30/04/14

Moisés: coração de intercessor

Êxodo 32, versos 1 ao 14:

1 Vendo que Moisés demorava para descer do monte, o povo juntou-se em volta de Arão e lhe disse: Levanta-te! Faze para nós um deus que vá à nossa frente, porque não sabemos o que aconteceu a esse Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito.

A falta de paciência é a raiz de muitos males, principalmente no mundo atual, tão imediatista, todos querem ter e sentir na hora, mesmo que não dure muito. Isso também acontece com os cristãos, isso também acontece com as coisas espirituais. A falta de paciência tira nossos olhos de Deus e os coloca em outras coisas e pessoas, ídolos são tudo aquilo em que confiamos ao invés de confiar em Deus.

2 E Arão lhes disse: Tirai os brincos de ouro das orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e de vossas filhas, e trazei-os aqui.

Arão, sacerdote de Israel, a boca de Moisés, ele não cumpriu seu papel de servo de Deus, antes quis agradar aos homens e prontamente achou uma solução para a rebeldia do povo. Arão preferiu ficar bem com os homens do que ir contra a maioria, teve medo e se acovardou.

3 Então todo o povo tirou os brincos de ouro das orelhas e os levou a Arão. 4 Ele os recebeu de suas mãos e deu forma ao ouro com um cinzel, fazendo dele um bezerro de fundição. Então eles exclamaram: Ó Israel, aí está o teu deus, que te tirou da terra do Egito.

Um bezerro de ouro: não havia objeto melhor para se tornar um ídolo. Eram bezerros que eram oferecidos como sacrifícios a Deus pelos pecados, o povo se afastou de Deus mas queria manter uma aparência de fiel. Isso é apostasia, um desvio que quer manter alguma coisa do objetivo desviado.
Adorar o bezerro, ao invés de Deus, é confiar na disposição que se tem para buscar a Deus, mais do que no próprio Deus, é confiar na fé, e não no objeto da fé, é confiar na devoção, e não no que se é devotado, é confiar na religião, na fidelidade com os costumes e tradições, na liturgia de um culto, e não na presença livre e poderosa do Espírito de Deus.

5 Vendo isso, Arão edificou um altar diante do bezerro e proclamou: Amanhã haverá festa ao SENHOR. 6 No dia seguinte, eles se levantaram cedo, ofereceram holocaustos e trouxeram ofertas pacíficas. O povo sentou-se para comer e beber, e depois se levantou para se divertir.

Festa, as pessoas querem festa, querem alegria e bem depressa, querem sentir, deixar-se controlar por um bom sentimento. Até que ponto os crentes não estão simplesmente trocando, a alegria que sentiam no mundo, com a carne, com sexo, vícios, etc, pela consequência da comunhão com Deus? Não é errado sentir-se bem com a comunhão com Deus, uma alegria maior, mesmo um êxtase, que se prova dessa ligação. Contudo, torna-se desvio quando o êxtase é mais importante que aquilo que nos leva a ele.
A emoção que se sente depois que se prova uma unção poderosa do Espírito Santo é direito do fiel, mas se ele quiser essa unção somente para sentir algo diferente, então passa a ser bezerro de ouro. O fiel crê, antes de tudo, indiferentemente do que vai ou não vai sentir. É claro que se agir dessa forma sempre será consolado por Deus com paz e gozo.
Mas no caso de Israel, naquele momento, não era tempo de festa, mas de espera, de vigilância, de oração, de consagração, afinal, Moisés havia subido o monte para receber as leis, a constituição divina que regeria a vida religiosa, social e política do povo.

7 Então o SENHOR disse a Moisés: Vai, desce, porque o teu povo, que tiraste da terra do Egito, se corrompeu; 8 depressa se desviou do caminho que lhe ordenei. Fizeram para si um bezerro de fundição, adoraram-no, ofereceram-lhe sacrifícios e disseram: Aí está, ó Israel, o teu deus, que te tirou da terra do Egito. 9 O SENHOR disse a Moisés: Tenho observado esse povo e vi que é um povo muito obstinado. 10 Agora, deixa-me, para que a minha ira se acenda contra eles e eu os destrua; e farei de ti uma grande nação.

A ira do Senhor se acendeu, implacável, como é sempre diante do pecado, como foi com Israel e como é com os homens atuais. Deus já tinha outra solução para cumprir seu plano maior, propôs levantar uma nova nação a partir de Moisés, para dar testemunho ao mundo de sua existência. Sim, isso também funciona conosco, o que impede Deus de nos rejeitar, toda vez que pecamos, é a obra salvadora de Jesus, seu sangue puro derramado na cruz e sua ressurreição.

