sexta-feira, junho 30, 2017

A compaixão de Jesus

      "E mandou degolar João no cárcere. E a sua cabeça foi trazida num prato, e dada à jovem, e ela a levou a sua mãe. E chegaram os seus discípulos, e levaram o corpo, e o sepultaram; e foram anunciá-lo a Jesus. 
      E Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, apartado; e, sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades. 
      E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos." 
Mateus 14.10-14

      Jesus, sabendo do terrível fim de João Batista, desejou estar só. Jesus teve medo? Com certeza. Por muito menos, nós ficaríamos aterrorizados, contudo, Jesus ainda assim teve compaixão. Será que ele teve tempo pra se recompor? O texto não é claro, mas eu penso que não, não o suficiente.
      Penso que abriu mão, muitas vezes, de momentos necessários sozinho, pra pensar, pra orar, pra se fortalecer em Deus, em prol de uma multidão carente de milagres físicos, a mesma multidão que o deixaria só, no seu final, quando ele, sim, precisou de compaixão.
      Que exemplo de pastor, que exemplo, sempre tinha tempo, mesmo pra ovelhas inconstantes, imaturas, mas ainda assim com dores legítimas, as dores de todos nós humanos, ingratos e injustos.

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