28/02/22

Por amor ou pela dor? (29/90)

      “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” 
Provérbios 14.12

      É conhecida frase, “se não vem por amor, vem pela dor”, mas vou iniciar esta reflexão com uma afirmação: nós não escolhemos o melhor caminho por amor, não por um amor nosso, seja por nós mesmos, pelos outros ou por Deus, nós só mudamos de conduta após a dor. O amor que sempre existe é o amor de Deus por nós, e esse, na nossa teimosia, permite, sim, que passemos mesmo por muitas dores. Mas não é que busquemos caminhos que vão dar em dor, não, é o contrário, caminhos do engano nunca começam com dor, por isso são do engano, eles começam com promessas de prazer. Nós seguimos por eles e só fazemos correção de percurso quando o prazer acaba, e o prazer dos caminhos do engano sempre são passageiros, sempre são insuficientes.
      Fazemos escolhas por amor? Dificilmente. Pela dor? Também não. Fazemos escolhas pelo prazer que receberemos, isso a princípio é só o nosso instinto de preservação física nos inclinando, não é um defeito, mas um sistema que nos mantém vivos na Terra. Mas aí está o grande desafio de vivermos encarnados no mundo, nos libertarmos da matéria e amarmos os caminhos, não de qualquer espirito, mas do Santo Espírito. Escolher algo por amor e no amor de Deus é disposição de quem nasceu para coisas espirituais, que deixou a morte natural do mundo, isso, contudo, não é fácil. Podemos passar muito tempo atrás de prazer, não só diretamente do corpo, mas também o prazer que outras vaidades oferecem, intelectuais e mesmo morais. 
      Busca por prazer é o motor que move o mundo, leva as pessoas atrás de parceiros e de vidas profissionais para terem sexo e grana. Essa afirmação parece dura demais? Você não concorda com ela? Pois ainda que muitos procurem religiões e frequentem igrejas, a fé e as orações delas focarão em objetivos materiais. Quantos buscam santidade, paciência e humildade, e quantos buscam empregos e casamentos? Quantos fazem jejum e vigílias para serem seres humanos mais misericordiosos e caridosos? Mas muitos fazem longos períodos de consagração para receberem seus “escolhidos” e promoções no trabalho, não entendem o “buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).
      Assim, seguimos com os objetivos errados até que a dor nos acorde. Muitos das últimas gerações só depois de usarem e serem usados em relações afetivas, quando “ficaram” com qualquer um só por diversão, para mostrar para os outros, por um prazer rápido, é que entenderam que casamento é algo sério. Infelizmente, muitos só aprendem isso depois de colocarem mais vidas no mundo, que serão criadas por outros, e com muita probalidade de serem seres humanos também buscando objetivos errados na vida. Só paramos quando dói, mas aí é tarde, só muita humildade e confiança em Deus nos farão crescer, aproveitarmos melhor nosso tempo restante de vida no mundo, e recuperarmos algo. Graças a Deus que sempre nos dá novas oportunidades. 
      Se não vem por amor, vem pela dor? Na verdade, sempre achamos o caminho melhor por amor, o amor de Deus que atrai todos os seres humanos o tempo todo para ele. Se alguém acha que fez uma boa escolha e permaneceu nela porque é um ser humano do bem, em primeiro lugar verifique se de fato analisou várias opções, ou se foi só tímido, que por medo de errar não tentou e nunca foi feliz. Isso pode não ser escolha de sabedoria, mas só resignação covarde, Deus nos chama enquanto caminhamos. É isso que nos faz crescer e dar valor àquilo que conseguimos ser de melhor no final, atraídos pelo amor eterno de Deus, que nos permite achar prazer no caminho melhor da santidade e da paz, do que é mais correto e que levaremos à eternidade. 
      Mas mesmo você, que viveu sem medo, experimentou dores, e que aprendeu e seguiu persistindo no caminho melhor, não deixe que o tempo te adormeça no leito do orgulho. Se Deus não nos atrair por seu amor, não conseguiremos fazer sequer uma rápida oração no dia, agradecendo por estarmos com saúde. Sem o amor de Deus não existimos, cada boa iniciativa espiritual que tomamos, cada desejo de cultuar, de dizimar, de louvar, de ser fiel e santo, é Deus nos atraindo pelo seu Espírito. Na eternidade seguiremos assim, mas sem o peso do corpo físico, então, se nosso homem interior estiver transformado, pela fé e por boas obras que exercemos no mundo, nosso espírito subirá leve e rápido às regiões celestes mais elevadas em Jesus.

Esta é a 29ª parte da reflexão
“Quem você será na eternidade?”
dividida em 90 partes, para melhor
entendimento leia toda a reflexão.

José Osório de Souza, março de 2021

27/02/22

Firme onde chegou (28/90)

      “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos.” 
Tiago 1.5-8

      Um homem inconstante em sua fé poderá morrer de fome mesmo diante de uma mesa de banquete, na dúvida não saberá qual comida escolher e nada comerá. Muitos de nós têm uma tendência ao desespero, assim, quando cometemos um erro, experimentamos um tropeço, temos uma dúvida, colocamos tudo a perder, nos esquecemos de todas as vitórias anteriores e nos identificamos como perdedores definitivos. Não é assim, Deus não nos vê assim, não se esquece de nossos acertos e não nos condena por um erro, mas quem pode ir contra um homem que não acredita em si mesmo? Uma escolha ruim só pode ser desfeita por uma escolha boa, nesse caso, acreditar e prosseguir. 
      Algumas mudanças importantes em nossas vidas provamos de forma racional, pensando certo e agindo sem pestanejar, relevando sentimentos, que muitas vezes só podem nos confundir. É claro que assunção de pecado, solicitação de perdão a Deus e posse de um novo estado emocional de paz, devem preceder todas as decisões. Mas muitas vezes, mesmo depois disso, continuamos em dúvidas, desacreditando de nós mesmos e não permitindo que Deus execute sua vontade. Deus só fala, só age, só se posiciona, depois que nos posicionamos, um coração em paz e uma mente certa constituem a lousa em que Deus escreve sua palavra, ao que crê com inteligência nada é negado.
      Se nós decidirmos, Deus se mostrará, ou ensinando algo novo que não sabíamos até então, ou continuando a fazer o que já estava fazendo e nos esquecemos por causa de um coração dobre. Por experiência própria, a maior parte de nossas angústias experimentamos, não porque não sabemos o que fazer, mas porque duvidamos do que já sabemos. Por outro lado não basta só acreditarmos em nós mesmos, e essa é uma doutrina muito pegada hoje pela auto-ajuda, que empodera o ser humano, mas afasta-o do verdadeiro Deus. Precisamos da humildade ensinada por Jesus, senão seremos só militantes com bandeira certa na mão, mas com intenção errada no coração. 
      Limpe-se em Deus, segure a paz, conheça a vontade do Altíssimo e a faça, depois, fique firme no ponto onde já chegou, se for preciso, até pare, para descansar, mas não retroceda, não jogue fora todas as experiências maravilhosas que você teve em Deus até então. Deus não muda, sua palavra permanece para sempre, se ele promete, ele cumpre, não ponha isso em dúvida. Mas siga sempre humilde, não se exalte, mas deixe Deus se exaltar em você e para você, vivendo assim a luz do Altíssimo sempre estará forte e firme no horizonte, mostrando a você para onde deve ir. Glória a Deus, chama que nos protege e nos atrai para um amor eterno que prevalece sobre tudo.
      Firmeza e constância, são esses trabalhos que de fato podem transformar e manter nossos homens interiores, aqueles que serão revelados na eternidade e que definirão nosso céu ou nosso inferno. Não basta-nos só conhecermos caminhos espirituais, termos intelectualmente informações religiosas, entendermos doutrinas e Bíblia. Por isso o Cristo enfatiza tanto “mas aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mateus 24.13). Não basta-nos crermos uma vez ou nos firmarmos numa profissão de fé, ainda que feita de forma oficial com todos os ritos em igreja reconhecida. Salvação é trabalho diário, lutando contra a carne e dando liberdade ao Santo Espírito. 
      Esse conjunto de reflexões denominado “Quem você será na eternidade?” tem feito questionamentos sérios, reavaliando muitas doutrinas do cristianismo tradicional. Não tenha receio de ler esses textos, mas tenha coragem de colocá-los na presença do Senhor em oração, pedindo-lhe que se algo sobre tua fé, que você entendeu até agora, estiver equivocado, que ele te mostre. Contudo, não se desvie, e desvio é nos colocarmos numa posição onde não temos mais vitória sobre o pecado, forças para darmos bons frutos que permanecem e paz. Saiba onde está, quem é, esteja firme onde chegou, só então, em Deus e pela fé, dê um passo adiante, mas só se teu Deus mandar. 

Esta é a 28ª parte da reflexão
“Quem você será na eternidade?”
dividida em 90 partes, para melhor
entendimento leia toda a reflexão.

