiam que existia. Mas a verdade é que muitos ignoram paz interior, ela é totalmente substituída por um corpo satisfeito, estômago cheio, dinheiro no bolso, brinquedos tecnológicos disponíveis e sexo à vontade.
      Você tem paz? Lembro que no início da minha vida como convertido, nos anos 1970, paz era volorizada. Os evangelistas diziam o tempo todo, só Jesus pode dar paz, sem Cristo não há paz. Nos últimos tempos o que vejo nos púlpitos é, creia e Deus fará um milagre, o impossível em tua vida acontecer, esse milagre, esse impossível, não é a paz, mas coisas materiais, dinheiro, casamento, cura. O cristão atual, principalmente o do meio pentecostal, perdeu a noção da importância da paz, tendo dinheiro no bolso, um marido ou uma mulher pra chamar de sua, basta. O pecado fácil e a falta de cobrança de pais e pastores, deixou o homem insensível, mesmo dentro de igrejas. Aí reclamam quando toda a sociedade vive um momento de tanta violência, no Brasil, com gente sendo criada dentro de igreja, mas ainda assim sendo ganha pelo mundo, por sua cultura e seus valores. Os que continuam nas igrejas, com uma vida civilizada, são apenas religiosos, que toleram os hereges, escolhendo cantar (e não adorar de fato), mas não fazendo nenhuma diferença na sociedade.
      Paz importa? De verdade? Paz com Deus e com nós mesmos? A mais verdadeira paz se experimenta no silêncio e na solidão. No meio de um culto barulhento, de um show de música, de um comício, de uma partida de futebol num estádio ou de uma orgia, poucos pensam em paz, existem sentimentos mais fortes que a sublimam. Mas à noite, sozinho na sala, com a TV desligada, enquanto a família dorme, numa segunda-feira, a paz é buscada como água no deserto, é desejada mais que a vida, é joia rara e preciosa, a coisa mais cara do mundo. Isso, contudo, é para os que têm coração, ou que o adiquiriram com o tempo, os que não perderam a sensibilidade principalmente espiritual. O pecado, insistentemente cometido, não deixado, e com os anos, aceito como não mais pecado, anula a paz, mata a necessidade de quere-la. O que fica é um coração vazio, frio, que não acha mais prazer em nada. Feliz o homem que sente no coração a dor da culpa, mais feliz o que acha cura para ela no sangue de Cristo, mas bem-aventurado é o que encontra a paz e a guarda, como o tesouro mais precioso.
      “Antes de ser afligido andava errado", boa coisa é ser afligido pelo Senhor, não concorda? Deus nos atrai para a sua paz, essa é a maior bênção que ele nos dá. Nessa intenção o Espírito Santo faz doer nossos corações, e ainda bem que é assim, dessa forma aprendemos, como crianças, que o errado faz mal e o certo faz bem. Aí, todavia, reside um grande problema das últimas gerações que simplesmente se negam a sofrer, que não querem passar pela dor da maneira correta. Com essa rebeldia, eles nunca aprendem, não mudam, envelhecem ainda na adolescência e ficam assim pelo resto de suas vidas, mesmo que queiram manter os corpos jovens (assunto que refleti na postagem de ontem, “Eternidade”). Fugir da dor não amadurece, é preciso senti-la em toda a sua intensidade para adquirir responsabilidade, e depois, quando ela passar, porque em Deus toda dor sempre passa, crescer como ser humano. O homem maduro procurará com todo o coração não errar mais, ele sabe o preço caro que custa um caminho irresponsável e egoísta.
      Paz, só Jesus pode dar paz, diz uma canção que fiz nos anos 1980, tema tão comum nos púlpitos e nas composições cristãs de quarenta anos atrás. Paz, virtude que as pessoas parecem ignorar hoje em dia, mesmo cristãos. Paz, uma palavra tão pequena na língua portuguesa, mas um sentimento exclusivo, intenso, que compensa a ausência de muitos outros. Paz se sente mesmo na ausência do amor do próximo, mesmo na falta de bens materiais, mesmo na negação de aprovação dos homens. Paz experimentamos depois que buscamos ao Senhor com todo o coração e com toda a razão e ouvimos uma frase pequena e simples, que nos dá paz. A voz do Espírito Santo nos dá paz, e Deus fala a cada um de nós de maneiras diferentes em momentos diferentes, só para nos dar a paz. A coisa que Deus mais deseja para o homem é que ele tenha paz, por isso a insistência na verdade que diz que sem Cristo não há paz, verdade que muitos teimam em não entender, ligando Jesus a mais uma religião ou às práticas de falsos cristãos que não dão testemunho do evangelho da paz.
      Eu já senti a paz de Deus em momentos que achava impossível senti-la, encontrar em Deus a paz é o maior milagres que experimento. Abro mão de riquezes e honras para ter a paz de Deus, sei que se a sinto estou em conformidade com a vontade do Senhor, sei que estou obedecendo a ele, apesar de tudo, e que ele está se agradando de mim. Não existe adoração mais profunda que estar em paz com Deus, uma adoração silenciosa, secreta, única, na intimidade do Senhor. Temos direito à paz, todos precisamos saber disso, ela não é opcional, mas há de se ter humildade e simplicidade para prova-la. O arrogante que se perde nos próprios pensamentos, que se deixa escravizar pelos prazeres e pelas mentiras espirituais do diabo, não acha paz, mas só confusão e armadilhas. Na paz do Senhor temos lucidez, andamos na luz, e melhoramos sempre. Sem paz, mesmo que por causa de uma mentira, de algo de errado que nós nem fizemos, podemos nos perder, e o que era só falta de segurança se transforma em pecados maiores, em vícios, em ódio, em mágoas, em doenças físicas e psicológias.
      Busquemos a paz e a guardemos, com convicção, e não a troquemos por nada, quem tem paz com Deus, está protegido e pode exercer amor e fé com liberdade, com pureza, no Espírito Santo e através de Jesus Cristo, o príncipe da paz!

