14/12/18

14. Tudo está sob a autorização de Deus (Parte 14 de 17)


14. Tudo está sob a autorização de Deus

     “E ele mostrou-me o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor. Mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreenda, ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda; não é este um tição tirado do fogo? Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo.” 
Zacarias 3.1-3

      O texto de Zacarias 3 mostra uma situação semelhante a de Jó 1 e 2 onde Satanás está ao lado do Senhor para se opor ao homem. Nessa passagem o diabo é repreendido de pronto, sim, nessa ocasião não fazia parte do plano do Senhor permitir uma ação maléfica, ou pelo menos não mais. Passemos agora para as revelações que o livro de Jó faz sobre o diabo, aqui chamado de Satanás, nos dois primeiros capítulos do livro, dando continuidade, dentro do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual”, a um rápido estudo sobre o livro de Jó.
      “E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles” (Jó 1.6), como filhos de Deus, neste caso, a Bíblia se refere aos seres espirituais do bem, anjos, arcanjos, querubins, serafins ou outros, ou pelo menos alguns desses, mas entre eles veio o “coisa ruim”, Satanás. Esse aspecto mais o fato descrito em “Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela. E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó?” (Jó 1.7-8a), mostra que o diabo (ou os diabos, ou alguns deles) tem certa liberdade, pelo menos no tempo presente em que o homem habita na terra, e que terminará no juízo final quando os não salvos serão julgados e os seres espirituais malignos lançados no inferno. Deus autoriza Satanás andar pela Terra e observar os homens, contudo, para tocar de alguma forma os homens, o diabo tem que ter uma permissão especial do Senhor, principalmente no nível em que Jó foi tocado.
      Coisa maravilhosa é saber que Deus de fato nos conhece, muito mais que o entrevado diabo, “Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal” (Jó 1.8b), íntegro, temente a Deus e que se desvia do mal, três pontos importantes. Integridade é ser inteiro, ser coerente, não ser partido ou com intenções antagônicas, mas um só e em Deus. Temente a Deus, o que teme a Deus não vive de maneira irresponsável, fazendo o que quer como que se não precisasse dar satisfações por isso a ninguém, o que teme a Deus sabe que o Senhor tudo vê e tudo sabe, assim como ama a todos, dessa forma anda com cuidado, com sabedoria. Desviar-se do mal é mais que pedir perdão quando se erra, e procurar nem errar, evitando armadilhas, caminhando com calma e em oração.
      “Então respondeu Satanás ao Senhor, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde? Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra. Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.” (Jó 1.9-11), o diabo exibe a malícia maldosa característica dos rebeldes e orgulhosos, que sempre desconfiam da pureza, não acreditam na virtude alheia. Deus entrou no jogo do diabo? Ele precisava ter aceito o desafio do inimigo? Não, não para provar o que quer que fosse para o diabo, eu pelo menos acredito assim, mas sabe-se lá de fato como é a relação de Deus com os anjos caídos. Sob a primeira autorização de Deus Satanás tirou de Jó suas posses e seus filhos, mas o diabo não desistiu, no capítulo 2 ele volta à presença de Deus e novamente duvida da sinceridade de Jó, assim ele tem uma segunda autorização do Senhor, agora para tocar também em sua saúde. 
      “Então saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e estava assentado no meio da cinza. Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.” (Jó 2.7-9), é nesse momento que a esposa de Jó surge no relato, a última coisa que lhe faltava perder. Algumas vezes estaremos absolutamente sozinhos em meio a uma tempestade de lutas e tragédias, poderemos perder mesmo o apoio das pessoas mais íntimas. Contudo, o filho genuíno de Deus nunca perde a confiança que Deus sabe o que faz, que pode resolver o impossível, e isso do seu jeito e no seu tempo. A permissão de Deus para o diabo permitiu que um homem tivesse uma experiência tão extrema quanto importante, que registrada na Bíblia deixaria para todos nós lições preciosas sobre o poder de Deus, a maldade do diabo, e a necessidade do homem ter muitas vezes de passar por situações difíceis, aparentemente impossíveis pra ele de serem resolvidas, para expandir seu conhecimento sobre Deus e sobre si mesmo.

Esta é a 14a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

13/12/18

13. A experiência de Jó (Parte 13 de 17)


13. A experiência de Jó

      “E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles. Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela. E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal. Então respondeu Satanás ao Senhor, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde? Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra. Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face. E disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do Senhor.”       

      “E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.” 

Jó 1.6-12, 21-22

      “E, vindo outro dia, em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles, apresentar-se perante o Senhor. Então o Senhor disse a Satanás: Donde vens? E respondeu Satanás ao Senhor, e disse: De rodear a terra, e passear por ela. E disse o Senhor a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa. Então Satanás respondeu ao Senhor, e disse: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. Porém estende a tua mão, e toca-lhe nos ossos, e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face! E disse o Senhor a Satanás: Eis que ele está na tua mão; porém guarda a sua vida.

      “Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre. Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.

Jó 2.1-6, 9-10


      “Então respondeu Jó ao Senhor, dizendo: Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido. Quem é este, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e que eu não entendia. Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”

     “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía.”

