25/08/14

Discernimento da paz

Eu vos tenho dito essas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo tereis tribulações; mas não vos desanimeis! Eu venci o mundo.” (João 16.33).

Não andeis ansiosos por coisa alguma; pelo contrário, sejam os vossos pedidos plenamente conhecidos diante de Deus por meio de oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que ultrapassa todo entendimento, guardará o vosso coração e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.” (Filipenses 4.6-7).

A paz que Deus dá é realmente completa, duradoura e profunda, não confundamos as aflições desse mundo, com as quais todos convivemos e conviveremos sempre, até a volta de Cristo, com falta dessa paz.
Também não nos acomodemos com a falta de paz que é consequência de desobediência, por menor e mais plausível que seja, não aquela que é resultado de situação explícita e óbvia de pecado, com aflições normais.
Às vezes pecamos não por simplesmente fazer algo errado, ruim, sujo, mas por teimarmos em fazer algo que parece até certo, mas que não é no tempo, no lugar ou do jeito que Deus quer fazer as coisas.
Lembre-se Deus tem o melhor pra você sempre, se o teu desejo for realmente obedecê-lo e glorifica-lo, portanto não sofra ou se desgaste desnecessariamente, busque esse melhor que Deus lhe dará.

24/08/14

Que não sejamos motivo de escândalo

Jesus disse a seus discípulos: É impossível que não haja motivos de tropeço, mas ai daquele por quem eles vierem! Seria melhor que lhe pendurassem ao pescoço uma pedra de moinho e fosse jogado ao mar, em vez de fazer tropeçar um destes pequeninos.
Tende cuidado de vós mesmos; se teu irmão pecar, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Mesmo se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: Estou arrependido; tu lhe perdoarás.” (Lucas 17.1-4).

Ninguém quando prova uma overdose de álcool pela primeira vez passa bem, regurgita, o corpo quer devolver algo ruim e errado que entrou nele e que não lhe faz bem. Assim é com o pecado, quando o cometemos pela primeira vez temos uma forte crise de culpa, principalmente se já somos convertidos. Contudo, na insistência dele, o Espírito Santo se fere, se distancia, ao mesmo tempo que nossa alma fica fria e insensível, a culpa acaba diminuindo, ao passo que nosso racional começa a inventar e procurar motivos para continuar com o pecado, sem que haja arrependimento e cessar da prática do pecado.
Nesse processo, muitos querem continuar na igreja, mesmo com ministérios, mesmo com lideranças, querem manter a religião, mas sem abrir mão de uma atitude pecaminosa. Nesse processo muitos oram, cantam, pregam, fazem e acontecem, mas não querem abrir mão da vida de pecado que vivem.
Isso é a maior das apostasias, das heresias, dos pecados, isso é algo que tem tempo para acabar, e quando Deus coloca a mão numa situação assim, a queda é grande, a dor é enorme, o escândalo pode ser desproporcional. Muitos perdem, principalmente os ingênuos, inexperientes, que colocavam algum tipo de confiança naqueles que insistiam em fazer a obra em pecado.
Arrependamos-nos, a tempo de achar perdão, a tempo de não sermos escândalo para os pequeninos, os novos convertidos, que por causa de um escândalo podem se afastar do evangelho.

Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” (Isaías 55.6).

