“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” Gálatas 6.7-9
Morremos! A princípio somos exatamente quem éramos encarnados, a princípio não há mágica nem transformação, só ocorre que a identidade que aqui achávamos que era só nosso mundo mental, recebe liberdade para existir desprendida de espaço, tempo e matéria. Não há aperfeiçoamento extremo e imediato para os que tiveram uma religiosidade baseada no Cristo, usando sua vida no mundo como exemplo moral a ser seguido e sua posição espiritual como ponto elevado para se conectar a Deus pelo seu Espírito. Também não há condenação extrema e imediata para os que não tiveram a tal religiosidade baseada no Cristo, ainda que em Jesus haja espiritualidade, santidade, amor e humildade mais diretamente acessíveis.
Após nos acostumarmos com nossa nova condição, somos expostos ao juízo, que nada mais é que um confronto com a luz de Deus. Sim, anjos e outros seres espirituais de luz assistem junto a Deus, mas esse é momento pessoal, individual, onde somos protegidos, não envergonhados ou envaidecidos. Deus é sempre amoroso, portanto, elegante e discreto. Essa luz é reveladora, nada escapa dela, nada se esconde dela, nada resiste a ela. Encarnados no mundo temos alguma experiência espiritual, mas somos protegidos dessa luz, seríamos fulminados se ela nos tocasse diretamente. Na eternidade também há certa proteção, mas não de nós mesmos, serão avaliado aqueles novos valores morais que por mais tempo conseguimos reter.
A conta divina é simples: o que seguramos mais perseverantemente nas mãos será anexado ao nosso corpo espiritual e nunca mais perderemos, são valores que a partir daí definem nossa identidade eterna, nossos homens interiores, e consequentemente nossa qualidade de céu. Só Deus sabe quem de fato segurou virtudes morais por tempo suficiente para ter direito a uma passagem de nível espiritual na eternidade. Mas esse conhecimento não é tão misterioso, quem construiu o céu persistiu até o fim em santidade, humildade e amor, assim o final importa mais que o início. O que Deus faz após permitir que conheçamos o que ele queria para nós, qual foi a missão que nos deu, sendo expostos à sua luz? Nada, somos nós que fazemos.
Quem sabe que fez certo, que tem créditos, já o sabia em vida, por isso era santo, amoroso e humilde, por isso calava-se e não fazia exigências, e não fazia porque já estava satisfeito só por ser mais que filho, mas amigo de Deus. Animais e seres humanos são criaturas de Deus, seres humanos, todos eles, indiferente de suas escolhas morais e religiosas, são filhos de Deus, mas aqueles que amam a Deus e querem obedecê-lo em verdade são seus amigos. Céu é lugar para amigos de Deus! Os amigos após o juízo querem estar mais perto de Deus, assim elevam-se para ele, esse movimento também é trabalho, mas mais fácil que o trabalho moral que temos no mundo. Viver eternamente, conquistar novos céus, é subir à luz de Deus!
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