José Osório de Souza, março de 2021

26/02/22

Sorriso de Deus (27/90)

      “O coração alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração o espírito se abate.” 
      “No rosto do entendido se vê a sabedoria, mas os olhos do tolo vagam pelas extremidades da terra.
      “O homem ímpio endurece o seu rosto; mas o reto considera o seu caminho.
Provérbios 15.13, 17.24, 21.29

      Sorrir é se abrir, nos abrimos para muitas coisas na vida, para a presença da mulher amada, para o abraço apertado do filho, para o olhar sábio da mãe, para o respeito profundo do amigo. Recebemos quem bem nos quer com um sorriso, que deixa claro que temos todo o tempo do mundo para quem nos ama como somos, e se sente bem só por sorrir para nós. Mas sorrir é mais que emoção, sorrir é chave para uma poderosa comunhão espiritual, permite-nos ser ensinados e consolados pelo Espírito Santo, iluminados pelo amor de Deus que sempre sorri para nós. 
      Sorria, mas não só com o rosto, com o coração, com suas entranhas, sorria de dentro para fora, sem concessões, sem reservas, sorria porque você não deve nada a ninguém, e também não precisa agradar a homens. Sorria porque você é amado de Deus e ele sorri para você, por se agradar com você. Receber a graça de Deus é ter o Santo Espírito sorrindo em nós, isso não se compra, só se permite, quando assumimos e deixamos todo o mal, toda a treva, todo egoísmo e toda vaidade. Espíritos felizes são amigos do pai dos espíritos, homens bons têm espíritos felizes. 
      O sábio sorri com facilidade, sua felicidade é verdadeira, não possui alma presa à culpa e à mágoa. O olhar do malicioso, ainda que ria, é pesado, teme que o mal que plantou se volte contra ele, sabe que sua intenção é falsa, por isso seu olhar é desconfiado, sua alma, opaca. Quem pode entender o puro sorriso do que se humilha diante do Altíssimo? Os tolos olharão para ele e duvidarão, não podem captar o que não possuem, e ainda que tenham bens e honras, nunca terão o sorriso limpo e tranquilo daquele que trilhou o longo caminho da verdade e da retidão. 
      Num devocional pleno, numa comunhão profunda em Deus, num momento de oração pelo Espírito Santo, a mente sorri e o mundo espiritual se abre, o corpo descansa, as emoções se entregam, ainda que comecemos sobrecarregados nos tornamos leves, voamos sem asas. Até na mais restrita das celas o ser encontra plena liberdade, pode contemplar o Altíssimo sorrindo para seu homem interior, esse vivencia a eternidade ainda neste mundo. Essa experiência renova-nos, fortalece-nos, revela-nos os mistérios, é a chave para a intimidade do Senhor. 
      Na eternidade, quando a capa do corpo físico for retirada, o que ficará? O que será exposto à luz do Altíssimo? Se houver receios, remorsos, rancores, preconceitos, o espírito se fechará, como um rosto que se endurece diante da tristeza de coração, contudo, se houver paz, aquela aprendida, conquistada e retida com humildade, o espírito se abrirá, num maravilhoso sorriso. O sorriso não precisa falar, nem precisa entender, ele descobre no silêncio da matéria a sabedoria e o conhecimento de Deus, que dá todas as respostas, que sorri graciosamente para os simples. 
      Um homem antigo, com pouco conhecimento sobre si e sobre o planeta, que não estava preparado para receber o amor de Deus revelado pelo evangelho de Jesus, não podia enxergar o eterno sorriso de Deus. Não esperemos achar esse sorriso em muitos textos do antigo testamento, onde se confiava em Deus para se ter vitória sobre inimigos, também não esperemos ver esse sorriso em textos do novo testamento, onde um inferno eterno era meio de conduzir homens a Deus. Mas hoje, pelo Espírito Santo, os que querem podem contemplar, Deus sorrindo para todos. 
      Que Deus você vê quando contempla o mundo espiritual, um onipotente sisudo, exigente, julgador, ou um ser espiritual aberto, ainda que santíssimo e justo, sorrindo, de braços abertos para você? Muitos de nós passamos anos com a imagem mental de um homem dentro de nós, achando que é a de Deus, imagem que pode ter sido construída tendo como base a figura de nosso pai, de nosso avô, mesmo de algum patrão ou sacerdote religioso. Só os que buscam a Deus com todo o coração e com muita contrição, verão o sorriso do Senhor e serão libertados de superstições. 

