28/04/17

Não insista, só colhe, quem planta

      Por mais que eu viva, que busque a Deus, que o procure sem preconceitos, seja em igreja protestante tradicional, seja em igreja evangélica pentecostal, eu vejo que só existe um modo de se obter vitória justa e honesta neste mundo, na maioria dos casos, na regra e não na exceção: através de trabalho.
      Muitos milagres que certas pessoas buscam, estando essas pessoas nas situações que estão, tendo as condições que têm (e, por favor, entenda bem esse ponto), não aconteceram, não acontecem e não vão acontecer, não da parte do Deus verdadeiro. São coisas que dependem mais de homens que de Deus.
      Tais situações, disposições, oportunidades, só acontecerão depois que as pessoas se esforçarem com suas próprias forças. Assim estude, e procure escolas e faculdades de mais qualidade, trabalhe, e se esforce para ter bons empregos, com bons planos de carreira, e sirva na obra de Deus, mas não se acomode com ministérios fracos, e quando digo fraco, não digo pequeno, mas sem qualidade.
      Busque o que é melhor pra você, cônjuge e filhos, mude de lugar, de cidade, de igreja se for necessário. Não se acomode, se uma atitude parece difícil de ser decidida agora, se o tempo passar, será mais difícil ainda. Prenda-se a Deus, à sua família e a mais nada. Plante e você colherá, não insista em outro jeito.

27/04/17

Santidade: alguns pontos

      Santidade é aliança de amor que fazemos com Deus, com nós mesmos e com as pessoas. Permanecemos santos porque amamos aqueles com os quais nos aliançamos e não queremos desagrada-los. 
      Deus dá força para ser santo a aquele que obedece uma ordem sua. Não há santidade para ser quando não há vontade de obedecer. Deus nos santifica, não para ficarmos de braços cruzados ou para mostrarmos para os outros que somos santos, mas para fazermos a sua vontade.
      Veja no dia 7 de maio próximo, um vídeo de uma reflexão profunda sobre santidade.

26/04/17

Tentados pelo diabo, mesmo??

      "Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; e, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães." Mateus 4.1-3

      Então dizemos, está muito difícil, o diabo está pegando pesado comingo, estou passando por uma tentação muito forte. Bem, espera um pouco, não é bem assim, dificilmente o diabo nos tenta presencialmente, em pessoa. Na maior parte das vezes e com a maior parte das pessoas, o diabo usa elementos, coisas, situações que já fazem parte deste mundo torto. Ele usa pra quê? Para instigar nossa natuteza carnal.
      Algo que já existe do lado de fora, tenta algo que já existe do lado de dentro. O diabo não precisa fazer uma aparição pessoal e local para nos tentar, nossa mente e nosso coração, muitas vezes viciados em coisas que não nos fazem bem, dão conta da tentação. Na maior parte das vezes somos nós mesmos que nos tentamos, assim não é justo por a culpa nos outros, nem no diabo.
      Jesus teve a experiência de ser tentado por um diabo, um dos mais poderosos, de forma pessoal e direta, e mesmo Jesus foi somente depois de quarenta dias de jejum. Nós não fazemos ideia do que foi a tentação de Cristo, alí não estava em jogo só a satisfação de um desejo humano, mas o diabo tentava comprar Jesus e talvez, tentar impedir que a obra da salvação fosse realizada. Isso se o diabo tivesse conhecimento de fato, de como seria essa obra (se soubesse não compraria Judas para trair Jesus e levar Jesus à morte, na eternidade saberemos).
      Na verdade, uma tentação direta do príncipe dos demônios é mais uma honra que uma fraqueza, isso é pra poucos. Infelizmente a maioria de nós cai em tentações muito menores. Graças a Deus, o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado. Seja como for, como diz o ditado, não cutequemos o bixo com vara curta, fujamos de qualquer aparência do mal.