17/04/18

Eternidade

      "Forever young", nas últimas décadas, desde os anos 1980, quando a geração da revolução social e cultural dos anos 1960 começou a envelhecer, temos visto uma obsessão do ser humano para se manter jovem. Preocupação com a saúde, mais que isso, com a estética exterior, tem mudado o conceito sobre quem é jovem. Os cinquenta anos são os novos quarenta, os quarenta são os novos trinta, e por aí vai, todo mundo quer ter vinte anos para sempre. Academias tomam lugares de asilos, são os templos de adoração da juventude, corpo perfeito para sempre, nutricionistas e esteticistas são os sacerdotes desses templos, mas o deus realmente adorado é o ego humano. O ser humano mudou moralmente, melhorou espiritualmente com isso? Não, na verdade nunca se viu um homem tão vazio e cansado do prazer imediato e fácil. Mesmo com a AIDS, com o politicamente correto, a depravação e a libertinagem deixaram de ser pecado. Isso agora é direito de todos, todos que se negam a amadurecer, a aceitar que a ação do tempo é inexorável e possui uma finalidade útil. Querem usufruir mil anos em um, como adolescentes sem pais ou autoridades que lhes digam o que é certo e o que é errado, aliás, certo e errado não existem mais, isso é coisa do passado, de gente velha que não caiu na realidade do mundo moderno atual.
      Quando se nega o tempo, foge-se da morte, sem enfrentar a morte não se tem de fato qualquer responsabilidade com a eternidade, aquilo que acontecerá depois que o corpo físico morrer. Sim, isso é mais uma maneira de rejeitar o cristianismo, ou qualquer outra religião que ensine comunhão com o divino para se ter direito a uma eternidade em paz. Mas que equívoco enorme é esse, negar a eternidade é negar o espírito, ver o homem só como um mecanismo de carne que come, dorme, faz sexo e trabalha para manter tudo isso. Tudo isso por quanto tempo? Por setenta anos, oitenta, noventa? Sim, o homem tem vivido mais, planos de saúde têm ganhado muito dinheiro prolongando a vida, mas cem anos é uma gota no mar da eternidade, muito menos que isso, na verdade. É um grande engano desprezar o tempo onde existirá a essência do ser humano, muito mais importante que um instante encarnado aqui neste planeta. Ninguém sabe o que acontece depois da morte? Cientificamente, sim. Mas se não se sabe se o que se viveu na vida física fará diferença na eternidade, também não se sabe se haverá alguma troca de vida física de qualidade por vida espiritual em paz, e entenda-se qualidade como prática de valores espirituais, não só de saúde e equilíbrio emocional.
      Contudo, a eternidade não começa com a morte física, não mesmo. O homem prova a eternidade todos os dias de sua vida física, através de valores e aptidões que não podem ser achados no cérebro ou no coração carnal. Fé, esperança, medo, amor, ódio, assim como imaginação, criatividade, que produzem artes como a música, pintura, poesia, teatro, cinema, etc, tudo isso é muito mais que criações do corpo. É o espírito que sonha, que acredita, que nasce e que morre, o corpo segue junto, limitado, envelhecendo, mesmo que o espírito permaneça jovem para sempre. O que faz o espírito reviver e reviver, renovar-se, não são excercícios físicos, regimes alimentares, mesmo que isso faça algum bem às emoções e aos pensamentos. Espírito só pode ser alimentado com alimento espiritual, e só um espírito vivo sobreviverá na eternidade com vida e com o criador de toda a vida, Deus.
      Impossível falar em eternidade sem falar no Deus verdadeiro e em Jesus como o único meio de se chegar a ele. Religiões, de um modo geral, entregam ao ser humano uma maneira de se ter comunhão com o divino, com o mundo espiritual, com Deus, com a eternidade. Mas religões de homens, inventadas por homens, darão soluções humanas para se ter essa comunhão. Só o cristianismo é a religião de Deus, onde criador da eternidade dá ao homem uma solução eterna para que sua essência, o eterno espírito humano, viva em paz. Só o pai dos espíritos pode dar ao espírito humano uma solução espiritual para viver a eternidade espiritual, uma solução de cima para baixo. Qualquer outra solução, de baixo pra cima, não terá eficácia. Por que só o cristianismo oferece uma solução de cima para baixo? Porque os fundadores de outras religiões morreram e seus túmulos podem ser achados na terra, todos eles nasceram de pais humanos, e todos eles viveram, mesmo que como sábios e abnegados, um vida espiritual inferior à de Jesus Cristo.
