05/07/23

Não confunda ciência com sabedoria (5/31)

      “Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, Deus achou por bem salvar os que creem por meio da loucura da pregação.I Coríntios 1.21

      Todos temos, principalmente hoje, de acatar orientações dadas pela ciência, pela medicina, através de informações que nos são passadas por especialistas de várias áreas com relação à qualidade de vida tanto em nossos corpos e mentes quanto no planeta. O cristão humilde reconhecerá na ciência uma ferramenta poderosa de Deus, que homens do tempo do Cristo homem, por exemplo, não tinham. Entretanto, cientistas, temam a Deus, ainda que não possam explicá-lo cientificamente, o conhecimento de vocês é bênção, mas nem esse dará a vocês a sabedoria espiritual para terem paz neste mundo e vidas morais vitoriosas para levarem ao outro mundo. A ciência mais elevada de Deus é Jesus. 

04/07/23

Não confunda ignorância com temor (4/31)

      “Ora, nós que somos fortes na fé temos de suportar as debilidades dos fracos e não agradar a nós mesmos.” Romanos 15.1

      Não saber pode ser melhor que saber, quem sabe mais, mais é cobrado, contudo, não devemos teimar em não saber achando que isso é o melhor de Deus para nós. Ninguém use arrogância às avessas para achar que será tratado com menos rigor porque não foi atrás de saber certas coisas, ninguém alegue ter temor a Deus para ficar longe de sua intimidade, quando na verdade só é ocioso. Ignorância, principalmente espiritual, não é algo que devemos nos orgulhar termos, nem não termos, temos que ter consciência dela para buscarmos saber mais. Contudo, quem sabe mais deve verificar humildemente o pouco conhecimento de alguns, e com temor a Deus não humilhá-los, mas amá-los, conhecimento traz deveres, não direitos. 

03/07/23

Não confunda disciplina com tratamento (3/31)

      “E vocês se esqueceram da exortação que lhes é dirigida, como a filhos: "Filho meu, não despreze a correção que vem do Senhor, nem desanime quando você é repreendido por ele; porque o Senhor corrige a quem ama e castiga todo filho a quem aceita."Hebreus 12.5-6

      Na insistência em fraquejarmos diante de tentações, Deus nos corrige. Nós somos assim, se não aprendemos quando está tudo bem, Deus permite fases ruins, e se há uma área que Deus precisa mexer para acharmos um lugar de tristeza é a financeira, é só faltar grana que nós paramos para refletir sobre as prioridades da vida. Contudo, se um aperto passado na privacidade não for suficiente, Deus pode nos humilhar publicamente para acharmos um lugar de humilde reflexão. Há uma diferença, se disciplina é subtração de certas coisas, tratamento é interferência hospitalar, nessa situação Deus nos leva a cativeiros e a salas de “hospital”, onde parados e até amarrados possamos deixar o Espírito Santo nos curar.

02/07/23

Não confunda tentação com provação (2/31)

      “Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões, facções, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus.Gálatas 5.19-21

      Todos nós somos tentados e o tempo todo, pelos apetites do corpo físico, pelas obras da carne, ira, adultério, invejas etc. Tentações seguirão conosco até o fim de nossas vidas aqui, contudo, provações precisam ter data de início e de fim. Essas são obstáculos especiais que Deus coloca em nosso caminho para superarmos, não são as tentações diárias de nossa carne e de homens e espíritos maus. Precisamos ser vencedores nas tentações para estarmos fortes para superarmos provações, mas vitória em tentações não nos aperfeiçoam de forma diferenciada, são só nossas obrigações iniciais, o que nos melhora é superarmos provações. É importante separarmos as coisas senão ficaremos estacionados achando que nos movemos.

01/07/23

Não confunda missão com livramento (1/31)

      Sinto de Deus que devo direcionar as palavras deste blog a cristãos protestantes e evangélicos. Apesar de citar católicos e mesmo outras religiões aqui, o Espírito Santo me orienta, pelo menos até este momento, a falar com protestantes e evangélicos, assim usando termos e entendimentos que são conhecidos por esses, comuns em igrejas cristãs. Nós, protestantes e evangélicos, acostumamos tanto com certas coisas que podemos achar que todo o mundo as conhece, mas não é verdade. Começando hoje, seguem trinta e uma reflexões sobre alguns desses termos e entendimentos que protestantes e evangélicos usam com frequência em seu dia a dia. 

