23/08/14

Glacê & chantili versus massa & recheio

Muitos se acostumam tanto com o glacê e o chantili que acabam achando que isso é o bolo, quando percebem estão comendo somente enfeite e açúcar coloridos, e nada da massa e recheio. Então, quando provam uma boa massa com um recheio maravilhoso, percebem que o glacê e chantili, são apenas coberturas externas, não fazem tanta falta assim.
A simbologia fala de causa e consequência, de interior e exterior, de carne, alma e espírito. Quando provamos uma experiência espiritual real de Deus, através do Espírito Santo e de sua palavra, obviamente nossos sentidos são tocados, e as emoções são despertadas. Contudo, pontuar uma experiência espiritual pelas emoções é dar valor ao glacê e o chantili, e não à massa e o recheio.
O que realmente importa, um culto cheio de manifestações emocionais, de gritos, de descontrole físico, de transes e frenesis, ou com um estudo profundo, inteligente e ungido da palavra de Deus? Um estudo que pode ser compartilhado sem clichês pentecostais, sem muito estardalhaço, sem apelações emocionais, sem criar um clima manipulador de que algo extraordinário vai acontecer, um estudo que simplesmente ensina a Bíblia.
Talvez muitos estejam querendo fazer o papel de Deus, dar uma ajuda ao Espírito Santo, tentando tocar naquele lugar do coração humano que só Deus pode tocar, isso é desnecessário, Deus sabe como, quando e onde fazer sua obra. Talvez muitos pregadores estejam preocupados mais em demonstrar seus talentos de oratória e teatro, ao invés de compartilhar uma experiência pessoal com Deus, porque querem colher frutos rapidamente e frutos equivocados. Os frutos de uma palavra ungida não são necessariamente a explicitação de emoções, gestos e palavras imediatos, mas a vida de santidade e adoração que acontecerá depois, no dia a dia.
É claro que nesse uso exagerado de glacê e chantili não podemos deixar de citar a música, que naturalmente já toca nossas emoções de maneira objetiva e forte, indiferente da qualidade de suas letras, harmonias ou melodias. Mas até que ponto aquilo, que muitos dos chamados "levitas" sentem, é unção, até que ponto é unção espiritual aquilo que muitas apresentações nas igrejas causam nas pessoas, até que ponto existe adoração, adoradores e a presença do altíssimo em tanta confusão e barulho?
O que sei é que nada que é artificial, falso ou carnal resiste ao tempo, à vida, a Deus. O chantili e o glacê exagerados causam dor de barriga, a emoção descontrolada que começa como escapismo, torna-se vício e então inútil para trazer refrigério. O teatro e a manipulação psicológica e emocional mostram que evidenciam só o homem e não adoram realmente a Deus. O que sei é que no final de tudo a palavra de Deus triunfa, é a única que pode curar, que pode nos levar a uma vida de amor e de santidade, as únicas coisas que realmente adoram o nome de Deus e que existirão por toda a eternidade.
Voltando ao bolo, eu prefiro aquele bolo de final de tarde, feito em casa, sem cobertura, apenas a massa, um bolo de milho para comer com um cafezinho feito na hora, esse a gente pode saborear todos os dias, alimenta muito mais. Pra mim isso representa a simplicidade e eficácia da palavra de Deus revelada na Bíblia, muito melhor que aqueles bolos complicados que se come em eventos especiais, que são interessantes, mas só de vez em quando. Contudo, tem muita gente que quer viver o tempo todo de festas de aniversários, de bolos complicados, de barulho e de emocionalismos, essas nunca provarão um evangelho maduro resistente ao tempo e à vida.

22/08/14

Dons e frutos realmente espirituais

Porque todos podereis profetizar, um de cada vez, para que todos aprendam e sejam encorajados. O espírito dos profetas está sujeito ao controle dos profetas; porque Deus não é Deus de desordem, mas sim de paz.
Como em todas as igrejas dos santos, as mulheres devem permanecer caladas nas igrejas. Porque não lhes é permitido falar. Mas estejam submissas como também a lei ordena.” (I Coríntios 14.31-34).