      Bem, a aceitação da verdade do evangelho é através da fé, e o homem pode se recusar a crer. Ele pode dizer que Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo, que Cristo, mesmo sendo alguém diferenciado, teve uma vida mundana ou mesmo se relacionou maritalmente com mulheres, como com Maria Madalena, ainda que se casar e fazer sexo não representem em si algo errado. O homem pode não acreditar no diferencial de Cristo, nem que ele ressuscitou e subiu ao céu com o corpo transformado, mas é só assim que o evangelho pode ser desconsiderado, crendo que ele é uma fraude, uma mentira. Sob esse ponto de vista, qualquer outra religião ou fundador de religião é mais plausível, e o cristianismo senão um engodo, uma loucura. Mas em se tratando de eternidade, de vida espiritual, as referências são outras, é um universo onde só se interage pela fé. Fé não é acreditar em fantasias, em mentiras, mas é acessar uma realidade com valores diferentes, com causas e efeitos distintos dos valores materiais.
      Eu vou dizer uma coisa, com 58 anos de vida, 42 de convertido, tendo errado muito nesta vida, batido a cabeça, demorado para aprender e praticar mesmo conceitos espirituais mais simples, mas tendo experimentando em toda a minha vida uma presença espiritual forte e viva de Deus ao meu lado, sempre me apontando a eternidade como o ponto no horizonte para onde eu devo olhar e seguir. Se eu morresse e verificasse que tudo o que eu esperei da eternidade, baseado no cristianismo, não confere, ainda assim teria valido a pena. Temos que morrer no corpo para viver a eternidade? Não, a eternidade começa aqui, em cada escolha que fazemos por uma vida melhor que os valores deste mundo.
      Confiar na justiça deste mundo? Inútil, neste mundo não há justiça. Confiar na prosperidade que se adquire com trabalho e estudo neste mundo? Tudo isso nada vale numa velhice solitária, doente é triste num leito hospitalar. Confiar no homem? Os que forem humildes construirão uma família, acharão uma companheira ou um companheiro fiel e amoroso, com o qual se divide a existência encarnada, e filhos, nos quais deixar um legado verdadeiro. Acharão também amigos, poucos, mas sinceros e fiés, que os acompanharão sem fazer exigências e os amarão pelo que realmente são. Isso levaremos para a eternidade conosco, bons relacionamentos e valores eternos, mais nada, tudo o que se baseia no homem, incluindo igrejas, são ilusões, enganos, casas de palha que serão queimadas rapidamente com a menor variação daquilo que somos e temos neste plano. Basta mudar de opinião, de igreja ou de emprego, para que muitos homens nos abandonem.
      Eterno é Deus, então deixemos que ele viva em nós, com liberdade, em amor, nunca por obrigação. Por obrigação o Espírito Santo se cala, e falam mais alto as vaidades, mesmo disfarçadas de valores espirituais. Eternidade se escolhe todos os dias, não por medo do inferno, nem por se achar merecedor do céu, mas por amor ao amigo Jesus que se deu por nós. Sabe o que vai entrar no céu? A amizade, com Deus, com as pessoas, o amor desinteressado, mesmo acima do sexo conjugal permitido por Deus com nossos companheiros. Sejamos antes de tudo amigos de esposas e esposos, amigos confiam e nada escondem. Se a eternidade é intimidade com Deus, só entra nela em paz os que são íntimos dele. Quem entra no interior de sua casa, na cozinha, na sala de lazer ou no quarto de dormir? Na sala de estar, com certeza recebemos quase que qualquer um, mas ela é somente para visitas rápidas, para um encontro passageiro, educado. Deus recebe muita gente em uma sala de estar nesse mundo, educadamente fala com as pessoas sobre salvação e sobre a eternidade. Mas somente os salvos e amigos habitarão no céu eternamente com ele. Quer ter uma eternidade em paz, na intimidade do Senhor? Seja amigo de Deus.