11 Moisés, porém, suplicou ao SENHOR seu Deus: Ó SENHOR, por que a tua ira se acende contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande força e com mão forte? 12 Por que permitir que os egípcios digam: Foi para o mal que os tirou daqui, para matá-los nos montes e destruí-los da face da terra? Volta-te da tua ira ardente e arrepende-te desse castigo contra o teu povo. 13 Lembra-te de Abraão, de Isaque e de Israel, teus servos, aos quais por ti mesmo juraste, dizendo-lhes: Multiplicarei os vossos descendentes como as estrelas do céu e lhes darei toda esta terra de que tenho falado, e eles tomarão posse dela para sempre.

Um coração de intercessor: foi isso que Moisés mostrou. Deixou de lado a vaidade, sim porque ele poderia ter saído no lucro com a situação, mas ele não pensou nele mesmo, pensou no povo, por amor, verdadeiro amor.
Mas o maior amor que Moisés mostrou foi por Deus: ele lembrou o Senhor o juramento que tinha feito, chamou a atenção para a fidelidade de Deus para com a sua própria promessa, promessa feita a Abraão e seus descendentes. Moisés lembrou que o testemunho do nome do Senhor seria arruinado, caso os egípcios soubessem que aquele povo, que disse que o Deus verdadeiro o estava livrando, agora tinha caído em desgraça.
Um coração de intercessor conhece a palavra de Deus e a usa em verdade e com autoridade para comover o coração de Deus para abençoar um povo que ama.

14 E o SENHOR se arrependeu do castigo que dissera que traria ao seu povo.

Uma intercessão feita assim Deus ouve. Sim, três mil pessoas morreram depois, sofrendo a disciplina de Deus, pagaram o preço pela rebeldia, mas o propósito maior de Deus não foi mudado e Moisés passou por uma grande prova.
Coração de intercessor, Deus nos dê um coração assim, como o de Moisés, mas antes de tudo nos ajude a esperar nele e não querer agradar aos homens.

29/04/14

O aleluia que agrada a Deus

Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão; porque o Senhor não considerará inocente quem tomar o seu nome em vão.” (Deuteronômio 5.11).
Quero que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ódio nem discórdia.” (I Timóteo 2.8).

Todo louvor roubado de Deus será cobrado. O que não o louva ou louva outro no lugar dele, será julgado como incrédulo ou idólatra. Contudo, o que dá Aleluia por contenda, para agradar alguns homens e desagradar a outros, será julgado por rebeldia e heresia, visto que usa o nome de Deus em vão. Cuidado, aja com temor a Deus sempre, e se estiver confuso, é melhor que se cale e ore antes de abrir a sua boca.

28/04/14

Quem ama disciplina

Pois o Senhor disciplina a quem ama e pune a todo que recebe como filho. É visando à disciplina que perseverais. Deus vos trata como filhos. Pois qual é o filho a quem o pai não disciplina?
Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, então, não sois filhos, mas filhos ilegítimos. Além disso, tínhamos nossos pais humanos* para nos disciplinar, e nós os respeitávamos. Logo, não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, e assim viveremos?
Pois eles nos disciplinaram durante pouco tempo, como bem lhes parecia, mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para sermos participantes da sua santidade. Nenhuma disciplina parece no momento motivo de alegria, mas de tristeza. Depois, porém, produz um fruto pacífico de justiça nos que por ela têm sido exercitados.
Hebreus 12.6-11

Quem ama de verdade não vê somente as qualidades do amado, não o promove como um ser perfeito, antes, disciplina-o para que ele não erre e assim não precise pagar preço de dor e de tempo perdido por ter errado. Aqui falo especificamente ao amor de pai e de mãe, e porque não dizer de pastor, todos esses têm interesse em que seus filhos e ovelhas andem certo para não se perderem na vida e nem serem machucados.
Ocorre contudo, que as últimas gerações têm invertido valores. Pais têm mimado seus filhos de maneira a esconder deles seus defeitos, talvez porque a revelação dos mesmos revelem seus próprios erros. Sendo assim temos homens que não sabem receber um não, uma correção, mesmo uma ordem.
Mimar não é amar, quem ama disciplina, corrige, para que o ser amado acerte e pelo menos erre menos. Quem ama prepara filhos e ovelhas não para o convívio íntimo e familiar, uma privacidade onde tudo é relevado e desconsiderado. Quem ama prepara os amados para a realidade, para o mundo, para a vida, assim não têm medo de disciplinar, de maneira sábia, para que seja aprendida uma lição.
Essa irresponsabilidade da família, como já disse aqui nesse blog outras vezes, tem tornado a tarefa de pastores, professores, autoridades e líderes em geral, mais difícil. Como não se aceita disciplina de homens, muito menos se aceita a de Deus, então temos igrejas cheias de crentes que só querem receber e não querem dar.
Bem, eu não tenho uma conclusão para essa constatação, só sei que precisamos reverter isso de alguma forma, e isso com certeza vai doer, na alma de tantos que são crianças mimadas, mesmo que a identidade deles diga que já são maiores de idade.

