02/10/18

Guiado pelo Espírito Santo, tem certeza?

      “Porque todos os que são guiados pelo Espírito Santo de Deus são filhos de Deus”. Romanos 8.14       

      Não, ser guiado pelo Espírito Santo de Deus não é falar em línguas estranhas, ser tomado de êxtase e ser jogado ao chão em descontrole, e por outro lado, também não é conhecer a Bíblia de Gênesis a Apocalipse, sabendo responder a tudo com uma passagem bíblica. Essas coisas podem ser experimentadas por quem é guiado pelo Espírito Santo? Sim, mas não necessariamente. Como saber se sou guiado pelo Espírito Santo de Deus? Pelos frutos práticos principalmente em nossas relações com outros seres humanos:

- quem é guiado pelo Espírito Santo pede perdão e perdoa, com facilidade, com simplicidade, sem dar a si mesmo mais valor que realmente tem, sem manter na alma feridas eternas e imensas;
- como consequência do primeiro item, quem exerce perdão não tem inimigos, não de sua parte, e fará tudo, se tiver consciência, para ser amigo;
- em comunhão em Deus com os homens, temos comunhão com Deus e com nós mesmos, nos enfrentamos e deixamos o Espírito Santo dar a palavra final, não nossos corações teimosos e egoistas;
- em paz, perdoados, aí então podemos ser usados pelo Espírito Santo, ser profetas, compartilhar a palavra pura e poderosa do Senhor;
- finalmente, adoramos a Deus sem impedimentos e podemos ter até experiências legítimas de intimidade com o Espírito Santo, que acha em nós liberdade para agir, já que se somos guiados, somos realmente filhos do Senhor.

      Cuidado com aqueles que realmente são guiados pelo Espírito Santo de Deus, são protegidos de Deus e usados por Deus, não são superhomens, mas são fiéis, possuem vidas provadas no fogo da tribulação, quebrantadas como barro nas mãos do oleiro. Esses sim, são os ungidos de Deus, não necessariamente pastores, líderes ou famosos, mas os pequeninos que Deus cuida como a menina de seus olhos.
       Se encontrar alguém assim, bom é que você também seja alguém realmente guiado pelo Espírito, como devem ser todos os salvos, assim haverá festa na troca de bençãos mútuas recebidas do Senhor. Contudo, se não estiver com a casa em dia, Deus poderá usa-lo para exortar-te, então, que teu coração tenha a nobreza de ouvir a exortação e se acertar, caso contrário, você só o achará alguém arrogante, que está dizendo algo que você sabe que é verdade, mas não quer aceitar.