16/04/18

Justiça

      “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus, mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo EspíritoI Pedro 3.18

      Fazer justiça é dar a alguém o que lhe é de direito, o mundo está cheio de justiceiros e de gente procurando e elegendo justiceiros. Políticos, artistas, líderes religiosos, o homem ama enchergar em homens assim salvadores da pátria, que façam justiça, principalmente para os pobres e menos favorecidos da sociedade. Atualmente, estamos vivendo um momento assim no Brasil, onde muitos veem num líder populista aquele que pode salvar a nação e que por isso é perseguido pelos que não têm essa ótica. Justiceiros idolatrados nunca estão errados para os que o idolatram, se encarcerados ou mortos, transformam-se em mártires, isso é algo perigoso, que cega as pessoas e cria ambientes de conflitos e violência.
      Mas todos nós em alguma instância nos sentimos injustiçados, desprezados, vítimas, esse sentimento tem sido bastante usado por pregadores mal intencionados para manipular o coração carente do ser humano. Manipulados, os homens fazem qualquer coisa, da adoração desmedida, ao oferecimento da própria vida, passando obviamente pela entrega total e incondicional de bens materiais. Isso é ainda mais preocupante quando vemos que muitos que agem assim, acham estar experimentando a vontade de Deus para suas vidas. Nessa heresia, religões perigosas têm sido mantidas, escravisando e fazendo lavagem cerebral em muitos que sinceramente querem uma vida melhor e livre.
      Contudo, será que todos nós somos realmente vítimas? Será que tdos temos direitos justos a serem reinvidicados? E se isso é verdade, se aplica a qual área, física, emocional, espiritual? Podemos responder essas questões sob dois pontos de vista, com Deus e sem Deus. Sem Deus o mundo é administrado por governos e empresas que valorizam o homem pelo estudo e pelo trabalho. Sei que não acontece de maneira justa para todos, mas no mundo que deveria ser civilizado poderia funcionar assim. Dessa forma, indiferente da relação que o homem tem com o divino, independente da religião ou não do ser humano, se há formação intelectual e trabalho, pode haver uma recompença de vida próspera e honra na sociedade.
      Justiça emocional é algo que o ser humano tem buscado muito nos últimos anos, todos querem satisfação e bem estar. Pra isso cuidam da saúde, do corpo, da alma, em academias, na disciplina alimentar, com psicoterapias, etc, por isso tem crescido tanto publicações de livros de autoajuda, palestras motivacionais e mesmo adeptos às religiões orientais que ensinam relaxamento, meditação e autocontrole. A burguesia também aplaca suas consciências pesadas com apoio a ONGs, asilos, orfanatos, ajuda aos países pobres, e mesmo na defesa do respeito para com animais, cachorros, gatos, etc.
      Todos procuram por justiça, e num mundo onde o cristianismo tem sido desmoralizado, e muitas vezes porque dá lugar a isso, procuram fazer justiça com as próprias mãos, mesmo que troquem uma ajuda financeira mensal pelo direito de portarem armas e matarem infratores. Aliás, eis outra bandeira de muitos no Brasil, direito ao uso de armas pelo cidadão comum, visto o crescimento da violência e do domínio da criminalidade e dos traficantes de drogas. Justiça, justiça! Todos clamam por justiça, a qualquer preço, e abrindo um parêntese, monta-se um palco ideal para a vinda do maior justiceiro do mundo, o anticristo, fecho parêntese.
      Mas qual é o ponto de vista de Deus sobre justiça? O que diz a Bíblia? No entendimento de Deus ninguém é justo, ninguém merece justiça pela vida que leva, tanto o homem mais correto deste mundo, quanto o mais abominável. Todos pecaram e distituídos estão da glória de Deus, ninguém tem créditos espirituais para receber nada, e se não tem espiritualmente, isso interfere em todas as outras áreas, emocional e material. O mais sério contudo, é que o homem nada pode fazer para mudar isso, nenhum esforço, abnegação, trabalho, estudo, religiosidade, caridade e até uma encarnação, se fosse possíve, nada disso pode aliar ao ser humano alguma qualidade que lhe dê direito à justiça.
      Por isso foi tão importante que o próprio Deus encarnasse e sem pecado vivesse, morresse e ressuscitasse em Jesus, para justificar o homem. De graça Deus oferece essa salvação, e isso é a coisa mais excepcional da redenção, algo que muitos homens arrogantes e incrédulos não aceitam. Não precisa dinheiro, nem trabalho, muito menos outras existências encarnadas, basta aceitar, pela fé, o que Cristo fez no lugar do homem. Isso feito, temos então direito à justiça, de maneira plena, completa. Cristom que foi o único que foi vítima de fato, pois morreu pelos outros, não por ele, nos concede gratuitamente todos os direitos da justiça.
      Todavia, existem, sim, vítimas neste mundo, gente numa pobreza extrema, e principalmente crianças, desnutridas, violentadas, injustiçadas. O culpa disso são desses todos, com dinheiro e tempo para buscarem satisfação pessoal, justiça emocional, mas que só olham para os próprios umbigos e não fazem deste mundo um lugar justo. Não, a culpa não é de Deus, nunca foi e nunca será, Deus não descerá do céu para mudar este planeta, não agora, não da maneira que muitos pensam. Cometem esse equívoco tanto os que se revoltam com Deus, exigindo que ele faça algo que não é a parte dele, tanto os que oram e oram solicitando milagres, crendo que Deus satisfará seus desejos egoístas, mas não vivem um evangelho de justiça neste mundo, que realmente ajude os menos favorecidos.

