(Leia todo o capítulo para entender todo o contexto do assunto.)
Já vi gente, sem nenhum temor a Deus, zombando dos termos usados
nas palavras proféticas ditas pelo Espírito Santo, tanto nas profecias do
antigo testamento como nos tempos atuais. É certo que a ministração profética
do antigo testamento podia ser um pouco distinta da ministração verificada no
livro de Atos e nas cartas. No antigo testamento, em sua maioria, eram
profecias relativas a uma nação, Israel, com o cumprimento, muitas delas, em
anos ou em centenas de anos. Esse tipo de ministração profética ficou estereotipada
e muitos a entendem como o único tipo de profecia.
No tempo do antigo testamento o Espírito Santo não ficava
permanente na vida das pessoas, ele visitava os tementes a Deus, fazia sua
manifestação, depois os deixava. Davi, excepcionalmente, foi um homem que teve
uma presença mais frequente de Deus em sua vida. Nos Salmos existem palavras
proféticas semelhantes às palavras ministradas pelo Espírito Santo depois da
obra de Jesus no calvário, palavras de consolo. O próprio Espírito Santo é
chamado, no Evangelho, de consolador, nos tempos atuais as profecias que
recebemos são mais pessoais e cumpridas em curto prazo.
Sem fazer qualquer espécie de legalização, ou tentativa de
engessar a atuação do Espírito Santo, já que em Apocalipse a palavra profética
dada no tempo do novo testamento é semelhante às palavras dos profetas do
antigo testamento, existe em todas essas manifestações uma linguagem comum na
maneira como fala o Espírito Santo.
“Assim diz o Senhor” e outras promessas como “farei novas coisas
em sua vida”, “eis que a nova casa será maior que a antiga”, “vai na tua força
pois eu estou contigo”, a maioria, palavras de motivação dadas a reis e
profetas quando em batalha contra exércitos inimigos, são mistérios de Deus (mesmo
esse termo também é bastante usado no meio pentecostal).
Obviamente toda palavra profética pode e deve ser julgada,
baseando-se na palavra de Deus escrita na Bíblia, na sabedoria que o próprio
Espírito Santo dá principalmente através das vidas dos líderes, mas acima de
tudo através do temor a Deus, que todos devem ter. Mas não podemos negar que
Deus usa, sim, com frequência termos e frases, que são citados originalmente na
Bíblia, para falar com seu povo.
Muitos da linha do “gospel-pop-intelectual-contemporâneo” (essa
denominação é minha), que estando desviados não admitem, tentam tornar
ultrapassada, vulgar, fora de moda e mesmo ilegítima, a atuação do Espírito
Santo. Essa, porém, é a maneira como Deus trabalha, é uma maneira antiga, e é
antiga porque funciona (e sempre funcionará). Quem está realmente ligado em
Deus, que tem intimidade com o Senhor, quem vive no falar em línguas estranhas uma
realidade diária do andar com Deus, vê novidade e eficácia na maneira como Deus
fala as coisas.
(É preciso discernimento, mas devemos tomar cuidado para não
pecarmos contra o Espírito Santo, tomando como do inimigo uma palavra que é de
Deus, leia a respeito na reflexão “Espírito de confusão: identifique-o e expulse-o”).
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