      “Não sobreveio a vocês nenhuma tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar; pelo contrário, juntamente com a tentação proverá livramento, para que vocês a possam suportar.I Coríntios 10.13

      Escape ou livramento é uma maneira que Deus dá para vencermos tentações. Para entendermos a afirmação proposta no título desta reflexão, temos que compreender que ainda que Deus nos permita estudar e trabalhar para termos condição financeira digna neste mundo, nossa missão principal aqui é melhorarmos moralmente e ajudarmos os outros em amor. Assim, o mais lúcido é discernirmos missão de livramento, muitas coisas que Deus nos permite fazer é muito mais escape para ocuparmos nosso tempo e nossa cabeça com coisas produtivas que de fato nossa missão. Devemos honrar trabalho e usar os escapes, mas cientes de nossa missão principal. Trabalho e livramentos passam, nossa missão, não. 

30/06/23

Como nasce o preconceito

      “Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor.I Coríntios 4.5

      Temos a tendência de beneficiar quem é mais parecido conosco, quem faz parte do mesmo grupo social que nós. Para isso, é difícil não usarmos critérios que não sejam materiais, nos basearmos no que nossos olhos veem, no que os homens valorizam, características físicas, status quo. Contudo, só uma ótica espiritual do ser humano nos impedirá de sermos de alguma maneira preconceituosos. Responda uma pergunta, numa situação terrível, onde tivesse que escolher entre duas pessoas uma para morrer, qual você deixaria viva nas seguintes condições: uma criança e um velho, uma mulher e um homem, um homossexual e um hétero, um não cristão e um cristão, um negro e um branco, um amigo e um desconhecido? 
      Se alguém for um cristão protestante que de fato conhece a doutrina em que diz crer, entenderá que a vida é uma oportunidade no mundo para aceitar Jesus como único e suficiente salvador e se livrar do inferno eterno. Entenderá também que mais tempo é mais oportunidade para acertar e também para errar, assim um velho pode ter errado mais que uma criança, e se crianças não pecam têm direito ao céu ainda que não tenham feito decisão racional por Cristo. Apesar de parecer cruel, a morte de uma criança é menos danosa para a própria criança, nesse ponto de vista. Parece uma análise fria demais? Mas se é assim, por que nos apegamos tanto às crianças, por que somos capazes de morrer para livrá-las da morte? 
      Essa tendência natural de todo ser humano minimamente sadio emocional e psicologicamente, revela algo mais profundo sobre o ser humano e sua existência, que o que a doutrina tradicional protestante diz. Se vermos a vida, não como livramento do inferno, mas como encaminhamento para o céu, entenderemos que crianças e outros seres humanos mais fragilizados no mundo atual, oprimidos e descriminados por algum motivo na sociedade, precisam mais de tempo nesse mundo, que outros mais fortes e privilegiados. Velhos já tiveram tempo para fazerem as melhores escolhas e saírem do mundo melhores, crianças ainda não, não se as vermos como espíritos eternos, não como seres menores por causa da pouca idade de seus corpos. 
      Nessa ótica, uma criança inocente precisa de mais tempo para viver, amadurecer e evoluir que idosos. Respondendo à pergunta do início, o ideal seria darmos oportunidade para seguir vivendo quem mais precisa dessa oportunidade para se aproximar mais de Deus, assim um assassino precisa de mais tempo de vida que um homem de bem. Veja que fazer essa escolha implica em misericórdia e graça, que não condena mesmo o pior dos pecadores, mas dá a ele nova chance para se acertar. Nesse ponto de vista, suicídio e pena de morte são coisas inadmissíveis, é apressar o juízo tentando fazer justiça com as próprias mãos, não temendo a Deus, o único justo juiz, o único que decide sobre o tempo de provas dos homens no mundo. 
      No exemplo do assassino e do homem de bem há algo mais fácil de ser identificado, já com pessoas parecidas moralmente a escolha fica mais difícil, pelo menos para nós seres humanos, que não conhecemos o coração dos homens como Deus conhece. É claro que se buscarmos a Deus, ele nos dá discernimento espiritual sobre as pessoas. O fato, contudo, é que temos a tendência de privilegiar quem é mais parecido conosco. Outro fato é que a teologia tradicional protestante, se aceita de forma rasa, tem mais a tendência de condenar que de salvar, com mais facilidade mantém conceitos baseados em conhecimentos passados, levando-nos a pensar que alguém que cometeu um grande erro perdeu os direitos e não tem mais salvação. 
      Quantas vezes vimos alguém errar pela segunda, pela terceira, pela quarta vez, e dissemos, “agora não tem mais jeito, está tudo perdido para essa pessoa”. Saibamos, eu e você, que quando dizemos isso pecamos contra uma virtude de Deus, que move todo o universo e todos os seres humanos, o amor do Senhor. Deus nunca tem pré-conceitos, porque ele sempre nos olha e nos trata como aquilo que de melhor podemos ser, não pelos nossos erros, ainda que reincidentes. Deus não vê diferenças em seus filhos, ainda que permita as diferenças para que cada filho seja provado, aprovado e evolua. Qual ser humano Deus deixaria viver? Todos. Essa precisa ser também nossa maneira de ver as pessoas, uma maneira espiritual. 