      "Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará." Tiago 4.7-10

25/04/17

Não provoque o inimigo

      Uma vez que somos salvos, que passamos a andar na luz, a treva nos verá como inimigos. Assim, jogará os fracos, que se deixam enredar pelo mal, contra nós. 
      Isso é algo que o novo nascido de Deus precisa aceitar como sendo normal. Mas Deus protege o que se esconde debaixo de suas asas, e sob nossa oração, cobre com proteção nossa família e amigos. 
      Algumas pelejas, Deus nos manda pelejar, e quando há ordem de Deus para entrar numa guerra, há certeza de vitória na saída. Contudo, não devemos entrar em batalhas desnecessárias, mesmo instigar o inimigo, o homem violento e o ardiloso, com provocações. 
      O sábio terá a vontade de Deus como escudo, mas saberá permanecer em silêncio enquanto o mal disfarçado de bem passa arrogantemente ao seu lado. Caso o equivocado queira espaço para exibir sua vaidade, saia o prudente da frente e ceda lugar.
      Não apresse o dia do juízo alheio, não entre na frente de Deus, a mão do Senhor, que era pra pesar sobre o outro, pode acertar também em você. O certo feito na hora errada nos deixa sem a proteção divina. Confie na oniciência de um Senhor justo e que devolve a cada um conforme a prática de justiça de cada um.

24/04/17

Pescando em aquário? Sim!

      O termo pescar em aquário é usado como crítica àqueles cristãos que "evangelizam" cristãos de outras igrejas, pessoas convertidas e comprometidas com outros ministérios, para tirarem tais pessoas de suas congregações para fazerem parte de outras, das dos tais "evangelizadores". 
      Reconheço a legitimidade dessa critica em muitos casos, contudo, nos dias atuais, diante de um enorme crescimento das igrejas evangélicas em nosso país, junto do aparecimento de muitos ministérios herejes e de igrejas-empresas, a pesca em "aquário" pode e deve ser justificada.
      Em primeiro lugar vamos analisar as palavras pescar, peixe, aquário e mar. Entendem, os defensores da crítica, que o mar é o mundo, pescar é evangelizar, peixe é o ser humano e aquário é uma igreja local. Será que uma igreja deve ser um aquário? No sentido direto das palavras, não metafórico, o mar é o lugar natural para o peixe viver, portanto o melhor. Aquário é um espaço artificial limitado, uma prisão, portanto não o melhor espaço para um peixe.
      Quando usamos essa simbologia, não mudamos o peixe, só mudamos o lugar onde ele vive. Alguém pode dizer, "mas o mundo não pode ser mudado, só as pessoas, só no céu a pessoa transformada por Jesus encontrará seu reino externo natural". Se é assim, não adianta prender ninguém em aquário, só para tentar esconder do mundo, proteger do inferno, do pecado e do diabo.
      Entendo que a simbologia aquário, que não é bíblica, interessa bastante a homens, que querem controlar, manipular e usar as pessoas para seus fins egoístas e hereges. Penso que num momento onde o Evangelho se tornou moda, onde existem evangélicos em quantidade e não em qualidade, onde pastores, profetas e ministros de louvor se desviam, é tempo, sim, de pescar em aquários. Contudo, não pra colocar os peixes em novos aquários, não só para tirar de igreja errada para colocar em outra igreja errada, mas para devolver os peixes para o mar.
      Você pode perguntar, "mas como assim, devolver os cristãos para o mundo?". Sim, exatamente isso, mas não serão devolvidos como eram, serão devolvidos convertidos, lavados pelo sangue de Jesus, selados com o Espírito Santo, para que possam pescar almas, não para homens, para igrejas, para aquários, mas para Deus, para a vida eterna, para o céu espiritual do Senhor.
      "Mas aí não existiriam igrejas?" Claro que existiriam, igrejas de verdade são comunidades que aparecem naturalmente a partir de pessoas que querem compartilhar a mesma experiência em Deus. Precisamos, todavia, de igrejas bíblicas, a exemplo da igreja primitiva do novo testamento, com gente santa, humilde, e com líderes-pastores de coração e conforme o coração de Deus, onde o Espírito Santo, e não leis, tradições e conveniências humanas, ensinam a vontade do Senhor.
      Essas igrejas verdadeiras não são aquários, mas partes da grande e eterna Igreja espiritual, do corpo de Cristo. Isso é utopia? Mas é a utopia que temos que perseguir, é a "utopia" bíblica? Mais que isso, é realidade possível de Jesus.