15/04/18

Verdade

      O que é verdade? O dicionário diz que é "propriedade de estar conforme com os fatos ou à realidade, coisa, fato ou evento real" (Google), isso pode ser com relação ao relato de um fato histórico, é verdadeiro se realmente tiver ocorrido. Contudo, com relação às convicções de conceitos subjetivos, morais, e mesmo metafísicos, como certo e errado, bem e mal, existência ou não de Deus, a verdade não é absoluta, mas relativa ao ser humano que a usa. Na verdade, a relativização da verdade é o ponto filosófico mais discutido nos útimos tempos, dar a todo homem direito à sua verdade pessoal, talvez seja a maior bandeira que o mundo levanta atualmente, por trás da tolerância com todas as diferenças, seja de raça, religião, posicionamento polítivo ou gênero sexual. Cada um tem o direito de ser, querer e ter o que desejar, e claro, num mundo civilizado, desde que não violente ninguém. Sem filosofar muito no assunto, vamos ao uso comum e prático que o ser humano faz daquilo que considera verdade em sua vida diária, verdade moral, ética e religiosa de cada um.
      É interessante procurar entender também os conceitos de moral e de ética, algumas definições podem ser achadas no link "Diferença entre moral e ética", neste outro, da mesma página, leia "exemplos práticos da diferença" entre moral e ética. Um exemplo simples sobre a diferença entre moral é ética, está no tipo de atitude que podemos tomar, em relação a um mendigo que nos pede algo. Pela ética social não somos obrigados a dar esmolas a ninguém, mas por um princípio moral pessoal, podemos dar a esmola, assim, nesse caso, dar esmola pode ser uma verdade variável de pessoa para pessoa. A verdade sobre conceitos subjetivos está ligada à moral de cada indivíduo.
      Então eu chego às palavras famosas ditas por Cristo, "eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14.6), nelas Jesus afirma ser a verdade. Para um cristão convertido, Jesus é o único que salva, que conduz o homem a Deus. A obra redentora de Cristo, como ele nasceu, como ele viveu, como ele morreu, porque, quando e onde ele veio, representa a verdade religiosa. Todas as outras soluções, opções ou interpretações de ligação do homem com Deus, propostas por outras religiões, são mentira, ou no mínimo, inúteis. Parece um pensamento extremista? E é, eu nunca disse que o cristianismo genuíno não era extremista, quem vê o cristianismo de forma distinta, se engana. Contudo, contudo e CONTUDO, muito cuidado depois de ter esse entendimento, mesmo sendo extremo, e VERDADEIRO, o cristianismo não pode ser imposto, de nenhuma forma!! Violência, de qualquer espécie, não têm nada a ver com o verdadeiro cristianismo, aí é que está a diferença da verdade de Deus e das "verdades" humanas.
      A "verdade" do homem sempre acabará em violência, em imposição, mesmo que seja somente de forma ideológica, com a sutilidade da mídia e dos poderes intelectuais do mundo atual. O homem por ele mesmo, não pode exercer a verdade, por mais bonita, democrática e tolerante que ela pareça. Quando o ser humano tenta defender sua verdade, ele sempre experimentará ódio, preconceito, mesmo que seja preconceito contra o preconceito, disfarçado de vitimização. Só o Espírito Santo pode dar ao homem o amor puro e sem interesses egoístas, para compartilhar verdade sem violência, mesmo que ela confronte as "verdades" mais profundas e individuais do homem e diga a ele que tudo que ele acredita é mentira. A verdade de Deus vem ungida com muito amor, deixando depois paz, e nenhum tipo de guerra, os simples de coração realmente humilde, entenderão isso e serão transformados.