Jó 42.1-6, 10


      Um estudo sobre o mundo espiritual não pode deixar de refletir sobre o relato do livro de Jó, isso por várias razões. A primeira delas é a relevância que o livro tem sob o ponto de vista cronológico dos livros do cânone bíblico, tido por muitos estudiosos como relatando um dos fatos mais antigos da Bíblia, outra razão é que ele fala sobre fé, num tempo que esse conceito não era base religiosa. Jó era um homem rico materialmente e espiritualmente, isso levou um diabo a querer prová-lo. Satanás, contudo, não estava querendo desmerecer o homem justo, mas a própria justiça e a sua eficácia em retornar ao que confia nela uma vida vitoriosa. O diabo na verdade se rebelava, mais uma vez, contra Deus e a sua maneira de agir, mostrando que a fé de Jó era inútil ele queria mostrar que Deus era injusto. A tese do diabo era que Jó era fiel porque recebia coisas de Deus, se elas fossem tiradas de Jó ele deixaria de confiar em Deus. 
      Quem o diabo usou foram justamente os que se diziam amigos de Jó, e como isso ocorre a todos nós, depois de Jó perder tudo, as riquezas, a família e a saúde, os três amigos passaram a questionar a fé de Jó, dizendo que ele não era tão justo e fiel assim, que estava passando por um momento tão ruim como castigo de Deus por ter feito algo errado. A teologia do livro de Jó é atemporal, transcende a velha aliança e a lei, ela toca o cerne do relacionamento do homem com Deus na nova aliança, um relacionamento baseado em fé, fé que acredita mesmo que o presente, a aparência, a realidade se mostrem diferentes. Ela também fala de uma experiência comum a todos nós, sofrimentos que passamos que não sabemos o porquê. Logo no início da provação, após as duas vezes que Satanás tocou sua vida, as palavras de Jó mostram que ele estava preparado em Deus para aquela situação, “em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” e “em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios”. Mas isso era só o início.
      Durante sua provação Jó chega a desacreditar de si é mesmo, de sua justiça, e daquilo que ele conhecia até então como Deus. Ele começou a pensar que Deus estava errado punindo-o injustamente, mas discordava de Deus como filho, com proximidade dele, diferente dos amigos que criticavam a Deus de longe. O filho de Deus, em sua imaturidade, pode até discordar de Deus, “brigar” com Deus, mas faz isso com respeito e temor, é diferente do ímpio, que diante de uma tragédia nega estar colhendo a consequência de sua vida errada, coloca a culpa em Deus e facilmente buscará as opções do diabo para justificar sua experiência. Na verdade a provação de Jó, como todas aquelas que Deus permite que passemos, estendeu seu conhecimento de Deus. Só é provado como Jó, de forma tão dura mesmo estando fazendo as coisas certas, os que mostram a Deus que podem suportar a perda do material, do físico, do aparente, para crescer mais espiritualmente, no homem interior, naquilo que realmente tem valor para o Senhor.
      No final Jó reconhece, não a simples lei de causa e efeito, de plantação e colheita, que tem sua relevância, no universo e com todos nós. Mas acima disso está um Deus que pode fazer o que quiser porque sabe o que faz e que tudo o que faz sempre glorificará seu nome e abençoará, no tempo certo, o homem que confia nele. Jó aprendeu que Deus é muito mais que um devolvedor de bênçãos físicas para aquele que pratica a justiça, mas Jó também aprendeu algo muito importante sobre o homem, sobre si mesmo. Ser um homem “homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal” e sê-lo em todo o tempo, não só quando as coisas vão bem. E se Deus pedisse a Jó que continuasse fiel mesmo que não restabelecesse nunca mais sua condição de prosperidade inicial, seria que isso colocaria em dúvida a justiça de Deus? Não, Deus é Deus e faz o que quer, mas bênção maravilhosa é que Deus conhece nossos limites e no final sempre nos recompensa, no caso de Jó com o dobro do que tinha inicialmente.
      Interessante o desfecho do livro, “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigo”, Jó não tinha mais nada, ainda assim quis orar e abençoar alguém, quem lhe restou para isso? Justamente os “mui” amigos dele e foi nesse gesto que Deus viu o amadurecimento de Jó e mudou de vez sua sorte. Que coração tinha Jó, realmente um homem que podia confiar para mostrar ao diabo o engano que comete confiando em sua arrogância, sua maldade, sua rebeldia, pensava ser esperto, pensava estar pegando Deus num descuido, mas acabou sendo desmascarado, como sempre ocorre com ele e com homens falsos e míopes espiritualmente como ele. “E depois disto viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos, e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. Então morreu Jó, velho e farto de dias.” (Jó 42.16-17), glória a Deus! Veja na próxima parte a conclusão da “Experiência de Jó”, com enfoque na participação de Satanás no relato bíblico.

Esta é a 13a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

12/12/18

12. Provando espíritos: anjos ou demônios? (Parte 12 de 17)


12. Provando espíritos: anjos ou demônios?

       “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.

Gálatas 1.8-9


      Ainda que um anjo anuncie algo diferente do evangelho original, com adições ou subtrações à doutrina, principalmente da principal, aquela que é o centro da Bíblia e diz respeito à salvação exclusiva e total pelo nome de Jesus Cristo, seja maldito. Na tradição judaica-cristã “anátema” é algo muito sério, recortei o texto a seguir:

      “Anátema (do grego antigo ἀνάϑημα, "oferta votiva" e, depois, ἀνάϑεμα, "maldição"; derivadas de ἀνατίϑημι, "dedicar") era, na Grécia Antiga, uma oferenda posta no templo de uma deidade, constituída inicialmente por fruta ou animais e, posteriormente, por armas, estátuas, etc. Seu objetivo era agradecer por uma vitória ou outro evento favorável. 

      No catolicismo, é a maior e a pior sentença de excomunhão da Igreja, onde o anátema, além de ser expulso da igreja com todos seus ritos eucarísticos e todas as atividades voltadas ao fiéis, ainda é considerado como amaldiçoado pelo sacerdote. Os anátemas acontecem em celebrações públicas e são feitas por pontífices maiores, como bispos e cardeais. Em algumas tradições cristãs existem ritos específicos para o anátema. O anátema é o mais severo caso de excomunhão, ocorrendo somente nos piores casos possíveis de heresia contra a fé.

      O célebre caso bíblico é o de Saul que invade os amalequitas, mas acaba (com o apoio do povo ou sob a pressão deste) poupando a vida de Agag e da melhor parte do gado dos amalequitas, ato que Deus condena e informa a Samuel que informa o rei Saul (uma vez que ele mente dizendo que iria sacrificá-los para Deus), sendo rejeitado como rei e abrindo portas para Davi assumir o Reino.

 Fonte Wikipedia


      “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo.”