Esta é a 27ª parte da reflexão
“Quem você será na eternidade?”
dividida em 90 partes, para melhor
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José Osório de Souza, março de 2021

25/02/22

Quem está em Deus tem tudo (26/90)

      “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.” 
João 15.16

      São textos como o acima que nos fazem amar a Bíblia, em um versículo, uma sucessão de eventos ligando o homem a Deus. Em primeiro lugar o princípio fundamental da espiritualidade da luz, começa em Deus e em Deus finda, nós homens somos apenas meios, assim, se alguém acha que tem algum crédito por ter feito a escolha melhor, por ter sido bom, por ter se esforçado para servir a Deus, engana-se. Nosso processo de crescimento ocorre na luz de Deus e fora dela só existe morte, Deus nos atrai por amor e nisso temos forças para fazermos escolhas certas. Se o Altíssimo não nos atraísse, nem todo o trabalho que fizéssemos, nem toda nossa boa intenção e toda nossa fé, nos conduziriam para as mais altas virtudes. 
      Contudo, entendamos certo, todos os seres humanos, de todos os tempos e lugares, são atraídos pelo amor de Deus à sua mais alta luz. Deus não escolhe uns e despreza outros, a escolha que acontece é para as provações, que podem ser expiações ou missões. Mas mesmo essas não são para privilegiar uns e desconsiderar outros, são para respeitar limites e características de cada ser humano, de modo que todos possam ser seus melhores com liberdade e felicidade. Se você está sentindo que deve fazer uma coisa para ajudar alguém, não é para que você se ache superior aos outros, não é você que está escolhendo o que deve fazer para ser melhor, se tua intenção for sincera é muito mais que isso, é inclinação do Espírito de Deus. 
      É Deus quem está te chamando para fazer tal coisa, para glorificar o nome dele servindo ao próximo e seguindo no caminho de virtudes que conduz à luz do Altíssimo. Não é só questão de escolha, de opção humana, mas de responsabilidade com algo muito mais alto, num grande plano divino. Saiba de uma coisa, o plano de Deus nunca se frustra, se alguém não cumpre sua obrigação ele chama outro para cumprir, a tempo e com igual eficiência, contudo, o que perde oportunidade de ser útil perde tempo. Neste mundo, tempo importa, a saúde, a disponibilidade, a energia que temos hoje para fazer algo, podemos não ter amanhã. Saiba, portanto, que é Deus quem te chama e obedeça, o mais depressa possível, não perca tempo.
      “o vosso fruto permaneça”, gosto dessa frase, não basta dar frutos, mostrar para os homens, colher os louros de boas obras no mundo, o fruto deve ser provado pelo tempo, e o tempo, meus queridos, testa a qualidade de tudo e de todos. Mas não é só uma questão de durabilidade, algo bom que é feito, que passa a existir a partir daí e que segue existindo sem perder a utilidade, algumas coisas não se manifestam no momento que são feitas. Poderá passar muito tempo, alguns acharem até que nada foi feito, contudo, se é semente plantada por Deus, em Deus e para Deus, um dia frutificará, então, dará frutos perenes. Por isso é preciso paciência e confiança em Deus, já que ainda que os homens não saibam ou vejam, Deus sabe.
      Frutos nobres, contudo, ainda que demorem a manifestarem-se, durarão eternamente, levaremos em nossos homens interiores como pedras preciosas em uma coroa, não serão de forma alguma para nos engrandecer, mas para nos fazer iluminados e úteis nas mãos de Deus. Quem atinge esse nível de utilidade espiritual recebe um direito, “a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda”. Eis um privilégio que muitos querem e não entendem, almejam para terem coisas materiais para si, não para serem bênçãos nas vidas dos outros. Chegar num ponto onde tudo o que pedimos Deus nos dá, parece ser recebermos a lâmpada com um gênio, mas é justamente o oposto disso, sobre vários pontos de vista.
      Nenhum pedido é negado ao que sabe pedir, nenhuma resposta é negada ao que sabe perguntar, e sabe o que Deus nunca pode negar? A si mesmo, assim se alguém estiver plenamente nele poderá existir à vontade que será sustentado por ele, será cuidado, suprido, esclarecido e satisfeito, nada falta ao que vive em Deus. Muitas pessoas fazem muitas coisas e Deus não responde suas orações, elas querem ser o que Deus não quer que elas sejam, assim, mesmo ricas, estão insatisfeitas, mesmo honradas pelos homens, não agradam ao Senhor e são infelizes. Temos que saber bem para que Deus nos chamou, só entendendo, aceitando e praticando isso com alegria, daremos frutos que permanecem e seremos sustentados por Deus em tudo. 
      São esses frutos que levaremos à eternidade, quem chegou ao ponto de saber pedir e ter todas os seus pedidos atendidos, entendeu a espiritualidade maior que constrói o céu em seu homem interior. Quem você será na eternidade? Árvore viva ou árvore seca? Assumir que Deus nos chama a desempenhar missões específicas nos leva a viver cada dia no mundo com mais responsabilidade, mas também com confiança. Se Deus chama ela capacita, portanto não podemos usar de desculpas para não fazer algo, não se esse algo de fato for a vontade de Deus para nós, não a nossa vontade ou aquilo que fazemos para agradar a vontade de homens. Ânimo, temos ordem do Altíssimo a cumprir, nossa recompensa melhor está na eternidade. 