          Como já disse aqui tantas vezes, cristão, não imponha tua verdade, mesmo que ela seja embasada na palavra do próprio Cristo, afirmando que ele é a verdade, antes viva essa verdade numa vida justa, misericordiosa, de trabalho honesto e de virtudes profundas principalmente no ceio familiar, com cônjuge e filhos. Contra uma prática de vida cristã verdadeira, não há mentira que prevaleça, essa é a única verdade que pode vencer o Diabo e a carne, o mundo e as mentiras espirituais. Essa vitória inclui o prevalecimento contra as falsas bandeiras de tolerância e respeito, que ideologias como a esquerda política, tentam pregar, arrogando roubar do cristianismo o direito legítimo e exclusivo de oferecer ao ser humano um mundo melhor, começando pelo coração do homem.
      Mas mesmo cristãos novos nascidos de fato em Cristo, podem ter verdades distintas. Os apóstolos Pedro e Paulo enfrentaram diferenças, no tempo do início da Igreja na terra. Judeus convertidos se achavam melhores que os gentios convertidos, por serem descendentes de Moisés e do rei Davi. Por outro lado, gentios convertidos se achavam mais livres, por saberem que não precisavam obedecer à Lei judaica, integral ou parcialmente, depois de salvos por Jesus Cristo. De um lado havia arrogância por tradição, do outro lado, arrogância pela inovação, o ser humano sempre foi igual, buscando em si mesmo, motivos para se achar superior, pensando que a sua verdade é melhor que a verdade dos outros. O problema não está em ter uma verdade, mas em respeitar a verdade dos outros, e acima de tudo, em viver a verdade com coerência e sem hipocrisia.
      Jesus, Jesus e JESUS! Ele era a verdade, quando encarnado, e o é para sempre, ainda assim era manso e tranquilo, confrontando os homens mentirosos. Não se impunha, não exigia direitos, não era violento, seja em ações ou em palavras, e mesmo nos discursos mais profundos e doutrinários ("técnicos"), não manifestava nem a mais sutil das violências, ainda que tivesse argumentos inquestionáveis. Esse é o evangelho para o qual o Espírito Santo nos chama, o da verdade verdadeira, e me perdoem a redundância, no meio de um mundo onde todos querem ser donos da verdade. Sim, Jesus é a verdade, mas só teremos direito à ela se a vivermos em verdade.
      O segredo é o Espírito Santo, só ele pode nos dar o tom certo, infelizmente tantos de tantas formas interpretam de maneiras tão equivocadas o Santo Espírito. Alguns simplesmente o desprezam, dando lugar somente ao entendimento intelectual da verdade de Deus. Outros o violentam, colocando as experiências emocionais, estúpidas e infantis, acima da delicada, mas clara, voz do Consolador. Tenhamos cuidado, temor a Deus, paz e santidade para ouvir e obedecer a voz do Espírito Santo, só ele pode nos conduzir à verdade única de Deus, que não está em regras, leis, nas religiões e denominações cristãs, e mesmo na palavra escrita, por ela só. O Espírito Santo é a palavra da verdade do Senhor em nós, o verbo de Deus, que é Jesus Cristo, o caminho, a verdade é a vida.