I João 4.1-3
 
      O texto de I João 4 é uma orientação aos cristãos contemporâneos do apóstolo João com relação a uma heresia específica daquele momento, assim, usar o texto ao pé da letra para identificar todo tipo de desvio doutrinário não é o mais adequado. Pedir para o endemoniado confessar ou perguntar a ele se Jesus veio em carne, pode não servir para saber se ele está possuído, o endemoniado pode responder de forma correta sem nenhum desconforto para o demônio. Quanto mais um pregador herege ou falso profeta, esses podem ensinar isso de forma correta, mas distorcerem a palavra em outros aspectos na prática mais importantes. Aliás, como usamos textos bíblicos para estabelecer regras atemporais e gerais, sem entendermos que muitos deles se referem só à cultura, sociedade e moral do tempo em que foram escritos. Isso é mais que conhecer contexto histórico, como tantos pregadores batem no peito dizendo conhecer, mas isso é conhecer a vontade de Deus para toda a humanidade e sempre.
      O amor de Deus, à santidade e ao homem, é sempre atemporal, quem conseguir entender o equilíbrio desses valores começará a conhecer o coração de Deus. Contudo, aquele que olha só para um deles, errará, ou por considerar a santidade Deus injustamente exigente, ou por desconsiderar a importância do pecado do homem. Olhando certo entenderemos que em tudo que Deus permitiu que ficasse registrado no cânone bíblico de sessenta e seis livros da Bíblia protestante, há um ensino atemporal, que sob a interpretação do vivo e sempre atual Espírito Santo pode nos dar orientações importantes sobre um assunto, seja lá qual for o nosso tempo. No caso do texto de I João 4 a lição é sobre um fundamento da obra redentora de Cristo, ela teve o poder que tem porque o cordeiro de Deus nasceu, viveu, morreu e ressuscitou sem pecado, mesmo que em carne e sujeito a todas as tentações humanas. Se ele tivesse existido em forma espiritual, a salvação não teria funcionado como sacrifício a Deus pelos homens. A verdade é que só em vigilância realmente no altar de Deus, ouvindo o Espírito Santo e buscando em Jesus lucidez para entender sua vontade, podemos discernir as estratégias do mal, muitas vezes disfarçadas de bem, de bíblico, de espiritual.
      Aos que se permitem provar os dons espirituais, que dão liberdade para o Espírito Santo se manifestar através de seus espíritos, almas e corpos, no dom de línguas estranhas, tradução de línguas estranhas, profecia, visão, discernimento, é importante também provar a manifestação. Em primeiro lugar entrando na presença de Deus do jeito certo, como refletimos nas duas primeiras partes deste estudo, em nome de Jesus e santos, em segundo lugar verbalizando isso, assim, “dou autoridade para o Espírito Santo se manifestar com línguas e outros dons, em nome de Jesus”. Muitas vezes começamos a falar em línguas estranhas de forma tão mecânica e nos esquecemos da seriedade e santidade da experiência que estamos tendo, tomemos muito cuidado com isso. Quem manifesta os dons sem estar com a vida acertada com o Deus corre risco de manifestar falso espírito, profetizar na carne, em última instância, ser ferramenta do mal e não do bem. Não me refiro à possessão demoníaca, o salvo selado com o Espírito Santo não fica endemoniado, mas pode falar por si, pela sua alma e não por Deus. Por outro lado, endemoniados e oprimidos podem falsificar os dons, mesmo falar em línguas estranhas, mas pelo diabo, não por Deus.
      Sabiamente, Deus não permitiu que muitos detalhes fossem dados sobre os seres espirituais, sejam os do bem, sejam os do mal, eles são apenas coadjuvantes. Com certeza são administrados diretamente por Deus e não cabe a nós, homens, termos qualquer comunicação ativa com eles. Orar ao “anjo da guarda” pedindo proteção é heresia doutrinária, impossibilidade espiritual e um grande risco de se comunicar com espíritos malignos enganadores. Infelizmente, como tem se levantado adoradores de anjos, que mesmo que sejam esotéricos de butique, que se apegam mais às figuras e imagens romantizadas dos anjos e pouco sabem sobre anjos de fato, ainda assim seguem ao mal e não ao bem. Ordenar a anjos que façam isso ou aquilo, não existe base bíblica para isso, nunca senti tal orientação do Espírito Santo, assim, se for o caso, oremos a Deus pedindo que se for a sua vontade, ele envie os anjos para lutarem espiritualmente por nós e nossos próximos. Sobre anjos, a palavra final é: deixe esse assunto com Deus, o evangelho, a Bíblia, o Espírito Santo não nos autoriza a nos comunicarmos diretamente com eles, em nenhum caso! 
      Tenhamos cuidado também com algumas linhas “pedagógicas” que ensinam às crianças técnicas de relaxamento, levando-as a sentarem-se, fecharem os olhos e mentalizarem locais tranquilos, começa assim, mas logo em seguida são orientadas a chamarem um guia, uma entidade, um anjo protetor. Mesmo que Deus guarde os inocentes e saiba quem os quer conhecer de fato, esse tipo de “meditação a anjos”, objetivamente, não leva à comunhão com Deus por Jesus. Todavia, em médio e longo prazo pode levar à comunicação com demônios, que para as crianças são apresentados como singelos e bucólicos anjos. Falso é o conceito de escola laica, ele proíbe oração cristã, mas incentiva ioga e meditação como a descrita. Isso não significa que Deus não nos envie anjos, para nos proteger e mesmo para nos entregar mensagens especiais, contudo, se em visão ou em sonho um anjo nos visitar, os provemos. Em sonho, geralmente estamos no estado entre dormindo e acordado, e geralmente despertamos com a experiência, mas quando acordarmos e nos lembrarmos do sonho, em voz audível, e não necessariamente alta, expulsemos, caso ele não seja um anjo de Deus, oremos desta maneira, “se você não for um anjo enviado por Deus, eu o expulso em nome de Jesus”. É importante que isso seja feito, o diabo é astuto, mas com os filhos e amigos de Deus, se uma experiência assim ocorre, é realmente de Deus. 
      Qual a diferença entre anjos e demônios? A diferença é antes sentida, contudo, pela fé também vista, o mundo espiritual tem outras referências que não as dimensões percebidas pelo corpo físico, olhos, ouvidos e tato. Assim anjos são altos e definidos, e podemos vê-los ultrapassando a altura da parede do quarto, indo além do teto, eles nos causam um certo temor, pela sua santidade, mas não medo, podemos nos comunicar com eles sem palavras audíveis, orando só em espírito. Demônios, em sua maioria, são pequenos e disformes, nos causam desconforto, medo, e essa sensação não existe para que os temamos, mas para que saibamos que eles são maus e devem ser repreendidos, eles são ratos espirituais que fogem com uma simples e curta palavra de autoridade. Demônios só oprimem e mentem, mas se Deus enviar um anjo a você, suas palavras ficarão marcadas como fogo em sua alma. Contudo, temos a presença de Deus pelo Espírito Santo em nossas vidas em todo o tempo, assim, na nova aliança, o Senhor não tem enviado anjos a homens com frequência, não que tenhamos consciência disso. Convém crermos em Deus e buscarmos intimidade com o Senhor, mas com sabedoria, não só por curiosidade infantil de quem quer ver “coisas diferentes”, mas com a maturidade dos que creem mesmo sem ver. 