Esta é a 26ª parte da reflexão
“Quem você será na eternidade?”
dividida em 90 partes, para melhor
entendimento leia toda a reflexão.

José Osório de Souza, março de 2021

24/02/22

Amar santifica (25/90)

      “Se me amais, guardai os meus mandamentos.” 
João 14.15

      Temos a tendência de ver a palavra de Deus como uma lista de regras, acreditamos que são mandamentos de Deus, mas tentamos obedecer essas regras com a disposição errada. Por isso muitas vezes não conseguimos obedecer a Deus e pecamos, nos sentindo tão frustrados. Para entendermos nossa aliança com Deus analisemos nossas alianças com as pessoas, nas relações de amizade e de casamento. Quando convivemos com uma pessoa, conversamos com ela, nos confidenciamos com ela, temos cumplicidade com ela em várias áreas, dividimos gastos, moradia, dores e alegrias. Isso pode ser só amizade, mas se também temos vida física íntima e afetiva com uma pessoa, isso é parte de uma aliança chamada casamento. 
      Como assim, só uma parte? Sim, porque a outra parte de um casamento é a fidelidade, ter as experiências citadas com alguém, mas isso de forma exclusiva. Quem tem todas as proximidades e intimidades citadas é porque ama, ninguém consegue praticar um “casamento”, não por muito tempo, se não amar. Quem ama é fiel e não só para obedecer uma lei de forma fria, o amor naturalmente nos faz querer estar mais próximos de alguém, assim como não partilharmos certas coisas com outras pessoas. Amor de casamento estabelece uma aliança naturalmente monogâmica, ainda que amizades genuínas e mais próximas também compartilhem coisas exclusivas, que não são compartilhadas com outros amigos. 
      Conceitos têm surgido, casamento aberto, uniões poligâmicas, poli-amor, ainda que poligamia não seja novidade têm aparecido novas formas desse antigo costume. Mas mesmo que alguns vejam essas modernidades como casamento, não creio que representem o melhor de Deus, mesmo que muitos insistam que sejam expressões válidas de liberdade. São ligações mais baseadas em liberalidade para prática de sexo por prazer, que de fato casamento, buscam muito mais usufruto pessoal que famílias maduras, tanto que essas uniões não duram muito tempo. O ser humano, contudo, é altamente adaptável, e sua moralidade, elástica, sabe-se lá o que a humanidade futura nos reserva de ruim antes que Deus exerça algum juízo. 
      Sobre casamento tenho uma ótica tradicional, ainda que meu entendimento em Deus sobre sexualidade não seja o do cristianismo tradicional. Vejo como casamento adequado e prático aquele entre dois seres humanos, com fidelidade e fazendo todo o possível para que comece certo e dure até o final de suas vidas no mundo. Se viver com uma pessoa de forma plena e verdadeira já é difícil e caro no mundo atual, imagine com mais de uma? O ponto dessa reflexão, contudo, é: amar santifica! Quem ama vive junto, não trai e naturalmente é santo. Um bom casamento, equilibrado, com cumplicidade em todas as áreas, é um castelo forte e resistente contra muitas ciladas do mal. Busquemos isso em Deus, não abramos mãos disso! 
      O erro que podemos cometer é tentarmos ser fiéis sem amarmos de fato, se não há amor o coração está vago e disponível para amar, isso ocorre com amigos, com cônjuges e com Deus. Mas muitos podem dizer com relação a casamento, “mas eu amo, não traio, ajudo minha família nas despesas financeiras, faço lazer com ela, levo minha esposa e meus filhos à igreja”, mas será que isso é feito com amor ou por pura obrigação? Com Deus é semelhante, alguns podem dizer, “mas eu amo a Deus, não falto a cultos, dou meu dízimo, dou bom testemunho no serviço, leio a Bíblia”. A esses a mesma pergunta deve ser feita: você é um bom religioso por amor a Deus ou por medo do inferno e do diabo? No amor não há nenhum medo.  
      Nós seres humanos preferimos fazer um monte de coisas para não amarmos, sacrifícios para não sermos misericordiosos, exibirmos aparências externas ao invés de buscarmos uma vida íntima de devoção a Deus através do amor. Só o amor nos permite ser fortes para sermos fiéis e consequentemente sermos santos, santidade nada mais é que guardar alianças. Tenha uma experiência em amor e não haverá espaço em teu coração para quebrar alianças. Amar nos alimenta de dentro para fora, nos evolui. Quem você será na eternidade? Seu homem interior terá a extensão do amor que você aprendeu a viver e a reter, no céu ele te fará mais bonito e mais forte porque te fará brilhar mais e estar mais próximo da luz e do Altíssimo. 