A falta do dom espiritual é tão danosa quanto a falsa manifestação de dele, quando é falsa? Quando é priorizada sua consequência emocional e não sua causa espiritual. Sim, porque uma experiência espiritual meche com o emocional do homem de maneira impactante, contudo cabe ao homem controlar seu emocional, direcionando a capacitação física que ele potencializa no momento de uma experiência espiritual para algo realmente prático, útil para o próprio crescimento e para a obra de Deus.
É justamente o uso infantil dessa capacitação que escandaliza tantos outros e faz com que esses não busquem os dons, é claro que esses confundem uma consequência com a causa. A ordem correta das coisas é: uma experiência espiritual, uma “impactação” emocional momentânea e frutos práticos que perdurem.
Já vi todos os extremos desse assunto: exteriorização forte das emoções, sem frutos espirituais depois, assim como controle emocional demasiado sendo usado para limitar a ação do Espírito impedindo a pessoa de adorar e ter uma comunhão mais plena com Deus. Esses últimos, frios e distantes, se privam da capacitação que o Espírito Santo pode dar tanto quanto aquelas que se descontrolam emocionalmente caindo no chão e gritando freneticamente.
Todavia, já vi também pessoas comedidas e discretas usado a capacitação dos dons espirituais para viverem uma vida realmente santa, dando testemunho de Jesus no mundo e fazendo a obra de Deus com diligência e eficiência.

21/08/14

Casamento, exclusividade possível somente em Deus

Casamento que dure é algo que se escolhe, que se quer, que se paga preço para manter, mas acima de tudo é prova de maturidade, de gente que entendeu que não se pode passar a vida toda como abelha, provando o mel de tantas flores quanto se pode.
A alma humana não foi feita pra isso, se insiste numa vida de paixões ilimitadas, ficando com alguém só enquanto houver atração carnal, torna-se promíscua, cheia de culpas, velha antes do tempo e da maneira errada.
Todavia, só vivendo no centro da vontade de Deus é que podemos manter relacionamento feliz e exclusivo com alguém, colhendo com isso todos os frutos de uma vida santa, frutos que não se colhe com paixões ou com a falsa liberdade que a carne diz que dá.
Se for o caso, volte-se pra Deus, limpe-se, respeite-se, e acredite em milagres, Deus te ama com exclusividade, e quer que você também ame, a ele e às pessoas, assim.

20/08/14

Não seja tímido para adorar

        "quando tocaram as trombetas em uníssono e cantaram para serem ouvidos, louvando o Senhor e dando-lhe graças, e quando levantaram a voz com trombetas, címbalos e outros instrumentos de música, e louvaram o Senhor , cantando: Porque ele é bom, porque o seu amor dura para sempre; então uma nuvem encheu o templo do Senhor" II Crônicas 5.13

19/08/14

Unção (parte 8 de 8)

Conclusão

A unção de Deus é sentida no coração, de maneira subjetiva, mas ela produz frutos reais e objetivos, portanto, ela não é só emoção, os talentos humanos, oratória, inteligência, carisma e musicalidade, frutos transitórios, manifestação de dons espirituais de maneira isolada, mesmo não ungidos podem falar em línguas estranhas e até expulsar demônios. Mas ela é causa inicial espiritual, operação sobrenatural, frutos que permanecem, aquele que experimenta a verdadeira unção de Deus prova um avivamento em sua vida.
A unção de Deus interage com o ser humano em sua integridade. Ela limpa, aviva e motiva, corpo, alma e espírito. Ela dá ao homem forças espirituais, emocionais e físicas. Ela nos faz experimentar um pouco da eternidade neste mundo, um pedacinho da natureza de Deus. Ele sacia o homem, coloca-o no centro da vontade de Deus e capacita-o a servi-lo.