Esta é a 12a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

11/12/18

11. DiaboS (Parte 11 de 17)


11. DiaboS

      Alguns estudiosos da Bíblia e do mundo espiritual dividem o reino das trevas em quatro poderes, e não em somente um. Dizem eles que o diabo não é um só, existem quatro principados principais, que agem juntos, e que são responsáveis por quatro épocas distintas da humanidade. A Bíblia pode se referir a eles como sendo simplesmente o diabo, ou mesmo usar um de seus vários nomes para identificar todos. Essa divisão em quatro, não é consenso, nem entre satanistas, mas ela é interessante pela relação que faz de quatro diabos com quatro dos elementos da natureza. A nós interessa saber que no nome de Jesus temos autoridade sobre o inimigo, seja o diabo ou o demônio que for. Mas vamos aos  quatro diabos:
    • Lúcifer seria o 1º diabo, em ordem cronológica que apareceu na Terra, ele agiu no Éden, tentou Adão e Eva e quis impedir a ordem de Deus para os homens de se multiplicarem e conquistarem a Terra, é o diabo do elemento terra e tentou concentrar o homem em grandes cidades como em Babel - veja Isaías 14.12.
    • Belial seria o 2º diabo, que agiu da entrada do povo em Canaã até a vinda de Jesus, é o diabo do elemento ar, veja que a grande batalha de Daniel 10 se travou numa região espiritual acima da terra - veja também Juízes 19.22.
    • O 3º diabo seria Satanás, o chamado "estrela da alva" que a Palavra relata como sendo o que era responsável pela adoração e que foi expulso do Santo Monte, é o diabo do elemento fogo, talvez o que mais conhecesse a Jesus, mesmo de antes da encarnação, e mesmo que não soubesse que Jesus de Nazaré era o Cristo, até o último momento, tinha mais condições de tentar destruir a obra da redenção - veja Jo 1.6.
    • O 4º diabo e o último é Leviatã, o dragão ou a serpente que emerge das águas, é o diabo do elemento água - veja Apocalipse 12.9.
          Alguns nomes dados aos seres espirituais do mal, significados das palavras nos idiomas originais e etimologia: 
    • Satanás ou Satã (do hebraico שָטָן trasnl: Satãn, adversário, no koiné Σατανάς Satanás; no aramaico צטנא, em árabe شيطان) é um termo originário das religiões Abraâmicas do Mediterrâneo geralmente aplicado à encarnação do Mal em religiões monoteístas. Origem e etimologia: A palavra שָטָן (significando [adversário]) assim como o árabe الشيطان (shaitan), derivam da raiz semítica šṭn, significando hostil. O Tanakh utiliza a palavra שָטָן para se referir a adversários ou opositores no sentido geral assim como opositores espirituais. Há registros, cronologicamente próximos, que a palavra Satanás, se origina diretamente da palavra Sátiro (do grego Σάτυρος — Sátyros) em cultura teológica grega. Identidades como a flauta, citada em Ezequiel 28, e imediata similar forma de representações físicas. Chifres, pernas caprinas e troncos humanos. Visto em causa histórica, associação possível, devido a rivalidade Roma-Grécia em necessidade de alcance e amplidão religiosa.” Fonte
    • Lúcifer é a tradução da Bíblia em Latim de Luciferum para a palavra em hebraico לוציפר em Isaías 14:12. Esta palavra, transliterada hêlêl ou heylel, aparece apenas uma vez na Bíblia Hebraica e de acordo com a influência da versão do Rei Jaime significa "o brilhante, estrela da manhã, Lúcifer". A palavra Lúcifer provém da Vulgata, que traduz לוציפר como lúcifer, Isaías 14:12 significando "a estrela da manhã, o planeta Vênus", ou, como um adjetivo, "portador da luz". O Septuaginta traduz הֵילֵל para grego como ἑωσφόρος (heōsphoros), um nome, literalmente "o que traz o anoitecer", para a estrela da manhã. O substantivo Lúcifer ocorre seis vezes na Vulgata, versão latina da Bíblia, e uma vez em algumas Traduções da Bíblia em língua portuguesa. Lúcifer se refere literalmente à "Estrela da Manhã" ou "Estrela D'Alva", à "luz da manhã" aos "signos do zodíaco", e à "aurora" ou, metaforicamente, ao "rei da Babilônia", ao sumo sacerdote Simão, filho de Onias, à Glória de Deus, ou a Jesus Cristo. Jesus Cristo, no livro de apocalipse (22:16) se auto denomina "resplandescente estrela da manhã", o que é diferenciado quando o termo é usado separadamente "estrela da manhã" como "poder sobre nações". (Apocalipse 2:26, 28, Isaías 14:12).” Fonte
    • Diabo (do latim diabolus, por sua vez do grego διάβολος, transl. diábolos, "caluniador", ou "acusador") é o título mais comum atribuído à entidade sobrenatural maligna da tradição cristã. É tratado como a representação do mal, em sua forma original de um anjo querubim, responsável pela guarda celestial, que foi expulso dos Céus por ter criado uma rebelião de anjos contra Deus com o intuito de tomar-lhe o trono. Com seu parecer ainda desconhecido, muitas são as tentativas de reproduzi-lo. O mais popular o levaria a ter uma cor vermelha, com feições humanas, mas com chifres, rabo pontiagudo e um tridente na mão, para remeter a um cetro. Outra forma também comum quanto ao parecer corresponde à de um ser metade humano, metade bode, com o pentagrama invertido inscritos no corpo (imagem de Baphomet).” Fonte
    • Demônio é, segundo o cristianismo, um anjo que se rebelou contra Deus e que passou a lutar pela perdição da humanidade. Na antiguidade, contudo, o termo tinha outra conotação, referindo-se a um gênio que inspirava os indivíduos tanto para o bem quanto para o mal. Nos contextos judaico e islâmico, a ideia é diversa, até porque não se trata de um ente opositor ao Criador, mas de algumas criaturas a Ele subalternas. Na cércea do primeiro contexto, refere-se a um ser imperfeito que foi formado no sexto dia da Criação. Para o segundo, os demônios, ou jinn, são seres que coexistem com os seres humanos, sendo dotados de livre-arbítrio e chefiados por Iblis. Etimologia: o termo «demônio» vem do grego δαιμόν (daimon), através do termo latino daemonium.” Fonte