01/10/18

Fé e obras, o equilíbrio

      Sinto de Deus em falar novamente sobre o assunto fé, na reflexão de 6a. feira passada, “Nada é impossível para Deus”, já refleti a respeito, mas o Espírito Santo me leva de novo ao tema, agora exortando sobre a necessidade de equilíbrio, entre essas duas bases da vida cristã prática. Fé e obras, as duas coisas aparecem de maneira equilibrada na vida de um cristão maduro, contudo, por não conseguir viver uma coisa, muitos tentam compensar, exagerando na outra. Na verdade, esses dois estilos extremados de vida, é o que define os dois grandes grupos de denominações cristãs atuais, os pentecostais e os tradicionais, mas é uma bipolaridade que atinge toda a humanidade, seja quem for, fora ou dentro de religiões. Na equação de Deus o que importa não é a soma das partes, mas o valor proporcional de cada parte em relação a outra, ninguém se compare a ninguém, mas cada um busque em si mesmo seu equilíbrio.
      Quem não quer crer, trabalha em excesso, por que não quer crer? Por orgulho, porque confiam mais em si mesmos que no Deus invisível, até podem dizer que fé é coisa de preguiçoso e ignorante, mas isso é mera desculpa. Todo ser humano tem uma necessidade essencial de crer no invisível, leia a reflexão de ontem, “O medo do invisível”, negar isso é negar a Deus, mas é negar a si mesmo, à sua humanidade. Contudo, mesmo cristãos, e que não usam obras como barganha para a salvação e evolução pessoal, como fazem homens de outras religiões, podem exagerar nas obras, deixando a fé em plano inferior. Infelizmente esses são cristãos, mas também orgulhosos, que se acham sinceramente superiores a outros cristãos que usam mais a fé que eles. Muitos também trabalham semais para submeterem-se a uma autoindulgência, para pagarem erros que não querem deixar de cometer, assim preferem continuar vivendo em pecado, e se sacrificarem com muito trabalho, que deixarem os maus caminhos e dependerem mais de Deus através da fé.
      Mas por outro lado, quem não quer trablhar, crê, e essa disposição espiritualmente desequilibrada é o que cria mais heresias nos dias de hoje. Contudo, uso de fé exagerado, como tantas vezes dito aqui, fé na fé, é trabalho humano como qualquer outro, não dom de Deus, não agradável a Deus, não ouvido por Deus. Gente que vai a muitos cultos, ao invés de ir a menos cultos e usar o resto do tempo para estudar e conquistarem melhor ensino e melhor oportunidade profissional. Esses dizem, eu creio, não preciso me esforçar tanto assim em outras coisas. Gente que obriga filhos a irem a muitos cultos, ao invés de ir a menos culto e usr o resto do tempo para conviver, de perto, com a família. Esses acham poder delegar para igrejas e pastorea a criação de seus filhos. Equilíbrio, para não trabalhar demais e acabar cansado, triste, depressivo, doente e descrente, mas também para não ficar insano, crendo em heresias e afastando a si mesmo e aos seus amados da realidade em Deus. Fé e obras, só o humilde consegue esse equilíbrio.

30/09/18

O medo do invisível

      Vários filmes, principalmente de ficção cientifica, usam o tema de um mostro invisível que cresce, que se fortalece, com o medo das pessoas. Mais que uma imaginada besta alienígena, essa história retrata a realidade, fala de um ser espiritual do mal? Sim, mas principalmente dos demônios psicológicos de cada um de nós, que habitam nossas mentes e torturam nossas almas. Claro que o diabo usa isso com muita frequência e se traveste desses medos mentais, se é ruim e faz mal, o diabo toma pra si, assina embaixo. Assim, aquilo que nasceu em nossas psiques por causa de violência de outro homem, ganha mais força potencializado pela figura diabólica que o cristianismo, de um jeito ou de outro, coloca nas cabeças das pessoas. 
