O que há no seu coração?

        ‎“O homem bom tira o bem do bom tesouro do seu coração; e o homem mau tira o mal do seu mau tesouro; pois a boca fala do que o coração tem em grande quantidade.”

Lucas 6:45

Não há segredo, dificilmente consegue-se esconder aquilo que existe no coração, nossa fala revela isso, mas mesmo assim podemos nos enganar com relação a nós mesmos. O pior é que todo mundo está vendo, ou melhor ouvindo (ou lendo), eles já têm uma imagem daquilo que somos baseados não no que queremos ser, no que achamos que somos, mas naquilo que demonstramos ser na maior parte do tempo, revelado principalmente pelas nossas palavras.

Nas redes sociais da net isso fica muito claro, tem gente que só fala de futebol e política, outros só de moda, outros só da balada, outros expressam sua visão da realidade através do humor, de piadas, de casos e imagens engraçadas, outros estão sempre amargurados, jogando indiretamente pedras nos outros, outros ainda ficam em cima do muro, observam tudo e pouco falam, mas isso também é se identificar. Mas todos esses, enquanto não cristãos, podem ser coerentes.

“pois não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.”

Atos 4:20

Contudo observo aqueles que se dizem cristãos, que aqui ou acolá deixam escapar uma relação com Deus, mas que na maior parte das vezes falam apaixonadamente de outras coisas. Muitos dificilmente confessam sua fé, dificilmente testemunham de maneira explícita a palavra de Deus, bênçãos diárias que Deus está fazendo em suas vidas, ênfases da vida cristã. Eles ficam como que camuflados na cultura do mundo, disfarçados, já que o que mais falam realmente não deixa claro que eles são cristãos, evangélicos, crentes, membros de igrejas (falo isso me referindo ao lado melhor de se identificar assim).

Essa reflexão não é para criticar ninguém, mas é um alerta para que tomemos conhecimento daquilo que somos de verdade, para que assumamos nossa verdadeira identidade.  Só após essa assunção é que se pode chegar diante de Deus com sinceridade e pedir (ou não) uma mudança de carácter, uma mudança de prioridade. Pense a respeito.

“Pois, quando o Filho do homem vier na sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos, ele se envergonhará de quem se envergonhar de mim e das minhas palavras.”

Lucas 9:26

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Bíblia: volte-se pra ela

        Ah a modernidade, o pensamento científico, as ciências humanas, as psicologias, as filosofias, o existencialismo, o relativismo, e por outro lado, os pensamentos de que a Bíblia é escrita quase que toda com metáforas, de que muitos dos preceitos bíblicos são temporais, para a cultura da época em que eles foram escritos, que existem incoerências nos textos.

Nem vou me dar ao trabalho de dizer o que, em tudo o que disse no parágrafo anterior, procede ou não, desculpe-me a franqueza, mas cada um que ore e aprenda direto do Espírito Santo. Contudo, a cada dia do meu caminhar com Jesus, e de longe ou mais próximo já caminho com ele há algum tempo, tenho amado mais ainda a Bíblia, a palavra registrada de Deus, o Antigo e o Novo Testamento.

Importa, que nesses tempos, que podem ser os últimos, voltemos à Bíblia, a estuda-la com simplicidade. Sim, não podemos desprezar toda a evolução social e científica que o homem provou até aqui, devemos sim confrontar, com os joelhos no chão, Bíblia, ou o que se pensa dela, com todas as informações irrefutáveis que a ciência tem disponibilizado.

Mas não complique demais as coisas, não voe demais, longe demais da sabedoria única e atemporal dos ensinamentos bíblicos. Jesus ainda é o caminho, a verdade e a vida, Deus ainda faz milagres, o Senhor julgará a todos e no final dos tempos os homens serão enviados para um de dois lugares, céu e inferno. Volte para a Bíblia, não sinta vergonha dela, faça dela seu livro de cabeceira, todos os dias e até o fim.

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Bênção na diferença

‎            Tenho experimentado a benção de fazer parte de uma igreja heterogênea. Confesso que em outros tempos, cansado de lutar, preferi uma igreja pequena com pessoas que fossem mais parecidas comigo, não somente espiritualmente, mas também culturalmente, etc. Contudo, cheguei à conclusão de que esse pensamento é de comodismo, mesmo de desistência, além de ser, na verdade, uma grande ilusão.