    • Belial é um demônio presente na mitologia cananita, que o determinava como o adversário do povo "escolhido". É o 68º espírito listado na Goetia. No Cristianismo Belial é mencionado também no Novo Testamento como o oposto da luz, do bem e de Jesus Cristo. Seria o mais importante demônio na Terra, que comandava as forças da escuridão contra os homens de bom coração. Criado junto com Lúcifer, de Belial foi dito ser um rei do inferno e comandante de 80 legiões. O termo belial (בְלִיַּעַל bĕli-yaal) é um substantivo e adjetivo hebraico que significa "vileza", oriundo de duas palavras comuns: beli- (בְּלִי "sem") e ya'al (יָעַל "valor"): ou seja, "sem valor". O termo ocorre vinte e sete vezes no Texto Masorético.” Fonte
    • Leviatã (em hebraico: לִוְיָתָן; transl.: Livyatan, Liwyāṯān) é um peixe feroz citado na Tanakh, ou no Antigo Testamento. É uma criatura que, em alguns casos, pode ter interpretação mitológica, ou simbólica, a depender do contexto em que a palavra é usada. Geralmente é descrito como tendo grandes proporções. É bastante comum no imaginário dos navegantes europeus da Idade Média e nos tempos bíblicos. No Antigo Testamento, a imagem do Leviatã é retratada pela primeira vez no Livro de Jó, capítulo 41. Sua descrição na referida passagem é breve. Foi considerado pela Igreja Católica durante a Idade Média, como o demônio representante do quinto pecado, a Inveja, também sendo tratado com um dos sete príncipes infernais. Uma nota explicativa revela uma primeira definição: "monstro que se representa sob a forma de crocodilo, segundo a mitologia fenícia" (Velho Testamento, 1957: 614). Não se deve perder de vista que nas diversas descrições no Antigo Testamento ele é caracterizado sob diferentes formas, uma vez que funde-se com outros animais. Formas como a de dragão marinho, serpente e polvo (semelhante ao Kraken) também são bastante comuns.” Fonte
    • Abadom (em hebraico: אֲבַדּוֹן, 'Ǎḇaddōn), também conhecido como Apoliom é um termo hebraico que tem o significado de “destruição” ou "destruidor". Na Bíblia, figura em Jó 26:6 e em Apocalipse 9:11. Na Bíblia Hebraica, abaddon é usado como referência a um abismo sem fim, geralmente próximo a sheol (שאול). No Novo Testamento, em Apocalipse 9, um anjo chamado Abadom é descrito como o rei do abismo sem fim de onde emerge um exército de gafanhotos (Apocalipse 9:11).” Fonte
          O diabo ainda é chamado na Bíblia como o “tentador”, o “maligno”, o “príncipe deste mundo”, “senhor deste século”, “pai da mentira” etc.
          O pentagrama tem vários significados, dependendo da linha ocultista, como uma estrela de cinco pontas dentro de um círculo, tem, para os esotéricos ou bruxos, em suas pontas a representação dos cinco elementos da natureza: terra, ar, fogo, água e espírito. Quando um ocultista realiza um ritual de comunicação com os poderes espirituais do mal, quatro das pontas representam os quatro diabos, enquanto ele, o homem, fica na quinta ponta ocupando o lugar do elemento espírito ou éter. Assim o homem invoca os diabos escondidos nos elementos para realizar seus desígnios. O círculo ao redor da estrela, estabelece um local de proteção para o mágico, de forma que ele possa “negociar” com os poderes do mal e não ser atacado. 
          Dizem estudiosos, muitos convertidos do satanismo da alta magia, que cada principado, cada um dos diabos, é responsável por males específicos assim como por regiões da terra. O ministério de Leviatã é focado nas águas e não é justamente nesse elemento onde temos visto muitas catástrofes e acidentes? Veja os tsunamis que varreram o extremo oriente. 
          Outra característica desse principado é que ele é responsável, de acordo com satanistas, pela região do globo onde se localiza o Brasil, justamente onde existem tantas "deusas" e "santas" relacionadas ao elemento água, como Iemanjá e mesmo a tal da "padroeira aparecida", cuja estátua foi achada em um rio. O rompimento da barragem de detritos mineiras da mineradora Samarco/Vale do Rio Doce da na cidade de Mariana/MG, que destruiu cidades, matou rios e continuou prejudicando a costa marítima de estados brasileiros, é também outra catástrofe ocorrida nas águas. Pensemos também em tantos problemas que estamos tendo com falta de água, seria por uma influência diabólica para matar o homem através desse elemento?
          Outra coisa é que a nova era chama a próxima era astrológica de "Era de Aquário", se iniciará aproximadamente, conforme seus estudiosos, em 2150, mas há controvérsias. Tendo em vista que o peixe era um antigo símbolo do cristianismo, um aquário represa água que aprisiona o peixe, coincidência? Isso nos faz pensar, mas a “Era de Aquário” pode ser a era do diabo Leviatã, tentando fechar a boca dos cristãos nesses últimos tempos. Para esse diabo, Deus já deixou uma promessa em Gênesis 9.9-12 que o mundo, no final, não acabaria através das águas.
          Você não precisa concordar com essa interpretação, ou não em sua totalidade, mas considere-a e faça sua crítica em oração e à luz da Palavra de Deus, porém que não pequemos por falta de conhecimento, como nos diz Oseias 4.6. Veja que esse conhecimento tão técnico do mundo espiritual não é enfatizado objetivamente na Bíblia, já que o que mais importa é que seja qual for o demônio, de que grandeza for, pode ser expulso pelo nome de Jesus. Contudo, nem os discípulos conseguiram expulsar alguns tipos de espíritos, talvez porque ainda precisavam de conhecimento mais específico sobre o assunto. Quem tem ministério de libertação, e não só de ensino da palavra ou de evangelismo, é importante que conheça a área com mais profundidade, mas isso é para os que buscam e têm chamada. 
          Eu, pessoalmente, não acho totalmente conveniente um aprofundamento nesse assunto só por curiosidade, ele é sério demais e repetindo, não é tão esmiuçado no cânone bíblico, como muitos estudiosos detalham, portanto eu entendo que é para usarmos nosso tempo com outras coisas. Uma coisa é certa, guerra espiritual se vence com armas espirituais, o simples conhecimento intelectual, mesmo que profundo, da Bíblia não basta, é preciso oração e consagração, santidade e unção, experiência íntima com Deus, para que possamos ser os soldados que permanecem de pé e são úteis ferramentas nas mãos de Deus pelo poder do nome de Jesus que já venceu todo principado e potestades.