E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, com o qual fostes selados para o dia da redenção.” (Efésios 4.30).
A unção de Deus é de Deus, e sendo assim, glorifica somente a Deus. O pecado, a vaidade, a estupidez, por menor que sejam, ferem o Espírito Santo. Por isso o fogo tem que ser o do alto, o óleo deve ser santo, as águas precisam ser vivas, as vestes serão sempre limpas. O Espírito Santo não se retira do salvo, não mais, contudo, a unção pode ser perdida. Mas pode ser recuperada, através do arrependimento, da fé e da oração. Sem unção, completa e genuína de Deus, não se pode fazer a obra de Deus, não se pode experimentar aquilo que os apóstolos, que Paulo, que os primeiros discípulos experimentaram: o avivamento, aquele, que tanto temos buscado nos últimos tempos.

Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem no Espírito e em verdade.” (João 4.24).
Para experimentar a unção de Deus é necessário que o Espírito Santo tenha liberdade em nossas vidas. Ele tem liberdade à medida que é buscado, ouvido, entendido e obedecido. Isso não se ensina numa escola, não se é obtido com fórmulas ou receitas, isso só é experimentado por quem busca, com perseverança uma comunhão plena com Deus. É um processo que pode acontecer na conversão, levar alguns meses após elas, ou mesmo anos, é algo pessoal. Mas são esses os adoradores que Deus busca, os que o adoram com o espírito e no Espírito, esses podem provar os mistérios espirituais e os milagres, direitos daqueles que recebem a unção de Deus.


José Osório de Souza – 25/03/14

18/08/14

Unção (parte 7 de 8)

VI. As virgens e as lâmpadas com azeite

Para entendermos a importância da unção na vida do cristão, saber que ela não é opcional, mas obrigatória, para aqueles que querem viver uma vida cristã real, e que desejam estar com Deus o mais rapidamente possível, não podemos deixar de refletir sobre essa parábola. Ela usa a simbologia das virgens com as lâmpadas cheias de azeite, para identificar a igreja ungida, interessante que essa simbologia reúne três metáforas que já citamos: as vestes brancas (das noivas), o óleo e o fogo. Nesse caso, o azeite é usado para iluminar, dentro da lamparina, e não apenas para emanar bom cheiro:

O reino do céu será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram insensatas, e cinco, prudentes. Ao pegarem as lâmpadas, as insensatas não levaram azeite. As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas.
E, demorando o noivo, todas começaram a cochilar e dormiram. À meia-noite, porém, ouviu-se um grito: O noivo chegou! Saí ao encontro dele! Então todas as virgens se levantaram e prepararam suas lâmpadas. E as insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, pois nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: Não; talvez não haja o suficiente para nós e para vós. Ide, porém, aos que vendem azeite e comprai-o para vós.
E, assim que elas saíram para comprá-lo, o noivo chegou; as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento, e fechou-se a porta. Depois também chegaram as outras virgens e disseram: Senhor! Senhor! Abre-nos a porta. Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Portanto, vigiai, pois não sabeis nem o dia nem a hora.” (Mateus 25.1-13).

Já cheguei a ouvir de crentes, e bons crentes, a seguinte frase como resposta à pergunta se eles tinham certeza de sua salvação, se eles morariam no céu ou se eles seriam arrebatados: se Deus me achar digno, eu serei salvo, morarei no céu, serei arrebatado. Um cristão de verdade não deve pensar assim, ele precisa e tem todo o direito de ter a certeza, de que é salvo, de que morará no céu, de que será arrebatado. Isso não é arrogância e nem presunção, é privilégio. Não um convicção insana, mas baseada em testemunhos: primeiro da palavra de Deus, depois através das vidas de outros irmãos que participam da mesma igreja que ele, e por último debaixo da unção do Senhor, que nos dá a certeza de quem somos e para onde iremos.