14/04/18

      "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie." Efésios 2.8-9

      "Deus fez isso para que os homens o buscassem e talvez, tateando, pudessem encontrá-lo, embora não esteja longe de cada um de nós. ‘Pois nele vivemos, nos movemos e existimos’, como disseram alguns dos poetas de vocês: ‘Também somos descendência dele’." Atos 17.27-28

      "E Jesus lhes disse: Por causa de vossa incredulidade; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível." Mateus 17.20

      A fé realmente espiritual, dom de Deus, é descanso, ausência de força humana, e permissão irrestrita para Deus agir, da forma que lhe convier. Não a confundamos com aquilo que tantas vezes já disse aqui, a energia vital humana. Essa energia é uma convicção física, emocional e mental, mas que não é necessariamente a fé espiritual. Sim, essa energia pode beneficiar o homem, principalmente sua saúde física e mental, mas ela, por si só, não coloca o homem em comunhão com Deus, nem dá a ele direito à salvação na eternidade. A fé espiritual, contudo, que só o novo nascido em Jesus possui, que é fruto do Esírito Santo, quando exercida pode movimentar também essa energia física e emocional, mesmo que não dependa dela para existir e agir.
      Sabe quando as religiões e o mundo dizem, "o importante é ter fé, não importa em quem"? Eles esão se referindo à essa energia física e emocional, não à fé espiritual, mas mesmo muitos cristãos experimentam somente efeitos da tal energia e não da fé. Isso está errado? Não, mas o correto seria todos terem discernimento para diferenciar as coisas, e não usar um conceito que é do esoterismo, mesmo da magia e da bruxaria, e não do cristianismo verdaeiro. Penso que antes da queda do homem, as duas coisas funcionavam juntas, sem diferença, já que Deus andava entre os homens, conversava com ele, tinha uma comunhão plena e diferente da que temos hoje, mesmo salvos através do Espírito Santo. Essa separação ocorreu depois da queda, e é importante que se saiba que o satanismo usa muito essa energia, que não é necessariamente santa, para os satanistas, mesmo a "energia" presente em orgias sexuais é útil em cerimoniais para movimentar o que eles dizem ser "forças espirituais", forças do mal, que nada têm a ver com Deus.
      Quando se vê fé espiritual como força, pode-se cair no engano de achar que a fé é maior se a força humana, seja a convicção ou esforço em qualquer espécia de cumprimento de promessa, é a que movimenta a providência de Deus a favor do homem. Quando o apóstolo Paulo diz que fé é dom de Deus, ele revela que essa fé, o homem não pode adiquiri-la por esforço próprio. O homem pode, e deve, querer se aproximar de Deus, mas é Deus quem toma a iniciativa e se revela, dando grautitamente fé espiritual no penhor do Espírito Santo, para que o homem entenda as verdades espirituais e tenha uma relação de filhos com o Senhor. Quando Jesus diz que se tivermos fé poderemos mover montes, ele não se refere à quantidade de energia de convicção física e mental, não só a isso, mas a um desejo sincero de confiar em Deus e deixá-lo agir, mesmo que sua vontade seja não mover um monte de lugar.
      Você que acompanha o blog, sabe que esse é um tema recorrente, com certeza umas das ênfases do "Como o ar que respiro", mas é justamente porque o mundo e os hereges têm usado demais a fé de maneira errada, em primeiro lugar chamando a tal energia de fé, em segundo lugar empoderando o homem, jogando nele, não diretamente em Deus, a potência para se obter as coisas. Assim aumenta-se o número de "crentes" nas igrejas pedindo milagres físicos, mas diminui o número de homens salvos e maduros em Cristo. Você não concorda com isso? Então verifique o número de batizados em sua igreja mensalmente, compare com o número de novos membros já "convertidos" que são aceitos em sua igreja, remanejados de outras igrejas.
      Mas fé é preciso, o justo viverá por fé, e a fé mais genuína, mais poderosa, é aquela usada num momento de total desespenrança, de luta, de dor, onde colocamos toda a nossa confiança na ação de Deus fazendo sua vontade plena. Tenhamos fé, a mais pura, em Deus e por meio exclusivamente de Jesus Cristo. O Senhor nunca despreza alguém que chega a ele assim, nunca, acredite! Seu problema nunca será maior que Deus, pra Deus nada é impossível, eu já provei milagres maravilhosos de Deus, e creia, os maiores milagres de Deus muitas vezes são provados em segredo e nunca o testemunharemos nos púlpitos, sejam reais ou virtuais, mas os guardaremos nos corações para sempre, como provas do criador e mantenedor do universo respondendo ao pedido de fé.