    Esta é a 11a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
    dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

    10/12/18

    10. Anjos, arcanjos, serafins, querubins e seres viventes (Parte 10 de 17)


    10. Anjos, arcanjos, serafins, querubins e seres viventes

          Anjos, arcanjos, serafins, querubins, seres viventes, o mundo espiritual do bem, dos servos de Deus também é complexo. São seres diferentes, com funções diferentes, vão muito além dos anjos que popularmente são mais conhecidos, e isso são os citados no cânone bíblico, quem sabe se não existem outros? 

    • Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João.”  E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas.” (Lucas 1.13, 19): pelo que entendemos, anjos funcionam como carteiros divinos, entregam mensagens de Deus aos homens. Em passagens do antigo testamento ele são confundidos com homens, por causa de suas aparências, pelo menos no momento em que estavam naquelas situações. Gabriel foi o anjo que anunciou o nascimento de Jesus a Maria e de João Batista a seus pais. Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos.” (Hebreus 13. 2). 

    • Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda.” (Judas 1.9): o arcanjo conhecido é Miguel, pelo que entendemos em Daniel ele tem uma função militar importante no mundo espiritual, um líder, um príncipe, que lidera batalhas contra os demônios também de alto escalão (veja Daniel 10).

    • No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas; com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés, e com duas voavam. E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” (Isaías 6.1-3): na passagem de Isaías vemos serafins servindo diretamente junto ao trono de Deus, com três pares de asas, mas só duas eram usadas para voar, duas estavam sobre seus olhos e duas sobre seus pés, seriam para protegê-los da santidade do Senhor? Os pés tocam o chão e os olhos podem ver qualquer coisa, são as partes que se sujam, mesmo não intencionalmente.

    • E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.” (Gênesis 3.24): os querubins aparecem em Gênesis como guardas poderosos, também com uma função militar, como os arcanjos.

    •  “E do meio dela saía a semelhança de quatro seres viventes. E esta era a sua aparência: tinham a semelhança de homem. E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas. E os seus pés eram pés direitos; e as plantas dos seus pés como a planta do pé de uma bezerra, e luziam como a cor de cobre polido. E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e assim todos quatro tinham seus rostos e suas asas. Uniam-se as suas asas uma à outra; não se viravam quando andavam, e cada qual andava continuamente em frente. E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e do lado direito todos os quatro tinham rosto de leão, e do lado esquerdo todos os quatro tinham rosto de boi; e também tinham rosto de águia todos os quatro. Assim eram os seus rostos. As suas asas estavam estendidas por cima; cada qual tinha duas asas juntas uma a outra, e duas cobriam os corpos deles. E cada qual andava para adiante de si; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam.” (Ezequiel 1.5-12): os seres viventes que Ezequiel viu são pra lá de estranhos, complexos, parecendo mais “máquinas” espirituais que realmente seres, contudo, o profeta os chama de seres viventes que se moviam pelo Espírito de Deus, parece que para ressaltar que eles realmente estavam maravilhosa e espetacularmente vivos. 

          Deus é um criador maravilhoso, um artista, o maior de todos, de quem toda arte, estética, beleza de forma mas também de conteúdo procedem. A natureza do planeta Terra é um museu vivo da obra artística de Deus. Sim, ele usou milhares de anos em evolução e mutação, adaptando função ao ambiente, desde o “big bang” cósmico para fazer isso. Ou não, a criação descrita em Gênesis não é metafórica mas real em termos de espaço e tempo, contudo, a verdade é que para o cristão genuíno e sábio, não faz diferença. Criação instantânea ou processo evolucionário, tanto faz, só não vale brigar por isso com os inimigos de Deus, que não querem uma explicação científica para tudo, mas argumentos para deixarem Deus fora da equação universal. 
          Todavia, a arte divina que vemos é só uma pequena parte, quem sabe o que há por este universo afora, em outros mundos, em outros sistemas solares, em outras galáxias? E muito mais que isso, quem sabe o que existe no mundo espiritual, lutando pelos homens, servindo no trono de Deus, preparado para nós na eternidade, quem sabe? Seres espirituais, “animais espirituais”, “máquinas espirituais”, “construções espirituais”, Deus vai muito além de nossa compreensão, de nosso entendimento, de nossa inteligência. A bênção que recebemos do Senhor é que mesmo limitados, encarnados, em pecado, temos um dom maravilhoso em nós, a arte. Através dela, na música, na literatura, nas artes plásticas, na dramaturgia, no cinema, podemos imaginar coisas magníficas, e mesmo que sejam só esboços, comparados com a realidade de Deus, vale a pena, é um dos consolos que o Senhor nos dá.