A parábola, porém, nos dá alguns alertas:

1. Todas eram virgens e noivas: todas pareciam ser a igreja de Cristo, a noiva, e talvez todas fossem, há divergências sobre isso entre os teólogos, mas o que podemos entender lendo o Novo Testamento é que haverá oportunidade de salvação mesmo após o arrebatamento. Essa parábola nos parece que se refere ao arrebatamento, as bodas do Cordeiro, que só terão direito aqueles que partirem na primeira leva, digamos assim.
Mas não queira partir depois, o preço que se terá que pagar será muito alto, o livro de Apocalipse não faz entender que o preço será a própria vida. Pode ser, ainda, que haja oportunidade de salvação mesmo durante o milênio, contudo os que morreram em Cristo e foram arrebatados, terão um privilégio especial nesse período, administrarão a terra junto com Jesus.
Abrindo um parêntese, lembro que a simbologia de virgens e puras é bastante usada na Bíblia, e principalmente no Antigo Testamento, para se referir às pessoas que se mantinham longe dos ídolos. Pureza sexual é usada como analogia à pureza espiritual, assim adultério e prostituição, se refere àqueles que se sujam com a adoração de ídolos e entidades espirituais (demônios).
Contudo, nos dias atuais, a idolatria e a prostituição espiritual, que continua agindo debaixo da veneração de ídolos em imagens e esculturas, também assume facetas mais sutis, das quais muitos evangélicos não admitem que participam. A verdade é uma só: tudo aquilo que ocupa o lugar que é de Deus é idolatria, todos os que participam disso, estão com as vestes sujas e portanto numa condição de prostituição espiritual (fecho o parêntese).

2. Todas saíram ao encontro do noivo: todas eram voluntariosas com a ordem do noivo, obedientes, portanto não se ache que ativismo, religiosidade, presença nos cultos e nos ministérios e outros legalismos nos tornam ungidos  e merecedores de participar da bodas do Cordeiro.

3. As prudentes também cochilaram: por serem prudentes, não significa que eram perfeitas, mesmo elas se cansaram de esperar, isso, porém, não é desculpa para que não perseveremos. Ninguém pode dizer com certeza se a falta de vigilância é ou não condição para que as lâmpadas estejam cheias de azeite.

4. As insensatas saíram para buscar azeite: foram voluntariosas até o fim, dispostas, mas loucas, não tiveram a sabedoria para obedecer na hora certa, podiam até ter feito um cochilo, mas com as lâmpadas cheias de azeite; Loucos fazem e fazem, mas não têm discernimento, não agem com lucidez, com o equilíbrio do Espírito, porque não fazem para Jesus, mas para si mesmos, volto a bater nessa tecla (já falei sobre isso no estudo “Fazer a vontade de Deus”).


Talvez a lição mais séria e difícil de se aceitar nessa passagem seja: não basta ser noiva, tem que estar ungida. Aquele que realmente teme a Deus e o obedece saberá o momento certo de encher sua lâmpada, qual é o momento? Sempre, andando em vigilância. Não adianta fazer e fazer e não estar ungido. Essa disposição de vigilância se vive quando se anda num estilo de vida avivado, um estilo de vida onde a unção está sempre presente em nossas vidas.

17/08/14

Unção (parte 6 de 8)

V. A brancura das vestes

Algo que completa a aparência espiritual do ungido de Deus, que orna e realça a simbologia do óleo santo, são as vestes brancas, vamos refletir um pouco sobre alguns aspectos dessa simbologia. Em primeiro lugar, veja que lindo é o texto de Eclesiastes 9.7-8:

Vai e come com alegria o teu pão e bebe o teu vinho com coração contente; pois há muito tempo Deus se agradou do que tu fazes. Sejam as tuas vestes sempre bem cuidadas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.”.

Veste brancas aparecem em Mateus 17.1-3, que experiência tiveram os três apóstolos com Jesus, única em toda a Bíblia, em nenhum outro lugar mortos reaparecem a vivos:

Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, irmão deste, e os levou em particular a um alto monte; e foi transfigurado diante deles. O seu rosto resplandeceu como o sol, e suas roupas tornaram-se brancas como a luz. Então apareceram diante deles Moisés e Elias, falando com ele.”