Esta é a 25ª parte da reflexão
“Quem você será na eternidade?”
dividida em 90 partes, para melhor
entendimento leia toda a reflexão.

José Osório de Souza, março de 2021

23/02/22

Até onde fomos por amor? (24/90)

      “E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, serás abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti. Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.” 
Mateus 11.23-25

      Falarmos sobre amor, mais e mais, é de suma importância numa reflexão sobre eternidade. No mundo, o céu se constrói com amor e o inferno com ausência dele, na eternidade irão ao céu os que estiverem prontos para serem atraídos pelo amor de Deus, no inferno estarão os que dizem não a esse amor. O céu, o melhor de Deus, é o próprio amor do Altíssimo, cada espaço, cada construção, cada palácio que imaginamos ser o céu, cada jardim, cada árvore, cada flor, cada rio, é a luz mais alta emanada do amor de Deus, no qual não há culpa, dor, tristeza, mágoa, saudade que dói, mas um olhar firme e convicto para o alto, para o melhor que somos no amor de Deus. Inferno não é um lugar sem o amor de Deus, o amor de Deus atrai todos em todos os lugares, Deus não cria lugares para sofrimento, só o homem pode criar o inferno, dentro dele quando nega o amor de Deus pelo livre arbítrio.  
      Para entendermos o amor de Deus em primeiro lugar precisamos entender e assumir o nosso amor, o que temos por nós e pelos outros, para depois avaliarmos ambos e não confundirmos as coisas. Julgarmos a Deus por nós, tendo nós mesmos como referência, é um tipo de idolatria, a egolatria, que pode ser um engano, uma insanidade, mas também entrega de legalidade de atuação a espíritos malignos. Ocultismos e satanismos dizem que nós seres humanos somos deuses, que o ser que deve ser adorado somos nós, os homens. Enganam-se os que acham que certas linhas espiritualistas são só adoradores do diabo, não é bem isso. Alguns usam rituais e protocolos mágicos para estabelecerem contato com seres espirituais do mal e terem controle sobre esses, eles querem usar o diabo. O que ocorre então é o contrário? Quem usa quem? Comunhão espiritual pode estabelecer uma relação simbiótica. 
      Diz um ditado, “aquele que estuda o mal é estudado pelo mal”. Seja como for, muitos não respeitam e não conhecem um Deus maior e do bem pois seus deuses são eles mesmos. Isso, contudo, é equívoco que mesmo inconscientemente cristãos podem cometer, quando limitam as virtudes de Deus às suas próprias, por isso a importância de entendermos melhor o nosso amor e o amor do Altíssimo. Como funciona o nosso amor, amamos só quem nos ama? Declaramos amor só para termos direito à intimidade sexual? Achamos que sexo é amor? Amamos só aqueles que frequentam a mesma igreja que a gente, pois só consideramos esses como irmãos espirituais dignos de receberem nosso amor? Nosso amor termina quando alguém nos machuca? Amamos só a família, num afeto que beira à idolatria, enquanto não nos vemos na obrigação de amar desconhecidos, que Deus põe em nossos caminhos? 
      Se como indivíduos nós não entendemos o que é o amor de Deus, é como cristianismo coletivo que esse equívoco é potencializado, ainda que isso não seja assumido. Como percebemos isso? Quando chamamos de pecado condenado à perdição estilos de vida que vão contra a definição de moralidade do cristianismo tradicional, principalmente nas áreas da sexualidade e da família. Meus queridos, que vergonha muitos que se acham cristãos passarão na eternidade por causa disso. Quantas vezes já não ouvimos de púlpitos, e alguns famosos, que todo homoafetivo vai para o inferno, sem direito ao amor de Deus? Quantos são excluídos e desprezados para sempre pelos “irmãos” por quebrarem alianças de matrimônios? Sem chance de tratamento de amor que acompanha com paciência, conhece a doença moral e às vezes até psiquiátrica, para recuperar para o amor de Deus, não para abandonar num inferno? 
      Ah, o meu amor e o seu amor são fracos demais, convenientes demais, egoístas demais, e não estou dizendo que devemos simplesmente passar a mão na cabeça do errado, quem ama confronta com a verdade. Sim, o errado deve sentir profundamente a consequência do seu erro, mas sob disciplina de amor, não de vingança, não como se os que o punissem fossem braços e mãos privilegiados do todo-poderoso para fazerem justiça. De fato muitos serão surpreendidos na eternidade, e logo de cara, no primeiro momento que os olhos físicos se fecharem e os espirituais forem totalmente abertos. Será surpresa de alegria ou de dor? De paz ou de perturbação? De segurança ou de constrangimento? Muitos se sentirão profundamente envergonhados pelo falso cristianismo que viveram no mundo, anos em igrejas, assiduidade em cultos, mas sem prática do amor de Deus, isso meus queridos, é um inferno.  
      Todo tipo de promiscuidade é pecado, vício em sexo, como qualquer vício que controla o homem, é pecado, não importa se essa promiscuidade, se esse vício, faz uso de relações físicas íntimas com o mesmo sexo, com sexo oposto, com uma pessoa, com um grupo, com animais, ou com algum tipo de objeto, artifício ou fetiche, que tem como objetivo só saciar de forma desenfreada apetites carnais, sem respeitar aliança de fidelidade com um companheiro por amor e para toda a vida. Nessas palavras tentei definir o que é sexualidade como pecado, diferenciando de relação íntima que ocorre em casamento santo e em amor entre dois seres, sejam do sexo que forem. Sodoma e Gomorra foram condenadas por causa de promiscuidade e de vício sexual, não por causa de relação homoafetiva, essa é minha posição diante de Deus! Condenar homoafetivo, só por sê-lo, isso sim é pecado sujo.
      Até onde você foi por amor? Não me refiro a suportar casamento tóxico, a não ter amor próprio e por isso pagar preço desnecessário por um falso amor que Deus não pede de ninguém. Me refiro a amigos, a irmãos de igreja, a familiares, a seres humanos que estejam precisando urgentemente de uma atitude verdadeira de amor, pelos quais precisamos persistir, orar, aguardando pacientemente o momento certo para que a palavra certa seja dita de modo a erguer o que está caído. Você, que condena um homossexual, já foi com ele até as últimas consequências do amor? Acompanhou-o, às vezes, por anos, ouvindo-o, conhecendo-o, respeitando-o? Verificou se aquilo que podem ter ensinado a você sobre homossexualidade procede, se ela pode ser curada, ou se é só característica com a qual a pessoa tem que viver para sempre, e que não a impedirá de habitar o céu, muito menos de receber o amor de Deus? 