29/06/23

Construa no Senhor

      “Todos os caminhos de uma pessoa são puros aos seus próprios olhos, mas o Senhor sonda o espírito. Entregue as suas obras ao Senhor, e o que você tem planejado se realizará.Provérbios 16.2-3

      De quem é a iniciativa, do ser humano ou de Deus? A verdade é que deve haver uma sociedade entre ambos, o homem harmonizado e sincronizado com Deus, abençoando e evoluindo o ser humano, louvando e agradando o Senhor, assim como contribuindo para o bem e a justiça de todo o universo. Tudo que fazemos, de bom ou de ruim, interfere na vida de outros homens, assim como nos intrincados sistemas dos planos físico e espiritual, nada é por acaso, por sorte ou sem propósito, acredite. Ainda que essencialmente sejamos seres solitários e autônomos, somos irmãos de todos os espíritos, chamas interligadas na chama maior e mais alta, se entendêssemos isso em toda a sua profundidade saberíamos que quando um sofre, todos sofrem, quando um se alegra, todo o universo sorri. 
      No mundo temos um pequeno espaço de tempo para fazermos escolhas, para construirmos coisas, para melhorarmos moralmente, para conhecermos a Deus no Espírito Santo e por Jesus. Ainda que não creiamos na existência de Deus, ou até creiamos, mas não vivamos em intimidade com ele, nada que fazemos é desconhecido ou não permitido pelo Senhor, assim, interfere nas vidas de outras pessoas. Mas existe um maravilhoso mistério, se mesmo que nos esforcemos muito, trabalhemos bastante, tomemos iniciativas e empreendamos, nas áreas material e na moral, se ainda que nos conheçamos e confiemos em nós, tivermos uma dependência sincera e profunda de Deus, nossas obras tocarão o criador e Senhor de todas as coisas de uma forma especial, nos abençoando diferentemente. 
      Podemos construir com boas intenções e com trabalho honesto, querendo o nosso bem, de nossos próximos, do planeta, mas ainda que Deus use isso em seus complexos sistemas, para nós será só obra material, no mundo, se fizermos sem uma dependência humilde do Senhor. Sendo assim, para as nossas almas, essas obras ficarão no mundo, não as levaremos como virtudes morais para a eternidade, não serão consideradas na avaliação que todo espírito passa quando morre no mundo e acorda no plano espiritual, isso, repito, ainda que Deus use nossas obras para abençoar outras pessoas. Assim enormes edifícios não terão nenhum valor para alguns, enquanto pequenas casas terão o valor de luxuosos castelos para aqueles que humildemente dependeram de Deus em tudo que fizeram
      Senhor sonda o espírito, ninguém ache que no juízo será defendido pelas palavras e ações que exibiram diante dos homens. Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos, como diz a versão mais tradicional da passagem bíblica inicial, assim não coloque um tijolo na obra sem pedir permissão a Deus e agradecer a ele por isso, ande cada passo crente que se você se moveu foi porque Deus permitiu. Não fazemos ideia de quantos perigos existem nesta vida, principalmente no mundo de hoje, de crimes, acidentes, enfermidades, mesmo do erro dos outros que de alguma forma pode nos atingir. Basta um segundo, uma palavra, uma atitude errada de alguém para que nossas vidas, nas áreas profissional, afetiva, física, moral, fiquem de cabeça para baixo. 
      “Escutem, agora, vocês que dizem: "Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e faremos negócios, e teremos lucros." Vocês não sabem o que acontecerá amanhã. O que é a vida de vocês? Vocês não passam de neblina que aparece por um instante e logo se dissipa. Em vez disso, deveriam dizer: "Se Deus quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo."” (Tiago 4.13-15). Lindíssimo esse texto de Tiago, base para o dizer que tantas vezes ouvimos de pessoas mais velhas ou mais humildes, “se Deus quiser”. Entregue as suas obras ao Senhor e o que você tem planejado se realizará, quantas coisas passam por nossas mentes, quantos sonhos, quantos planos, mas só se realizam, permanecem e nos fazem bem, aquilo que construímos no Senhor, glória a Deus por isso!