23/08/14

Glacê & chantili versus massa & recheio

Muitos se acostumam tanto com o glacê e o chantili que acabam achando que isso é o bolo, quando percebem estão comendo somente enfeite e açúcar coloridos, e nada da massa e recheio. Então, quando provam uma boa massa com um recheio maravilhoso, percebem que o glacê e chantili, são apenas coberturas externas, não fazem tanta falta assim.
A simbologia fala de causa e consequência, de interior e exterior, de carne, alma e espírito. Quando provamos uma experiência espiritual real de Deus, através do Espírito Santo e de sua palavra, obviamente nossos sentidos são tocados, e as emoções são despertadas. Contudo, pontuar uma experiência espiritual pelas emoções é dar valor ao glacê e o chantili, e não à massa e o recheio.
O que realmente importa, um culto cheio de manifestações emocionais, de gritos, de descontrole físico, de transes e frenesis, ou com um estudo profundo, inteligente e ungido da palavra de Deus? Um estudo que pode ser compartilhado sem clichês pentecostais, sem muito estardalhaço, sem apelações emocionais, sem criar um clima manipulador de que algo extraordinário vai acontecer, um estudo que simplesmente ensina a Bíblia.
Talvez muitos estejam querendo fazer o papel de Deus, dar uma ajuda ao Espírito Santo, tentando tocar naquele lugar do coração humano que só Deus pode tocar, isso é desnecessário, Deus sabe como, quando e onde fazer sua obra. Talvez muitos pregadores estejam preocupados mais em demonstrar seus talentos de oratória e teatro, ao invés de compartilhar uma experiência pessoal com Deus, porque querem colher frutos rapidamente e frutos equivocados. Os frutos de uma palavra ungida não são necessariamente a explicitação de emoções, gestos e palavras imediatos, mas a vida de santidade e adoração que acontecerá depois, no dia a dia.
É claro que nesse uso exagerado de glacê e chantili não podemos deixar de citar a música, que naturalmente já toca nossas emoções de maneira objetiva e forte, indiferente da qualidade de suas letras, harmonias ou melodias. Mas até que ponto aquilo, que muitos dos chamados "levitas" sentem, é unção, até que ponto é unção espiritual aquilo que muitas apresentações nas igrejas causam nas pessoas, até que ponto existe adoração, adoradores e a presença do altíssimo em tanta confusão e barulho?
O que sei é que nada que é artificial, falso ou carnal resiste ao tempo, à vida, a Deus. O chantili e o glacê exagerados causam dor de barriga, a emoção descontrolada que começa como escapismo, torna-se vício e então inútil para trazer refrigério. O teatro e a manipulação psicológica e emocional mostram que evidenciam só o homem e não adoram realmente a Deus. O que sei é que no final de tudo a palavra de Deus triunfa, é a única que pode curar, que pode nos levar a uma vida de amor e de santidade, as únicas coisas que realmente adoram o nome de Deus e que existirão por toda a eternidade.
Voltando ao bolo, eu prefiro aquele bolo de final de tarde, feito em casa, sem cobertura, apenas a massa, um bolo de milho para comer com um cafezinho feito na hora, esse a gente pode saborear todos os dias, alimenta muito mais. Pra mim isso representa a simplicidade e eficácia da palavra de Deus revelada na Bíblia, muito melhor que aqueles bolos complicados que se come em eventos especiais, que são interessantes, mas só de vez em quando. Contudo, tem muita gente que quer viver o tempo todo de festas de aniversários, de bolos complicados, de barulho e de emocionalismos, essas nunca provarão um evangelho maduro resistente ao tempo e à vida.

22/08/14

Dons e frutos realmente espirituais

Porque todos podereis profetizar, um de cada vez, para que todos aprendam e sejam encorajados. O espírito dos profetas está sujeito ao controle dos profetas; porque Deus não é Deus de desordem, mas sim de paz.
Como em todas as igrejas dos santos, as mulheres devem permanecer caladas nas igrejas. Porque não lhes é permitido falar. Mas estejam submissas como também a lei ordena.” (I Coríntios 14.31-34).

A falta do dom espiritual é tão danosa quanto a falsa manifestação de dele, quando é falsa? Quando é priorizada sua consequência emocional e não sua causa espiritual. Sim, porque uma experiência espiritual meche com o emocional do homem de maneira impactante, contudo cabe ao homem controlar seu emocional, direcionando a capacitação física que ele potencializa no momento de uma experiência espiritual para algo realmente prático, útil para o próprio crescimento e para a obra de Deus.
É justamente o uso infantil dessa capacitação que escandaliza tantos outros e faz com que esses não busquem os dons, é claro que esses confundem uma consequência com a causa. A ordem correta das coisas é: uma experiência espiritual, uma “impactação” emocional momentânea e frutos práticos que perdurem.
Já vi todos os extremos desse assunto: exteriorização forte das emoções, sem frutos espirituais depois, assim como controle emocional demasiado sendo usado para limitar a ação do Espírito impedindo a pessoa de adorar e ter uma comunhão mais plena com Deus. Esses últimos, frios e distantes, se privam da capacitação que o Espírito Santo pode dar tanto quanto aquelas que se descontrolam emocionalmente caindo no chão e gritando freneticamente.
Todavia, já vi também pessoas comedidas e discretas usado a capacitação dos dons espirituais para viverem uma vida realmente santa, dando testemunho de Jesus no mundo e fazendo a obra de Deus com diligência e eficiência.