Esta é a 24ª parte da reflexão
“Quem você será na eternidade?”
dividida em 90 partes, para melhor
entendimento leia toda a reflexão.

José Osório de Souza, março de 2021

22/02/22

Amar protege do mal (23/90)

      “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.” “Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro. Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão”.
I João 4.7-9, 19-21

      Com que facilidade condenamos uns ao inferno e outros consideramos reais merecedores do céu, quando odiamos temos o inferno instalado dentro de nós, e quando amamos, o céu desce até nós. Mas até que ponto nossa realidade emocional, ou nossa fantasia mental, reflete a verdade? Sermos libertados da carne não é só fecharmos a boca para fazermos um regime ou pararmos de consumir bebidas alcoólicas e pornografia. A carne usa nosso corpo físico, mas sua essência é espiritual, se não fosse assim o diabo e os demônios, seres puramente espirituais, não estariam tão interessados na carnalidade humana. A carne, como princípio que se opõe ao espírito, também reside no espírito, assim talvez seja mais apropriado entender carne como afastar-se da moralidade e aproximar-se da matéria, e espírito como o desejo de se ter virtudes morais e de se aproximar da mais alta luz espiritual. 
      Na eternidade quem está num inferno, ainda que seja um ser puramente espiritual, continua, de alguma forma, desejando a carne, os prazeres e as ilusões do mundo, ou se prendendo às culpas e dores que vivenciou no plano físico. Já quem está no céu aprendeu a amar as coisas mais altas da vida puramente espiritual, assim olha para cima, não para baixo, sente a atração do amor de Deus e sobe para a luz do Altíssimo. Mas voltando ao ponto, confundimos muito nossa interpretação emocional e mental do mundo, com discernimento espiritual, e isso pode ser um enorme engano. Só conseguimos ter emoções e pensamentos santos, que amam mesmo que a realidade nos leve para o contrário, tendo íntima comunhão espiritual com Deus. Conhecer a Deus é, acima de tudo, conhecer seu amor, só com esse amor podemos amar de verdade a todos, e não só quem nos interessa. 
      Sabe aquela pessoa que mais te incomoda, que te irrita só de estar no ambiente? Cujo riso, jeito, maneira de falar e de reagir, cujas opiniões sobre qualquer coisa, te deixam desconfortável? Não, não precisa ser alguém necessariamente mau, mas é alguém que, como dizem, a “química” parece não bater com a tua. Ela tem algo que você não sabe bem o que é, algo em algum lugar, que faz com que você tenha muita dificuldade para amá-la. Pois bem, essa pessoa Deus ama, profundamente, deseja o bem dela, está sempre pronto para ouvi-la e quer abençoá-la tanto quanto quer abençoar você. Deus não faz nenhuma diferença entre ela e você, para ele vocês são iguais. Esse raciocínio, extremado, pode nos dar uma noção do que é o amor de Deus, e Deus nos orienta a vivenciar um amor com a mesma qualidade, ainda que sejamos seres com potências morais infinitamente menores que a dele. 