    Esta é a 10a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
    dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

    09/12/18

    9. Batalha espiritual: cuidados que devemos ter (Parte 9 de 17)


    9. Batalha espiritual: cuidados que devemos ter

           “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.”
     Tiago 4.7

          Um novo convertido ou alguém sem conhecimento bíblico ou teológico sobre o mundo espiritual, se estiver com a vida limpa e em plena comunhão com Deus, já está protegido, repito, ninguém precisa ser técnico ou doutor em doutrina para ter os direitos espirituais conquistados por Cristo em sua morte e ressurreição. Por outro lado, que o conhecimento do mundo espiritual não nos torne psicóticos, levando-nos a ver demônios em tudo ou colocando neles a culpa por tudo. Deus conhece cada coração, sabe dos limites de cada um, assim como o evangelho é disponibilizado a todos os que creem, sejam do tempo, nação, raça, poder aquisitivo, formação acadêmica ou faixa etária que forem, indiferentemente de seus conhecimentos intelectuais sobre este ou aquele ensinamento. O versículo de Tiago 4.7 nos ensina isso de forma simples.
         Com relação à extensão de nossa área de cobertura espiritual, podemos orar a Deus pedindo a salvação de nossa cidade, a restauração de nosso país, mas é diferente de entrar em batalha espiritual por essas localizações geográficas, é diferente de estabelecer sob nossa responsabilidade uma cobertura espiritual. Qual a diferença? Uma oração conversa com Deus, procura tocar seu amor com a nossa sinceridade. Nesse diálogo sincero podemos pedir qualquer coisa, como filhos falando com o pai, sejam filhos pequenos que só pedem brinquedos ou os mais maduros que só querem conselhos para poderem ser independentes. Já batalha espiritual é outra coisa, usa da autoridade espiritual em Cristo para ordenar a demônios que façam isso ou aquilo. Quem faz batalha espiritual reinvidica o direito de cobertura espiritual sobre um território espiritual, consequentemente sobre os espíritos malignos que tentam dominá-lo. 
          Podemos orar pelo Brasil, mas não entrar em batalha espiritual por ele, não sem autorização de Deus, e pessoalmente não penso que Deus autorize alguém a entrar nesse tipo de batalha épica, isso porque não creio que o Senhor coloque cobertura espiritual sobre um país inteiro sob uma pessoa ou um grupo de pessoas. Se um assunto assim tão importante fosse vontade de Deus estaria enfatizado na Bíblia, assim dizer “Jesus é Senhor desta cidade”, frase que muitos políticos evangélicos gostam de por nas entradas dos municípios, a priori, não tem base bíblica. Deus é Senhor das vidas daqueles que se entregam a ele, Jesus é Senhor dos cristãos verdadeiros de uma cidade, mas neste tempo presente, debaixo da permissão de Deus, os demônios dominam grande parte dos municípios, estados e países. 
          Não está errado dizer “Jesus é Senhor da cidade de São Paulo”, Deus é dono de tudo, mas é perigoso entrar em batalha espiritual por um território assim ou dar cobertura sobre ele. Na verdade quem, a princípio, pode reivindicar isso seria um prefeito e isso se fosse cristão, mas ainda assim um prefeito é eleito para administrar bem uma cidade para todos, cristãos e mesmo satanistas. Um prefeito é uma autoridade do mundo, não da Igreja. O Senhor é quem sabe, meu conselho, contudo, é, cuidado com o mundo espiritual, não o tema, mas respeite-o. Em Cristo como indivíduos estamos protegidos em todas as esferas, em todos os níveis, neste mundo e no outro, e através da cobertura espiritual legítima podemos proteger nossas famílias. Este mundo, contudo, em sua totalidade, só será restaurado no final, e só aí os demônios serão todos lançados no Inferno. Até lá conviveremos com eles em vitória, com eles fugindo de nós, à medida que andamos na luz de Cristo.
          Um entendimento que podemos ter, baseados na tradição cristã, naquela doutrina mais comum entre as igrejas protestantes evangélicas, que dispensa tanto conhecimento profundo sobre mundo espiritual e que pode ser praticado (e é) pela maioria, é que não precisamos ter consciência que uma guerra espiritual é travada entre seres espirituais do bem e do mal. Daniel capítulo 10 pode nos levar a concluir que o profeta teve conhecimento que anjos e arcanjos lutavam contra demônios e diabos porque o anjo veio e revelou isso a ele, caso contrário ele teria orado, teria recebido o consolo do Senhor na resposta e fim. No máximo o ser espiritual teria dado a resposta a Daniel, mas sem informar-lhe detalhes de sua demora por vinte e um dias. Dessa forma, bastaria ao homem de Deus orar e crer, em santidade e com toda a alma, que o resto Deus faria indiferentemente de Daniel ter ou não consciência do mundo espiritual. Sob última instância, na verdade, tanto faz, pela menos para a maioria de nós, mas talvez a revelação das “setenta semanas de Daniel”, contendo profecias importantes sobre o final dos tempos de todo o planeta terra, merecia mais detalhes. Seja como for poucos têm a chamada profética de Daniel ou de João o evangelista.
          Outro aspecto é que alguns dizem que fazer batalha espiritual é dar ordens a Deus, é o tal do “determinismo”, e que isso o homem não pode fazer. Contudo, Jesus disse que nos deu autoridade, autoridade em seu nome, se ele deu a autoridade ela é nossa, então, baseados na Bíblia, podemos orar dizendo “em nome de Jesus eu fecho esta casa contra todo ataque maligno, se há algum demônio aqui, eu expulso no nome de Jesus, se alguém fez alguma obra do mal contra minha casa e as pessoas sob minha cobertura, eu destruo tal obra no nome de Cristo”. Veja que a oração não diz “Deus destrua”, mas, “em nome de Jesus, eu destruo”, Deus não precisa de autoridade, ele já a tem, mas nós a recebemos em o nome de Jesus e podemos usá-la limpos do pecado e sob ordem do Senhor. Algumas coisas, algumas palavras, todavia, são apenas detalhes, dizer eu destruo em nome de Jesus ou Deus destrua em nome de Jesus, não tem assim tanta relevância. O mundo espiritual não é uma ciência exata, não sob as referências físicas, ele é experimentado pela fé e fé é algo pessoal, o que vale é a convicção de cada coração. Contudo, alguns cuidados extremados com as palavras podem não ser sabedoria, mas covardia, e quem entra em batalha espiritual não pode se acovardar. 

    Esta é a 9a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
    dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018

    08/12/18

    8. Cobertura espiritual: prioridade para a família (Parte 8 de 17)


    8. Cobertura espiritual: prioridade para a família


          “Depois chamou Jacó a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer nos dias vindouros; Ajuntai-vos, e ouvi, filhos de Jacó; e ouvi a Israel vosso pai.” 

          “Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão. Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos. Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas. Os olhos serão vermelhos de vinho, e os dentes brancos de leite.”