13/04/18

Amor

      A grande verdade sobre amor, é que às vezes passamos mais tempo tentando não odiar, que realmente aprendendo a amar. Sabemos que como cristãos não devemos odiar ninguém, mas na prática nos negamos a amar alguns. Sim, como também sempre digo aqui, alguns devemos amar, mesmo que não gostemos deles, que não concordemos com suas atitudes, principalmente quando uma atitude deles é não nos amar. Mas isso é exceção, de acordo com um princípio fundamental do envagelho, devemos amar a todos, sem exceção. Por que isso agrada a Deus? Sim. Por que isso é civilizado? Sim. Por que isso é bom para os outros, para os que são amados, que desejam amor tanto quanto nós? Sim. Mas existe um outro motivo, até aparentemente mais egoísta, amar faz bem à nós mesmos, à nossa saúde física e emocional, mas acima de tudo ao nosso espírito, amar é bom, amar é saudável.
      Por favor, entendam, a primeira pessoa para a qual eu estou dizendo essas palavras sou eu mesmo: eu preciso aprender a amar, eu preciso amar mais, eu tenho total consciência disso. Amar é procurar o melhor em alguém, focar nisso, enchergar a pessoa por essa janela, promover essa qualidade, honrá-la. Quanto o lado ruim, podemos até, se houver permissão do outro, tentar ajudar, mas amar é ser elegante com esse lado, discreto, orar por ele, não dar a ele tanta importância. Amar é ser positivo, é ser proativo, é ser misericordioso, é ser generoso, mas é muitas vezes fazer sacrifícios, sacrifícios inteligentes e debaixo do temor de Deus.
      Eu tenho sempre muito cuidado para falar em fazer sacrifício para o cristão do século XXI, com dois séculos de cristianismo equivocado e herege, principalmente da igreja Católica, que o afastou da verdade simples e pura do evangelho de Cristo. Sem desconsiderar os muitos cristãos sinceros que existem dentro dessa igreja, essa igreja perdeu o direito à ajuda do Espírito Santo, quando se distanciou da verdade de Deus em idolatrias e heresias, então passou a ensinar os homens a viverem uma vida com sacrifícios feitos na carne para tentar agradar a Deus e experimentar santidade. Essa ideologia impregnou a culura religiosa cristã, assim, como eu disse, façamos sacrifícios inteligentes e debaixo do temor de Deus.
      Cônjuge, que para manter casamento, se anula, mimando o outro cônjuge, querendo mudar para agradar, aumentando seus deveres e dando direitos exagerados ao outro, não experimenta amor, nem um sacrifíco inteligente e que agrada a Deus. Isso só faz aumentar violência nas relações, principalmente contra a mulher e filhos. Depois de Deus, a primeira pessoa que devemos amar somos nós mesmos, depois então vêm os outros. Isso é egoísmo? Não, quem ama a Deus receberá dele as prioridades certas, então saberá se respeitar, para então amar os outros de forma equilibrada.
      Amar dá trabalho, é planta que se joga na terra a semente, depois se rega, para então crescer bonita uma flor, e depois continuar cuidando, para que novas flores nasçam e sobrevivam, amar dá trabalho, mas compensa. Depois de Deus, se sexo é a maior força no mundo físico, no mundo espiritual, o amor é a potência maior, que sobreviverá mesmo na eternidade quando tantos outros valores e dons não forem mais necessários. Insista em amar, meu querido e minha querida que me lê, eu insisto, eu também estou nessa luta e sei que vale a pena.

12/04/18

Santidade

      Ser santo é querer ser santo sempre, mesmo que não se consiga sempre, mas que seja na maior parte do tempo. Sim, porque como diz o ditado, "de boa intenção o inferno está cheio", além do mais, o Espírito Santo habita o coração do convertido, ele capacita o cristão a ser santo. Se alguém diz que é novo nascido em Cristo e não tem vitória sobre os vícios e pecados mais sérios, na maior parte do tempo de sua vida, alguma coisa está muito errada, esse alguém pode estar mentindo, convencido, não convertido.
      Outra argumentação equivocada é aquela que diz "a carne é fraca", nesse caso fraca, mas que vence sempre, muitos não vencem o pecado porque na verdade, no fundo de seus corações, não querem. Podem até racionalmente saberem que ser santo é melhor, agrada a Deus, não traz culpa, faz bem ao corpo, à alma e ao espírito, mas no sentimento, gostam principalmente do prazer que muitos pecados trazem, principalmente os ligados a sexo e consumo de substâncias que alteram o estado de consciência, como bebidas alcoólicas. Sim, a decisão de querer ser santo deve começar na cabeça, mas ela precisa ser sentida, com oração e consagração, no coração, de maneira profunda e extensa. Só essa disposição, séria e responsável, começará a mudar nossa vida de maneira efetiva. Senão seremos eternamente cristãos infantis, pecando de manhã, pedindo perdão à noite para pegar na próxima manhã novamente.
      Repito o que já disse aqui, não podemos nos acostumar com certos pecados, nunca, até a morte física, quando finalmente nos desprenderemos desse corpo corrompido e ganharemos novos corpos transformados. Ser santo é estar separado, é não seguir o que a maioria muitas vezes acha melhor, mais gostoso, mais certo. Ser santo muitas vezes é se isolar e perder amizades, incluindo dentro de igrejas, já que heresia é pecado tanto quando prostituição, e desagrada a Deus. Contudo, o cristão maduro terá sabedoria para ser santo, estar em comunhão íntima com seu Senhor, sem ser chato, fazer inimigos gratuitamente, deixar de viver uma vida equilibrada, mas satisfatória na sociedade.
      Para muitos outros, todavia, o maior desafio da santidade não é o que não fazer, mas o que fazer, saber ser livre, como Jesus era, e ainda assim se guardar do diabo e da carne. Para muitos ser santo é se libertar de legalidades religiosas, que são vaidades como qualquer outras, que no fundo só agradam a homens, mesmo que sejam homens que ostentem uma aparente santidade, que não é a santidade de Deus. Lembrando o grande ensinamento de Jesus, a santidade vem de dentro pra fora, começa no espírito e modifica o resto, alma, pensamentos, emoções, e então no corpo, jeito de ver, de ouvir, de falar, de se portar, de se vestir. Alterações na direção do andamento desse processo, não trará santidade, mas hipocrisia, falsidade e incoerência.