      Algo precisa ficar bem claro, Deus ama mesmo aquela pessoa que mais temos dificuldade para amar. Deus vê em alguém, em quem só vemos maldade ou falsidade, a mesma boa intenção, a mesma necessidade de afeto mais puro, a mesma fragilidade, que vê em você e em mim, ainda que nós, do alto de nossos orgulhos e egoísmos, vejamos em alguns só arrogância, só imaginemos ouvir deles, “sou melhor que você e não preciso de você”. Todos nós precisamos de amor, todos nós necessitamos urgentemente do amor de Deus, e todos nós podemos amar com o amor que precisamos receber. Quem nega amor, nega a Deus, nega o seu amor, e mais, a própria existência de Deus, pois Deus é amor eterno e incondicional! Impossível termos qualquer relação com Deus se odiamos alguém, mesmo alguém que aos nossos olhos não merece amor, isso é mentira, todos merecem o amor de Deus. 
      É fácil amar? Não! de maneira alguma, e principalmente algumas pessoas, mas essas pessoas existem em nossas vidas justamente para isso, para nos confrontar com coisas não resolvidas que existem em nós, e que nós não aceitamos, não amamos, e por isso nos envergonham e queremos negar a todo custo. O que isso tem ver com os outros? Tem a ver porque é nessas situações que usamos um mecanismo emocional chamado projeção, o que ele faz? Ele joga nos outros aquilo que não queremos assumir em nós, assim o que nos incomoda nos outros é o que mais existe em nós e nós não gostamos. Se achamos que falamos demais e que isso nos envergonha, que isso revela coisas que gostaríamos de esconder, projetaremos isso nos outros. Aquelas pessoas que achamos que falam demais nos incomodarão a ponto de não conseguirmos amá-las, mas não são elas que não amamos, é a nós mesmos.
      Por outro lado, quem fala demais ouve de menos, se falamos demais não gostamos de ouvir, e mesmo alguns que não necessariamente falem demais, mas talvez só falem aquilo que não queremos ouvir, a esses teremos muita dificuldade para amar. Isso é só um exemplo de projeção, esse mecanismo pode ser usado por nós para escondermos outros assuntos internos nossos não resolvidos. Quem, por exemplo, gostaria de ser mais bonito, invejará alguém que acha que é belo, e por causa disso não conseguirá amá-lo, ainda que na verdade seja belo e não reconheça, e nesse quesito ninguém é feio, todos temos características belas a serem admiradas. A cura está em conhecer o amor de Deus por nós, depois nos amarmos pelo que somos de verdade, e então, só então, teremos condições de aceitarmos as pessoas como elas são e as amarmos. 
      Um alerta precisa ser feito, influenciamos espiritualmente as pessoas de muitas formas, quem não ama alguém também está dizendo que esse alguém não tem direito ao amor de Deus, e se não conectamos a Deus pelo amor, podemos conectar àquilo e àqueles que negam Deus. Isso não é feito só com ódio, indiferença também gera essa condição, intenção é mais poderosa que a palavra e no mundo espiritual intenção é que vale. Se a pessoa caminha em humildade e temor ela está protegida, mas se está andando meio “solta”, ainda que não em pecado explícito, mas numa condição espiritual distante do Senhor, pode, sim, ser influenciada pelo ódio alheio, assim como pela displicência que inconscientemente gera intenção negativa e que conecta-a a influências espirituais maléficas. Amar nos protege de receber e de enviar o mal, de formas que não podemos imaginar. 

Esta é a 23ª parte da reflexão
“Quem você será na eternidade?”
dividida em 90 partes, para melhor
entendimento leia toda a reflexão.

José Osório de Souza, março de 2021