      O pior dos monstros, contudo, é o invisível, sem rosto, sem mãos, sem corpo, e é esse que mais cresce com o nosso medo. Por que ele é invisível, por que tantos de nós têm essa experiência terrível, por que temos medo do escuro e temos tantos pesadelos com isso? O monstro invisível é criado por uma agressão tão covarde e constante, que acabamos usando uma memória seletiva para tentar esquece-la, já que nos sentimos totalmente impotentes para supera-la. Nossa consciência pode achar que não se lembra mais da dor sofrida, mas no subconsciente o trauma existe, está vivo, e se manifesta para o consciente como um monstro invisível. Como é uma questão pendente, não resolvida, escondida, ela nos causa medo, um medo que pode se manifestar em várias áreas de nossa vida, social, profissional, ministerial, familiar. 
      O diabo, em sua astúcia, pode usar suas mentiras para explicar esses monstros invisíveis e tentar nos vender as suas soluções para vence-los. O espiritismo vai dizer que são espíritos desencarnados atormentados, tentando se comunicar conosco, que nós não precisamos temê-los e devemos entrar em contato com eles. Isso é pura armadilha do capeta, na verdade ele quer que nos aproximemos de demônios, já que não se pode ter contato com humanos falecidos, esse contato só nos prenderá mais ainda ao mal. Terapia com um psicólogo cristão ou aconselhamento com um pastor realmente preparado para nos orientar psicológica e espiritualmente, é o melhor caminho para desenterrar esses monstros invisíveis, nos fortalecer para enfrentá-los e seguirmos sem mais alimenta-los com medo.
      Monstros, de qualquer espécie, não sobrevivem na luz espiritual de Deus, olhar para eles, debaixo do temor de Deus, do perdão de Deus, do poder de Deus, simplesmente os fará desaparecer. Olhar é ter consciência de quem são eles, que na maioria da vezes são pessoas que nem parte de nossas vidas mais fazem, assim, se fizeram mal a nós no passado, agora não podem fazer mais. Quanto aos que fazem mal a nós no presente, sim, esses também e antes de tudo, devem ser enfrentados, mas eles não são invisíveis, ainda não se transformaram nisso. Contudo, algo que precisamos entender, é que esses monstros invisíveis, como não têm corpos, tomam os corpos dos outros para continuarem vivos. Dessa forma, muitos medos que temos no presente, de pessoas ou situações, são só os “demônios” psicológicos do passado continuando a nos torturar. 
      Às vezes alguém no presente que nos atemoriza nem é tão forte e mal assim, é só um monstro do passado se projetando nesse alguém, portanto, é muito importante que resolvamos de uma vez essas pendências emocionais, senão elas crescerão transformando-se em enfermidades físicas. Quem não vence um monstro invisível acaba se tornando ele, já que tais monstros precisam dos nossos para viverem, das nossas emoções, dos nossos pensamentos. Mas se você não tiver possibilidade de fazer terapia ou aconselhamento, ou mesmo que tenha, aproxime-se mais e mais de Deus, em oração. Encha-se do Espírito Santo, adore a Deus, busque os dons espirituais, fale em línguas estranhas, na luz do Senhor todo demônio foge, todo monstro desaparece e todo medo cede ao amor de Cristo manifestado em nós.
      Deus é invisível aos olhos físicos, mas ele não causa medo aos seus filhos, mesmo que a aproximação de sua santidade nos encha de temor. Usarmos nossas forças emocionais e espirituais para busca-lo, para adora-lo, nos deixa mais fortes e mais felizes. Assim, o homem tem necessidade, através da fé, de focar no invisível, e essa necessidade só é satisfeita em Deus, por Jesus, através do Espírito Santo. Quando o diabo se alimenta do nosso medo, usa uma energia legítima nossa, para existir dentro de nós, como dito antes, o mal conhece bem a natureza humana. Mas a necessidade só é satisfeita com Deus, então, vivermos uma vida plenamente e o mais constante possível espiritual, é a única cura para o medo do invisível.

