06/11/12

Ministro: não perca o foco

Caminhar com Jesus nos leva a um crescimento, esse crescimento acontece à medida que esquecemos-nos de nós, que nos colocamos em segundo plano e nos preocupamos com os outros. Atingir a maturidade é perceber que o que importa não são os ministérios da igreja, mas as pessoas, e todas elas, sem esquecermos-nos de nenhuma. O ministro maduro perde, mesmo em qualidade de seu ministério, na aparência desse, para ganhar o coração das pessoas. O ministro maduro tem paciência, espera, não porque ele precise de tempo, mas porque as pessoas precisam, as ovelhas necessitam disso. Precisam de tempo para se decidir, para crescer, pois o ministro maduro exerce antes de tudo o discipulado, para que todos cheguem aonde ele chegou e continuem crescendo.
Alguns ministros perdem o foco, e com isso até pecam, porque começar a achar que seus ministérios, que seus objetivos pessoais, importam mais que as pessoas. Começa-se a ver coletivo, e não o indivíduo, e isso só ocorre quando, mesmo que não se admita, se olha somente para si mesmo. Quando o ego é agradado, as outras pessoas perdem suas identidades, suas preferências, suas necessidades. O ideal seria que todos pensassem nos outros, dessa forma todos teriam relevância para todos e ninguém seria esquecido, desprezado, injustiçado. O chamado por Deus para desempenhar um ministério na igreja precisa ter essa ótica, se é que sua chamada realmente vem de Deus.
Aplico essa reflexão ao ministério musical, que é a minha área principal de atuação na igreja. Às vezes, sinceramente preocupado com a apresentação de uma música de qualidade, começo a exigir do grupo algo que vai agradar à minha referência de qualidade. Com isso me esqueço do indivíduo, de cada componente da banda, da orquestra ou do coro, me esqueço das pessoas, seres de carne e osso, de seus melindres. Quando perco o foco, começo a perder as pessoas, sendo assim é claro que a qualidade musical cai. Muitas vezes é necessário que a qualidade da música seja diminuída para que as pessoas sejam abraçadas, cuidadas, abençoadas.  Depois que isso acontecem, que os corações são recuperados, a música naturalmente chega à excelência, sem que se precise tanto esforço.
Ministro, não perca o foco, a prioridade é o indivíduo, aja assim e verá que naturalmente seu ministério alcançará a qualidade que seu coração tanto deseja em Deus.
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05/11/12

Perdão: uma dose basta

        "Eu te peço perdão por isso", por que esse pedido é tão difícil de ser feito? Sem sinônimos, sem desculpas, sem rodeios, eu peço desculpa e pronto. Da mesma maneira a dádiva do perdão, "eu te perdoo por isso", objetivamente. Perdão é remédio que se toma em uma única dose, de uma vez, diluído em um copo de água de puro amor.

Não desista, Deus ainda pode mudar sua vida

        Colocamos-nos como vítimas quando achamos que nossa dor é maior, que somos mais injustiçados que os outros. Mas eu vejo o mundo ao meu redor e contemplo tantas dores diante de problemas difíceis de serem resolvidos.
Que dor a de um viciado em drogas e a de sua família? Mesmo um comum viciado em nicotina, vê total impossibilidade em sua libertação do vício.
Que dor a de pessoas com doenças terminais, tomando remédios fortes e caros para que sua aflição seja pelo menos um pouco diminuída?
Que dor a de quem perde um parente, num acidente ou num crime? Maior ainda a dor, quando é um ser amado jovem que se vai...
Que dor a de um pai que não pode dar o melhor a seus filhos ou a de uma mulher que não pode ser mãe?
Que dor a do solitário, que dor a do acompanhado?

