V. A brancura das vestes
Algo
que completa a aparência espiritual do ungido de Deus, que orna e realça a
simbologia do óleo santo, são as vestes brancas, vamos refletir um pouco sobre
alguns aspectos dessa simbologia. Em primeiro lugar, veja que lindo é o texto
de Eclesiastes 9.7-8:
“Vai e come com alegria o teu pão e bebe o
teu vinho com coração contente; pois há muito tempo Deus se agradou do que tu
fazes. Sejam as tuas vestes sempre bem cuidadas, e nunca falte o óleo sobre
a tua cabeça.”.
Veste
brancas aparecem em Mateus 17.1-3, que experiência tiveram os três apóstolos
com Jesus, única em toda a Bíblia, em nenhum outro lugar mortos reaparecem a
vivos:
“Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro,
Tiago e João, irmão deste, e os levou em particular a um alto monte; e foi
transfigurado diante deles. O seu rosto resplandeceu como o sol, e suas roupas
tornaram-se brancas como a luz. Então apareceram diante deles Moisés e
Elias, falando com ele.”
(Esse
texto não nos autoriza a criar uma doutrina, a Bíblia tem que ser entendida
como um todo para se saber a vontade geral de Deus. Por outro lado, Deus é Deus
e pode fazer o que quer, quando quer, ele, e mais ninguém pode criar regras e
usar exceções. Todavia, Moisés e Elias são dois casos interessantes na Bíblia,
o local do sepultamente de Moisés é um mistério, veja em Deuteronômio 34.5-7,
Elias, por sua vez, foi levado por um redemoinho ao céu, veja II Reis 2.1-11.
Enoque, veja Gênesis 5.24, é outro exemplo de homem que parece ter sido
arrebatado por Deus ainda em vida, bem, são mistérios, no céu saberemos o que
realmente acontece e porquê).
Voltando
ao texto da transfiguração, a glória do Altíssimo deixou as aparências brancas.
Quem já teve experiências espirituais com demônios sabe que eles são o
contrário disso, mais negros que a noite. É uma escuridão diferente, medonha,
sem forma definida, e que fogem sob uma palavra de autoridade do filho de Deus
que a possui pelo sangue de Jesus. Aqueles que estão na unção são o oposto
disso, são luz, e como tais amam e praticam as obras da luz.
Vestes
sujas não se adquire apenas andando em adultério e deixando-se escravizar por
vícios da carne. Rancor, inveja, orgulho, ira, tudo o que nos coloca numa
disposição de rebeldia, de caluniadores e de reclamadores, promotores do lado
negativo e ruim das coisas e das pessoas, incrédulos para o bem, tudo isso é
andar em trevas, é estar com as vestes imundas. O ungido tem uma boa
consciência e um coração fácil para amar, perdoar, esperar, isso é sinal de
roupas espirituais brancas. A carta à igreja de Sardes em Apocalipse 3.1-6,
contudo, nos exorta sobre as vestes brancas e a vigilância:
“Escreve ao anjo da igreja em Sardes: Assim
diz aquele que tem os sete espíritos de Deus e as estrelas: Conheço tuas obras,
tens fama de estar vivo, mas estás morto. Fica alerta e fortalece o que
ainda resta e estava para morrer; porque não tenho achado tuas obras perfeitas
diante do meu Deus. Portanto, lembra-te daquilo que tens recebido e ouvido,
obedece e arrepende-te. Pois se não estiveres alerta, virei como um ladrão, e
tu não saberás a que hora virei contra ti.
Mas em Sardes também tens algumas pessoas que não contaminaram
suas vestes; elas andarão comigo, vestidas de branco, pois são dignas. Assim, o
vencedor será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei seu
nome do livro da vida, mas, pelo contrário, reconhecerei seu nome diante de meu
Pai e diante de seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas.”.
A
frase “tens fama de estar vivo, mas estás
morto” nos exorta sobre uma espécie de falso avivamento, de hipocrisia,
sobre aparentar uma coisa, contudo, ser outra. Ela aparece no mesmo texto que
honra aqueles que estão com vestes brancas, não os sepulcros caiados dos
fariseus, mas as roupas espirituais limpas no sangue do Cordeiro. O ungido tem
essas vestes, não são somente suas palavras que são pentecostais, sua
aparência, seus costumes, mas seu coração:
"Então me invocareis e vireis orar a mim, e
eu vos ouvirei. Vós me buscareis e me encontrareis, quando me buscardes de
todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vós, diz o SENHOR, e mudarei
o vosso destino. Eu vos reunirei dentre todas as nações e de todos os lugares
para onde vos dispersei, diz o SENHOR; e vos trarei de volta para o lugar de
onde vos exilei." (Jeremias 29.12-14).
Santificação
é um processo constante, não como obseção, mas como adoração, como fidelidade,
daquele que deseja estar limpo para estar mais perto do pai. Não apenas dentro
do templo, não apenas durante os cultos, não apenas junto dos irmãos, mas
sempre. O ungido está sempre com as roupas prontas para uma festa, que festa é
essa? As bodas do cordeiro, o encontro que terá com Jesus, caso morra, ou caso
seja arrebatado, bem esse é o nosso próximo assunto.
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