“Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mateus 7.19-23
Vivemos, morremos e somos expostos à luz de Deus, essa exposição mostra o que somos de verdade e de um jeito que não podemos negar. No mundo tentamos nos enganar e aos outros, e muitos conseguem, ou acham que conseguem, por muito tempo. Mesmo enganando podemos seguir vivendo e mesmo conquistando coisas, bens, honras, posições sociais, mas no plano espiritual, após o juízo, nossos destinos são definidos. Se na maior parte do tempo no plano material não conseguimos vencer nossos defeitos, se só exaltamos nossas qualidade, se em nosso último momento negamos valores que um dia até conseguimos conquistar e segurar, o resultado do balanço não será positivo, de crédito, mas negativo, de débito.
O que Deus faz quando entendemos que não conseguimos cumprir a missão que ele nos deu no mundo? Nada, ele não precisa fazer coisa alguma. Vergonha e uma enorme tristeza tomam conta daqueles que de alguma forma tentaram se enganar e enganar os outros no mundo. Muitos procurarão lugares, pessoas e disposições que os ajudavam a manter a mentira no mundo e não acharão, não para lhes oferecer algum prazer ou fuga, ainda que ilusória. Eternidade é momento de verdade, a verdade mais pura e alta de Deus, não as verdades subjetivas do mundo físico. Ainda assim, muitos, que frequentaram igrejas, que conheceram a Bíblia, se arrependerão, e ainda que envergonhados terão purgatórios menores…
Outros, contudo, se revoltarão, e ao negarem a verdade de Deus, cairão, para as regiões espirituais de trevas, reservadas aos seres que não querem subir para a luz. Esses acharão nos demônios os pares, e muitos estarão nessa posição, gerada de dentro para fora dos seres, munidos de argumentos religiosos, tentando achar na eternidade o que religiões lhes ensinaram no mundo sobre ela. Infernos são posições espirituais de tormento, de quem não aceita a verdade, como quartos fechados em que se põem lunáticos ensandecidos, possuídos de ódio, tentando achar nos prazeres da carne algum consolo. Mas na eternidade não há corpos físicos, sem noites de sono para descanso e refeições para satisfação do estômago com comida e bebida.
Nesta reflexão em sete partes, extrapolei ensinos do cristianismo, você não precisa concordar com tudo, mas ainda fiquei limitado à teologia tradicional. Não vou além para não escandalizar ninguém, a ideia não foi refletir sobre infinitude ou não de penas e recompensas da existência além. O objetivo foi explicar que céu se constrói com trabalho moral, a fé por Jesus nos permite ter acesso ao perdão de Deus e consequentemente recebermos paz, e paz é tudo que precisamos para seguirmos trabalhando. O que nos dá direito ao céu são as obras, a fé abre a porta, mas entrar e permanecer por mais tempo possível dentro da missão de Deus, adquirindo virtudes morais, é através de perseverante trabalho individual.
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