29/09/18

A genuína autoridade espiritual

      “E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.Mateus 21.12-13

      Poderia ter usado outro texto para abrir esta reflexão, um relato sobre Jesus expulsando espírito maligno seria mais direto. Contudo, refletindo sobre autoridade espiritual ensinada e autorgada por Cristo, aos novos nascidos pelo evangelho e em comunhão com Deus, podemos usar o direito e a capacidade de anular o mal não só com demônios. No texto inicial, Jesus usou com homens, religiosos, e possivelmente (eu disse possivelmente) nem possuídos por espíritos malignos. Mas o que seria essa autoridade que Jesus disse que temos em seu nome?
      Alguns acham que é o tom de voz, o volume da voz, uma demonstração física e externa de força, sim, a autoridade em Cristo pode ter como consequências tudo isso, mas só isso não constitue autoridade legítima. É preciso entender um pouco mais sobre a complexidade humana para entender sobre autoridade sobre o mal. Um mal psicológico, uma atitude emocional ruim, fora de controle, uma emoção negativa, isso pode ser parado com autoridade, com um posicionamento firme e reto contra a atitude, contudo, possessão demoníaca é mais que descontrole emocional.
      Os diabos e seus demônios são astutos, conhecem bem a psique humana, e conhecem há muito tempo, desde o “Jardim do Éden”, possessão é a última instância, feita somente com autorização explícita do ser humano. Mas antes disso, entre a tentação e a possessão, o mal pode oprimir o homem de várias maneiras. É preciso discernimento para saber como, onde e quando usar de autoridade, nunca nos esquecendo que a mentira é a principal arma do reino das trevas. Mesmo doenças psiquiátricas podem ser usadas pelo diabo, que quer para si qualquer honra, mesmo que ele não tenha a ver diretamente com o assunto. 
      Os que usam a mentira como refúgio se fazem filhos das trevas e se afastam do consolo e da misericórdia de Deus, se mentira for usada, autoridade pode ser exercidada, nem sempre diretamente contra o mentiroso, mas em oração, para nos livrarmos da opressão que uma mentira lançada contra nós causa. As tentações do dia a dia, principalmente na área do sexo, podem ser anuladas com autoridade, então podemos entender porque o mal tem tanto interesse em vitimizar as pessoas. Vítimas ficam na angústia de estarem entre dois caminhos, por um lado se sentem inocentes, porque o mal foi feito a elas por outros, por outro lado se sentem fragilizadas, assim, se colocam sem forças para exercerem autoridade.
      Deus, em sua graça, dá legitimidade mesmo para autoridade exercida de forma equivocada, Deus ama a todos, maduros e imaturos, crianças na fé e homens espirituais. Todavia, a mais eficiente das autoridades tem algumas características, plenamente vividas por Jesus encarnado. Santidade é base para uma autoridade legítima, o diabo sabe quando alguém tenta combate-lo em pecado e não hesitará em jogar na cara do despreparado seus pecados, tanto os confessados quanto os não. Obediência é a postura de uma autoridade madura, não entre em batalha espiritual sem sentir de Deus uma ordem clara, caso contrário, você só se cansará, se enfraquecerá, não atingirá o objetivo, e poderá se fragilizar, tornando-se presa fácil dos diabos.
      Mas o que mais me encanta em Jesus, nessa área, além da santidade e da obediência, que constituem o conteúdo de uma autoridade madura, é a forma, que na verdade passa a ser só uma consequência do conteúdo. Mansidão, calma, controle, diante de uma situação absolutamente descontrolada, que são os vários níveis de possessão demoníaca. Não imagino Jesus encarnado levantando a voz para expulsar um demônio, exaltando-se de qualquer forma, exaltação é sintoma de inseguros, e Cristo era totalmente seguro de sua autoridade. Jesus se fortalecia para uma batalha sendo manso, que lindo é isso, diferente de qualquer outra referência de soldado numa guerra.
      Como ele conseguia isso? Orando e muito, assim nada nunca o pegava de surpresa, ele conhecia Deus, seu pai, ele conhecia a si mesmo encarnado, sua própria natureza humana, ele conhecia o que existia de verdade dentro dos corações humanos. As mentiras do homem e do diabo não descalibravam sua fé, não turbavam sua alma, não roubavam sua paz. Uma vida assim não usa de autoridade, não por vaidade ou insegurança, mas a tem, em todo o tempo. A maior virtude da verdadeira autoridade espiritual é saber exatamente quando não exerce-la, ou, talvez, exerce-la com tanta elegância e discrição que só quem precisa senti-la de fato a sentirá, sem humilhar ninguém, sem machucar ninguém. Meu Deus, como eu preciso aprender sobre isso, tenha misericórdia de mim...
      Contudo, o texto inicial parece antagonizar com esta reflexão, pois relata justamente uma passagem onde Jesus não parece ser discreto ou silencioso. Jesus foi bem enfático, se fez notar em todo o lugar, revirou o lugar, empurrou mesas, derrubou cadeiras, expulsou as pessoas. Bem, Jesus, depois de tudo o que refletimos sobre autoridade, podia fazer isso, pois sabia quando, como e onde fazê-lo. Quanto a mim, fica o ensinamento de como Deus zela pelo lugar onde lhe é prestado culto, pelos homens que são chamados especificamente para liderar o povo nesse culto. Assim, a revolta foi diretamente proporcional ao zelo, não zelo de homem, mas do Espírito Santo de Deus, usando a genuína autoridade espiritual.