21/08/14

Casamento, exclusividade possível somente em Deus

Casamento que dure é algo que se escolhe, que se quer, que se paga preço para manter, mas acima de tudo é prova de maturidade, de gente que entendeu que não se pode passar a vida toda como abelha, provando o mel de tantas flores quanto se pode.
A alma humana não foi feita pra isso, se insiste numa vida de paixões ilimitadas, ficando com alguém só enquanto houver atração carnal, torna-se promíscua, cheia de culpas, velha antes do tempo e da maneira errada.
Todavia, só vivendo no centro da vontade de Deus é que podemos manter relacionamento feliz e exclusivo com alguém, colhendo com isso todos os frutos de uma vida santa, frutos que não se colhe com paixões ou com a falsa liberdade que a carne diz que dá.
Se for o caso, volte-se pra Deus, limpe-se, respeite-se, e acredite em milagres, Deus te ama com exclusividade, e quer que você também ame, a ele e às pessoas, assim.

20/08/14

Não seja tímido para adorar

        "quando tocaram as trombetas em uníssono e cantaram para serem ouvidos, louvando o Senhor e dando-lhe graças, e quando levantaram a voz com trombetas, címbalos e outros instrumentos de música, e louvaram o Senhor , cantando: Porque ele é bom, porque o seu amor dura para sempre; então uma nuvem encheu o templo do Senhor" II Crônicas 5.13

19/08/14

Unção (parte 8 de 8)

Conclusão

A unção de Deus é sentida no coração, de maneira subjetiva, mas ela produz frutos reais e objetivos, portanto, ela não é só emoção, os talentos humanos, oratória, inteligência, carisma e musicalidade, frutos transitórios, manifestação de dons espirituais de maneira isolada, mesmo não ungidos podem falar em línguas estranhas e até expulsar demônios. Mas ela é causa inicial espiritual, operação sobrenatural, frutos que permanecem, aquele que experimenta a verdadeira unção de Deus prova um avivamento em sua vida.
A unção de Deus interage com o ser humano em sua integridade. Ela limpa, aviva e motiva, corpo, alma e espírito. Ela dá ao homem forças espirituais, emocionais e físicas. Ela nos faz experimentar um pouco da eternidade neste mundo, um pedacinho da natureza de Deus. Ele sacia o homem, coloca-o no centro da vontade de Deus e capacita-o a servi-lo.

E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, com o qual fostes selados para o dia da redenção.” (Efésios 4.30).
A unção de Deus é de Deus, e sendo assim, glorifica somente a Deus. O pecado, a vaidade, a estupidez, por menor que sejam, ferem o Espírito Santo. Por isso o fogo tem que ser o do alto, o óleo deve ser santo, as águas precisam ser vivas, as vestes serão sempre limpas. O Espírito Santo não se retira do salvo, não mais, contudo, a unção pode ser perdida. Mas pode ser recuperada, através do arrependimento, da fé e da oração. Sem unção, completa e genuína de Deus, não se pode fazer a obra de Deus, não se pode experimentar aquilo que os apóstolos, que Paulo, que os primeiros discípulos experimentaram: o avivamento, aquele, que tanto temos buscado nos últimos tempos.

Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem no Espírito e em verdade.” (João 4.24).
Para experimentar a unção de Deus é necessário que o Espírito Santo tenha liberdade em nossas vidas. Ele tem liberdade à medida que é buscado, ouvido, entendido e obedecido. Isso não se ensina numa escola, não se é obtido com fórmulas ou receitas, isso só é experimentado por quem busca, com perseverança uma comunhão plena com Deus. É um processo que pode acontecer na conversão, levar alguns meses após elas, ou mesmo anos, é algo pessoal. Mas são esses os adoradores que Deus busca, os que o adoram com o espírito e no Espírito, esses podem provar os mistérios espirituais e os milagres, direitos daqueles que recebem a unção de Deus.


José Osório de Souza – 25/03/14