“Então os fariseus e os
escribas lhe perguntaram: Por que os teus discípulos não vivem segundo a
tradição dos anciãos, mas comem pão sem lavar as mãos? Jesus lhes respondeu:
Hipócritas, bem profetizou Isaías acerca de vós, como está escrito: Este povo
honra-me com os lábios; seu coração, porém, está longe de mim; em vão me
adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Abandonais o
mandamento de Deus, e vos apegais à tradição dos homens.” (Marcos 7.5-8).
“Hipócritas!”, você teria coragem de dizer isso na cara de alguém
e em sã consciência ainda se sentir espiritual, em paz? Evitamos dizer a
verdade, muitas vezes, porque não sabemos dizê-la com amor e com autoridade do
Espírito Santo. Pior ainda, muitos acham que verdades assim não devem ser
ditas, que não é “espiritual” fazer esse tipo de confronto, que isso é coisa da
“carne”.
Pois bem, Jesus dizia essas verdades na cara de seus opositores,
sem medo, sem indiretas, mas ele sabia e podia dizer isso, pois o fazia cheio de
temor a Deus, munido de autoridade espiritual, e acima de tudo abundando em
amor. Por que ele conseguia dizer coisas assim do jeito certo? Porque ele não
dizia com o coração cheio de ira, de ódio, de revolta humana, por se sentir
desprezado ou ofendido.
O mesmo texto de Marcos 7 nos mostra porque era legítima a
autoridade de Jesus, nos versículos 21 ao 23: “Pois é de dentro do coração dos homens que procedem maus pensamentos,
imoralidade sexual, furtos, homicídios, adultérios, cobiça, maldade, engano,
libertinagem, inveja, blasfêmia, arrogância e insensatez. Todas essas coisas
más procedem de dentro do homem e o tornam impuro.”.
Dentro do coração de Jesus não havia motivações erradas, justiças
equivocados, rancores encobertos, mas a genuína vontade de Deus que lhe
permitia ter sabedoria para ficar calado, quando era necessário, e repreender
na cara, sem meias palavras, quando era preciso.
Quer ter essa coragem? Antes de colocar palavras na boca,
purifique seu coração, com perdão, oração e adoração, autoridade espiritual não
é pra qualquer um, se não a tiver, é melhor que fique calado. Jesus não lutava
por interesses pessoais, egoístas, mas lutava pelo cumprimento da vontade de
Deus, por isso podia dizer o que era preciso.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário