04/02/18

Clichê, dogma, doutrina e costume

      Como eu sempre digo aqui no blog, não receba minhas palavras como clichês, como dogmas, como doutrinas nem como costumes. São apenas a opinião de um filho de Deus, sobre o mundo, o homem, a vida com Deus e com o universo espiritual. Você não tem que concordar e eu estou aberto a um diálogo franco e respeitoso. Na dúvida, procure seus líderes, que são aqueles que darão satisfação a Deus pelo seu crescimento espiritual (desde que você conceda a eles esse direito). Mas o caminho mais maduro é ler a Bíblia e então orar a Deus, o Senhor de todos os mistérios e pai de todas as respostas.

      "Hoje Deus vai fazer milagres", isso é um clichê*, usado principalmente pelos pentecostais, aliás, pentecostais "adoram" clichês. Clichês são frases do meio religioso contemporâneo, que por causarem uma resposta emocional eficiente nos crentes daquele momento, tornam-se modismos. Muito cuidado com clichês! De tanto os ouvirmos, podem acabar parecendo relevantes, ungidos, bíblicos, mas na sua maioria são só marketing usado por pregadores superficiais, ociosos e mal intencionados. Sobre o exemplo inicial, nem sempre Deus faz milagres, pelo menos não do jeito que muitos acham.

      "A Bíblia não se contradiz", isso é um dogma, a própria Bíblia não diz isso, mesmo que ela seja uma seleção de livros feita por homens. Inspirados pelo Espírito Santo? Autodenominados assim, mas quem pode dizer que são de fato? Só Deus. Eu podia usar exemplos de dogmas católicos, como "infalibilidade papal", mas usei um bem comum no meio protestante tradicional, aliás, depois dos católicos, os protestantes tradicionais (como presbiterianos e batistas) são os que mais amam dogmas. Dogmas são doutrinas tidas como verdades indiscutíveis e que não fazem necessariamente parte do cânone bíblico. Sobre o exemplo inicial, lida com orientação real do Espírito Santo, a Bíblia é coesa, mas no contexto histórico, cultural e moral temos óticas de Deus e comportamentos do povo chamado de Deus distintos. Tentar usar a Bíblia como um livro de regras sociais e morais atemporal e ao pé da letra constitui uma heresia.

      "Jesus é o único intercessor entre Deus e os homens", isso é uma doutrina, que não é na prática para os católicos que redividem a intercessão de Cristo sempre que um novo santo é canonizado. Doutrina é uma verdade que é consenso para a maioria dos cristãos evangélicos e protestantes, imprescindível de obediência para os que desejam salvação e/ou comunhão com Deus. Doutrina é um ensino que não é opcional para o novo nascido em Cristo, constitui o centro da Bíblia. Em poucas palavras é Jesus Cristo, seu nascimento, sua vida, sua morte, sua ressurreição e sua volta ao pai e depois à terra. Jesus é o centro da Bíblia, meio de salvação, exemplo de vida e promessa de eternidade.

      "Mulheres devem usar véus nos cultos", isso é um costume, mais comuns em certas denominações e menos comuns em outras. Na prática não deveria ser usado como critério de avaliação de espiritualidade, santidade ou maturidade espiritual. Contudo, infelizmente, muitos ainda creem que os que obedecem certos costumes estão mais próximos de Deus que outros. Um exemplo da hipocrisia de muitos e de costume que é quase tido como dogma, é "cristão não bebe (bebida alcoólica)", algo sempre pregado e quase nunca vivido. "Sexo antes do casamento não é permitido" segue pelo mesmo caminho... (muitos tecnicamente até seguem como doutrina, mas como dito, só "tecnicamente").

      Os quatro conceitos podem se cruzar, assim como um pode migrar para o outro, e é claro, são subjetivos, variam conforme a interpretação humana. Um clichê, irresponsavelmente, pode ser usado como dogma. Um dogma pode ser confundido com doutrina, se interpretarmos dogma como verdade de homens, de denominações ou igrejas, não como orientação genuína do Espírito Santo. Uma doutrina pode ser razamente  vista como mero costume, menosprezando uma séria orientação de Deus. Alguns, equivocadamente, enxergam costume como doutrina, essa, por sua vez, sempre é clichezada.

      * Clichê: no sentido figurado, é uma ideia já muito batida, uma fórmula muito repetida de falar ou escrever, um chavão. Etimologicamente, a palavra clichê tem origem no francês cliché. São sinônimos da palavra clichê: lugar-comum, repetido, chavão, comum, previsível e repetido. www.significados.com.br

03/02/18

O maior dos profetas

      "Depois que os mensageiros de João foram embora, Jesus começou a falar à multidão a respeito de João: 
      "O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Ou, o que foram ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas esplêndidas e se entregam ao luxo estão nos palácios. Afinal, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu lhes digo, e mais que profeta.
      Este é aquele a respeito de quem está escrito: ‘Enviarei o meu mensageiro à tua frente; ele preparará o teu caminho diante de ti’. Eu lhes digo que entre os que nasceram de mulher não há ninguém maior do que João; todavia, o menor no Reino de Deus é maior do que ele"." Lucas 7.24-28

      Quem teve ou tem ouvidos pra essa palavra? Quem a entendeu de fato? Quantos líderes e pastores vivendo atualmente um ministério, uma vida, opostos do exemplo de João Batista? Mas a cobrança se torna muito maior quando o próprio Cristo, mesmo reconhecendo a originalidade, a verdade, a integridade, o preço pago por alguém que serviu a Deus e não se comprometeu com os prazeres do mundo ou com a vaidade dos religiosos, ensina que no reino de Deus as pessoas poderiam ser melhores que João Batista.
      O reino de Deus, citado por Jesus, é o novo tempo, com salvação em seu nome e comunhão, pelo presença do Espírito Santo nos salvos, que ele inauguraria após sua morte e ressurreição. Através do evangelho podemos ser mais espirituais, mais servos, mais fiéis mesmo que João Batista, é o que Jesus disse. A pergunta é: somos? Em algum momento da história da Igreja Cristã, os convertidos, em uma parte significativa, tiveram idoneidade igual ou melhor que a de Batista?
      Talvez no início da história, na igreja primitiva dos dois, três primeiros séculos, tenha havido cristãos desse naipe, mas depois, no paganismo do catolicismo, na conveniência do protestantismo, na manipulação do pentecostalismo e por fim na heresia e ganância generalizadas dos cristãos atuais, dificilmente vemos cristãos nos moldes de João Batista. Sim, Deus contemplou os sinceros em toda a história, e usou católicos, protestantes, pentecostais e hereges gananciosos para mostrar alguma luz ao mundo, não duvido disso.
      Todavia, talvez a verdade seja uma só: Joãos Batistas sempre existiram, e existem mesmo hoje. Mas são discretos, enquanto corajosos, são humildes, enquanto eficientes, são desconhecidos, enquanto fiéis a Deus, cumprindo suas chamadas de iluminar o mundo e as igrejas pagando altos preços, mesmo que poucos os conheçam, os honrem, os valorizem. João Batista nasce para viver no deserto, tocado pelo vento do Espírito, executando a mais bela das melodias, a voz verdadeira e afinada de Deus, como um caniço agitado pelo vento.

02/02/18

Temor do Senhor: satisfação e proteção

      "O temor do Senhor encaminha para a vida, aquele que o tem ficará satisfeito e não o visitará mal nenhum." Provérbios 19.23

      Simples assim, temor do Senhor nos conduz a uma vida satisfeita e protegida. O satisfeito alegra-se com o que tem, mesmo que pareça pouco. O insatisfeito estará sempre infeliz, mesmo que tenha muito.
     Mas o temor do Senhor também protege, já que agir com temor é não julgar, não fazer inimigos, fugir de toda aparência do mal, não entrar em discussões tolas que têm o objetivo vaidoso de só polemizar.
      Viver com temor do Senhor é sentir o tempo todo a sua presença, assim sabemos que Deus sabe quando andamos pela cidade e passamos pelas pessoas, Deus sabe o que vemos, ouvimos e com o que interagimos na internet.
      Mas temor do Senhor não é agir assim por medo de uma força julgadora maior e superior, isso seria uma disposição infantil e superficial. O temor nos leva a agradar ao Senhor por amor a ele, por respeito, buscando uma santidade sincera, verdadeira e profunda.

01/02/18

O pouco com temor de Deus é melhor

    "Melhor é o pouco com o temor do Senhor, do que um grande tesouro onde há inquietação." Provérbios 15.16

      Eis um entendimento que o Espírito Santo nos dá repetidas vezes, para explicar porque Deus não nos concede certas coisas, certas posições, certos bens, certas alianças. Mesmo com toda a fé do universo, com toda a boa vontade, com todo esforço, muitas vezes só o pouco, que sempre é o suficiente, nos é oferecido legitimamente por Deus, autorizado pelo Senhor. Se alguns insistirem, até podem conquistar mais, mas aí experimentarão o gosto amargo de ter ou ser algo além do plano de paz, sabedoria e amor do sustentador do universo. 
      Sem humildade não se prova a verdadeira vontade de Deus, e muitos, na rebeldia de quererem ser e ter mais, chamam a sã doutrina de heresia e a heresia de doutrina. Não aceitando o que o Senhor quer pra eles, buscam falsos profetas e pastores da mentira que digam a eles o que eles querem ouvir. Mas mesmo pra quem se desvia da heresia, que aceita racionalmente que o pouco com temor do Senhor é o melhor caminho, às vezes é difícil aceitar emocionalmente esse entendimento. 
      Acalmemos nossos corações, nos esforcemos, sim, trabalhemos, sim, estudemos mais e nos preparemos intelectualmente para nossas vidas profissionais, sim, e acima de tudo, tenhamos fé. Saibamos, contudo, o momento, não de parar, mas de descansar no Senhor, confiantes que dentro de seu plano, talvez não sejamos aos olhos do homem e do mundo, os maiores. Todavia, poderemos ser com certeza felizes já que nesse entendimento não perderemos o temor de Deus, o maior bem que o homem pode ter nessa vida e na eternidade.
      Muitos acham que o maior desafio da vida é conquistar e manter bens e status, mesmo cargos e honras dentro de ministérios e igrejas. Enganam-se, o sentido da vida e da vida eterna é achar e guardar o temor de Deus. Muitos enriquecem e mesmo obtêm reconhecimento no meio religioso, mas perdem o temor de Deus, o trocam por cargos políticos, por valores deste mundo. Paguemos o preço, muitas vezes da solidão, da clandestinidade, mas mantenhamos guardado em nossos corações o temor de Deus.

31/01/18

Adolescência vai até os 24 anos?

      Matéria da BBC Brasil em 19/01/18:

      "Adolescência agora vai até os 24 anos de idade, e não só até os 19, defendem cientistas. Aquela fase odiada pela maioria das pessoas, a adolescência, ganhou uma sobrevida de cinco anos. Em vez de terminar aos 19, idade considerada na maioria dos países, um grupo de cientistas defende que a adolescência se estende dos 10 até os 24 anos.
      O fato de jovens estarem optando por estudar por um período de tempo mais longo, não só até a faculdade, assim como a decisão cada vez mais frequente de adiar casamento e maternidade / paternidade, estariam mudando a percepção das pessoas de quando a vida adulta começa, dizem pesquisadores australianos em um artigo publicado nesta semana na revista científica Lancet Child & Adolescent Health. 
      Para eles, a redefinição da duração da adolescência seria essencial para assegurar que as leis que dizem respeito a esses jovens continuassem sendo asseguradas. Outros especialistas, no entanto, dizem que postergar o fim da adolescência pode mais adiante infantilizar os jovens. "
Confira toda a matéria no link

      Seria isso, novamente, a "agenda Nova Era" aumentando os direitos do ser humano ser livre para ter o prazer que escolher sem ter que dar satisfação por isso? Pensemos nas implicações sociais e econômicas dessa extensão da adolescência, como independência financeira, assunção legal de crimes, maturidade para ter e criar filhos, enfim, responsabilidade pelas escolhas. Como sempre, essa avaliação se refere aos "jovens" mais ricos, que podem ser sustentados pelos pais até idade mais adulta (senão "pra sempre"), que recebem um estudo com mais qualidade e portanto podem ter vidas profissionais com retornos financeiros maiores.
      A realidade da maioria das pessoas, principalmente no Brasil e países pobres, vai em direção oposta. Pessoas com menor poder aquisitivo têm filhos mais cedo e precisam de independência econômica com menos idade, mesmo despreparadas para terem vidas profissionais de qualidade. Os "jovens" mais ricos são sustentados pelos pais e podem usar seus bons salários para outras coisas, que não sustentar novas famílias. Para estudar mais e melhorarem suas posições profissionais? Sim, mas muito mais para diversão, lazer, cuidados com vaidades e aparência física, enfim, prazer e prazer egocêntrico. É claro que esses terão um nível emocional adolescente por mais tempo, por conveniência ou como consequência das vidas mimadas que recebem. 
      "Agenda Nova Era" (ou Nova Ordem ou New Age), foi o termo que usei no início, já falei a respeito aqui (confira no link), resumindo, é a ótica de que algumas coisas não estão acontecendo no mundo por coincidência ou de forma aleatória. São direcionamentos premeditados da mídia e de organizações nacionais e internacionais com o objetivo de desacreditar o cristianismo, chamado por eles de parte da "velha ordem", e desconstruir a família tradicional, chamando o certo de errado e o errado de certo. Você não tem que aceitar essa interpretação que ao meu ver prepara o mundo para os últimos tempos, mas peço, por favor, que você analise a realidade e pense a respeito.

      "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te." II Timóteo 3.1-5

30/01/18

Jesus era espiritual?

      Jesus encarnado negava o estereótipo de espiritualidade que a maioria das religiões, senão todas, pregam. Muitos, principalmente católicos e esotéricos, mas mesmo evangélicos protestantes, acham que ser espiritual é anular desejos e inclinações carnais.
      Outros pensam que é controle de ira, de inveja, de ciúmes, de autoafirmações, ou seja, estar sempre sereno e passivo, não reagindo com qualquer espécie de violência, nem agindo como manifestação de qualquer tipo de vaidade ou egoísmo.
      Assim a mídia quando quer divulgar exemplo de espiritualidade cita monges budistas, hindus ou mesmo celibatários católicos. Jesus, quando citado por esses que se consideram no direito de a todos julgar, mas que não conhecem de fato o evangelho, é descrito com esses valores de filosofias e religiões orientais.
      A despeito de todos esses equívocos, Jesus não era violento, vaidoso, irado, ciumento, invejoso, não se autoafirmava nem se deixava dominar pelos instintos carnais mais básicos. Jesus vivia como homem comum no meio da sociedade, não se isolava pra fugir do pecado ou pra obter algum poder sobrenatural como fim em si mesmo. Jesus era solidário, caridoso, médico e professor.
      Qual a diferença de sua prática de vida e do estereótipo pregado por tantos? A diferença está na verdade exclusiva do evangelho: encarnado, Cristo não era um homem querendo viver pra Deus, na melhor das intenções e mesmo com consequências práticas verdadeiras, Jesus era um homem que permitia que Deus vivesse nele.
      Sem essa verdade não existe espiritualidade, mas carnalidade, mesmo que os fins sejam bons, sim, porque pra Deus, os meios não justificam os fins. O objetivo final da espiritualidade verdadeira é glorificar a Deus, assim, se o homem "conseguir" ser espiritual pelas próprias forças, a glória será dele, não de Deus. Mas a verdade é que só Deus é espiritual, nem os diabos mais altos, antigos e fortes, podem, quem diria o homem.
      Assim espiritualidade é algo que vem de Deus e volta pra Deus, o homem é apenas o meio. Quem quer ser espiritual para ter uma vida de mais qualidade, física, psíquica, poderá ser um ser humano civilizado e com boa saúde, material, intelectual e afetiva, mas não glorificará a Deus nem será realmente espiritual.
      A falsa espiritualidade é vaidade, como qualquer outras coisas, a diferença da verdadeira espiritualidade, vivida em sua plenitude pelo Cristo encarnado, é a busca sincera de uma existência sem vaidade. Isso é o que mais me encanta no cristianismo, na Bíblia, no evangelho, o que me mantém amando esse caminho mesmo vendo tanta coisa errada nas igrejas e no povo chamado cristão.
      Jesus era leve e forte, tolerante mas decisivo, aparentemente casual mas com uma meta que seguiu para alcançar um fim terrível, para ele como homem, sua humilhação e seu sacrifício. Jesus estava onde precisava estar, para falar para quem precisava ouvir, mas sempre sem forçar nenhuma barra, sem humilhar ninguém, sem falar demais, muitas vezes não falava nada.
      Penso que muitos que hoje dão a Jesus um valor, mas que não o conhecem de fato e por isso o igualam a outros fundadores de religiões, se conhecessem Jesus no tempo de sua caminhada como homem, não o teriam considerado um homem espiritual. Acho que o teriam tratado como os fariseus, autoridades da religião dos judeus da época, trataram, com uma descrença desconfortável de quem sabe que está diante de alguém muito especial, mas não admite.
      E para os cristãos, conhecer a Jesus de verdade não é possível só lendo a Bíblia ou assistindo cultos, só pelo intelecto não se chega a Cristo. Só se conhece a Jesus permitindo que ele viva em nosso coração e só assim pode-se entender e ser o que é realmente espiritual.

29/01/18

Amigos, meta pra vida

      "Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer." João 15.15

      Fazer amigos, devia ser a meta principal de nossas vidas. Trabalho, colegas convivendo sob a bandeira de uma mesma marca? Pra quê? Pra ganhar um salário e dar lucro pros patrões? Rede social de músicos, profissionais mostrando suas performances, seus conhecimentos, pra quê? Pra mostrar que temos competência tocando os instrumentos e conquistar espaços nos palcos, bares, clubes e teatros? E no meio evangélico, desempenhar ministérios, participar de cultos? Pra quê? Pra servir a visões de líderes que prosperam enquanto gastamos corpos e corações sem receber uma palavra de elogio, que ainda é tida como vaidade se a solicitarmos? 
      Tudo isso pode ser legítimo, sincero, mas se nesses caminhos não fizermos amigos que sobrevivam a tudo isso, que estão além de tudo isso, do que vale tudo isso? Se deixarmos uma empresa, o Facebook ou uma igreja e não levarmos amigos no coração, pra que tudo isso? Isso tudo não levaremos pra eternidade, mas levaremos o carinho de amigos verdadeiros e deixaremos neles o nosso mais puro e sincero afeto, mais nada. Fazer média para conquistar cargos ou títulos, isso pode nos dar dinheiro e status quo, não amigos, mesmo nas igrejas. Façamos amigos, demo-nos ao trabalho de faze-los para então alegremente descobrirmos que manter amigos verdadeiros não dá trabalho, pois nada de bom que se guarda no coração pesa.