28/09/18

Porque nada é impossível para Deus

      "O anjo respondeu: "O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus. Também Isabel, sua parenta, terá um filho na velhice; aquela que diziam ser estéril já está em seu sexto mês de gestação. Pois nada é impossível para Deus"." Lucas 1.35-37

      Tenho um entendimento, que a princípio pelo menos, pode parecer diferente do entendimento de muitos sobre milagres. Aos olhos dos homens e mesmo de crentes imaturos ou pouco informados, e são pouco informados porque não buscam conhecimento mais profundo em oração do Espírito Santo, aos olhos desses milagres ocorrem em situações especiais e são ações extraordinárias de Deus. Isso nos faz pensar que Deus é pego de surpresa e precisa agir de um jeito diferente, para resolver uma questão humana. Eu perfunto: como o Deus que tudo fez, tudo pode e de tudo sabe, pode agir de forma extraordinária? Isso não acontece, Deus já tem tudo determinado desde o início dos tempos, antes ainda da criação da Terra ou do homem, antes do “big bang” cósmico.
      Assim, um milagre pode até nos parecer uma ação divina extraordinária, mas não é, o Senhor, em seu amor por todos os homens, nem dá à ausência desse conhecimento importância, não como determinante para conceder ou não um milagre aos homens. Contudo, o cristão maduro, que busca andar sincronizado com o plano de Deus, prova milagres naturalmente, à medida que caminha com Jesus. Esses milagres são tão naturais que ele nem se surprende, apenas adora ao Senhor por eles, em todo o tempo. Em todo o tempo, porque o cristão maduro sabe que milagres ocorrem em todo o tempo e que eles não têm tamanho, são todos provas da existência sábia e graciosa do criador, Senhor e salvador do universo.
      Todavia, e enfim chego ao ponto desta reflexão, às vezes, mesmo que saibamos que se fizermos a nossa parte, Deus faz a dele, que esse maravilhoso Senhor nos faz sócios, em Cristo, da vida, mesmo que ele não precise dos homens para nada, mesmo assim, em momentos muito especiais, precisamos de um milagre. Um milagre no sentido mais simples e puro, tanto quanto poderoso e direto, em momentos especiais precisamos de uma ação extraordinária pois sabemos que só ela resolverá um problema nosso, mais nada. No texto inicial dois milagres são relatados, o de Maria e o de Isabel, quem sou eu, quem é você, que milagre precisamos, do milagre de Maria ou do milagre de Isabel? Eles parecem iguais, mas não são, milagres são sempre pessoais e exclusivos.
      Geralmente aqui no blog, eu não costumo explicar passagens bíblicas, por vários motivos, um deles é porque eu penso que a Igreja de Cristo vive um momento onde nunca se teve tanta informação bíblica, assim se alguém quiser entender melhor as passagens que cito, fique à vontade para ler todo o contexto e pesquisar. O texto de Lucas, acima, fala sobre o encontro que Maria teve com um anjo que lhe trouxe a notícia sobre a concepção de Jesus, isso já foi um milgre, porque Maria concebeu sem ter tido relacionamento sexual com um homem. Mas o milagre que me chamou a atenção foi a gravidez de Isabel, velha é estéril, e que seria mãe de João Batista, o milagre que eu estou precisando hoje é o milgre de Isabel.
      É isso, às vezes chegamos em momentos de nossas vidas onde parece que aceitamos a realidade, não lutamos mais contra ela, mesmo conseguimos ser felizes com ela. Mas o Espírito Santo tem uma palavra para mim e pra você nesta reflexão: “meu filho, você precisa de um milagre, aceite isso, busque isso, creia nisso, tua vida ainda não se encerrou, tenho planos pra você, farei um milagre, algo que tua situação atual, como ser humano, como cristão, como pai ou mãe de família, ou como jovem, como profissional, como estudante, não permite, não de forma aparentemente mais natural, contudo nada, nada é impossível para Deus, quando Deus quer, as coisas acontecem, apenas creia e se prepare”.

      "Ele respondeu: "Por que a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: ‘Vá daqui para lá’, e ele irá. Nada lhes será impossível." Mateus 17.20

27/09/18

Qual é a tua vocação?