22/04/17

Prometeu - o mito

      "E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Gênesis 2.16-17

      Moisés foi um homem muito especial, mas não só como libertador de um povo, e realizador de milagres grandiosos, foi especial como escritor. Os cinco primeiros livros da Bíblia, o Pentateuco, foram escritos por ele. Sim, com certeza reuniu tradição oral, histórias passadas de pai pra filho oralmente, de anos e anos de história da parte do mundo em que viveu.
      Mas teve, eu creio, orientação de Deus na seleção, soube usar relevância espiritual para saber o que deveria ser registrado e o que não, e de que forma isso devia ser escrito. O texto de Gênesis esconde mistérios que só na eternidade saberemos. O sábio e temente a Deus entenderá a vontade de Deus, lendo esse livro, e saberá que não existe conflito entre a verdadeira ciência e a fé genuína. Mas vamos ao ponto desta reflexão.

      Existem variações da história de Prometeu, com adições, subtrações, de autores como Ésquilo, Safo, Platão, Esopo e Ovídio, incluindo ou não a história de Pandora. O conceito principal, contudo, é que é interessante, "deuses" em conflito para dar a "ciência" (o fogo) à humanidade. 
      Isso revela pontos interessantes sobre os chamados primeiros e maiores anjos caídos ou rebeldes, conforme a ótica judaica-cristã registrada na Torá, Bíblia e em apócrifos como "O livro de Enoque". 
      Mas isso pode mostrar, também de acordo com a visão cristã, a maneira como esses deuses querem ser conhecidos, ou a maneira como certos homens interpretam esses "deuses", não como realmente eles são. Leia mais a respeito no link da Wikipedia, segue um resumo de Hesíodo.

      "Segundo Hesíodo foi dada a Prometeu e a seu irmão Epimeteu a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometheus encarregou-se de supervisioná-la. 
      Na obra, Epimeteu atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, formou-o do barro. 
      Mas como Epimeteu gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão Prometeu. Este então roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. 
      Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou corvo) dilacerava seu fígado que, todos os dias, regenerava-se. Esse castigo devia durar 30 000 anos.
      Prometeu foi libertado do seu sofrimento por Hércules que, havendo concluído os seus doze trabalhos dedicou-se a aventuras. No lugar de Prometeu, o centauro Quíron deixou-se acorrentar no Cáucaso, pois a substituição de Prometeu era uma exigência para assegurar a sua libertação."

      Por que levantei esse assunto aqui? Porque as religiões e filosofias não cristãs, principalmente as esotéricas e é claro, as explicitamente satanistas, utilizam esse mito e o Livro de Enoque para definirem um diabo ou uns diabos que não são tão maus como dizem os cristãos.
      Assim defendem grandes anjos rebeldes como defensores dos homens diante de um "Deus" egoísta que quis lhes negar ciência e conhecimento. Isso pode parecer estranho pra muito cristão, mas é base e argumento para os piores e mais perigosos inimigos do cristianismo.
      Mas nada mais é que a velha tática do jardim do Éden, quando a serpente enganou Eva, no registro de Moisés no livro de Gênesis, tática que funcionou e levou toda a humanidade para um caminho mais difícil. Interpretados metaforicamente ou ao pé da letra, esses textos falam muito sobre a essência do engano dos anjos caídos.

      "Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado!" Gálatas 1.8