Eu poderia listar muitos outros casos, mas diante da dor do mundo, por que nos colocamos no direito de achar que nossa dor é maior, ou que ela não pode ser amenizada? Que direito temos de desistir ou de achar que no nosso caso não existe solução, que temos que aceitar as coisas do jeito que são e pronto?
Toda comparação é injusta e dor não se compara, mas é preciso dizer que a luta é de todos e que tem gente no mundo com problemas sérios, problemas que atingem a vida desses e de quem convive com esses de forma bem cruel, talvez muito mais cruel do que os que atingem a sua vida, debilitando muito mais. Mas a todos está disponível um Deus poderoso, um perdão ilimitado de Jesus, um Espírito Santo que consola e fortalece sempre. A todos está disponível a esperança e um milagre.
Isso é Evangelho e ele será pregado enquanto houver vida nesse mundo, enquanto for da vontade de Deus, mas cuidado, quem sabe qual será sua última oportunidade? Portanto não desista, Deus ainda pode mudar sua vida, Ele mudou a minha e a de muitas outras pessoas.
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04/11/12

Mais que músico, adorador!

         O enchimento do Espírito Santo é uma necessidade para os cristãos, sem Deus em sua plenitude dentro do coração, não se pode caminhar com Deus. Contudo, para os músicos, que experimentam uma vida emocional em seus limites, que são capazes de expressar as impressões da vida através da arte, para esses cujas almas podem ser manipuladas por suas próprias sensibilidades, a unção do Espírito Santo é uma obrigação. Na verdade, sem ela, em toda a sua plenitude, é impossível a músicos que querem ministrar adoração para o povo de Deus, executar essa tarefa.
Sem um batismo poderoso do Espírito Santo eles poderão tocar com excelência, apresentar uma realização musical de qualidade, mesmo tocar o coração das pessoas, Deus, todavia, não pode ser ministrado somente com talento e trabalho. O óleo do Espírito Santo precisa ser derramado com abundância sobre as mãos, as bocas, as mentes, os corpos, os corações, as almas e os espíritos, de maneira que o homem, mesmo o mais competente, desapareça, e Deus tome o seu lugar.
Como sabemos que estamos cheios do Espírito Santo? Quando entendemos que adorar a Deus é melhor que tocar e cantar, eu sei, por experiência própria, que executar música, para o músico, é a maior das experiências humanas, enche o coração de um prazer indescritível. Mas a maior experiência de um ser humano convertido é sentir a poderosa presença de Deus através do Santo Espírito, quando isso acontece tudo o mais é esquecido, deseja-se somente adorar o Senhor. Essa experiência não toca somente os sentimentos, muda também o caráter do homem, faz com que ele queira ser santo, e mais do que dar um desejo, entrega ao homem forças para vencer o pecado.
Músicos, precisamos entender isso, querer isso, viver isso, sem isso só seremos músicos, e não adoradores.
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03/11/12

Apenas mais uma reflexão sobre humildade

        “Então, sentando-se, chamou os Doze e lhes disse: Se alguém quiser ser o primeiro, será o último e o servo de todos.” Marcos 9.35

Vaidade humana, querer a primazia, querer o elogio, querer estar acima dos outros, mesmo que seja fazendo algo certo, algo espiritual, e mesmo depois de demonstrarmos humildade ainda assim queremos ser louvados pela humildade, mas aí não existe mais humildade. Lutar contra a vaidade, contra a vanglória é luta constante, incansável, e ainda assim, depois de lutarmos tanto, nos sentiremos orgulhosos por termos lutado com tal empenho.
Penso que uma maneira de nos livrarmos dessa vaidade e não pensar nela, não pensar em nós, não fazer comparações, mas pensar em Deus e louvá-lo o tempo todo. Deus está acima de tudo, de todos, com Ele como referência nada merece glória, a Glória é somente dEle.
Mesmo assim não pare de lutar, isso terá que ser feito até o final dessa vida encarnada, deixar Deus aparecer, deixar Deus ser louvado, tendo uma atitude de servo o tempo todo, de abaixar-se para que o outro apareça, para que o outro seja servido, para que o outro seja valorizado. A recompensa dessa batalha é a intimidade de Deus, que nos dá uma alegria maior do que tudo nessa vida. Mas isso só se consegue vivendo cheio do Espírito Santo durante todo o tempo. Isso é possível? Não, nossa carne é fraca demais para conter Deus durante todo o tempo.
Lutamos para conseguir isso, enquanto lutamos estamos vencendo, mas se paramos porque estamos cansados, nossa carne também estará sem forças para ser vaidosa, e nessa disposição Deus nos ajudará para que ele apareça, as pessoas sejam servidas e nós simplesmente nos alegremos com isso, como espectadores, no máximo como coadjuvantes, nunca como protagonistas, já que o papel principal é sempre de Jesus, Ele deve ser visto, aplaudido e servido.
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02/11/12