Mesmo uma igreja pequena, formada aparentemente por semelhantes, revelará, em médio prazo, opiniões contrárias, objetivos distintos. Acreditar que existe uma igreja que não nos dê a “canseira” de ter que conviver com gente diferente é desacreditar da grandiosidade de Deus em criar indivíduos com essências diversas. É nessa diversidade que está a riqueza e a graça da vida, quem não quer isso que fique sozinho, mas mesmo assim ainda terá que lutar com seus fantasmas interiores.

Para quem quer continuar vivendo uma vida cristã séria, para quem quer agradar ao seu Deus, e isso até o final de sua caminhada nesse mundo, é imprescindível confrontar-se com as diferenças. É na diferença que há crescimento, que se é transformado, que as arestas são polidas, que a engrenagem que é a nossa vida se adequa para servir melhor ao sistema que é o corpo de Cristo.

Que vantagem existe em conviver com gente que diz aquilo que gostamos de ouvir? Muitas “igrejas” (sei lá se realmente são igrejas) estão se formando com apenas partes do corpo. São igrejas somente de pés, ou de mãos, ou de pescoços, não são corpos, são monstros. Por outro lado, essas “igrejas” de “iguais”, deixam as igrejas reais sem pés, sem mãos, sem pescoços. O que sobra em uma, falta na outra, e todo o corpo de Cristo é prejudicado.

É tempo de amadurecer povo de Deus, e não de desistir, acomodando-se a uma ilusória ausência de luta, agradando a si mesmo. Não, na vida cristã não tem jeito de ficar em cima do muro, de permanecer indiferente, ou se é soldado, numa batalha que terminará somente no final da vida terrena, ou se é escravo do mundo e do senhor desse mundo. Não tem jeito, enquanto vivos a vida é de trabalho árduo, cansativo, mas temos nossa recompensa, e ela não é pequena não.

“Mas alegrai-vos por serdes participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também vos alegreis e exulteis na revelação da sua glória.”, I Pedro 4:13.

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O preço da verdade

"Será que me tornei vosso inimigo 

por vos falar a verdade? 

Aqueles que mostram 

interesse pessoal por vós 

não agem com boas intenções, 

mas sim para vos excluir, 

para que mostreis 

interesse pessoal por eles." 

Gálatas 4:16-17

Semelhança com os que se autodenominam apóstolos na atualidade?

      "Porque me parece que Deus colocou a nós, os apóstolos, como últimos, como condenados à morte; pois nos tornamos um espetáculo para o mundo, tanto para anjos como para homens. Somos um absurdo por causa de Cristo, mas vós, sábios em Cristo; somos fracos, mas vós, fortes; sois estimados, mas nós, desprezados. Até o presente passamos fome e sede; vestimos-nos de trapos e somos esbofeteados, e não temos pousada certa. Cansamo-nos, trabalhando com as próprias mãos. Quando somos ofendidos, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando difamados, respondemos amigavelmente. Até o momento, somos o lixo do mundo e a escória de todos." I Coríntios 4:9-13   

Sobre julgar e ser julgado

"No entanto, 

pouco me importa se sou julgado 

por vós, ou por qualquer tribunal humano; 

de fato, nem eu julgo a mim mesmo. 

Pois, embora eu esteja consciente 

de que não há nada contra mim, 

nem por isso me justifico, 

pois quem me julga é o Senhor. 

Portanto, nada julgueis antes do tempo, 

até que venha o Senhor, 

o qual não só trará à luz 

as coisas ocultas das trevas, 

mas também manifestará 

os motivos dos corações. 

Então cada um receberá

seu reconhecimento da parte de Deus." 

I Coríntios 4:3-5 

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Espinho na carne

‎“Portanto, para que eu não me tornasse arrogante, foi-me posto um espinho na carne, um mensageiro de Satanás para me atormentar, para que eu não me tornasse arrogante.”, II Coríntios 12:7b.

Espinho na carne, cada um tem o seu, é necessário, infelizmente. Por espinho na carne não adianta orar, Deus não nos livra dele. Chamar o espinho na carne de espinho na carne, aceita-lo como tal, como humilhação permitida por Deus, é livrar-se da arrogância que todos nós somos tentados a ter. Junto com o espinho Deus dá o consolo, não aceita-lo é viver sem esse consolo.

Negar esse espinho, possuí-lo como característica, até como fortaleza, e não como fraqueza, é desviar-se de Deus, é endurecer o coração, é negar o princípio básico do Evangelho que é morrer para si mesmo. É a negativa de conviver com esse espinho que leva muitas pessoas a criar heresias, a distorcerem os ensinos bíblicos. Só existe um remédio que cura a dor desse espinho: humildade.

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