(Esse texto não nos autoriza a criar uma doutrina, a Bíblia tem que ser entendida como um todo para se saber a vontade geral de Deus. Por outro lado, Deus é Deus e pode fazer o que quer, quando quer, ele, e mais ninguém pode criar regras e usar exceções. Todavia, Moisés e Elias são dois casos interessantes na Bíblia, o local do sepultamente de Moisés é um mistério, veja em Deuteronômio 34.5-7, Elias, por sua vez, foi levado por um redemoinho ao céu, veja II Reis 2.1-11. Enoque, veja Gênesis 5.24, é outro exemplo de homem que parece ter sido arrebatado por Deus ainda em vida, bem, são mistérios, no céu saberemos o que realmente acontece e porquê).
Voltando ao texto da transfiguração, a glória do Altíssimo deixou as aparências brancas. Quem já teve experiências espirituais com demônios sabe que eles são o contrário disso, mais negros que a noite. É uma escuridão diferente, medonha, sem forma definida, e que fogem sob uma palavra de autoridade do filho de Deus que a possui pelo sangue de Jesus. Aqueles que estão na unção são o oposto disso, são luz, e como tais amam e praticam as obras da luz.
Vestes sujas não se adquire apenas andando em adultério e deixando-se escravizar por vícios da carne. Rancor, inveja, orgulho, ira, tudo o que nos coloca numa disposição de rebeldia, de caluniadores e de reclamadores, promotores do lado negativo e ruim das coisas e das pessoas, incrédulos para o bem, tudo isso é andar em trevas, é estar com as vestes imundas. O ungido tem uma boa consciência e um coração fácil para amar, perdoar, esperar, isso é sinal de roupas espirituais brancas. A carta à igreja de Sardes em Apocalipse 3.1-6, contudo, nos exorta sobre as vestes brancas e a vigilância:

Escreve ao anjo da igreja em Sardes: Assim diz aquele que tem os sete espíritos de Deus e as estrelas: Conheço tuas obras, tens fama de estar vivo, mas estás morto. Fica alerta e fortalece o que ainda resta e estava para morrer; porque não tenho achado tuas obras perfeitas diante do meu Deus. Portanto, lembra-te daquilo que tens recebido e ouvido, obedece e arrepende-te. Pois se não estiveres alerta, virei como um ladrão, e tu não saberás a que hora virei contra ti.
Mas em Sardes também tens algumas pessoas que não contaminaram suas vestes; elas andarão comigo, vestidas de branco, pois são dignas. Assim, o vencedor será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei seu nome do livro da vida, mas, pelo contrário, reconhecerei seu nome diante de meu Pai e diante de seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”.

A frase “tens fama de estar vivo, mas estás morto” nos exorta sobre uma espécie de falso avivamento, de hipocrisia, sobre aparentar uma coisa, contudo, ser outra. Ela aparece no mesmo texto que honra aqueles que estão com vestes brancas, não os sepulcros caiados dos fariseus, mas as roupas espirituais limpas no sangue do Cordeiro. O ungido tem essas vestes, não são somente suas palavras que são pentecostais, sua aparência, seus costumes, mas seu coração:

"Então me invocareis e vireis orar a mim, e eu vos ouvirei. Vós me buscareis e me encontrareis, quando me buscardes de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vós, diz o SENHOR, e mudarei o vosso destino. Eu vos reunirei dentre todas as nações e de todos os lugares para onde vos dispersei, diz o SENHOR; e vos trarei de volta para o lugar de onde vos exilei." (Jeremias 29.12-14).


Santificação é um processo constante, não como obseção, mas como adoração, como fidelidade, daquele que deseja estar limpo para estar mais perto do pai. Não apenas dentro do templo, não apenas durante os cultos, não apenas junto dos irmãos, mas sempre. O ungido está sempre com as roupas prontas para uma festa, que festa é essa? As bodas do cordeiro, o encontro que terá com Jesus, caso morra, ou caso seja arrebatado, bem esse é o nosso próximo assunto.