      “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis.” II Pedro 1.10

      Nos perdemos e fazemos as coisas mais erradas quando nos esquecemos ou negligenciamos a nossa verdadeira chamada. A vida será dura conosco, quando cometermos esse equívoco, e o Senhor, no seu imenso amor para consco, permitirá que o mundo seja mesmo cruel conosco, se isso for a única maneira de acordarmos e voltarmos a fazer aquilo que devemos fazer, não o que achamos ou o que os outros acham. Firmes em nossa vocação, não tropeçamos, não caímos em armadilhas, não somos surpreendidos pelo homem falso e inseguro e pelo diabo, pois estamos totalmente protegidos pela vontade de Deus. 
      Contudo, se nos metermos a fazer o que não devemos, mesmo bem intencionados, mesmo sendo algo a princípio bom, mesmo estando dentro de competências legítimas nossas, em um momento dará errado, e às vezes muito errado, a ponto de sermos humilhados publicamente. Assim, conheçamos e prossigamos em exercer a nossa real vocação em Cristo, seja na área profissional, ministerial, afetiva, social, Deus tem o melhor pra nós porque nos conhece, melhor que nós mesmos, e sabe onde, como e quando podemos ser o nosso melhor. 
      Dessa forma, sejamos humildes, mas corajosos, tomando a iniciativa de acertar as coisas, mas sabendo quando virar as costas e não perder tempo com quem não quer acertar. Exercendo nossa eleição falaremos e nossas palavras cumprirão a vontade do Senhor, mesmo que não sejam ouvidas, trabalharemos e os frutos virão, no tempo de Deus, mas acima de tudo, nossa luz achará corações limpos que a refletirão, sem engano e com alegria, de forma que nossas vidas sejam as bênçãos que Deus quer que sejam. Deus não chama ninguém para nada, os eleitos, ele chama, os chamados ele vocaciona, e os vocacionados, ele limpa e usa.
      Agora, não busquemos vaidades na vocação, alguns são eleitos para serem mais conhecidos e aplaudidos, são chamados para os “palcos”, outros, todavia, devem permanecer nos bastidores, atrás das cortinas, preparando o show, em segredo. Alguns são vocacionados só para orar, e nem nos templos, em meio às pessoas, mas na privacidade de seus lares, um trabalho que ninguém vê, e nem deve ver, mas um trabalho que o Senhor manda fazer, um trabalho de suma importância. Não busquemos fama, nem queiramos ser aprovados por todos, mas façamos a vontade do Senhor que a todos vê e honra com paz, a melhor recompensa de todas.

26/09/18

Guarda o coração

      "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as saídas da vida." Provérbios 4.23

      O que é guardar o coração? Alguns acham que é tomar cuidado com o que falam, que é não contar para qualquer um o que sentem. Alguns acham que ser fechado e quieto é ser sábio, alguns confundem timidez ou malícia com sabedoria. Mas o texto diz que algo bom sai do coração, então as palavras são consequência, não causa, o texto diz “dele procedem as saídas da vida”, a causa vem antes do efeito, importa mais. Assim, não adianta tomar cuidado com o que sai, se lá dentro continua escondido algo ruim, não adianta aparência boa, se o conteúdo é mau, não adianta cuidar da consequência e se descuidar da causa.
      Guardar o coração é tomar cuidado com o que entra, com o tipo de sentimento, de desejo, de vontade, de planos, que armazenamos nele. O coração representa nossa parte mais profunda, mais íntima, é onde se encontra aquilo que realmente define nosso caráter. Se houver coisas boas, coisas boas sairão, então não precisaremos vigiar tanto o que dizemos. Quem guarda demais a boca é quem tem medo de revelar, numa falta de vigilância, o que esconde na alma, só teme quem deve, só se sente em dívida que anda errado e ainda não se consertou.
      Então, tenhamos cuidado com o que guardamos lá dentro de nós, busquemos sentir e querer coisas boas, coisas do alto, coisas que abençoam, que fazem bem, que louvam a Deus, coisas realmente do Espírito Santo. Se guardarmos assim nosso coração, o que sair dele, pela nossa boca, pelas nossas palavras, pelos nossos atos, pelas nossas ações e mesmo pelas nossas reações, pegas de surpresa, serão vida, não morte. Desse jeito será no lugar que for, no ambiente que for, em casa, no serviço, na escola, no trânsito, no mundo ou no templo. Procure nem deixar entrar, mas se algo ruim tentar ficar no teu coração, ore, com todo o sentimento, até que só fique a paz do Senhor, que não deseja o mal a ninguém, que a ninguém rouba, seja lá o que for, que sempre obedece a palavra de Deus.

      “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.Salmos 119.11