          “Todas estas são as doze tribos de Israel; e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a sua bênção. Depois ordenou-lhes, e disse-lhes: Eu me congrego ao meu povo; sepultai-me com meus pais, na cova que está no campo de Efrom, o heteu

    Gênesis 49.1-2, 8-12, 28-29


          No antigo testamento vemos muitas vezes pais, profetas e anciãos dando a bênção para os mais jovens ou filhos. Com a idade que tenho, ainda vivi em minha geração, o costume, no meio de descendentes italianos católicos de minha família, algo semelhante. Lembro-me de minha mãe me orientando a pedir a benção para o avô ou o “nono” (termo italiano), sempre que chegávamos ou saíamos de casas onde eles estavam. Eu acho isso positivo, um costume que deveríamos manter, principalmente entre cristãos realmente salvos e convertidos. Além de ensinar aos mais jovens respeito pelos mais velhos, lembra aos mais velhos a responsabilidade que eles têm sobre os mais novos, assim como a pastores e outros líderes de igrejas. Infelizmente essa igualdade exigida atualmente, onde ninguém quer ser menor e todos pensam ser superiores, empodera os despreparados e intimida os que deveriam tomar a frente da família, da igreja e da sociedade.
          A passagem de Gênesis capítulo 49 relata a bênção final de Jacó a seus filhos, uma bênção poderosa, na hora da morte, mas muito mais que isso, relata o patriarca da nação de Israel profetizando sobre as doze tribos, revelando o futuro e mesmo antevendo o reinado de Davi e o messias que nasceria da tribo de Judá. Essa bênção é uma maravilhosa oração de cobertura espiritual de um pai sobre seus filhos, vislumbrando os limites de seus territórios, sociais e espirituais, que na unção e intimidade com Deus de Jacó vai muito além de suas vidas presentes, mostra tempos vindouros e descortina tanto boas quanto coisas ruins. Tivéssemos nós tal temor a Deus para acobertarmos debaixo de nossas preces, com tanta autoridade e profundidade, nossos filhos, ensinando-os mais que conceitos morais e independência econômica, mas os princípios fundamentais do andar com Deus e de seus planos para os homens. Proteção espiritual à família, e quando dizemos família nos referimos a nossas famílias como homens e mulheres que deixaram de viver debaixo do mesmo teto dos pais e agora vivem com cônjuges e filhos, essa é a cobertura espiritual que temos como prioridade em nossas vidas. 
          A primeira orientação sobre cobertura espiritual é orarmos a Deus pedindo proteção e tomando posse dela sobre nossos lares, mas mesmo que um filho, por exemplo, estude em outra cidade e more em um outra casa, a casa dele espiritualmente é a nossa, e como pai e mãe, já que ele ainda não é independente, somos nós que damos a ele cobertura espiritual. Isso pode valer também para pais viúvos ou mesmo para irmãos solteiros, mas devemos sempre buscar a orientação de Deus para saber quem colocar debaixo de nossa cobertura espiritual. Eu já orei por anos por um parente próximo, mesmo que ele morasse sozinho e tivesse independência financeira, mas em um determinado momento Deus me disse para não orar mais por ele. Enquanto que em outro caso, também um parente muito próximo, só quando enviuvou é que o Senhor me mandou colocá-lo sob a minha cobertura, assim quando oro por minha família e residência, oro também pela pessoa e pelo lugar onde ela mora.
          Quando oramos, tenhamos no coração e na mente toda a nossa casa e as casas dos que estiverem sob nossa responsabilidade, oremos com calma e com clareza, e se possível em voz audível, não necessariamente aos berros. Intercedamos pelos cômodos da ou das casas, sobre os quatro cantos delas, o teto, o chão, as portas, as janelas e todas as entradas e saídas, e na autoridade do nome de Jesus estabeleçamos proteção espiritual. Expulsemos em nome de Jesus todo o mal, dos locais e das vidas, nas esferas física, emocional e espiritual. Mesmo a proteção contra insetos, roedores, répteis e outros animais, pode ser pedida em oração. Jesus disse que se pisássemos em escorpiões nenhum mal sofreríamos, não foi? Obviamente, todo o cuidado espiritual deve ser acompanhado dos cuidados físicos, do que adianta orarmos pedindo proteção contra escorpião, se não tomamos cuidado com lixo, quintais, esgotos e comunicação entre nossa casa e as ruas, calçadas e terrenos baldios próximos? Sejamos sábios, espirituais mas racionais também.
          O raciocínio é simples, se expulsamos algo de um lugar ele sai de lá e vai para outro lugar, a ação maligna, a obra do mal, pode ser anulada, mas o demônio não desaparece simplesmente. Assim, podemos determinar para onde o espírito maligno expulso irá, isso é importante pois se expulsarmos o mal de alguém, sem determinar para onde ele vai depois que sai da pessoa, ele pode voltar para nós ou para as pessoas e lugares para os quais damos cobertura. A cobertura abre o mundo espiritual, para o bem, mas também para o mal, se for feita sem cuidado, por isso sua seriedade. Na ausência da intimidade e autoridade que Jesus tinha com e sobre os demônios, que perguntou o nome deles e autorizou a solicitação deles irem para os porcos, relato de Marcos 5, podemos dizer, “demônios saiam desse local e vão para o lugar que o Senhor tem determinado pra vocês, longe da minha vida, minha casa e minha família”. É importante que isso fique bem claro.
          Mas o mal não entra só por portas físicas, nesses tempos modernos ele pode entrar também por portas virtuais, portanto, tenhamos cuidado com o que assistimos na TV e pela internet, em celulares, tabletes, computadores. Oremos também por esses aparelhos pedindo a Deus que nos fortaleça contra as tentações midiáticas, assim como expulsando qualquer demônio que possa ter entrado por esses meios. Só assistir um vídeo pornagráfico já pode dar brecha para um demônio oprimir nossa casa. Mesmo momentos em que recebemos visitas, especialmente quando elas não são cristãs, devem ser acompanhados de oração. Quando alguém entra em nossa casa pode estar trazendo, mesmo sem saber, demônios, mas que na oração oportuna e certa não passará da porta. Tenhamos cuidado também com presentes, oremos sobre eles assim que os recebermos e antes de usá-los. Tenhamos cuidado principalmente com pessoas próximas a religiões espíritas ou ocultistas, que declaradamente buscam comunicação com espíritos malignos.

    Esta é a 8a. parte do estudo “Desvendando o verdadeiro mundo espiritual” 
    dividido em 17 partes e publicado aqui entre os dias 1/12/2018 e 17/12/2018