27/04/14

Luz incomoda as trevas

"Então os principais sacerdotes e os fariseus reuniram o Sinédrio e disseram: Que faremos? Este homem está realizando muitos sinais. Se o deixarmos em paz, todos crerão nele; então os romanos virão e tirarão tanto o nosso lugar como a nossa nação." (João 11.47-48).

Intercessor sincero não quer fama, quer a presença de Deus na Igreja para que haja AVIVAMENTO, que Deus cresça e nós diminuamos sempre. Que não confundamos coragem e fé com vaidade e presunção, contudo o diabo, nosso adversário, sempre tentará destruir de alguma maneira aquele que se levanta sob ordem de Deus, mesmo que com falsa sabedoria. O verdadeiro sábio aprende fazendo e não se escondendo, já que a luz de Deus não pode ser escondida. O humilde glorificará a Deus, por essa luz, mas o arrogante, sentirá inveja e tentará destruí-la.

"Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo de um cesto, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está no céu." (Mateus 5.14-16).

26/04/14

Com amor, mas com poder e moderação

Avivamento se faz com poder, mas também com amor e moderação. Sejamos corretos com as coisas de Deus, exigentes e corajosos espiritualmente, mas também sejamos misericordiosos.
Deus não trabalhou, não trabalha e nem trabalhará por homens perfeitos, no ideal de seu plano, mas por fracos, limitados, infantis e ociosos muitas vezes, mas os quais o Senhor ama de maneira apaixonada e incondicional.
Se o servo de Deus não entender esse amor, sua chamada nunca será completa, por mais devoto e dedicado que ele seja (sobre II Timóteo 1.7).

25/04/14

Profeta, não se cale

O Senhor Deus deu-me a língua dos instruídos para que eu saiba o que dizer ao que está cansado; ele me desperta todas as manhãs; desperta-me o ouvido para que eu ouça como discípulo. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos, e eu não fui rebelde, nem me afastei.
Ofereci as minhas costas aos que me feriam, e a minha face, aos que me arrancavam a barba; não escondi o rosto dos que me afrontavam e me cuspiam. Pois o Senhor Deus me ajuda; portanto, não fico envergonhado; por isso o meu rosto está firme como uma pedra, e sei que não serei envergonhado.
Aquele que me defende está perto; quem contenderá comigo? Apresentemo-nos juntos; quem é meu adversário? Aproxime-se. O Senhor Deus é quem me ajuda! Quem me condenará? Todos eles envelhecerão como se fossem roupa, e a traça os comerá.
Isaías 50.4-9

Deus só levanta um profeta quando outro profeta se cala, e se esse segundo se calar, Deus levanta um terceiro, um quarto, e assim por diante, já que o que importa não é o profeta, mas que a palavra de Deus seja falada e obedecida. Olhe certo, não para o profeta, mas para Deus, contudo, profeta que é profeta, nunca se cala, até ver a vontade de Deus feita.

24/04/14

Responsabilidade pessoal pelo avivamento

Viveremos o avivamento quando tivermos a coragem de fazer diferente e de depender somente de Deus!
Saberemos que estamos começando o avivamento quando tivermos dificuldade para terminar uma reunião de oração, visto que ninguém quererá sair do lugar, todos desejarão continuar na presença de Deus, prostrados, quebrantados, adorando e clamando.
Saberemos que estamos provando um avivamento quando bastar ao Espírito Santo usar a igreja local para falar com a igreja local, seus líderes, seus levitas e seus músicos, sem que haja necessidade de se recorrer a pregador, profeta ou cantor visitante.
O avivamento acontece quando cada um toma para si a responsabilidade pessoal para começá-lo, seja ovelha, levita ou pastor.