"Espírito mudo e surdo"

        “Vendo que a multidão, correndo, aglomerava-se, Jesus repreendeu o espírito impuro, dizendo: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele e nunca mais entres nele.” Marcos 9.25

Leia toda a passagem de Marcos 9, versículos 14 ao 29, para entender melhor o texto. Resumindo, a passagem fala sobre o menino que sofria de convulsões, provocadas por demônio, demônio que os discípulos tentaram expulsar, mas não conseguiram, Jesus expulsou e explicou que tal tipo de demônio só sai com oração e jejum.
Nessa reflexão o que me chamou a atenção foi a denominação que Jesus deu a esse demônio específico, um “espírito mudo e surdo”. Na convulsão, o menino era lançado ao chão, espumava pela boca, mas presumi-se que nada dizia, e muito menos ouvia a palavra de autoridade dos discípulos.
Estamos acostumados a possessões e a atitudes “demonizadas”, que muitas vezes nem é de pessoa realmente possessa, mas de gente descontrolada, irada, cheia de escândalo, de gritaria, de exageros. Contudo, no caso da passagem, a maneira de se expressar do demônio específico era muda e surda.
O mal discreto, silencioso, talvez seja o pior tipo de mal. Pessoas que se deixam levar por esse mal, não falam nada, não reclamam, parecem aceitar tudo com resignação, podem até parecer espirituais, humildes. Elas se calam diante de qualquer tipo de manifestação de Deus, não se alegram quando o Espírito Santo enche todos de gozo espiritual, e nem choram, quando o Espírito toca os corações, derramando quebrantamento, essas pessoas são surdas e mudas espirituais.
Elas não mudam de atitude mesmo diante de exortações mais explícitas, parece que nada toca seus corações, são frias. É como se existisse dentro delas um motivo maior que tudo, mais importante, uma dor sem tamanho, um rancor enorme, que lhes desse razão para permanecerem assim, insensíveis.
Sim, como Jesus disse, esse tipo de espírito sai somente com muita oração e jejum. Pessoas assim estão tão encarceradas psicologicamente, que somente uma ação poderosa de cura de Jesus pode mudar a maneira de ser delas, sentir e reagir diante de tudo.
Muitos se colocam nesse cárcere por vontade própria, mesmo que inconsciente. Fazem isso para se proteger, mas é um engano, somente Jesus pode nos proteger de qualquer tipo de violência seja passada, presente ou futura.
Se você conhece alguém assim, ou mesmo se você se sente assim, amarrado, busque ajuda, ajuda fora de você, assuma que sozinho não está conseguindo vencer isso, peça auxílio e junto com alguém comece a orar e jejuar. Mas você precisa aceitar que esse tipo de atitude não é normal, não é correta, não é o que Deus tem para nossa saúde espiritual.
Ser calado e permanecer impassível diante da vida, diante das pessoas, e pior, diante de Deus e da atuação de seu Santo Espírito, é uma opressão (ou possessão) do mal, que pode e deve ser repreendida, para que se viva uma vida curada, sensível às pessoas e a Deus.
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01/11/12

Seja o melhor, seja o que Deus quer que você seja

        Você não precisa ser o cavaleiro, se Deus te chamou como escudeiro, desempenhe sua missão da melhor maneira possível. No reino de Deus não existe status, o primeiro lugar é sempre de Jesus, todos os outros estão em segundo. O que existe é chamada diferente, mas mesmo que exista hierarquia, todos devem estar debaixo do espírito de servo.
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